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Utilização da castanheira da praia [Bombacopis glabra (Pasq.) A. Rob.] como mourão vivo, pelos descentes de açorianos na Ilha de Santa Catarina

Carmo, Victor Barbosa do January 2006 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas. / Made available in DSpace on 2012-10-22T15:47:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 233622.pdf: 868345 bytes, checksum: 5ea85b2a6dad4abd828cc416f7776bba (MD5) / No Brasil, a grande maioria dos lotes é delimitada por cercas com quatro fios de arame e mourões de madeira que precisam ser periodicamente substituídos, empregando enorme quantidade de madeira. Diante da escassez de madeira, torna-se relevante a pesquisa em busca de alternativas que conjuguem a manutenção das árvores e a formação de cercas eficientes, como a substituição dos mourões de madeira morta por cercas de mourão vivo, formando as cercas vivas. Esta pesquisa descreve as técnicas de manejo da Castanheira-da-praia (Bombacopsis glabra) para a construção de cercas vivas, desenvolvidas pelas comunidades de descendentes de açorianos na Ilha de Santa Catarina para seu emprego nos sistemas agroflorestais. Utilizei como método de campo, entrevistas semi-estruturadas com os proprietários de terrenos que ainda estão cercados com a árvore nas comunidades da Costa da Lagoa, Fortaleza da Barra, Ribeirão da Ilha, Rio Vermelho e Lagoa do Perí. Implantei também uma cerca experimental na fazenda da Ressacada (UFSC) para avaliar a relação entre o diâmetro dos mourões e a rebrotação através de análises estatísticas. A pesquisa indicou que a implantação de cercas vivas de Castanheira da praia pode ser feita com os mourões definitivos, cortados nos bancos de árvores existentes nos quintais agroflorestais, preferencialmente na época de chuvas. Os mourões ideais devem ter pelo menos três metros de altura e espessura mínima de 20 cm de CAP para que seja forte o suficiente para sustentar o arame e para que os brotos não sejam alcançados pelo gado. Após alguns anos do estabelecimento das cercas de Castanheira da praia, as copas podem ser podadas e suas folhagens servem como alimento para o gado. Diante do baixo custo de obtenção de mourões e de estabelecimento deste tipo de cerca, esta espécie apresenta grande potencial de uso em sistemas silvipastoris e pode auxiliar o desempenho econômico e ambiental das propriedades rurais. In Brazil, most fields are bounded by fences with four wires and wooden posts each four meters that need to be periodically substituted, requiring a great amount of wood. With the scarcity of hard wood, the research is needed, for alternatives that join the maintenance of trees and efficient fence formation, like the substitution of dead wooden posts by living posts, forming living fences, is needed. This research describs to register the handling of Castanheira da praia (Bombacopsis glabra) for the construction of life fences developed by açorian communities of Santa Catarina Island, to be used in agroforest systems. I used by method, semi-structed interviews with field owners that still be bounded with the tree, in the community Costa da Lagoa, Fortaleza da Barra, Ribeirão da Ilha, Rio Vermelho e Lagoa do Perí. I also Did a experimental fence in Ressacada farm (UFSC) to evaluate the relationship between the diameter of posts and spreads through statistic analysis. The research indicates that life fences of Castanheira da praia implantation can be done with definitive posts, cutted on tree banks existing on agroforestry patios, preferentially on rain season. The ideals posts must have at least three meters height and minimal thickness of 20 cm of LBH to be strong enough to sustain the wire and for the sprouts don#t be reached by cattle. After few years of the stablishment of Castanheira da praia fences, treetops can be cutted and their leaves can be feeded by cattle. Beyond the low costs to obtain the posts and to the implantation of this kind of fence, this species presents great potential to use in silvipastoril systems and can assist the economic and envirommental performance of rural properties.
