This research consists of a study about the manifestations of death on four films of the western documentary cinema: Les Maîtres Fous (1954), directed by Jean Rouch; Mondo Cane e Mondo Cane 2 (1962 e 1964), directed by Gualtiero Jacopetti e Franco Prosperi; e Nick’s Film: Lightning Over Water (1981), directed by Wim Wenders e Nicholas Ray. The filmic works here selected show different angles of mortality, approaching issues that go from the death of another person, marked by cultural otherness in relation to the filmaker, to the death inserted in a familiar context to the filmakers themselves. The exam undertaken about the set of movies is based in two fundamental elements in the filed of this cinematographic genre: the first is the insertion of the work in an ethical space sanctioned by society, the second refers to the indexation of the movie content as an assertive. The visual manifestation of death documented points to space constituted of concrete social relations that build up an appropriate basis, proportioning the questioning of moral order to the acts of producing and/or watching such images. It is important to clarify that the visual representation of death is produced through two elements: violence - practiced against a living body - and the dead body. Both elements are associated to the term when used in this study. The conceptions of death act in the structuring of the livelihood and, from this notion, historical data about the iconography of death in western society are retaken, from medieval ages to the present. The course of this trajectory of men’s confrontation with their own mortality, revealed by the different means of appropriation of the death referring to specific socio-historical groups, allows the perception of today’s notions associated to the issue as a result of a historical construction instead of absolute systematizations. From the principle that anthropology perceives cinema as a cultural product, the manifestations of the intense-image of death in documentary are understood as registers of particularities of our own culture about this matter, constituting an important field for anthropological research. / Esta pesquisa consiste em um estudo sobre as manifestações da morte em quatro obras do cinema documentário ocidental: Les Maîtres Fous (1954), dirigido por Jean Rouch; Mondo Cane e Mondo Cane 2 (1962 e 1964), dirigidos por Gualtiero Jacopetti e Franco Prosperi; e Nick’s Film: Lightning Over Water (1981), dirigido por Wim Wenders e Nicholas Ray. As obras fílmicas aqui selecionadas apresentam diferentes enfoques sobre a mortalidade, abordando desde a morte do outro, marcado pela alteridade cultural em relação ao cineasta, até a morte de si, inserida em um contexto familiar aos realizadores. O exame empreendido sobre esse conjunto de filmes se alicerça sobre dois elementos fundamentais no campo desse gênero cinematográfico: o primeiro é a questão da inserção da obra em um espaço ético sancionado pela sociedade, e o segundo é referente à indexação do conteúdo fílmico como assertivo. A manifestação visual da morte documentada aponta para um espaço constituído por relações sociais concretas que constroem uma base ética própria, conferindo problematizações de ordem moral aos atos de produzir e/ou assistir tais imagens. É importante esclarecer que a manifestação visual da morte é realizada através dos seus dois correlatos: a violência - praticada contra o corpo vivo - e o cadáver, e que esses dois elementos estão associados ao termo, quando for referido neste trabalho. As concepções de morte atuam na estruturação dos meios de vida e, a partir dessa noção, são retomados dados históricos sobre a iconografia da morte na sociedade ocidental, a partir do período medieval até os dias atuais. A trajetória da confrontação do homem com sua condição de mortal, revelada através dos diferentes meios de apropriação da morte, referentes a grupos sócio-históricos específicos, possibilita a percepção das noções atuais associadas ao tema como resultado de uma construção histórica, e não como sistematizações absolutas. Partindo do princípio de que a antropologia percebe o cinema como um produto cultural, as manifestações da imagem-intensa da morte no filme documentário são entendidas como registros das particularidades da nossa cultura acerca desta temática, constituindo um campo importante para a pesquisa antropológica.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:123456789/3196 |
Date | 30 May 2016 |
Creators | Lago, Tainah Morais |
Contributors | Correia, Luiz Gustavo Pereira de Souza |
Publisher | Universidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Antropologia, UFS, Brasil, Antropologia |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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