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Negritude e infância : cultura, relações étnico-raciais e desenvolvimento de concepções de si em crianças

Silva, Marcella de Holanda Padilha Dantas da 03 1900 (has links)
Dissertação (mestrado)—Universidade de Brasília, Instituto de Psicologia, 2010. / Submitted by Luanna Maia (luanna@bce.unb.br) on 2011-06-02T14:39:54Z No. of bitstreams: 1 2010_MarcelladeHolandaPDdaSilva.pdf: 1616057 bytes, checksum: 7e86c4080daf63eefdaf0bf982462de1 (MD5) / Approved for entry into archive by Luanna Maia(luanna@bce.unb.br) on 2011-06-02T14:41:00Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010_MarcelladeHolandaPDdaSilva.pdf: 1616057 bytes, checksum: 7e86c4080daf63eefdaf0bf982462de1 (MD5) / Made available in DSpace on 2011-06-02T14:41:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010_MarcelladeHolandaPDdaSilva.pdf: 1616057 bytes, checksum: 7e86c4080daf63eefdaf0bf982462de1 (MD5) / A negritude, considerada como a afirmação de identidade, no que se refere ao pertencimento étnico-racial da população negra, é difícil de ser construída. O preconceito e a discriminação que permeiam as relações étnico-raciais no Brasil atuam de forma velada, refletindo-se nas desigualdades sócio-econômicas e na desvalorização da imagem do negro. As crianças aprendem cedo os modos de pensar e agir racistas nos diversos contextos culturais onde estão inseridas, ocasionando conseqüências na construção infantil das identidades. Este estudo focalizou essa aprendizagem cultural do racismo, que interfere na interação de crianças de diferentes pertencimentos étnico-raciais, a partir do referencial sociocultural construtivista e da concepção de self dialógico. A escola é compreendida como importante ambiente de socialização da criança fora do lar, e pode servir como veículo de propagação de crenças racistas, através do emprego do modelo branco de superioridade e beleza. O trabalho teve por objetivo principal investigar concepções de si, bem como crenças e valores relativos a questões identitárias e a diferenças étnico-raciais em quatro crianças pré-adolescentes do sexo feminino com fenótipo predominantemente negro, que freqüentavam uma escola do ensino público de Brasília. Ele fez parte de pesquisa mais ampla sobre o mesmo tema, que incluiu variados procedimentos, além das entrevistas, com outras crianças e com as professoras. Em relação às quatro meninas negras, suas narrativas durante as entrevistas foram investigadas visando: (1) identificar e analisar concepções, idéias, relatos de experiência, comportamentos, sentimentos ou afetos em relação a si mesmas, aos colegas e à professora, bem como aos demais parceiros de comunicação/metacomunicação, que remetam a avaliações de si construídas no contexto de sua história; e (2) analisar questões relacionadas ao preconceito, à diversidade e identidade étnico-racial e cultural, no que se refere a concepções de si e dos outros, com ênfase na compreensão dos processos de constituição de self destas crianças. Após transcrição integral das duas entrevistas com cada uma das meninas negras, os dados construídos foram submetidos à análise interpretativa do discurso comunicativo, que se beneficiou dos procedimentos do estudo mais amplo. Nos resultados vimos que crenças e valores racistas que circulam dentro e fora do contexto escolar, canalizam culturalmente as trajetórias de desenvolvimento de self de crianças negras. A desvalorização de características negras, como o cabelo crespo e a cor da pele escura, e supervalorização das brancas estão na base da dificuldade de construir concepções de si positivas associadas à negritude. A tensão criada no sistema de self por posicionamentos de si constituídos em interações sociais calcadas no preconceito e na discriminação foi expressa por meio da ambigüidade presente no discurso dessas meninas. Perspectivas para pesquisas e trabalhos futuros são apresentadas em decorrência da discussão dos resultados aqui obtidos. _______________________________________________________________________________ ABSTRACT / The Black identity is difficult to be constructed. Prejudice in Brazil is pervasive and discrimination due to ethnic and racial issues can be easily detected in social-economic class composition, but remains kind of implicit and not so visible in daily social interactions. Children soon learn the ways of prejudice within the cultural contexts where they develop, and that has a negative impact over their self construction and identity. The present study aimed at investigating this early learning of racism, which affects the relations among inter-ethnic children, from the perspective of the dialogical self, and a sociocultural constructivist approach. The school, as a central context for children socialization, plays an important role in providing racist standards and beliefs, as children interact guided by their internalized models of beauty and whiteness hierarchical superiority. This study´s goal was then to examine self conceptions, values and beliefs related to identity issues and ethnic differences in four young adolescent girls whose phenotype was mostly black, and who attended to a public school in Brasilia. The study is part of a broader research that included various procedures other than the interviews, with other children as well as teachers. The narratives of the four black girls here investigated were analyzed to: (1) identify their conceptions, ideas, values, behaviors, and feelings concerning themselves, their peers, family and other communication/metacommunication partners; (2) identify and elaborate issues related to prejudice, diversity and ethnic or cultural identity all concerning the process of their self development. Observational data obtained during the procedures pertaining to the broader research, in natural contexts as well as during semi-structured play sessions, were helpful as a background for the interpretive analysis of the girls‟ discourse during the semi-structured interviews. Results show that racist values and beliefs can be found inside and outside the school context, culturally canalizing black girls‟ self development. Depreciation of black characteristics, such as curly hair and skin color, can pose serious difficulties for positive self conceptions and identity among black girls. The tension generated within the self system, based on discrimination and prejudice experienced in daily social interactions, was detected in their narratives. Perspectives for further work, then, are suggested as a result of this study.
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Um estudo sobre a creche: o que as práticas educativas produzem e revelam sobre a questão racial?