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Aspectos etnobotânicos e etnoecológicos da palmeira juçara (Euterpe edulis Martius) e a produção de frutos e polpa em quintais de comunidades quilombolas do Vale do Ribeira, SP

Barroso, Renata Moreira 24 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Florianópolis, 2009 / Made available in DSpace on 2012-10-24T19:39:40Z (GMT). No. of bitstreams: 0 / As comunidades quilombolas encontram-se distribuídas em todo o Brasil. São consideradas comunidades negras rurais compostas por descendentes de africanos escravizados que no Vale do Ribeira, uma das regiões mais pobres do estado de São Paulo, vivem da agricultura de subsistência, coleta de recursos florestais e principalmente exploração de palmito Juçara (Euterpe edulis Martius) para complemento da renda familiar. A palmeira Juçara possui importante papel ecológico e econômico para estas as comunidades quilombolas. Seus frutos, além de alimentar diversas espécies de animais, podem apresentar-se como uma alternativa econômica para comunidades de baixa renda. O objetivo geral dessa dissertação foi investigar aspectos etnobotânicos e etnoecológicos da palmeira Juçara, abordar algumas práticas de manejo das populações para a produção de frutos, caracterizar as áreas manejadas de E. edulis em quintais e avaliar a produção de frutos e polpa, em comunidades quilombolas do Vale do Ribeira-SP. A investigação etnobotânica e etnoecológica se deu através de entrevistas semi-estruturadas realizadas com 25 pessoas, consideradas informantes-chaves por já terem explorado o palmito nas florestas regionais ou por possuírem Juçaras em seus quintais. A avaliação da produção de frutos e polpa foi realizada em áreas manejadas de três quintais das comunidades de Sapatu e Ivaporunduva onde foram alocadas parcelas para a caracterização das populações e onde foi realizada a coleta de frutos. A polpa obtida foi processada e analisada em teor de peso seco e havendo também a estimativa do ganho econômico possível de ser obtido nas áreas manejadas. As comunidades quilombolas do Vale do Ribeira demonstraram um detalhado conhecimento sobre E. edulis. e suas relações interespecíficas, fenologia de floração e frutificação, outras características ecológicas da palmeira na floresta e principalmente em relação a biodiversidade animal associada à espécie. No total foram citados 57 animais consumidores de partes reprodutivas e vegetativas da palmeira onde incluem-se aves, mamíferos, reptéis, gastrópodes e insetos. Na oficina realizada no quilombo de Ivaporunduva foi possível chegar à identificação de 40 espécies de aves e mamíferos com nomenclatura cientifica. A partir do conhecimento ecológico local quilombola foram abordadas algumas práticas de manejo das populações e de frutos de E. edulis que poderão contribuir muito na discussão e na proposição de técnicas de manejo sustentável visando a formulação de políticas públicas para a espécie. O levantamento etnoecológico e a etnobotânico neste trabalho foram ferramentas muito eficientes no levantamento do conhecimento ecológico local e na proposição participativa de alternativas de práticas de manejo para o E. edulis. As áreas manejadas de E. edulis funcionam na prática como áreas de conservação in situ, que estão passando por um processo de domesticação e podem ser categorizadas como paisagens manejadas. A avaliação da produção de frutos nestas áreas foi de 2,6 de infrutescências por planta, 4,45Kg de frutos por infrutescência, e 3,4 litros de polpa por infrutescência produção média de frutos por parcela 219Kg/300m². A partir dos resultados da quantidade média de polpa produzida foi possível estimar o ganho econômico de R$ 413/ano/ 300m² ou ainda R$ 13,76 por ano para os produtores que possuem área de 1 hectare. Assim as áreas manejadas dos quintais quilombolas podem ser realmente vistas como unidades produtivas de manejo de E. edulis com grande potencial de produção de frutos e de geração de renda a ser explorado no Vale do Ribeira.
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Etnobotânica da exploração de espécies vegetais para confecção do cerca-fixo na região do Parque Estadual Ilha do Cardoso, SP

Oliveira, Flávia Camargo de January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal / Made available in DSpace on 2012-10-23T14:19:53Z (GMT). No. of bitstreams: 1 255203.pdf: 2925915 bytes, checksum: a423fbca46e328bfde62efb8d9fd9d53 (MD5)
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Sistemas agroflorestais pecuários

Caporal, Daiane Soares January 2007 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-graduação em Agroecossistemas / Made available in DSpace on 2012-10-23T15:38:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 244732.pdf: 5453104 bytes, checksum: 246b3a2ae220ec6c0fa01bd82c688af4 (MD5) / Este estudo é fruto de uma demanda de agricultores membros do Grupo do Pasto, em São Bonifácio, SC, relacionada à necessidade de incorporar o elemento arbóreo em áreas de Pastoreio Racional Voisin (PRV). Esta demanda suscitou a possibilidade de discutir a construção participativa de Sistemas Agroflorestais Pecuários (SAFPs), visando a melhoria do bem-estar dos animais e, ao mesmo tempo, o uso e a conservação de espécies nativas da Mata Atlântica. O objetivo deste trabalho é investigar a possibilidade de integração do elemento arbóreo ao sistema de produção pecuária existente nas propriedades familiares de agricultores membros do Grupo do Pasto. Para isso, são analisadas as características socioeconômicas e culturais de 12 famílias de agricultores parceiras deste estudo. É investigado também o conhecimento destes agricultores acerca das espécies arbóreas nativas da Mata Atlântica, buscando identificar possíveis espécies para compor tais sistemas. Este trabalho tem como base o enfoque teórico da Etnobotânica e da Pesquisa Participativa. