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[en] CAN THE QUILOMBOLA SPEAK?: A STUDY ON THE CONSTRUCTION OF POWER OF QUILOMBOLA WOMEN IN THE LAKES REGION / [pt] PODE A QUILOMBOLA FALAR?: UM ESTUDO SOBRE A CONSTRUÇÃO DO PODER DAS MULHERES QUILOMBOLAS DA REGIÃO DOS LAGOS

[pt] Esta pesquisa, realizada nos Quilombos de Baía Formosa e Rasa, em
Armação dos Búzios - RJ, analisa as dinâmicas de poder em situações de
subalternidade para mulheres quilombolas, abordando o feminismo presente em
suas ações diárias, suas formas organizativas, redes de articulação, e espaços que
ocupam como lideranças. Busca compreender suas estratégias de resistência a partir
do conhecimento situado, reconhecendo as complexidades em suas vivências. A
realidade brasileira enfrenta o persistente impacto do racismo estrutural, originado
no passado colonial, impactando as comunidades quilombolas, especialmente as
mulheres quilombolas, uma das categorias mais oprimidas na sociedade brasileira.
Metodologicamente, adota uma abordagem compartilhada com as mulheres,
usando narrativas pessoais e histórias de vida para analisar padrões de poder pós-coloniais. Destaca-se o papel das mulheres quilombolas em lutas políticas e
resistência contra opressões históricas. Essas mulheres enfrentam complexidades
interseccionais de raça e gênero, resistindo à invisibilidade e disputando narrativas.
A força dessas sujeitas reside napreservação cultural, luta pela terra e busca por
autonomia. A pesquisa enfatiza a necessidade de reconhecimento e valorização de
identidades, promovendo a desconstrução do pensamento hegemônico. Essa
dissertação fundamenta-se no diálogo com teorias decoloniais e feminismo negro,
e contribui com os estudos de quilombos e gênero. A pesquisa revelou que mulheres
quilombolas enfrentam opressões por diversas estratégias. A identidade negra e
feminina é um ponto crucial na formação dos Quilombos, centrando-se na luta pelo
território. Reforçaro compromisso com a valorização de suas vozes, promoção da
igualdade e reconhecimento das contribuições únicas que oferecem para o Brasil. / [en] This research, conducted in the Quilombos of Baía Formosa and Rasa, in
Armação dos Búzios - RJ, analyses the dynamics of power in situations of
subalternity for quilombola women, addressing the feminism present in their daily
actions, their organisational forms, networks of articulation, and spaces they occupy
as leaders. It seeks to understand their resistance strategies based on situated
knowledge, recognising the complexities of their experiences. The Brazilian reality
faces the persistent impact of structural racism, which originated in the colonial
past, impacting Quilombola communities, especially Quilombola women, one of
the most oppressed categories in Brazilian society. Methodologically, it adopts a
shared approach with women, using personal narratives and life stories to analyse
post-colonial power patterns. It emphasises the role of quilombola women in
political struggles and resistance against historical oppressions. These women face
intersectional complexities of race and gender, resisting invisibility and disputing
narratives. Their strength lies in cultural preservation, the struggle for land and the
quest for autonomy. The research emphasises the need to recognise and value
identities, promoting the deconstruction of hegemonic thinking. This dissertation is
based on a dialogue with decolonial theories and black feminism and contributes to
quilombo and gender studies. The research revealed that quilombola women face
oppression through various strategies. Black and female identity is a crucial point
in the formation of Quilombos, centred on the struggle for territory. Reinforcing the
commitment to valuing their voices, promoting equality and recognising the unique
contributions they offer to Brazil.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:67466
Date05 August 2024
CreatorsTHAIS SUISSO SANTOS GIMENES
ContributorsNILZA ROGERIA DE ANDRADE NUNES, NILZA ROGERIA DE ANDRADE NUNES
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTEXTO

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