Oliveira, Fabiana de 04 October 2004 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:39:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 DissFO.pdf: 776706 bytes, checksum: c21ca4ecbd740f5ead7f42b8ebcfa27f (MD5) Previous issue date: 2004-10-04 / The developed research characterizes as a study of descriptive case of related qualitative nature to the practical day-care center and that it involves the analysis of the educative ones and the treatment of the racial question in the between zero and three years of age. The relevance for the development of the project is based on the importance of the research for the black community as an subsidy for the questioning of the racial relations in Brazil since the infantile education and due to the exiguity of works also involving this educational segment and the racial relations. Adding itself also to this, the importance of the research for the area of educative practical infantile education aiming at the confrontation of homogeneity and racism. The objectives of the research had been the following: to elaborate a theoretical synthesis from the studies carried through on the infancy of the black child in the racial research and to analysis the educative practical ones that occurs in the day-care center, with emphasis in the black child, verifying the ways for which these practical produce and disclose the question racial. The research was developed with black children of a day-care center of the municipal net of education of São Carlos (SP), during a period of learning semester. The collection of data was carried through using the following resources: interview and comment accomplishment daily of field with the professionals of the day-care center. The theoretical syntesis concerning the question of the black child was carried through from a bibliographical survey on the studies carried through on this child and later production of the bibliographical revision for the elaboration of the syntesis, intending itself thus, to give subsidies for the production of information that will contribute to supply the racial question to the infantile education. Forty-five articles had been found, amongst which, fourteen indicated in the heading the reference to the black child and thirty-one did not make this reference. As referencial theoretician, the studies developed on the racial relations from the theoretical source of Paul Gilroy and Stuart Hall had been used searching to also articulate these contributions in the understanding of the treatment of the racial questions in the daycare center and the studies of Michel Foucault and Gilles Deleuze. / A pesquisa desenvolvida se caracteriza como um estudo de caso descritivo de natureza qualitativa relacionado à creche, e que envolve a análise das práticas educativas e o tratamento da questão racial na faixa etária entre zero e três anos de idade. A relevância para o desenvolvimento do projeto se baseia na importância da pesquisa para a comunidade negra como um subsídio para o questionamento das relações raciais no Brasil desde a educação infantil e também devido à exigüidade de trabalhos envolvendo este segmento educacional e as relações raciais. Somando-se também a isso, a importância da pesquisa para a área de educação infantil visando o enfrentamento de práticas educativas de homogeneidade e racismo. Os objetivos da pesquisa foram os seguintes: elaborar uma síntese teórica a partir dos estudos realizados sobre a infância da criança negra nas pesquisas raciais e analisar as práticas educativas que ocorrem na creche, com ênfase na criança negra, verificando as maneiras pelas quais essas práticas produzem e revelam a questão racial. A pesquisa foi desenvolvida com crianças negras de uma creche da rede municipal de ensino de São Carlos (SP), durante um semestre letivo. A coleta de dados foi realizada utilizando os seguintes recursos: observação, realização de um diário de campo e entrevistas com as profissionais da creche. A síntese teórica acerca da questão da criança negra foi realizada a partir de um levantamento bibliográfico sobre os estudos realizados sobre esta criança e posteriormente produção da revisão bibliográfica para a elaboração da síntese, pretendendo-se assim, dar subsídios para a produção de informações que contribuirão para colmatar a questão racial à educação infantil. Foram encontrados 40 artigos, dentre os quais, 14 indicavam no título a referência à criança negra e 26 não faziam essa referência. Como referencial teórico, foram utilizados os estudos desenvolvidos sobre as relações raciais a partir da vertente teórica de Paul Gilroy e Stuart Hall buscando articular essas contribuições na compreensão do tratamento das questões raciais na creche e também os estudos de Michel Foucault e Gilles Deleuze.
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Fios do novelo: crianças negras, educação e trabalho em Vassouras, 1871 a 1910 / Strands of yarn: black kids, education and work in Vassouras, from 1871 until 1910

Alexandre Ribeiro Neto 21 January 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Nosso trabalho analisa o processo de escolarização de crianças negras em Vassouras, de 1871 a 1910. Intencionamos unir as reflexões do campo da História e da História da Educação, para compreender a organização da sociedade e a inserção da escola nessa cidade, destacando a presença das crianças negras nos bancos escolares. Para conhecer a organização social de Vassouras dialogamos com Raposo (1978) e Stein (1990), dois historiadores cujas obras marcam a história da cidade. Seguindo a mesma trilha, analisamos a produção dos historiadores ligados ao Vale do Paraíba, tais como: Salles (2008), Muaze (2008) e Gomes (2006) para compreender a formação das famílias e seus títulos de nobreza. Também dialogamos com os professores Góes e Florentino (1997) e Mattos (1998) para compreender a formação da família escrava e o significado da liberdade. Na História da Educação destacamos os estudos desenvolvidos por: Gondra e Schueler (2008), que sinalizam que há poucos estudos sobre o processo de escolarização de negros, afrodescendentes e índios no período imperial. Esse quadro apontado pelos autores citados anteriormente já começou a mudar. O estudo de Silva (2000) sobre a escola para meninos negros na Corte foi um dos pioneiros na perspectiva histórica. Igualmente desbravador do campo foi a pesquisa realizada por Barros (2005) sobre o processo de escolarização de negros em São Paulo. Os trabalhos de Fonseca (2002 e 2009) desmistificam a tese de ausência de crianças negras nas escolas das Gerais. Gonçalves (2005) faz um balanço da questão e apresenta novas lacunas em áreas onde ainda não há pesquisas sobre os negros na Educação, entre elas a província do Rio de Janeiro. Este estudo buscou preencher essa lacuna a partir de documentos que se encontravam em diferentes acervos da cidade e do Estado do Rio de Janeiro. Nessas instituições coletamos: pedidos de Soldada, o jornal O Vassourense, verbetes de dicionários tecnológicos de Direito e verbetes do dicionário bibliográfico Velho Sobrinho. Em Vassouras encontramos os Mapas de Frequência Escolar e os Ofícios remetidos ao diretor da Instrução Pública. O processo histórico de educação dos libertos, iniciado com a Lei do Ventre Livre em 1871, em Vassouras pode ser acompanhado pelos Mapas de Frequência Escolar, e esses documentos nos permitem acompanhar até que idade essa criança negra permanecia na escola e também conhecer a sua saída para o mundo do trabalho. O ano de 1910 foi estabelecido para acompanhar o movimento interno, da própria documentação existente nos acervos de Vassouras, que após esse período apresentavam lacunas que dificultavam a montagem de uma série que permitisse uma análise das questões educacionais em paralelo com as questões sociais e econômicas. Adotamos como suporte teórico