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, apoiada em diversos instrumentos e procedimentos metodológicos, tais como: observação direta; entrevistas com as famílias agricultoras; turnê-guiada e oficina com agricultores. A interpretação dos dados foi realizada de maneira qualitativa, pela busca de padrões que contrastou as informações obtidas através dos diferentes instrumentos metodológicos citados, com dados apontados em um diário de campo, e com gravações e imagens realizadas por aproximadamente 17 meses de trabalho a campo. Os resultados mostram que há possibilidade de construção de tais sistemas nas propriedades familiares estudadas. Primeiro, porque a família, proprietária dos meios de produção, e a principal força de trabalho e de decisão sobre as formas de manejo dos recursos na propriedade, mantém relativa dependência destes recursos, sendo a preservação uma das preocupações apontadas. Ainda, há agricultores jovens, que dirigem as propriedades agrícolas e nela trabalham, muitos dos quais passaram a adotar uma tecnologia alternativa para a atividade pecuária, através do PRV, o que indica a possibilidade de congregar outras tecnologias alternativas. Segundo, porque os agricultores familiares possuem um saber ecológico fundamental de ser incorporado no processo de construção participativa de SAFPs. Foi possível identificar um conjunto de espécies nativas da Mata Atlântica com potencial de uso como recursos florestais madeireiros e não-madeireiros, permitindo a sua reintrodução e conservação em propriedades agrícolas familiares. Como processo, este trabalho permitiu experimentar diferentes tipos de participação, tendo, a Etnobotânica papel primordial para a incorporação do saber relativo às plantas no debate acerca dos SAFPs, o que possibilitou revelar um conhecimento, transmitido através das gerações e compartilhá-lo com o grupo. No que diz respeito aos desenhos de Sistemas Agroflorestais Pecuários, desde a seleção de espécies até a formatação de arranjos para estas espécies, este trabalho mostra que é possível adotar métodos de experimentação e pesquisa participativa nas propriedades dos agricultores do Grupo do Pasto, na medida em que foi possível associar o conhecimento ecológico dos agricultores familiares ao conhecimento produzido pela academia no que diz respeito à SAFPs.
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Plantas medicinais e alimentícias na Mata Atlântica e Caatinga

Liporacci, Heitor Suriano Nascimento 05 February 2015 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, Florianópolis, 2014 / Made available in DSpace on 2015-02-05T21:02:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1 329004.pdf: 4729755 bytes, checksum: 6c7e1f7e8fa0bdf753cfa38a524dffa1 (MD5) / Grande parcela da população mundial depende diretamente de recursos vegetais medicinais e alimentícios para suprir necessidades, estando as plantas medicinais e alimentícias dentre as temáticas mais investigadas pela Etnobotânica na América Latina. O objetivo geral do trabalho foi o de compilar as espécies conhecidas e utilizadas para fins medicinais e alimentícios citadas nos trabalhos de etnobotânica realizados em áreas pertencentes ao território original da Mata Atlântica e Caatinga no Brasil. Foram selecionados artigos científicos por meio dos portais de busca Web of Science e Scopus, utilizando-se as palavras chaves "Ethnobotany" + "Brazil", adicionados pela busca por artigos nas principais revistas brasileiras com abertura para trabalhos de etnobotânica. As fitofisionomias de cada bioma foram classificadas com a utilização de mapas e a colaboração de especialistas; a classificação da forma de vida, origem das espécies, nomenclatura botânica e casos de sinonímias utilizamos a base de dados da Flora do Brasil (JBRJ), consulta a especialistas e literaturas complementares. Foram selecionados 90 artigos, sendo 57 para a Mata Atlântica e 33 para a Caatinga. Há proporcionalmente menos artigos sobre plantas alimentícias do que sobre plantas medicinais, com predomínio de trabalhos em áreas rurais e urbanas em ambos os biomas. As fitofisionomias Floresta Ombrófila Densa e Caatinga Arbustivo-Arbórea são as mais representadas em cada bioma; a região sudeste abrigou o maior número de trabalhos realizados na Mata Atlântica, e o estado de Pernambuco foi o predominante na Caatinga. Várias espécies compiladas são utilizadas para mais de uma finalidade. Há uma baixa similaridade florística entre as 842 espécies medicinais compiladas para a Mata Atlântica e 591 para a Caatinga. A representatividade das famílias botânicas das espécies medicinais revela o compartilhamento de famílias importantes, devido a um conjunto de fatores como teor de compostos secundários, adaptabilidade das espécies e relação com a diversidade estimada das famílias em escalas ecossistêmicas e mundiais. As folhas são as partes mais conhecidas e usadas para finalidades medicinais em ambos os biomas, porém o uso da casca do caule assume maior destaque de uso em áreas de Caatinga, possivelmente pela influência do período sazonal de estiagem prolongado, mas fatores extra-ambientais podem também colaborar no predomínio e destaque de determinada parte usada. Ambos os biomas tiveram as ervas e as plantas de pequeno porte como predominantes no uso para finalidades medicinais. Não houve diferenças entre as proporções de espécies nativas e exóticas entres os biomas. É evidente a amplitude de 14 abordagens possibilitada por meio de uma revisão bibliográfica, reforçando a sua importância no desenvolvimento e avanço da etnobotânica.