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Uso, manejo, conhecimento local e caracterização morfológica de variedades de Auracaria augustifolia (Bert.) Ktze., no planalto serrano catarinense

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Florianópolis, 2013. / Made available in DSpace on 2013-12-06T00:37:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / A Mata Atlântica é um dos biomas mais biodiversos do planeta, considerado um dos 25 hotspots. Como parte deste bioma está a Floresta Ombrófila Mista (FOM), com ampla distribuição, principalmente nos três estados sul do Brasil. A fitofisionomia da FOM é caracterizado pela Araucaria angustifolia, espécie arbórea longeva, que, por possuir grande importância madeireira, foi muito explorada desde o início do século XX até a década de 1970. Em consequência, algumas medidas legais foram tomadas para evitar seu extermínio, tais como a proibição do corte para fins comerciais. Uma alternativa de renda para as comunidades que dependem desse recurso é a exploração de sua semente (pinhão). O pinhão é um produto florestal não madeireiro explorado historicamente pelo seu alto valor nutritivo, havendo registros de seu uso como alimento para populações indígenas pré-colombianas. Há evidências de que sua distribuição foi influenciada por ações antrópicas pré-coloniais e que o manejo pode ter favorecido variações morfológicas na espécie, indicando um possível processo de domesticação. Apesar de não haver um consenso em relação ao número de variedades e suas características específicas, são descritas até nove variedades e uma forma para a espécie. São escassos os trabalhos referentes à identificação de variedades, a partir de caracteres morfológicos, vinculados à etnobotânica da espécie. Nesse sentido, este trabalho está dividido em dois capítulos. O primeiro tem o objetivo de analisar,por meio de entrevistas semi-estruturadas, o conhecimento, o uso e o manejo das diferentes variedades em comunidades locais do município de Painel e Urubici no estado de Santa Catarina.O segundo capítulo tem o objetivo de estudar a ocorrência das variedades na paisagem manejada por extratores de pinhão e caracterizar suas diferenças morfológicas por meio da coleta de pinhas e análises de nove descritores morfológicos. As comunidades reconhecem 12 nomes locais para variedades da espécie e essas são diferenciadas pelo tamanho,coloração,sabor das sementes e, principalmente, pela época de maturação das pinhas. Também há preferências de uso por certas variedades e um interesse em favorecer algumas delas para a produção de sementes durante todo o ano. Em relação aos caracteres morfológicos, houve diferenças significativas entre variedades para oito descritores. A ocorrência das variedades nas paisagens se dá também de maneira diferenciada, sendo que duas delas, a variedade ?meia safra? e a variedade ?macaco?, foram as que obtiveram respectivamente a maior e menor frequência de ocorrência.Os resultados do trabalho nos revelou a importância sociocultural, econômica e ambiental. Práticas de manejo para a conservação da espécie, que é ameaçada de extinção, devem ser elaboradas em conjunto entre comunidade científica, comunidades que dependem do recurso e órgãos públicos que visam à conservação do meio ambiente. <br>

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/107614
Date January 2013
CreatorsAdan, Natalia
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Peroni, Nivaldo
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format153 p.| il., grafs., tabs.
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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