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Direito a uma feliz-cidade-jardim felicidade: à espera do urbano / Rights to a happy-city: Jardim Felicidade:waiting for the "urban"

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Previous issue date: 2005-05-13 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objective of this paper is discussing the concept of rights to a city through the empirical studies of an irregular allotment built in the 90´s Jardim Felicidade north zone as a reflex of the production in São Paulo´s outskirt, though the occupation of hands without popular organization, at globalizing ages.

The concept of rights to a city can be summarized in the conquest of an environment built of adequate socially quality, from the elaboration of new conception of the urban , with citizenship and part of the gestion in mundial city. Through this concept it was intended to rescue the conception of housing with the meaning of living and governing the city. The topics selected for the debate of the concept of rights to a city on the chosen territory were: the right to a decent housing, and a territorial identity; the right to a (new) urban sociability and the right to the utopy.

The teorical perspective adopted enhanced the analysis of the spheres in subjectivities and quotidian, considering the macro structural references. The methodology chosen intended to exercise the complementarity between the quantitative and qualitative perspectives, making its use in primary datas, secondary datas, statistical sources, as a factorial analysis, interviews, which helped a lot in approaching the reality.

From the analysis of the rights to a city, in Jardim Felicidade, we concluded that the peripherical standard of the growth in São Paulo city is not completely used up, but presents new specificities from the 90´s. The new peripherical lands, are characterized by a built environment marked by a deep unurbanism and segregation, informality of work, accepting their own house built as the only alternative for their shelter, dignity and citizenship notion. Living n this vulnerability zone makes harder the establishment of links and roots, of an identity with their land and their city. The lands are peripherical and hiperperipherical, not only for showing housing in risk areas, damaging a lot the environmental and social conditions, but also by the fragilization and vulnerabilization of the current sociabilities in the area. The current sociabilities on this segregated land, reveal the different ways of suffered living ethic-politics that insert the residents at the same land from different forms in the vulnerability zone. In the studied area, we could identify three kinds of current sociabilities: fragile-solidary; religious-neighborhood, and occupational-recluse. The analysis leads us to think the obstacles to the construction and practice of a new urban sociability as a condition to a conquest for the rights to a city. At last, we present the individual and collective wishes showed by the residents, in a general way and in each the three kinds of built sociabilities.

The difficulties of emergency in contemporaneous uthopies don t exclude completely the dream of classical citizenship conquest, not practiced in Brazil yet. Reaching the classical citizenship is important but not sufficient to the conquest of the right to a city. Followed this, we explored the possibilities of new experiences that contribute to the political fight for the new citizenship through the strengthening of a public espace to create meeting places local or general in the city that could move the current sociabilities and the captive wishes of the residents direct to a quotidian living, more democratic and participative. This is the start point to challenge the imagination of a happy-city and reach the new urban way of life, to reconquest the plenitude of housing as a fundamental principle that makes possible to reach the public happiness in a world every day a little more global / O objetivo deste trabalho é discutir o conceito de Direito à Cidade através do estudo empírico de um loteamento irregular constituído nos anos 90 o Jardim Felicidade, zona norte -, como uma face da produção da periferia paulistana, através de ocupação de terras sem organização popular, em tempos de globalização.

O conceito de direito à cidade pode ser sintetizado na conquista de um ambiente construído de qualidade apropriado socialmente, a partir da elaboração de uma nova concepção do urbano , com cidadania e participação na gestão da cidade mundial. Através desse conceito se pretendeu resgatar o significado do habitar como viver e governar a cidade. Os temas selecionados para o debate do conceito no território escolhido foram: o direito a uma moradia digna e a uma identidade territorial; o direito a uma (nova) sociabilidade urbana e o direito à utopia.

A perspectiva teórica adotada realçou as análises das esferas das subjetividades e do cotidiano, sem desconsiderar as referências macroestruturais. A metodologia escolhida exercitou a complementaridade entre as perspectivas qualitativas e quantitativas, utilizando dados primários e secundários, recursos estatísticos como a análise fatorial e entrevistas, fontes essas que facilitaram bastante a aproximação da realidade .

Da análise do direito à cidade, a partir do território do Jardim Felicidade concluiu-se que o padrão periférico de crescimento da cidade de São Paulo ainda não está totalmente esgotado, mas apresenta novas especificidades a partir dos anos 90. Os novos territórios periféricos se caracterizam por um ambiente construído marcado por profunda precariedade, segregação e informalidade do trabalho, colocando a casa própria autoconstruída como a única alternativa de abrigo, dignidade e alguma cidadania. A vivência nessa zona de vulnerabilidade dificulta o estabelecimento de vínculos e raízes, de uma identidade com seu território e com a cidade. Esses territórios são periféricos e hiperperiféricos, não só por apresentar ocupação de moradias em áreas de risco, deteriorando em muito as condições sociais e ambientais, mas também pela fragilização das sociabilidades em curso no território. As sociabilidades em curso, revelam as diferentes maneiras de vivência de sofrimento ético-político que inserem os moradores do mesmo território, de formas diferentes na zona de vulnerabilidade. No território estudado, pudemos identificar três tipos de sociabilidades em curso: solidária-frágil, vicinal-religiosa e ocupacional-reclusa. As análises suscitam pensar os entraves para a construção e prática de uma nova sociabilidade urbana como condição para a conquista do direito à cidade. Por fim, apresentamos os desejos individuais e coletivos manifestados pelos moradores. As dificuldades de emergência de utopias na contemporaneidade, não eliminam por completo o sonho de conquista da cidadania clássica, ainda não realizada no Brasil . O alcance da cidadania clássica é importante mas insuficiente para a conquista do direito à cidade. Assim, exploramos as possibilidades de novas práxis que contribuam para a luta política pela nova cidadania através do fortalecimento de um espaço público em que proliferem lugares de encontro no âmbito local ou geral da cidade -, que possam movimentar as sociabilidades em curso e os desejos cativos dos moradores na direção de uma vivência cotidiana mais democrática e participativa. Desta forma, pode-se desafiar a imaginação de uma feliz-cidade e o alcance do (novo) modo de vida urbano, para reconquistar a plenitude do habitar como princípio fundamental que propicie o alcance à felicidade publica num mundo cada vez mais global

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/2743
Date13 May 2005
CreatorsVictoriano, Marcia Regina
ContributorsVeras, Maura Pardini Bicudo
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Ciências Sociais, PUC-SP, BR, Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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