<br> / Abstract: A large portion of the world's human population depends directly on medicinal and food plant resources in order to meet their needs, where medicinal and edible plants being among the most investigated by Ethnobotany in Latin America. The general objective of this study was to create a compilation of species known and used for medicinal and food purposes cited in ethnobotanical studies in areas of original Atlantic Forest and Caatinga in Brazil. Scientific articles were selected through search engines Web of Science and Scopus, utilizing the keywords "Ethnobotany" + "Brazil", as well as a search for articles within the main Brazilian journals that are open to ethnobotanical works. Maps and collaboration with specialists were used to classify vegetation types; the database Flora of Brazil (JBRJ), collaboration with experts, and complimentary literature was used to classify life forms, species origin, botanical nomenclature, and synonymy cases. Ninety articles were selected, 57 for the Atlantic Forest and 33 for the Caatinga. There are proportionately fewer articles about edible plants than medicinal plants, with predominance of studies in rural areas and urban areas in both biomes. The vegetation types Dense Rainforest and Shrub-Tree Caatinga obtained the highest number of studies in the Atlantic Forest and Caatinga, respectively; the southeast region harbored the largest number of studies for the Atlantic Forest, and the state of Pernambuco was predominant for the Caatinga. Various species are used for more than one purpose. There was low floristic similarity regarding the 842 medicinal species for the Atlantic Forest and 591 for the Caatinga. The medicinal botanical families representativeness reveals the sharing of important families in both biomes, due to a number of factors such as secondary compounds content, species adaptability, and relation with the estimated family diversity at ecosystem and global scales. The leaves stood out as the most popular parts used for medicinal purposes both in the Caating and Atlantic Forest, however, the use of the bark has a greater prominence in areas of Caatinga, possibly because of the seasonal period of prolonged drought present in semi-arid areas, with influence of extra-environmental factor as well. Life form both biomes had herbs and small plants as predominantly used for medical purposes. There were no differences between the proportions of native species and exotic species between biomes. The range of approaches made possible by literature reviews is evident, emphasizing its importance in the development and advancement of ethnobotany.
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Conhecimento local sobre plantas no entorno da floresta nacional de Ibirama-SC

Poderoso, Renata Andressa January 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Florianópolis, 2012 / Made available in DSpace on 2013-07-16T04:27:27Z (GMT). No. of bitstreams: 1 317484.pdf: 2072507 bytes, checksum: ad3e19ea15f995bc47ee4b6858be8df3 (MD5) / As plantas são utilizadas pelas populações humanas para satisfazer diferentes necessidades, e em muitos casos, podem representar a principal fonte de renda de muitas famílias. Estes usos são associados ao conhecimento dos recursos naturais por diferentes grupos humanos e uma longa história de interação. Através da Etnobotânica, podemos dimensionar o conhecimento sobre plantas de uma comunidade humana, o qual pode refletir em como se dá a interação desta comunidade com o seu ambiente. A dinâmica deste conhecimento pode ser reflexo das constantes mudanças às quais as comunidades locais estão sujeitas, além da variação intracultural, bem como das percepções que as pessoas tem da paisagem, a qual também representa a fonte de recursos presente no ambiente que as cercam.Neste contexto, o objetivo geral desta dissertação foi de investigar o conhecimento local sobre plantas de comunidades rurais localizadas no entorno de uma Unidade de Conservação de Uso Sustentável, analisando o uso de recursos vegetais e identificando os ecótopos percebidos por eles, afim de compreender o processo de interação da comunidade local e a sua biodiversidade. No primeiro capítulo é abordada a interação entre as plantas e as pessoas das comunidades rurais, Ribeirão Taquaras e Morro Grande, localizadas no entorno da Floresta Nacional (FLONA) de Ibirama (SC). Neste capítulo é investigada a distribuição do conhecimento sobre plantas e suas variações de acordo com o gênero, a idade e a ocupação dos moradores. No segundo capítulo, focado na comunidade de Ribeirão Taquaras, buscamos identificar onde as interações etnobotânicas se processam. São investigados os ecótopos e os recursos vegetais que ocorrem nos mesmos. Variações sobre a percepção do ambiente de acordo com o gênero e ao longo do tempo também são discutidas. Para isto, utilizamos entrevistas semi-estruturadas, listagens livres, turnê guiadas e métodos de pesquisa participativas. Verificamos que a interação das pessoas com o ambiente propicia vivências e experiências que resultam no