metodológico o Paradigma Indiciário proposto por Ginzburg (1989), que busca reconstruir as sociedades de tempos pretéritos a partir de vestígios, pistas e indícios presentes nos documentos. Também nos auxiliaram na leitura dos documentos os livros escritos por Elias (1993, 1994, 2000 e 2001), nos quais buscávamos base para ler o mundo das letras e o mundo do trabalho da sociedade vassourense no final do Império e início da República / Our work analyzes the process of education of black children in Vassouras from 1871 until 1910. We want to unite the reflections the field of History and the History of Education, to understand the organization of society and the insertion of the school in this city, highlighting the presence of black children in school benches. To meet the social organization the Vassouras the way we deal with Raposo (1978) and Stein (1990) two historians, whose works mark the history of the city. Following the same trail, we analyze the production of historians connected with the Paraíba Valley, such as: Salles (2008), Muaze (2008) e Gomes (2006) to understand the formation of households and their titles of nobility. Also have dialogue with teachers Góes e Florentino (1997) e Mattos (1998), to understand the formation of the slave family and the meaning of freedom. In the History of Education the studies developed by: Gondra and Schueler (2008), that demonstrated there are few studies on the process of education of blacks, afrodescentes, and indians in the imperial period. This situation pointed to by the authors mentioned above has already begun to change. The study of Silva (2000) about school for black boys in Corte, he was one of the pioneers in historical perspective. Also the innovative went to field research conducted by Barros (2005) on the process of schooling of blacks in São Paulo. The works of Fonseca (2002, 2009) demystify the thesis of the absence of black children in schools of Gerais. Gonçalves (2005) takes stock of the matter and introduces new gaps, in areas where there is still no research on blacks in education, including the province of Rio de Janeiro. This study contributes to fill up the blank, from documents that were in different collections of the city and State of Rio de Janeiro. . These institutions collect: requests for Soldada, the newspaper O Vassourense, technological dictionary articles of law and bibliographic dictionary entries Velho Sobrinho. In Vassouras we found the maps of school attendance and the offices referred to the Director of public instruction. The historical process of education of Freedmen, started with the law of the Free Belly in 1871, in Vassouras may be accompanied by Maps of school attendance, these documents allow us to follow up to what age this black child remained at school, and also meet its output to the world of work. The year 1910 was established to monitor the internal movement, the existing documentation in collections of Vassouras, after this period had gaps that made it difficult to mount a series, that would allow an analysis of the educational issues in parallel with the social and economic issues. Adopt as theoretical methodological support Evidence Paradigm propose by Carlo Ginsburg (1989), that seek to rebuild societies from time gone by, from traces, clues and evidence present in the documents. Also assisted us in reading the documents the books written by Elias (1993, 1994, 2000 e 2001), in which we were looking for a basis for reading the world of letters and the working world of the vassourense society at the end of the Empire and early Republic
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Fios do novelo: crianças negras, educação e trabalho em Vassouras, 1871 a 1910 / Strands of yarn: black kids, education and work in Vassouras, from 1871 until 1910

Alexandre Ribeiro Neto 21 January 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Nosso trabalho analisa o processo de escolarização de crianças negras em Vassouras, de 1871 a 1910. Intencionamos unir as reflexões do campo da História e da História da Educação, para compreender a organização da sociedade e a inserção da escola nessa cidade, destacando a presença das crianças negras nos bancos escolares. Para conhecer a organização social de Vassouras dialogamos com Raposo (1978) e Stein (1990), dois historiadores cujas obras marcam a história da cidade. Seguindo a mesma trilha, analisamos a produção dos historiadores ligados ao Vale do Paraíba, tais como: Salles (2008), Muaze (2008) e Gomes (2006) para compreender a formação das famílias e seus títulos de nobreza. Também dialogamos com os professores Góes e Florentino (1997) e Mattos (1998) para compreender a formação da família escrava e o significado da liberdade. Na História da Educação destacamos os estudos desenvolvidos por: Gondra e Schueler (2008), que sinalizam que há poucos estudos sobre o processo de escolarização de negros, afrodescendentes e índios no período imperial. Esse quadro apontado pelos autores citados anteriormente já começou a mudar. O estudo de Silva (2000) sobre a escola para meninos negros na Corte foi um dos pioneiros na perspectiva histórica. Igualmente desbravador do campo foi a pesquisa realizada por Barros (2005) sobre o processo de escolarização de negros em São Paulo. Os trabalhos de Fonseca (2002 e 2009) desmistificam a tese de ausência de crianças negras nas escolas das Gerais. Gonçalves (2005) faz um balanço da questão e apresenta novas lacunas em áreas onde ainda não há pesquisas sobre os negros na Educação, entre elas a província do Rio de Janeiro. Este estudo buscou preencher essa lacuna a partir de documentos que se encontravam em diferentes acervos da cidade e do Estado do Rio de Janeiro. Nessas instituições coletamos: pedidos de Soldada, o jornal O Vassourense, verbetes de dicionários tecnológicos de Direito e verbetes do dicionário bibliográfico Velho Sobrinho. Em Vassouras encontramos os Mapas de Frequência Escolar e os Ofícios remetidos ao diretor da Instrução Pública. O processo histórico de educação dos libertos, iniciado com a Lei do Ventre Livre em 1871, em Vassouras pode ser acompanhado pelos Mapas de Frequência Escolar, e esses documentos nos permitem acompanhar até que idade essa criança negra permanecia na escola e também conhecer a sua saída para o mundo do trabalho. O ano de 1910 foi estabelecido para acompanhar o movimento interno, da própria documentação existente nos acervos de Vassouras, que após esse período apresentavam lacunas que dificultavam a montagem de uma série que permitisse uma análise das questões educacionais em paralelo com as questões sociais e econômicas. Adotamos como suporte teórico metodológico o Paradigma Indiciário proposto por Ginzburg (1989), que busca reconstruir as sociedades de tempos pretéritos a partir de vestígios, pistas e indícios presentes nos documentos. Também nos auxiliaram na leitura dos documentos os livros escritos por Elias (1993, 1994, 2000 e 2001), nos quais buscávamos base para ler o mundo das letras e o mundo do trabalho da sociedade vassourense no final do Império e início da República / Our work analyzes the process of education of black children in Vassouras from 1871 until 1910. We want to unite the reflections the field of History and the History of Education, to understand the organization of society and the insertion of the school in this city, highlighting the presence of black children in school benches. To meet the social organization the Vassouras the way we deal with Raposo (1978) and Stein (1990) two historians, whose works mark the history of the city. Following the same trail, we analyze the production of historians connected with the Paraíba Valley, such as: Salles (2008), Muaze (2008) e Gomes (2006) to understand the formation of households and their titles of nobility. Also have dialogue with teachers Góes