Sob as regras da economia mineral, as pedreiras situam-se não tão próximas das zonas urbanas, mas também não muito distantes. Em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul (Brasil), uma pedreira localizada num bairro da zona leste configura o que, para alguns habitantes, não é parte da cidade, embora situada em seus limites político-administrativos. A vila das Pedreiras (uma das nomenclaturas utilizadas pela prefeitura municipal) é habitada por famílias de trabalhadores e ex-trabalhadores de uma empresa mineradora, que realiza a extração de rochas no local, bem como por outros habitantes que encontraram no local uma forma acessível de aquisição de moradia. A partir da etnografia realizada num lugar onde, há quatro décadas, é extraído esse material “essencial à cidade”, interroga-se sobre como os habitantes concebem sua relação com a pedreira e a cidade desde o ponto de vista daqueles que são atingidos diariamente pela convivência com a extração de rochas. É desde esse cotidiano que busca-se conhecer as diferentes formas de uso, significação e apropriação da “natureza”, esta sendo termo de disputa tanto material quanto simbólica entre os sujeitos que habitam um lugar atravessado pela “injustiça ambiental” própria dos territórios onde a mineração se instala. Nesta dissertação objetiva-se revelar as perspectivas locais de populações que, na periferia de uma cidade, oferecem concepções outras (alternativas) sobre meio ambiente e natureza, denunciando as práticas das retóricas desenvolvimentistas. / Under the rules of the mineral economy, the quarries are located not so close to urban areas, but also not too far away. In Porto Alegre, capital of Rio Grande do Sul (Brazil), a quarry located in the east side neighborhood sets which is not part of the city, for some people, although situated in their political-administrative boundaries. The village of Quarries (one of the nomenclatures used by city hall) is inhabited by families of workers and former workers of a mining company, which performs the extraction of rocks at the site, as well as other inhabitants they found in place an affordable way to acquisition of property. From the ethnography in a place where, during four decades, this "essential to the city"material is extracted, wonders about the people conceive their relationship with the quarry and the city from the point of view of those who are affected daily by the coexistence with the extraction of rocks. It is from this routine that seeks to identify the different forms of use, appropriation and meanings of "nature", this term being both material and symbolic struggle between the subjects who inhabit a place traversed by the very "environmental injustice" of territories where mining settles. In this thesis we aim to reveal the perspectives of local populations on the outskirts of a city, offer other concepts (alternatives) for the environment and nature, denouncing the practices of developmental rhetoric.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/104868 |
Date | January 2013 |
Creators | Bexiga, Stéphanie Ferreira |
Contributors | Maciel, Maria Eunice de Souza |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0078 seconds