desenvolvimento de um conhecimento, sobre os recursos naturais e sobre o ambiente, que se modifica conforme ocorrem transformações no ambiente sejam elas naturais ou antrópicas. Aspectos intraculturais também refletem variações neste conhecimento, como idade, o tipo de ocupação, e gênero, que propiciam diferentes interações com o ambiente resultando em conhecimentos e percepções diversos, sendo a percepção reflexo do contexto histórico impresso no ambiente, o qual faz parte da vida das pessoas. Não só a interação com o ambiente, como a diversidade de ecótopos presentes nos ambientes que as pessoas interagem é muito importante. Preservar esta diversidade contribui para tanto para a conservação da diversidade biológica, como para a preservação das populações que vivem nas proximidades de áreas protegidas. Por isso, uma Unidade de Conservação, que vise a conservação da natureza e o uso sustentável dos recursos, pode contribuir de maneira significativa para a manutenção e valorização do conhecimento local. É necessário ponderar os interesses conservacionistas e os interesses das populações do entorno de Unidades de Conservação para que as ações das Unidades sejam efetivas. As mudanças ocorridas ao longo do tempo na região estudada resultam na substituição do trabalho rural pelo urbano e na substituição das áreas de plantio e de florestas nativas por reflorestamento homogêneo de espécies exóticas. Levando em consideração os desejos da comunidade para o futuro e os objetivos da FLONA, onde ambos visam a conservação e o uso sustentável dos recursos, pode-se desenvolver ações que unam esses interesses, incluindo as comunidades, valorizando seu conhecimento sobre o ambiente e os recursos, estimulando uma maior interação das pessoas com o ambiente natural, e, com isso, manter a diversidade no conhecimento, bem como os objetivos conservacionistas. <br> / Abstract : Human populations use plant resources to meet different needs, and in many cases, may be the main source of income for many families. These uses are associated with knowledge and a long history of interaction with natural resources by different human groups. By using ethnobotany, the plant knowledge of a human community can be accessed, and may reflect on the interactions between the community and its environment. The dynamics of plant knowledge may reflect constant changes to which local communities may be subject. In addition to intracultural variation, the perceptions people have of landscape, also represents a source of resources in the surrounding environment. In this context, the aim of this thesis was to investigate the ethnobotany of rural communities surrounding a sustainable use conservation unit, analyzing the use of plant resources and identifying the ecotopes perceived by them, in order to understand the interaction between the local community and biodiversity. The first chapter is about the interactions between plants and people in the rural communities of Ribeirão Taquaras and Morro Grande, located in the surroundings of the National Forest of Ibirama (FLONA) in Santa Catarina. In this chapter we investigated the distribution of plant knowledge and its variations according to the residents gender, age and occupation. The second chapter focuses on the community of Ribeirão Taquaras, where we sought to identify where the ethnobotanical interactions are carried out. The ecotopes and plant resources were investigated. Variations on the perception of the environment according to gender and time are also discussed. For this, semi-structured interviews, free listing, guided tour and participatory methods were used. It was found that the interaction of the environment provides people with experiences that result in the development of knowledge on natural resources and environments that changes as transformations occur, whether they are natural or manmade. Intracultural aspects also reflect variations in knowledge, such as age, occupation, and gender, which provide different interactions with the environment resulting in different knowledge and perceptions, where perception is considered a reflection of the historical context imprinted on the environment, which is part of the persons life. Not only are interactions with the environment important, but also the diversity of ecotopes present in environments with which people interact is very important. Preserving this diversity contributes to biological and cultural diversity. Therefore, a conservation area, aimed at nature conservation and sustainable use of resources, can contribute significantly to the maintenance and enhancement of local knowledge, as well as nature conservation. It is necessary to balance conservation interests and the interests of the populations surrounding conservation units, so that the units' actions may be effective. The changes that occurred over time in the study area result in the replacement of rural labor by urban labor and in the replacement of crop cultivation and native forest areas with homogenous exotic species reforestation. Taking into account the future wishes of the community and the goals of the National Forest, both aim at conservation and sustainable use of resources. Actions, which include local communities, can be developed to unite these interests, by valuing their knowledge of the environment and resources, stimulating greater interactions between people and the natural environment, thereby maintaining conservation objectives, as well as the diversity in knowledge.