e Florentino (1997) e Mattos (1998), to understand the formation of the slave family and the meaning of freedom. In the History of Education the studies developed by: Gondra and Schueler (2008), that demonstrated there are few studies on the process of education of blacks, afrodescentes, and indians in the imperial period. This situation pointed to by the authors mentioned above has already begun to change. The study of Silva (2000) about school for black boys in Corte, he was one of the pioneers in historical perspective. Also the innovative went to field research conducted by Barros (2005) on the process of schooling of blacks in São Paulo. The works of Fonseca (2002, 2009) demystify the thesis of the absence of black children in schools of Gerais. Gonçalves (2005) takes stock of the matter and introduces new gaps, in areas where there is still no research on blacks in education, including the province of Rio de Janeiro. This study contributes to fill up the blank, from documents that were in different collections of the city and State of Rio de Janeiro. . These institutions collect: requests for Soldada, the newspaper O Vassourense, technological dictionary articles of law and bibliographic dictionary entries Velho Sobrinho. In Vassouras we found the maps of school attendance and the offices referred to the Director of public instruction. The historical process of education of Freedmen, started with the law of the Free Belly in 1871, in Vassouras may be accompanied by Maps of school attendance, these documents allow us to follow up to what age this black child remained at school, and also meet its output to the world of work. The year 1910 was established to monitor the internal movement, the existing documentation in collections of Vassouras, after this period had gaps that made it difficult to mount a series, that would allow an analysis of the educational issues in parallel with the social and economic issues. Adopt as theoretical methodological support Evidence Paradigm propose by Carlo Ginsburg (1989), that seek to rebuild societies from time gone by, from traces, clues and evidence present in the documents. Also assisted us in reading the documents the books written by Elias (1993, 1994, 2000 e 2001), in which we were looking for a basis for reading the world of letters and the working world of the vassourense society at the end of the Empire and early Republic
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Percepções de infância de crianças negras por professoras de educação infantil

Souza, Ellen de Lima 15 February 2012 (has links)
Made available in DSpace on 2016-06-02T19:39:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 4402.pdf: 794536 bytes, checksum: d435e279bba803bdbd6168127f6304e9 (MD5) Previous issue date: 2012-02-15 / Financiadora de Estudos e Projetos / This study aimed to understand that childhood perceptions of black children are unveiled in the process of childhood education teachers. To this end, I present a brief reflection to contextualize my training black woman activist, professor of Early Childhood Education and researcher. Following aboard a history on the establishment of early childhood education affects a federal university in which research collaborators are working in recent years and has sought to develop a work to combat the distortions and inequalities experienced by black. The theoretical references were prepared from the position of rethinking and combat situations that marginalize and disqualify in this case black children, always from the guiding question: "What childhood perceptions of black children reveal kindergarten teachers from their experiences". References are presented in the theoretical understandings and insights into: totality, perceptions, horizon, early childhood education, experience, childhood education teachers, coloniality, children and childhood. The methodological approach was built with help and inspiration in the Phenomenology of the African philosophies. So I relied on three collaborators who are experienced teachers childhood education, they all have more than fifteen years of experience and proven commitment to the education of ethnic-racial relations. Data were collected through in-depth conversations, which were identified as the meanings and themes unfold the same units that are grouped in dimensions. Data analysis revealed the dimensions: the time a former, former to child education, experiences his own childhood, childhood black - deny and doubt, this black child, missing, racialized perceptions and feelings, and finally, black marks and white markings. That reveal the training of teachers is an ongoing process and as they learned the techniques of education for ethnic-racial relations, but also realize the childhood of black children stereotypically and Eurocentric. In the final considerations introduce the concept of time to educate and racial-ethnic relations, drawing some insights about the training courses for teachers, the specificities of early childhood education and questions about childhood understandings grounded in Eurocentric values. In this chapter, I highlight that black children who are the lead teachers to seek knowledge about black / as, however, of black children is perpetuated as fragments distorted by an atmosphere of racism and inequality. / A pesquisa busca compreender percepções de infância de crianças negras, desveladas nos processos de formar-se professora de Educação Infantil. Para tanto, é apresenta breve reflexão para contextualizar formação da pesquisadora como negra, mulher, militante e professora de Educação Infantil. Na seqüência é feito um histórico da instituição de Educação Infantil afeta a uma universidade federal em que as colaboradoras da pesquisa atuam, buscando desenvolver trabalho que combata as visões distorcidas sobre os negros/as e as desigualdades vivenciadas por negros/as. A questão orientadora da pesquisa é: Que percepções de infância de crianças negras revelam professoras de Educação Infantil a partir de suas experiências de formação . As referências teóricas elaboradas com o propósito de discorrerem sobre entendimentos e compreensões relativos a: totalidade, percepções, horizonte, Educação Infantil, experiência de formar-se professora, crianças e infâncias. A postura metodológica foi construída com inspirações na Fenomenologia e o auxílio de filosofia de raiz africana. Os dados foram coletados por meio de conversas aprofundadas com três colaboradoras que são professoras de Educação Infantil com mais de quinze anos de profissão que cujo trabalho tem evidenciado compromisso com a educação das relações étnico-raciais. Os dados foram coletados por meio de conversas aprofundadas, na qual foram identificadas as unidades de significados e as mesmas unidades desvelam temas que são agrupados em dimensões. Com a análise dos dados identificaram-se dimensões em que a percepções de crianças negras se traduzem em: tempo um formador, formando-se para e na Educação Infantil, vivências da própria infância, a infância negra negação e dúvida, criança negra presente, criança branca ausente percepções e sentimentos racializados, e por fim, negros marcos e marcas brancas. Revelam que na formação as professoras aprenderam técnicas de educar para as relações étnico-raciais, porém, continuam percebendo a infância de crianças negras de forma estereotipada e eurocentrada. Nas considerações finais são tecidas compreensões acerca da concepção de tempo de educar para e nas relações étnico-raciais, com questionamentos acerca das compreensões de infância pautada, em valores eurocentrados, fica sublinhado que são as crianças negras quem conduzem as professoras a buscarem conhecimentos sobre os negros/as, e que, a infância de crianças negras se perpetua como fragmentos distorcidos por uma atmosfera de racismo e desigualdades.
