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Um estudo preliminar sobre humanização hospitalar: dando voz à médicos de uma UTI pediatrica sobre suas vivências em um hospital humanizado

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Previous issue date: 2006-08-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / From the end of the Second World War on, medicine started to develop clinically and
surgically in a way hitherto unknown. Due to more accurate diagnoses, new
therapeutic resources and the development of new drugs and technological
procedures that allowed physicians to risk major surgeries, sicknesses simply
became extinct or controlled and life could start earlier and end later. But all this
technological development ended up causing two new problems and two new
challenges: the increase of sicknesses without well-established physiopathological
bases, such as psychosomatic anxieties and illnesses, and a kind of deconstruction
of the humanistic face of medicine -- a deconstruction that came to be known as the
dehumanization of medicine. Perhaps this dehumanization of medicine should be
understood as a need to reformulate the humanistic bases of the same, adapting to
current technological advances, which certainly have changed the training and the
performance of the physician as he exercises his profession. The focus of our
attention during this research was to go back to the previous matter: the double
concept of dehumanization-humanization of medicine, especially in hospitals.
Theoretical support for understanding these concepts will be presented in the
introductory chapters. The objective of this research has been to analyze the
experience of the clinical practice of ICU pediatricians in a humanized hospital. We,
therefore, adopted a specific qualitative research methodology based on the
phenomenological-existential approach of Heidegger, Boss and Buber. Interviews
were made and analyzed with five ICU pediatricians that work in a humanized
children s hospital The doctors accounts reveal different views on: how to deal with
death, with anxiety and with guilt; the presence of mothers in the ICU and the effect
on hospital routine and medical clinical practice; the recognition (or non-recognition)
of the physician s work by the parents and ICU professionals; (positive or negative)
aspects of the physical environment of the ICU and of working conditions. Starting
from the data collected, a profile can be made of the clinical experiences of those
interviewed, emphasizing the strategies used by them to deal with the difficulties and
adversities generally present in ICUs. The analysis of these experiences has
revealed the importance of listening to the physicians and including the voice of the
doctor in the humanization process of medicine and hospitals. New research fronts,
in which are heard the voice of other doctors, other professionals, the mothers and
the children too, have shown themselves to be important / A partir do final da Segunda Guerra Mundial, a medicina tomou um impulso de
desenvolvimento clínico e cirúrgico até então desconhecidos. Por conta de
diagnósticos mais precisos, de novos recursos terapêuticos, do desenvolvimento de
novas drogas e de procedimentos tecnológicos que propiciaram aos médicos se
arriscarem em cirurgias de grande porte, doenças foram simplesmente extintas ou
controladas, a vida pôde se iniciar mais cedo e terminar mais tarde. Entretanto, toda
esse desenvolvimento tecnológico acabou por gerar dois novos problemas e dois
novos desafios: a expansão de doenças sem bases fisiopatológicas bem
estabelecidas, tais como ansiedades e doenças psicossomáticas, e uma certa
descaracterização da face humanística da medicina, descaracterização essa que
passou a ser conhecida como desumanização da medicina. Possivelmente essa
desumanização da medicina deva ser entendida como uma necessidade de uma
reformulação das bases humanísticas da mesma, numa acomodação com os
avanços tecnológicos vigentes, os quais certamente mudaram a formação e a
atuação do médico no exercício de sua profissão. O foco de atenção nessa pesquisa
se volta para essa última questão: o binômio desumanização humanização da
medicina, especificamente dos hospitais. Subsídios teóricos para a compreensão
destes conceitos estão apresentados nos capítulos introdutórios. O objetivo desta
pesquisa foi analisar a vivência da prática clínica de médicos pediatras intensivistas
de um hospital humanizado. Adotou-se, para tanto, uma metodologia específica de
pesquisa qualitativa referenciada pela abordagem fenomenológica-existencial de
Heidegger, Boss e Buber. Foram realizadas e analisadas entrevistas com cinco
médicos pediatras e intensivistas que trabalham em um hospital infantil humanizado.
As falas dos médicos revelaram diferentes visões sobre: o lidar com a morte, com a
angústia e a culpa; a presença das mães na UTI e suas decorrências na rotina
hospitalar e na prática clínica médica; o reconhecimento (ou não-reconhecimento) do
trabalho médico pelos pais e profissionais da UTI; aspectos (positivos ou negativos)
do ambiente físico da UTI e das condições de trabalho. A partir dos dados colhidos,
pôde-se traçar um perfil geral das vivências clínicas dos entrevistados, com ênfase
nas estratégias por eles usadas para lidar com dificuldades e adversidades em geral
presentes em UTIs. A análise dessas vivências revelou a importância de se ouvir os
médicos e englobar a voz dos médicos no processo de humanização da medicina e
dos hospitais. Novas frentes de pesquisa, nas quais se dê voz a outros médicos, a
outros profissionais, às mães e às próprias crianças revelaram-se importantes

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/15519
Date25 August 2006
CreatorsGoldenstein, Eduardo
ContributorsBassani, Marlise Aparecida
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia: Psicologia Clínica, PUC-SP, BR, Psicologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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