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Biodiversidade cabocla

Rocha, Sérgio Fausto Rizzi January 2004 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias. Programa de Pós-graduação em Recursos Genéticos Vegetais / Made available in DSpace on 2012-10-21T20:04:00Z (GMT). No. of bitstreams: 1 209024.pdf: 1583859 bytes, checksum: f144ba0b2ba7a175467afb0c9d0ff845 (MD5) / A biodiversidade amazônica tem sido valorizada principalmente por seu potencial econômico, o que é usualmente empregado no delineamento das políticas públicas para a região. Neste contexto, o conhecimento tradicional é considerado estratégico. Via um protocolo de entrevistas, captou-se a "riqueza de memória" de nove famílias ribeirinhas sobre o uso de plantas, permitindo a quantificação das percepções locais de valor de importância (VI) e de utilidade (VU) para 344 espécies da várzea e da terra firme de entorno à duas comunidades na Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (Amazonas, Brasil). Foram obtidos índices com as opiniões das famílias sobre a abundância, resistência à cheia, resistência ao uso e intensidade de manejo agrícola de cada uma das espécies mencionadas. Os usos sugeridos pelos ribeirinhos foram categorizados em sete grupos (construção, comércio, medicinal/cosmético/espiritual, alimentar, artefatos/tecnologias, "bicho come" e lenha). Constatou-se que as espécies medicinais são as mais freqüentes em suas memórias (63%), sendo que estas e artefatos/tecnologias possuem as espécies mais úteis (VUmed = 0,81; VUart = 0,81 versus VUtotal = 5,96). Em contraste, as plantas alimentícias e as medicinais foram as mais importantes (VIalim = 0,42; VImed = 0,40 versus VItotal = 2,00). Tanto a utilidade como a importância das espécies são frutos de preferências sócio-culturais locais, tendo sido desenvolvidas independentemente de percepções ecológicas. O processo de domesticação de plantas medicinais ainda é pouco conhecido, de forma que verificou-se a existência de variabilidade intra-específica em três espécies [Lippia alba (Mill) N.E. Br. (Verbenaceae), Jatropha gossypiifolia L. (Euphorbiaceae), e Petiveria alliacea L. (Phytollacaceae)] de grande importância para os ribeirinhos, com base em descritores sensoriais, agro-ambientais e morfológicos. Foram identificadas quatro variedades de L. alba, sendo uma selvagem, uma incidentalmente co-evoluída e duas variedades locais ou crioulas domesticadas. Duas variedades distintas de J. gossipiifolia e duas de P. alliacea também foram confirmadas. Uma das variedades em J. gossipiifolia parece ter sido recentemente fixada na região. O processo de domesticação nestas três espécies foi dominado primariamente por caracteres morfológicos. Entretanto, uma vez visível a variabilidade, critérios mais subjetivos (organolépticos, percepções relacionadas à doutrina das assinaturas) passam a ser fundamentais na determinação dos usos e fixação da variedade detectada. A análise completa das percepções dos ribeirinhos sugere que as áreas comunitárias devem ser priorizadas por programas de conservação de recursos genéticos vegetais, tanto devido a utilidade, importância e diversidade de recursos presentes nas comunidades, como também por ser o palco principal da criação e manutenção de variedades intra-específicas das três plantas medicinais estudadas, e, por extensão, as outras espécies úteis.