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Fios do novelo: crianças negras, educação e trabalho em Vassouras, 1871 a 1910 / Strands of yarn: black kids, education and work in Vassouras, from 1871 until 1910

Alexandre Ribeiro Neto 21 January 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Nosso trabalho analisa o processo de escolarização de crianças negras em Vassouras, de 1871 a 1910. Intencionamos unir as reflexões do campo da História e da História da Educação, para compreender a organização da sociedade e a inserção da escola nessa cidade, destacando a presença das crianças negras nos bancos escolares. Para conhecer a organização social de Vassouras dialogamos com Raposo (1978) e Stein (1990), dois historiadores cujas obras marcam a história da cidade. Seguindo a mesma trilha, analisamos a produção dos historiadores ligados ao Vale do Paraíba, tais como: Salles (2008), Muaze (2008) e Gomes (2006) para compreender a formação das famílias e seus títulos de nobreza. Também dialogamos com os professores Góes e Florentino (1997) e Mattos (1998) para compreender a formação da família escrava e o significado da liberdade. Na História da Educação destacamos os estudos desenvolvidos por: Gondra e Schueler (2008), que sinalizam que há poucos estudos sobre o processo de escolarização de negros, afrodescendentes e índios no período imperial. Esse quadro apontado pelos autores citados anteriormente já começou a mudar. O estudo de Silva (2000) sobre a escola para meninos negros na Corte foi um dos pioneiros na perspectiva histórica. Igualmente desbravador do campo foi a pesquisa realizada por Barros (2005) sobre o processo de escolarização de negros em São Paulo. Os trabalhos de Fonseca (2002 e 2009) desmistificam a tese de ausência de crianças negras nas escolas das Gerais. Gonçalves (2005) faz um balanço da questão e apresenta novas lacunas em áreas onde ainda não há pesquisas sobre os negros na Educação, entre elas a província do Rio de Janeiro. Este estudo buscou preencher essa lacuna a partir de documentos que se encontravam em diferentes acervos da cidade e do Estado do Rio de Janeiro. Nessas instituições coletamos: pedidos de Soldada, o jornal O Vassourense, verbetes de dicionários tecnológicos de Direito e verbetes do dicionário bibliográfico Velho Sobrinho. Em Vassouras encontramos os Mapas de Frequência Escolar e os Ofícios remetidos ao diretor da Instrução Pública. O processo histórico de educação dos libertos, iniciado com a Lei do Ventre Livre em 1871, em Vassouras pode ser acompanhado pelos Mapas de Frequência Escolar, e esses documentos nos permitem acompanhar até que idade essa criança negra permanecia na escola e também conhecer a sua saída para o mundo do trabalho. O ano de 1910 foi estabelecido para acompanhar o movimento interno, da própria documentação existente nos acervos de Vassouras, que após esse período apresentavam lacunas que dificultavam a montagem de uma série que permitisse uma análise das questões educacionais em paralelo com as questões sociais e econômicas. Adotamos como suporte teórico metodológico o Paradigma Indiciário proposto por Ginzburg (1989), que busca reconstruir as sociedades de tempos pretéritos a partir de vestígios, pistas e indícios presentes nos documentos. Também nos auxiliaram na leitura dos documentos os livros escritos por Elias (1993, 1994, 2000 e 2001), nos quais buscávamos base para ler o mundo das letras e o mundo do trabalho da sociedade vassourense no final do Império e início da República / Our work analyzes the process of education of black children in Vassouras from 1871 until 1910. We want to unite the reflections the field of History and the History of Education, to understand the organization of society and the insertion of the school in this city, highlighting the presence of black children in school benches. To meet the social organization the Vassouras the way we deal with Raposo (1978) and Stein (1990) two historians, whose works mark the history of the city. Following the same trail, we analyze the production of historians connected with the Paraíba Valley, such as: Salles (2008), Muaze (2008) e Gomes (2006) to understand the formation of households and their titles of nobility. Also have dialogue with teachers Góes e Florentino (1997) e Mattos (1998), to understand the formation of the slave family and the meaning of freedom. In the History of Education the studies developed by: Gondra and Schueler (2008), that demonstrated there are few studies on the process of education of blacks, afrodescentes, and indians in the imperial period. This situation pointed to by the authors mentioned above has already begun to change. The study of Silva (2000) about school for black boys in Corte, he was one of the pioneers in historical perspective. Also the innovative went to field research conducted by Barros (2005) on the process of schooling of blacks in São Paulo. The works of Fonseca (2002, 2009) demystify the thesis of the absence of black children in schools of Gerais. Gonçalves (2005) takes stock of the matter and introduces new gaps, in areas where there is still no research on blacks in education, including the province of Rio de Janeiro. This study contributes to fill up the blank, from documents that were in different collections of the city and State of Rio de Janeiro. . These institutions collect: requests for Soldada, the newspaper O Vassourense, technological dictionary articles of law and bibliographic dictionary entries Velho Sobrinho. In Vassouras we found the maps of school attendance and the offices referred to the Director of public instruction. The historical process of education of Freedmen, started with the law of the Free Belly in 1871, in Vassouras may be accompanied by Maps of school attendance, these documents allow us to follow up to what age this black child remained at school, and also meet its output to the world of work. The year 1910 was established to monitor the internal movement, the existing documentation in collections of Vassouras, after this period had gaps that made it difficult to mount a series, that would allow an analysis of the educational issues in parallel with the social and economic issues. Adopt as theoretical methodological support Evidence Paradigm propose by Carlo Ginsburg (1989), that seek to rebuild societies from time gone by, from traces, clues and evidence present in the documents. Also assisted us in reading the documents the books written by Elias (1993, 1994, 2000 e 2001), in which we were looking for a basis for reading the world of letters and the working world of the vassourense society at the end of the Empire and early Republic
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Fios do novelo: crianças negras, educação e trabalho em Vassouras, 1871 a 1910 / Strands of yarn: black kids, education and work in Vassouras, from 1871 until 1910

Alexandre Ribeiro Neto 21 January 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Nosso trabalho analisa o processo de escolarização de crianças negras em Vassouras, de 1871 a 1910. Intencionamos unir as reflexões do campo da História e da História da Educação, para compreender a organização da sociedade e a inserção da escola nessa cidade, destacando a presença das crianças negras nos bancos escolares. Para conhecer a organização social de Vassouras dialogamos com Raposo (1978) e Stein (1990), dois historiadores cujas obras marcam a história da cidade. Seguindo a mesma trilha, analisamos a produção dos historiadores ligados ao Vale do Paraíba, tais como: Salles (2008), Muaze (2008) e Gomes (2006) para compreender a formação das famílias e seus títulos de nobreza. Também dialogamos com os professores Góes e Florentino (1997) e Mattos (1998) para compreender a formação da família escrava e o significado da liberdade. Na História da Educação destacamos os estudos desenvolvidos por: Gondra e Schueler (2008), que sinalizam que há poucos estudos sobre o processo de escolarização de negros, afrodescendentes e índios no período imperial. Esse quadro apontado pelos autores citados anteriormente já começou a mudar. O estudo de Silva (2000) sobre a escola para meninos negros na Corte foi um dos pioneiros na perspectiva histórica. Igualmente desbravador do campo foi a pesquisa realizada por Barros (2005) sobre o processo de escolarização de negros em São Paulo. Os trabalhos de Fonseca (2002 e 2009) desmistificam a tese de ausência de crianças negras nas escolas das Gerais. Gonçalves (2005) faz um balanço da questão e apresenta novas lacunas em áreas onde ainda não há pesquisas sobre os negros na Educação, entre elas a província do Rio de Janeiro. Este estudo buscou preencher essa lacuna a partir de documentos que se encontravam em diferentes acervos da cidade e do Estado do Rio de Janeiro. Nessas instituições coletamos: pedidos de Soldada, o jornal O Vassourense, verbetes de dicionários tecnológicos de Direito e verbetes do dicionário bibliográfico Velho Sobrinho. Em Vassouras encontramos os Mapas de Frequência Escolar e os Ofícios