[pt] Este trabalho procura entender o que levou o Irã a passar de um papel de aliado ao de um inimigo dos Estados Unidos. Busca compreender como as hostilidades que passaram a existir somente entre Irã e Estados Unidos foram produzidas como uma ameaça para toda comunidade internacional. Na medida em que os Estados Unidos desempenham um papel de liderança nesta, um país que representa uma ameaça para os Estados Unidos passa a representar uma ameaça pública. O nacionalismo político Islâmico será apresentado como uma forma de resistência à lógica da modernidade. O ponto de ruptura entre estas nações ocorreu, segundo a visão norte-americana, no ano de 1979 com a chamada Revolução Iraniana – e, por conseguinte, com o sequestro da embaixada americana no Irã-, em contrapartida o momento de ruptura desta relação na visão iraniana se deu em 1953 com o Golpe de Estado que depôs o Primeiro-Ministro Muhammad Mossadeq. Também deve se levar em consideração que essa caracterização de um país como um todo, ou seja, sua política, religião, seus programas de desenvolvimento, etc como ameaçadores são um processo construtivo de valores. Este trabalho tenta desnaturalizar essa imagem ameaçadora que o Irã tem na comunidade internacional, que, cria as condições de possibilidade para práticas violentas dirigidas a esse Estado. Para isso, será utilizada a teoria pós-colonial, uma vez que os autores pós-coloniais acreditam que a dominação econômica do Ocidente sobre o Oriente, viabilizada principalmente pelo colonialismo, foi capaz de abarcar também a dominação cultural destes povos. / [en] This work seeks to understand what led Iran to move from a role of an ally to an enemy of the United States. Seeks to understand how the hostilities which now exist only between Iran and the United States were produced as a threat to all international community. To the extent that the United States play a leading role in this, a country that is a threat to the United States happens to represent a public menace. The Islamic political nationalism will be presented as a form of resistance to the logic of modernity. The breaking point occurred between these nations, according to the American view, in 1979 with the so-called Iranian Revolution - and therefore with the kidnapping of the American embassy in Iran , in return the time to break this relationship in Iranian view was in 1953 with the coup d état that deposed Prime Minister Muhammad Mossadeq. Should also take into consideration that this characterization of a country as a whole, their politics, religion, development programs, etc as threatening is a process of constructive values. This paper attempts to denaturalize this image "threatening" Iran has in the international community, which creates the conditions of possibility for violent actions directed to that State. This will be used to post-colonial theory, since postcolonial authors believe that the economic dominance of the West over the East, made possible mainly by colonialism, was able to encompass also the cultural domination of these peoples.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:56192 |
Date | 26 November 2021 |
Contributors | MARTA REGINA FERNANDEZ Y GARCIA MORENO, MARTA REGINA FERNANDEZ Y GARCIA MORENO, MARTA REGINA FERNANDEZ Y GARCIA MORENO |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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