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Estudos etnobotanicos em comunidades continentais da area de proteção ambiental de Guaraqueçaba Parana - Brasil

Lima, Roberto Xavier de 24 June 2013 (has links)
Este trabalho tem por objetivo resgatar o conhecimento etnobotânico em dez comunidades continentais da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guaraqueçaba. A APA está localizada no litoral norte do Estado do Paraná - Brasil, é uma Unidade de Conservação composta por ecossistemas da Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica) em bom estado de conservação, compreendendo 313.400 ha. Populações Tradicionais, com elevado conhecimento da flora regional, estão distribuídas em 57 localidades. Foram selecionadas dez comunidades e realizadas 90 entrevistas etnobotânicas no período de junho de 1994 a outubro de 1995. Neste trabalho foram obtidos dados sócio-econômicos das comunidades e informações de 480 'etnoespécies", distribuídas por 119 famílias botânicas e 308 gêneros. Deste total, 435 foram identificadas até espécie. As entrevistas resultaram num total de 3400 referências etnobotânicas, que foram agrupadas em 14 categorias de uso. Obtiveram-se informações de 323 plantas utilizadas na medicina popular representando 67,3% das citações. Nesta categoria, a família Asteraceae, com 35 espécies foi utilizada mais abundantemente, seguidas pelas famílias Lamiaceae e Solanaceae com 13 espécies, Myrtaceae com 11, Euphorbiaceae e Poaceae, ambas com 10, Rutaceae com 9, Cucurbitaceae com 8. Caesalpiniaceae, Lauraceae e Rubiaceae todas, com 7. Foram 125, as espécies utilizadas na alimentação (26,0%). Na utilização da madeira para desdobro, foram citadas 119 espécies representando 24,8% do total. Espécies associadas a utilização pesqueira, foram 56, representando 11,7%. Foram citadas respectivamente, 33 plantas (6,9%) com o utilização para artesanato e fins comerciais. Apenas 28 espécies (5,8%) foram citadas com utilização silvicultural. Plantas ornamentais e meliferas obtiveram 26 (5,4%) das citações. Foram citadas respectivamente 10 espécies (2,1%) utilizadas como ração animal e finalidades míticas. Plantas com utilização na medicina veterinária e para a confecção de fibras, obtiveram respectivamente 1,7% das citações de uso. As plantas utilizadas para cercas vivas, obtiveram 1,5% de utilização. A média geral de espécies citadas por entrevistado ficou em 33,2 para aproximadamente urna hora de entrevista. Utilizando o índice de diversidade de Shannon. foram obtidos valores de 2,38 (base 10) e 5,48 (base e) que, comparados a outros estudos, indicam elevado conhecimento etnobotânico regional. Utilizando o índice de similaridade de Jaccard, as comunidades de Guaraqueçaba, Serra Negra, Potinga e Morato respectivamente, podem ser classificadas como as detentoras de unia maior similaridade de informações etnobotânicas. Estas informações foram compiladas e devolvidas às comunidades por meio de cursos, palestras e uma apostila contendo 43 espécies medicinais citadas pela comunidade, as quais tiveram efetivamente confirmado o uso pela literatura científica. PALAVRAS CHAVES: Etnobotânica, População Tradicional, Floresta Ombrófila Densa Atlântica
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Sistemas agroflorestais sucessionais como estratégia de uso e conservação de recursos florestais nas zonas ripárias da Microbacia Arroio Primeiro de Janeiro, Anchieta-SC

Vicente, Nicole Rodrigues 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Agrárias, Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T03:53:18Z (GMT). No. of bitstreams: 1 276823.pdf: 2773974 bytes, checksum: dcc44421d7843db88d58f767e61ff25e (MD5) / De acordo com a lei n° 4.771, as Áreas de Preservação Permanente (APPs) às margens dos cursos d'água devem cobrir uma faixa mínima de Florestas Ripárias (FRs), mas muitos agricultores utilizam essas áreas, de forma que a preservação desses ecótonos é uma das principais causas de conflitos socioambientais. Este trabalho teve como objetivo elaborar uma proposta de Sistemas Agroflorestais Sucessionais (SAFS) como estratégia de uso e conservação de recursos florestais nas Zonas Ripárias (ZR) da Microbacia Arroio Primeiro de Janeiro (MAPJ), em Anchieta-SC, integrando o conhecimento local aos objetivos da legislação ambiental vigente. Para isso, em um estudo de caso foram utilizados métodos quantitativos e qualitativos, sendo entrevistados proprietários/moradores dos estabelecimentos rurais localizados às margens do APJ, e foram realizadas oficinas participativas, estudos de documentos secundários, turnês-guiadas, listagens-livres e interpretação de imagens de satélite para coleta de dados. Foi realizada a Análise de Conteúdo, estatística descritiva, índices de diversidade (Shannon-Wiener e Simpson) e Importância de Uso das espécies vegetais citadas para análise dos dados. A maioria dos estabelecimentos estudados apresenta mais de 80% de cobertura florestal nas APPs do APJ. Cerca de 30% dos estabelecimentos apresentam trechos de ZR ocupada com pastagens. O conhecimento local associado às FRs indicou uma alta diversidade de espécies conhecidas e usadas (no passado ou no presente). Os informantes compreendem as funções ecológicas das FRs e conhecem seus impactos e reflexos sobre o meio ambiente. Os SAFS propostos são biodiversos, onde são indicadas espécies para usos múltiplos. Foi construída uma relação entre etapas do SAFS e os objetivos da legislação ambiental (APPs) de acordo com a escala temporal e seus características ecológicas (pioneiras, secundárias I, secundárias II, secundárias III e transicionais). Conclui-se