remetidos ao diretor da Instrução Pública. O processo histórico de educação dos libertos, iniciado com a Lei do Ventre Livre em 1871, em Vassouras pode ser acompanhado pelos Mapas de Frequência Escolar, e esses documentos nos permitem acompanhar até que idade essa criança negra permanecia na escola e também conhecer a sua saída para o mundo do trabalho. O ano de 1910 foi estabelecido para acompanhar o movimento interno, da própria documentação existente nos acervos de Vassouras, que após esse período apresentavam lacunas que dificultavam a montagem de uma série que permitisse uma análise das questões educacionais em paralelo com as questões sociais e econômicas. Adotamos como suporte teórico metodológico o Paradigma Indiciário proposto por Ginzburg (1989), que busca reconstruir as sociedades de tempos pretéritos a partir de vestígios, pistas e indícios presentes nos documentos. Também nos auxiliaram na leitura dos documentos os livros escritos por Elias (1993, 1994, 2000 e 2001), nos quais buscávamos base para ler o mundo das letras e o mundo do trabalho da sociedade vassourense no final do Império e início da República / Our work analyzes the process of education of black children in Vassouras from 1871 until 1910. We want to unite the reflections the field of History and the History of Education, to understand the organization of society and the insertion of the school in this city, highlighting the presence of black children in school benches. To meet the social organization the Vassouras the way we deal with Raposo (1978) and Stein (1990) two historians, whose works mark the history of the city. Following the same trail, we analyze the production of historians connected with the Paraíba Valley, such as: Salles (2008), Muaze (2008) e Gomes (2006) to understand the formation of households and their titles of nobility. Also have dialogue with teachers Góes e Florentino (1997) e Mattos (1998), to understand the formation of the slave family and the meaning of freedom. In the History of Education the studies developed by: Gondra and Schueler (2008), that demonstrated there are few studies on the process of education of blacks, afrodescentes, and indians in the imperial period. This situation pointed to by the authors mentioned above has already begun to change. The study of Silva (2000) about school for black boys in Corte, he was one of the pioneers in historical perspective. Also the innovative went to field research conducted by Barros (2005) on the process of schooling of blacks in São Paulo. The works of Fonseca (2002, 2009) demystify the thesis of the absence of black children in schools of Gerais. Gonçalves (2005) takes stock of the matter and introduces new gaps, in areas where there is still no research on blacks in education, including the province of Rio de Janeiro. This study contributes to fill up the blank, from documents that were in different collections of the city and State of Rio de Janeiro. . These institutions collect: requests for Soldada, the newspaper O Vassourense, technological dictionary articles of law and bibliographic dictionary entries Velho Sobrinho. In Vassouras we found the maps of school attendance and the offices referred to the Director of public instruction. The historical process of education of Freedmen, started with the law of the Free Belly in 1871, in Vassouras may be accompanied by Maps of school attendance, these documents allow us to follow up to what age this black child remained at school, and also meet its output to the world of work. The year 1910 was established to monitor the internal movement, the existing documentation in collections of Vassouras, after this period had gaps that made it difficult to mount a series, that would allow an analysis of the educational issues in parallel with the social and economic issues. Adopt as theoretical methodological support Evidence Paradigm propose by Carlo Ginsburg (1989), that seek to rebuild societies from time gone by, from traces, clues and evidence present in the documents. Also assisted us in reading the documents the books written by Elias (1993, 1994, 2000 e 2001), in which we were looking for a basis for reading the world of letters and the working world of the vassourense society at the end of the Empire and early Republic
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Aqui tem racismo! : um estudo das representações sociais e das identidades das crianças negras / There is racism! : study of social representations and identities of black children in school

Feitosa, Caroline Felipe Jango, 1985- 20 August 2018 (has links)
Orientador: Ângela Fátima Soligo / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Educação / Made available in DSpace on 2018-08-20T20:17:42Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Feitosa_CarolineFelipeJango_M.pdf: 11680926 bytes, checksum: 9e86ab199c161045ce738f5d92bdafd9 (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: O objetivo deste estudo foi investigar as representações sociais que a criança negra tem acerca da escola, bem como compreender a construção de sua identidade e sua integração no espaço escolar. Participaram da pesquisa 58 estudantes dos três últimos anos do Ensino Fundamental I, de escolas municipais localizadas na Região Metropolitana de Campinas, sendo que 31 meninos e 27 meninas, de 7 a 13 anos de idade, todos pertencentes ao segmento racial negro. O instrumento utilizado foi uma ficha de pesquisa desenvolvida pela autora, composta por cinco etapas reciprocamente complementares. Na primeira etapa os questionamentos foram voltados para a representação de si, do professor e da localização das crianças na sala de aula. A segunda etapa abarcou a percepção e integração das crianças no espaço extra sala de aula e suas expectativas acerca da escola. Na terceira etapa questionamos as crianças sobre quais elementos eram bons e quais eram ruins na escola, já na quarta etapa questionamos as mesmas sobre as situações boas e ruins que elas vivenciaram neste espaço. E, por fim, na quinta etapa as crianças foram questionadas acerca de sua cor e sobre sua autoimagem. As entrevistas foram feitas individualmente e pela pesquisadora. O estudo aponta relações assimétricas de raça dentro da sala de aula, ou seja, a organização do espaço escolar, orientada pelo preconceito racial, contribui para a estigmatização e exclusão da criança negra na escola. Percebemos que os professores e gestores escolares apresentam posturas negligentes e muitas vezes racistas ao abordar a temática racial no interior da escola. As crianças negras vivenciam um espaço que as discrimina e são constantemente humilhadas por apelidos depreciativos de sua condição racial. Ademais, a pesquisa demonstra que as crianças negras tendem, em sua maioria, a negar sua condição racial e a se aproximar dos padrões brancos mais aceitos socialmente, influenciando negativamente sua identidade, uma vez que buscam modelos impostos socialmente que jamais serão alcançados. A escola e os profissionais da educação têm respeitado muito pouco ou nada a valorização da diferença e a promoção da igualdade racial na escola, porém as crianças ainda têm uma representação positiva dos elementos escolares de um modo geral e da professora em especial, mesmo reconhecendo os pontos negativos dos mesmos. / Abstract: The objective of this study was to investigate the social representations that black children have about the school, as well as understanding the construction of their identity and their integration within the school. The participants were 58 students in the last three years of elementary school, in public schools located in the Metropolitan Region of Campinas, with 31 boys and 27 girls, 7-13 years of age, all belonging to the segment black race. The instrument used was a form of research developed by the author, consists of five steps mutually complementary. In the first stage, the questions were focused on the representation of themselves and the teacher and the location of children in the classroom. The second phase encompassed the perception and integration of children in outer space classroom and their expectations about the school. In the third stage questioned the children about what elements were good and which were bad in school, since the fourth stage the same question about the good and bad situations that they experienced in this space. And finally, the fifth stage the children were questioned about their color and on their self-image.The interviews were conducted individually by the researcher. The study showed asymmetrical relations of race in the classroom, the organization of the school, guided by racial prejudice, contributes to the stigmatization and exclusion of black children in school. We realize that teachers and school managers have postures and often negligent in addressing the racist racial issue within the school. Black children experience a place that discriminates and are constantly humiliated by his nicknames derogatory racial condition. Moreover, research shows that black children tend mostly to deny their racial condition and approaching whites socially accepted standards, negatively influencing their identity, since taxes are seeking social models that will never be achieved. The school and education professionals have observed little or no appreciation of difference and promoting racial equality in school, but children still have a positive representation of the elements of a general school and the teacher in particular, while acknowledging the points negative thereof. / Mestrado / Psicologia Educacional / Mestre em Educação
