Orientador: Ângela Fátima Soligo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-20T20:17:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2012 / Resumo: O objetivo deste estudo foi investigar as representações sociais que a criança negra tem acerca da escola, bem como compreender a construção de sua identidade e sua integração no espaço escolar. Participaram da pesquisa 58 estudantes dos três últimos anos do Ensino Fundamental I, de escolas municipais localizadas na Região Metropolitana de Campinas, sendo que 31 meninos e 27 meninas, de 7 a 13 anos de idade, todos pertencentes ao segmento racial negro. O instrumento utilizado foi uma ficha de pesquisa desenvolvida pela autora, composta por cinco etapas reciprocamente complementares. Na primeira etapa os questionamentos foram voltados para a representação de si, do professor e da localização das crianças na sala de aula. A segunda etapa abarcou a percepção e integração das crianças no espaço extra sala de aula e suas expectativas acerca da escola. Na terceira etapa questionamos as crianças sobre quais elementos eram bons e quais eram ruins na escola, já na quarta etapa questionamos as mesmas sobre as situações boas e ruins que elas vivenciaram neste espaço. E, por fim, na quinta etapa as crianças foram questionadas acerca de sua cor e sobre sua autoimagem. As entrevistas foram feitas individualmente e pela pesquisadora. O estudo aponta relações assimétricas de raça dentro da sala de aula, ou seja, a organização do espaço escolar, orientada pelo preconceito racial, contribui para a estigmatização e exclusão da criança negra na escola. Percebemos que os professores e gestores escolares apresentam posturas negligentes e muitas vezes racistas ao abordar a temática racial no interior da escola. As crianças negras vivenciam um espaço que as discrimina e são constantemente humilhadas por apelidos depreciativos de sua condição racial. Ademais, a pesquisa demonstra que as crianças negras tendem, em sua maioria, a negar sua condição racial e a se aproximar dos padrões brancos mais aceitos socialmente, influenciando negativamente sua identidade, uma vez que buscam modelos impostos socialmente que jamais serão alcançados. A escola e os profissionais da educação têm respeitado muito pouco ou nada a valorização da diferença e a promoção da igualdade racial na escola, porém as crianças ainda têm uma representação positiva dos elementos escolares de um modo geral e da professora em especial, mesmo reconhecendo os pontos negativos dos mesmos. / Abstract: The objective of this study was to investigate the social representations that black children have about the school, as well as understanding the construction of their identity and their integration within the school. The participants were 58 students in the last three years of elementary school, in public schools located in the Metropolitan Region of Campinas, with 31 boys and 27 girls, 7-13 years of age, all belonging to the segment black race. The instrument used was a form of research developed by the author, consists of five steps mutually complementary. In the first stage, the questions were focused on the representation of themselves and the teacher and the location of children in the classroom. The second phase encompassed the perception and integration of children in outer space classroom and their expectations about the school. In the third stage questioned the children about what elements were good and which were bad in school, since the fourth stage the same question about the good and bad situations that they experienced in this space. And finally, the fifth stage the children were questioned about their color and on their self-image.The interviews were conducted individually by the researcher. The study showed asymmetrical relations of race in the classroom, the organization of the school, guided by racial prejudice, contributes to the stigmatization and exclusion of black children in school. We realize that teachers and school managers have postures and often negligent in addressing the racist racial issue within the school. Black children experience a place that discriminates and are constantly humiliated by his nicknames derogatory racial condition. Moreover, research shows that black children tend mostly to deny their racial condition and approaching whites socially accepted standards, negatively influencing their identity, since taxes are seeking social models that will never be achieved. The school and education professionals have observed little or no appreciation of difference and promoting racial equality in school, but children still have a positive representation of the elements of a general school and the teacher in particular, while acknowledging the points negative thereof. / Mestrado / Psicologia Educacional / Mestre em Educação
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/250918 |
Date | 20 August 2018 |
Creators | Feitosa, Caroline Felipe Jango, 1985- |
Contributors | UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Soligo, Ângela Fátima, 1956-, Gallo, Silvio Donizetti de Oliveira, Silvério, Valter Roberto |
Publisher | [s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | 240 p. : il., application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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