que os SAFS propostos podem suprir as exigências determinadas pela legislação para recompor as APPs ao longo do APJ em Anchieta. Mas deve-se estudar ainda as possibilidades de manejo madeireiro seletivo nessas áreas. Os SAFS se apresentam como uma das estratégias de promover tanto o uso quanto a conservação das Florestas Ripárias, podendo amenizar os conflitos socioambientais atualmente vividos pelos agricultores. / According to the Law 4.771, riparian forests (RFs) must be set aside streams as Permanent Preservation Areas (APPs), but many farmers use these areas for agriculture. The situation became one of the main causes of social and environmental conflicts in rural areas. Aiming at lowering these conflicts, a recent law (IN #5) was passed establishing rules for restoring and conserving APPs, including the possibility of establishing successional agroforestry systems (SASs) as an acceptable land use in Riparian Zones. This study aimed at analyzing the proposal of turning SASs into a successful strategy of conciliating the management of forest resources and the conservation of vegetation in RZs from Arroio Primeiro de Janeiro watershed (MAPJ), in Anchieta-SC, relating the local knowledge to the objectives of the current environmental laws. In this study case we used quantitative and qualitative methods, including 43 semi-structured interviews with land owners, workshops, guided tours, and free-listing of species. Analysis of documents and Landsat imagery were also used to collect data. Content Analysis, descriptive statistics, species diversity and importance of use indices were used to analyze the data. Most of the studied farms have up to 80% of APJ riparian zones covered with forest, mostly all related to the steep slopes characteristic of the region. In 30% of the farms pastures for dairy cattle is the main land use in RZs. The local knowledge associated to the riparian forests indicates a high diversity of known and utilized species. The informants showed understand the ecological functions of riparian forests and know their role in the environment. The SASs proposed by the farmers reveled to be very diverse in species, most of them arboreal native fruit trees. The proposed system presents a temporal scale relating the ecological characteristics of the species (pioneer, secondary I, secondary II, secondary III e transitional) and the stages of SASs, fulfilling the requirements of IN #5 for the purpose of recovering riparian zones. However, timber management should be an option for local farmers, who pointed this as the main resource to be exploited from the SASs ecosystems. The SASs seem to be an important option to conciliate resource use and conservation in RZs of the region, and a strategy capable of softening the social and environmental conflicts lived by farmers.
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Etnobotânica e urbanização

Gandolfo, Elisa Serena 25 October 2012 (has links)
Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Florianópolis, 2010 / Made available in DSpace on 2012-10-25T08:44:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1 281514.pdf: 2139313 bytes, checksum: 8eb6197ef24c06638f64cd978cfb487c (MD5) / A dinâmica populacional da faixa litorânea do Brasil vem apresentando nas últimas décadas um grande incremento populacional, levando a urbanização de áreas anteriormente ocupadas por populações tradicionais. Com a base da economia voltada para a subsistência, tais populações desenvolveram ao longo de sua história um rol de conhecimentos relacionados aos ecossistemas locais. O presente trabalho teve como objetivo investigar o conhecimento etnobotânico sobre espécies de restinga de representantes da comunidade tradicional de descendentes de açorianos do Distrito do Campeche (Florianópolis, SC), área em processo de urbanização acelerado, bem como a distribuição deste conhecimento entre os moradores atuais. O primeiro capítulo trata do acesso ao conhecimento da população tradicional, para o qual foram selecionados informantes através de amostragem intencional, sendo realizadas 15 entrevistas com moradores nativos entre 42 e 84 anos. No segundo capítulo foi investigado o conhecimento dos moradores atuais acerca de 13 espécies de restinga selecionadas a partir dos resultados do capítulo anterior, buscando relacionar o tempo de moradia na região ao número de espécies conhecidas. Para isso foram entrevistados 176 informantes, divididos em estratos de tempo de moradia no local de 0 a 9 anos, 10 a 19, 20 a 29 e mais de 30 anos. Constatou-se que os moradores nativos que vivenciaram a realidade rural na área detêm um conhecimento etnobotânico das plantas de restinga relacionado aos tempos antigos, onde várias espécies eram utilizadas para a manutenção da sobrevivência no local, mas continuam incrementando este conhecimento com plantas utilizadas ainda atualmente, principalmente na categoria medicinal. Considerando as 13 espécies selecionadas para a segunda etapa da pesquisa, há uma tendência para o aumento do conhecimento etnobotânico relacionado à flora local de acordo com o tempo de moradia na região, mas fatores como o interesse pessoal interferem nesta dinâmica. Uma homogeneidade maior é observada para os moradores mais antigos, para os quais o conhecimento sobre os recursos locais estava diretamente ligado ao cotidiano, no passado. Finalizando discutimos a importância do retorno de resultados para valorização da cultura local, aliando o conhecimento etnobotânico a esforços de conservação dos ecossistemas locais em áreas urbanas.

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