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Mandingas da infância: as culturas das crianças pequenas na escola municipal Malê Debalê, em Salvador (BA) / Mandingas of childhood: young children\'s culture in a municipal school of Malê Debalê in a Salvador (BA)

Nunes, Mighian Danae Ferreira 18 August 2017 (has links)
Esta tese é um dos frutos de uma etnografia realizada em 2015 com crianças de uma turma de educação infantil (04-05 anos) na escola municipal Malê Debalê, em Itapuã, Salvador (BA), escola sediada dentro do bloco afro de mesmo nome. Devido às possibilidades e também limitações que uma etnografia oferece, a pesquisa alternou momentos em que pude falar sobre e com as crianças, através do estudo das relações de catorze crianças entre si, com crianças maiores e também com os/as adultos/as. A partir da sociologia da infância, mas também com os estudos sociais da infância, os estudos sobre relações raciais e antirracismo, a interseccionalidade e os estudos decoloniais, busquei aproximar-me do ponto de vista das crianças para abordar os temas que por elas me foram apresentados, a saber: a relação adultocriança e o corpo. Apresento também temas que julguei importantes serem assinalados a partir da minha perspectiva adulta, como sexo-gênero e raça. De modo secundário, as ações das/os adultos/as presentes no campo também foram observadas. O termo mandinga, identificado como um dos elementos da capoeira, possui uma relação com o contexto e com o grupo social estudado, além de traduzir os aspectos observados no campo, a partir da forma como as crianças lidavam com as pessoas e os objetos à sua volta. Denominei de mandinga a ação social que essas crianças negras realizaram para negociar suas existências em um mundo adulto que, apesar de reconhecer suas presenças, insiste em não reconhecer a importância das suas culturas e dos saberes que elas possuem para viver no mundo enquanto seres que, tal como os/as adultos/os, estão sendo e tornando-se. A pesquisa demonstrou que, muito embora estejam em um espaço em que as culturas negras são vivenciadas pelas crianças, tanto os meninos quanto as meninas negras ainda são submetidos/as a normas de raça e sexo-gênero, acrescidas pelas imposições da idade, demonstrando o caráter fundamental do debate interseccional para alcançarmos as crianças negras. A partir das relações de interdependência entre as estruturas sociais e as agências das crianças, vislumbra-se um corpo de criança que é individual e coletivo, porque expressa-se por, com e a partir das demais pessoas presentes em suas vidas. Esse corpo é bio-socio-cultural em toda a sua existência e foi, paulatinamente, sendo percebido pelas crianças como possuidor de um sexo-gênero e de uma raça a partir das relações que travaram entre elas, com outras crianças maiores e também com os/as adultos/as. Nas interações, uma cobrança com relação às meninas negras para que demonstrassem maior controle sobre suas emoções foi percebida, já para os meninos negros havia o reforço da masculinidade, que se fazia presente quando eles eram vistos como maus e perigosos. Apesar disso, houve crianças que fizeram frente a esses modelos femininos e masculinos impostos também às crianças negras, havendo uma solidariedade intergêneros, possível de ser notada entre elas durante o trabalho de campo, evidenciando-se com alguma intensidade nos momentos em que brincaram juntas de casinha, com os meninos negros desempenhando funções consideradas femininas. Estas análises fizeram-me perceber que, para além do brincar, a amizade foi um dos princípios das crianças partícipes da pesquisa. A amizade, em consonância com o ponto de vista das mulheres negras presentes no campo, demonstrou as possibilidades de aproximação entre as perspectivas das crianças e as dos/as adultos/as negros/as. No que tange aos corpos das crianças, estes movem-se através de gingas de corpo e gingas de palavra, organizadas individual e coletivamente para burlar os espaços-tempos definidos pela escola e as ordens institucionais adultas ocidentais. Entre mandingas e gingas, as crianças brincam não apenas com brinquedos, pessoas e coisas, mas também com a própria vida, recuando e atacando, tal qual num jogo de capoeira e, ao mesmo tempo, se acomodam, resistem e transformam. Nestes movimentos, recuperam suas existências no instante-agora em que estão crianças. / This thesis is one of the results of an ethnographic study carried out in 2015, with a class of young children (04-05 years old) in the municipal school Malê Debalê, in Itapuã, Salvador, Bahia (BA). This school is located in the African block (of a carnival group) with the same name. Due to the possibilities - as well as the limitations - that the ethnography offers, the research alternated moments during which I could talk « about » and « to » children, through the study of relationships of fourteen children among themselves, with older children as well as with adults. From children sociology, but also with social studies of childhood, studies about racial and anti-racism tensions, the intersectionality and the decolonial studies, I tried to get closer, to the children\'s point of view, to approach the subjects which they were introducing to me, such as: the relationship adult-child and the body. I also present subjects I judged important to be considered from my adult perspective: sex-gender and race. Secondarily, the actions of the adults present on the field were also observed. The term mandinga, identified as one of the elements of capoeira, is related to the context and to the social group studied, besides it translates the aspects observed in the field, from the way children dealt with people and objects around them. I called mandinga the social action these black children played to negotiate their existence in an adult world which, on top of recognizing their presence, insists on not recognizing the importance of their cultures and knowledge which they own to live in the world as human beings and, as the adults, they \"are being\" and, at the same moment, they \"are becoming\". This research demonstrated that, even though they are in a space in which black culture is experienced by children, the black boys as well as the black girls are still subjected to the racial and sex-gender norms, increased by the impositions due to the age. The situation demonstrates the importance of the intersectional debate to reach the black children. From the relation of interdependence between the social structures and the children\'s agencies, it is glimpse at the child\'s body, which is individual and collective, as it expresses itself for, with and from other people present in their lives. This body is bio-socio-cultural in all its existence and it has been, gradually, perceived by children as a possessor of a sex-gender and of a race. It occurs due to the relationships among themselves and with older children, as well as with adults. In the interactions, it was noticed a concern related to black girls, it is expected from them to demonstrate a major control over their emotions. On the other hand, there was reinforcement to the black boys of masculinity, which was present when they were seen as bad and dangerous. Although, there were children who faced these male and female models, imposed also to black children, it was noticed, during fieldwork, the children were creating an intergenerational solidarity. There was some intensity of this solidarity when they were playing together \"house\", with black boys performing social roles considered \"feminine\". These analyzes made me perceive that, beyond playing, the friendship was one of the principles for the children present in this study. The friendship, from the point of view of the black women present in the field, has demonstrated the possibilities of an approach between the perspectives of the children and of the adults from the black community. In reference to the bodies of the children, they move through the body and the word ginga , organized individually and collectively to cheat the space-time defined by the school and by the occidental adult institutional order. Between mandingas and gingas, the children « play » not only with toys, people and things, but also with life itself, retreating and attacking, like a game of capoeira, and, at the same time, the kids settle, resist and transform. In these movements, they get back their existence to the present moment in which they are being children.
