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Previous issue date: 2017-05-08 / Fundação de Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Maranhão (FAPEMA) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) / Propolis produced by bees Apis mellifera is a resinous balsamic material used to protect the
hive against fungi, bacteria, viruses and insects. Among the antimicrobial activities of
propolis already proven, the antifungal action observed in strains of Candida albicans,
commensal fungus of the oro-gastrointestinal tract and skin, associated with opportunistic
infections, local or systemic, especially in immunosuppressed patients, are highlighted. The
objective of this study was to evaluate the effect of treatment with standardized extract of
propolis on systemic infection caused by C. albicans in immunosuppressed mice. Initially the
C57Bl/ 6 mice were immunosuppressed with dexamethasone (3mg / kg) for one week and, on
the eighth day, were infected intraperitoneally with C. albicans blastopores (2x106). After 24
hours of infection, the daily treatment of the animals with propolis at the doses of 10 and 100
mg/kg was initiated for 15 days intraperitoneally. Immunosuppression with dexamethasone
was maintained for all the analysis. At the end of the 15 days, all the animals treated with
propolis at the dose of 100 mg/kg were kept alive, while all the animals from the other groups
had already died. From then on, it was possible to investigate possible immunological
mechanisms to explain this effect. For this, the same protocol of immunosuppression and
infection described above was repeated, however, the treatment was performed in a single
application of propolis at a dose of 100 mg/kg, 24 hours after infection and the tests were
performed 24 hours after this treatment. Treatment with propolis reduced the colony forming
units in the peritoneum and spleen. In addition, propolis reversed dexamethasone-induced
immunosuppression, increasing the number of circulating leukocytes, mainly neutrophils,
proliferation of splenocytes, recruitment of leukocytes to the site of infection and increase of
CD4+ T lymphocytes. Regarding the inflammatory mediators, it was observed that the
treatment with propolis induced the increase of the ex vivo production of nitric oxide by
peritoneal cells and the reduction of plasmatic inflammatory cytokines (IL-6 and TNF-α).
Finally, in an in vitro experiment, peritoneal macrophages were treated with dexamethasone
(4 μg/mL), for 48 hours, and then treated with propolis (100 μg/mL) for 12 hours. Then, cells
were incubated with C. albicans for 1 hour. In this assay, it was observed that propolis
increased phagocytosis, without, however, altering Dectin-1 and Mannose receptor
expression. In conclusion, the standardized extract of propolis increased life expectancy and
reduced C. albicans dissemination in immunosuppressed mice. Such effects are probably due
to its ability to reverse dexamethasone-induced immunosuppression, recruit and activate
effector immune cells to the site of infection, and reduce serum inflammatory cytokines,
thereby reducing the progression of the deleterious aspects of systemic candidemia. / A própolis produzida pelas abelhas Apis melífera é um material balsâmico resinoso, utilizado
para a proteção da colmeia contra fungos, bactérias, vírus e insetos. Dentre as atividades
antimicrobianas da própolis já comprovadas, destaca-se: a ação antifúngica observada em
cepas de Candida albicans, fungo comensal do trato oro-gastrointestinal e da pele, associado
a infecções oportunistas, locais ou sistêmicas, em especial, em pacientes imunossuprimidos.
O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do tratamento com Extrato Padronizado de
Própolis (EPP-AF®) na infecção sistêmica ocasionada por C. albicans em camundongos
imunossuprimidos. Inicialmente, os camundongos C57Bl/6 foram imunossuprimidos com
dexametasona (3mg/kg) durante uma semana e, no oitavo dia foram infectados, por via
intraperitoneal, com blastóporos de C. albicans (2x106). Após 24 horas da infecção, foi
iniciado o tratamento diário dos animais com própolis nas doses de 10 e 100mg/Kg, durante
15 dias, por via intraperitoneal. A imunossupressão com dexametasona foi mantida ao longo
de toda a análise. Ao final dos 15 dias, observou-se que todos os animais tratados com
própolis na dose de 100mg/Kg, mantinham-se vivos, enquanto todos os animais dos demais
grupos já haviam morrido. A partir daí, passou-se a investigar possíveis mecanismos
imunológicos que explicassem esse efeito. Para isto, foi repetido o mesmo protocolo de
imunossupressão e infecção descritos acima, entretanto, o tratamento foi realizado em uma
única aplicação de própolis na dose de 100mg/Kg, 24 horas após a infecção e os ensaios
foram realizados 24 horas após esse tratamento. O tratamento com própolis reduziu as
unidades formadoras de colônia no peritônio e no baço. Além disso, a própolis reverteu a
imunossupressão induzida pela dexametasona, aumentando o número de leucócitos
circulantes, principalmente, neutrófilos, a proliferação de esplenócitos, o recrutamento de
leucócitos ao sítio da infecção e aumento de linfócitos T CD4+. Em relação aos mediadores
inflamatórios, foi observado que o tratamento com própolis induziu o aumento da produção ex
vivo de óxido nítrico por células peritoneais e a diminuição das citocinas inflamatórias (IL-6 e
TNF-α) plasmáticas. Finalmente, em experimento in vitro, macrófagos peritoneais foram
tratados com dexametasona (4µg/mL), por 48 horas, e, em seguida, tratados com própolis
(100µg/mL), durante 12 horas. Ao final, as células foram incubadas com C. albicans por 1
hora. Neste ensaio, foi observado que a própolis aumentou a fagocitose, sem, no entanto,
alterar a expressão proteica de Dectina-1 e Receptor de manose. Em conclusão, o extrato
padronizado de própolis aumentou a expectativa de vida e reduziu a disseminação de C.
albicans em camundongos imunosuprimidos. Tais efeitos, provavelmente devem-se a sua
capacidade de reverter a imunossupressão induzida pela dexametasona, recrutando e ativando
células imunes inatas para o sítio da infecção, além de reduzir as citocinas inflamatórias
séricas, diminuindo, assim, a progressão dos aspectos deletérios da candidemia sistêmica.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede2:tede/1867 |
Date | 08 May 2017 |
Creators | BRAGA, Thiare Silva Fortes |
Contributors | NASCIMENTO, Flávia Raquel Fernandes do, SILVA, Andressa Aparecida Berreta e |
Publisher | Universidade Federal do Maranhão, PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE/CCBS, UFMA, Brasil, DEPARTAMENTO DE MEDICINA I/CCBS |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | English |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFMA, instname:Universidade Federal do Maranhão, instacron:UFMA |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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