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Relevância da dimensão cultural na escolarização de crianças negras / Relevance of the cultural dimension for the schooling of black children.

Molina, Thiago dos Santos 06 June 2011 (has links)
A dissertação de mestrado intitulada Relevância da dimensão cultural na escolarização de crianças negras discorre sobre iniciativas de educação escolar surgidas em contextos de afirmação de valores existenciais afro-brasileiros e persegue os objetivos de (a) investigar as bases teóricas e práticas escolares de pedagogias estruturadas a partir de reposições e reelaborações culturais negras na diáspora e (b) discutir a relação entre cultura do educando e cultura escolar presente nestas concepções educativas. Partimos da hipótese que a presença da história e cultura afro-brasileira no currículo escolar atua como um fator de favorecimento do processo de escolarização das crianças negras, as quais vários estudos apontam como mais vulneráveis a serem colocadas em situação de fracasso e evasão escolar e suscetíveis de sofrerem preconceito e discriminação étnico-racial. Ao final do texto concluímos com outra hipótese, não excludente da primeira: a presença da história e cultura afro-brasileira como instrumento do processo de escolarização favorece a experiência da educação escolar de crianças negras; por outro lado, tomar a história e cultura negra como fundamento da escolarização exige a emergência de outra cultura escolar, pois uma transformação nesse nível modifica não somente os conteúdos pedagógicos e práticas de ensino, mas o próprio entendimento do que seja a noção de Escola. Fruto de um projeto de pesquisa executado a partir de março de 2008, para chegarmos a esses resultados realizamos pesquisa documental, bibliográfica e de campo sobre o Projeto Político Pedagógico Irê Ayó (Caminho da alegria em iorubá), em atividade na Escola Municipal Eugênia Anna dos Santos, em Salvador-BA, desde 1999, instituição situada no terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá. O histórico de implantação desse projeto nos remeteu à Mini Comunidade Obá Biyi, outra iniciativa de educação escolar ocorrida no terreiro entre 1978 e 1986. Para alinhar as duas iniciativas tomamos o adinkra sankofa como procedimento metodológico, ou seja, procuramos desvelar os legados construídos por ambas para refletir sobre políticas públicas educacionais específicas para as crianças negras no futuro. Destarte, adotamos como critério de avaliação para um estudo da prática cotidiana escolar três dimensões inter-relacionadas, (I) a dimensão institucional ou organizacional; (II) a instrucional ou pedagógica; e (III) a sociopolítica ou cultural, como propostas por Marli André. Encontramos suporte teórico para diferenciar estrategicamente escolarização e educação em Mwalimu Shujaa e construímos nosso referencial sobre cultura negra reposta na diáspora a partir de Mestre Didi, Muniz Sodré e Juana Santos. Estabelecemos a contribuição do ativismo negro ao pensamento educacional sobre ideias de Nilma Gomes e Petronilha Silva e argumentamos sobre a necessidade de um ensino culturalmente relevante para crianças negras com Gloria Ladson-Billings. Avançamos para compreender o eurocentrismo do pensamento pedagógico a partir de Narcimária Luz e Marco Aurélio Luz e, por fim, a partir de Vanda Machado pudemos repensar a utopia de escolarizar crianças negras a partir da afirmação de seus valores existenciais. Procuramos compreender o embate que daí advêm, entre escolarização e cultura afro-brasileira, com a noção de didática da dupla consciência, inspirada no o pensamento de W. E.B Du Bois. / The Master thesis entitled Relevance of the cultural dimension for the schooling of Black children investigates initiatives of schooling raised in contexts of affirmation of Afro-Brazilian existential values. It seeks to (a) explore the theoretical basis and school practices of pedagogies based upon cultural re-elaborations of the Black Diaspora and (b) discuss the relation between the students culture and the school culture which underlies those educative conceptions. We depart from the hypothesis that the presence of Afro-Brazilian history and culture in the school curriculum might favor the process of schooling for Black children. A number of studies have shown that Black children are more vulnerable to being placed at risk of school failure and school drop-out, and also to be susceptible to suffering racial discrimination at school. The text comes up with a second hypothesis, which does not exclude the former: the presence of Afro-Brazilian history and culture as an instrument of schooling indeed favors the experience of schooling of Black children; on the other hand, taking Afro-Brazilian history and culture as a grounds for schooling requires the emergence of a different school culture, because a transformation of this kind changes not only pedagogical contents and teaching practices, but also the very understanding of what School, as an institution, is about. This research project started in March 2008; to achieve our results we conducted documentary, bibliographic and field research on the Political Pedagogical Project Irê Ayó (Path to Joy in Yoruba language), which has been ap.lied since 1999 at Municipal School Eugênia Anna dos Santos, in Salvador, Bahia, placed in the Afro-Brazilian religious (candomblé) temple Ilê Axé Opô Afonjá. The history of the implementation of this project made us turn our attention to a former project implemented at the same school between 1978 and 1986, Mini Comunidade Obá Biyi. We took the adinkra sankofa as a methodological procedure that allowed us to align both initiatives; we tried to look into both projects legacies to think over specific educational public policies for Black children in the future. Therefore we adopted three interrelated dimensions as criteria for the evaluation of everyday life school practices: (I) the institutional or organizational dimension; (II) the pedagogical dimension: and (III) the sociopolitical and cultural dimension, as proposed by Marli André. We found theoretical sup.ort to the strategic differentiation of education and schooling from Mwalimu Shujaa and took our references on the repositioning of Black culture in the Diaspora from Mestre Didi, Muniz Sodré and Juana Santos. Our ideas on the contribution of Black activism for the educational thought stem from Nilma Gomes and Petronilha Silva, and our arguments on the need of culturally relevant teaching for Black children follow Gloria Ladson-Billingss writings. We built on Narcimária Luz e Marco Aurélio Luz to grasp the role of eurocentrism in Pedagogical thought, and we finally could, from Vanda Machado, rethink the utopia of schooling Black children, departing from their existential values. We could understand from that the clashes between schooling and Afro-Brazilian culture, forging the notion of Didactic of double consciousness, inspired by the thought of W. E. B. Du Bois.

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