Return to search

Características vocais e propriocepção do envelhecimento, queixa e saúde vocal em mulheres idosas de diferentes faixas etárias

Made available in DSpace on 2016-04-27T18:12:29Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Marilia Bentes Paes.pdf: 1085708 bytes, checksum: 2770c549b4070939435a33f1de135462 (MD5)
Previous issue date: 2008-02-25 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Introduction: There has been a worldwide demographic transition, characterized by a
significant population increase in the specific age group of those who are 60 years old or
older. This fact has brought an increasing concern towards elderly citizens. In this manner it is
very important to carry on researches with different age groups of this particular population
segment, since grouping these people simply as elders may conceal the bio-psychosocial
differences existing amongst them. The subjects of this study were exclusively women. This
option was made because they are the greater part of the elderly population and more
frequently seek help at health units. Aim: To compare the vocal characteristics, awareness of
aging, vocal complaints and vocal health of women between 60 and 90 years of age. Method:
The subjects of this study were 94 elderly women, distributed in three groups: G1 (ages 60-
69), G2 (ages 70-79) and G3 (ages 80-90). A form consisting of questions on occupational
aspects, everyday habits, vocal health, vocal and auditory aspects and perceptions about the
aging process was filled out. Maximum phonation times of vowel /a/ and phonemes /s/ and
/z/ were measured. A voice recording which registered spontaneous conversation of the
subjects was also performed. Three speech therapists specialized in the voice field
perceptually evaluated the recorded voices. The collected data was analyzed descriptively,
and then statistical analysis was performed to compare the different age groups. Results:
There was a statistically significant association between age group and vocal demand,
reported difficulties to sing, reported hearing difficulties, use of hearing aids, respiratoryspeech
coordination, articulation of speech and vocal quality. Although there was no
statistically significant correlation between the following issues, there was a percentage
increase along the age groups in other parameters: number of illnesses per person; phlegm
complaints; complaints of hearing but not understanding; tinnitus complaints; reports of
hearing impairments; use of hearing aids; watching television in high volumes; occurrence of
low voice resonance; and awareness of vocal changes. As for the subjec􀁗􀁖􀂶􀀃􀁒􀁓􀁌􀁑􀁌􀁒􀁑􀀃􀁄􀁅􀁒􀁘􀁗􀀃􀁗􀁋􀁈􀀃
aging process, there was a predominance of references to physiological aspects and of the
daily activities in the answers provided by G1 (62.5%) and by G2 (52.9%), and of emotional
aspects in the answers given by G3 (53.6%). The following issues were more prevalent in
answers of certain age groups: health, prejudice, social isolation and the importance of
practicing physical activities, mainly in G1; sadness and loneliness in G2; tiredness, lack of
physical wellness, despondency and changes in social relationships, primarily in G3.
Conclusion: The comparison of women of ages 60-69, 70-79 and 80-90 leads to the
conclusion that there are significant differences between age groups related to vocal demands,
reported difficulties in singing, respiratory-speech coordination, articulation of speech, vocal
quality, reported hearing impairments, and use of hearing aids. The physiologic and daily life
aspects mainly present in the answers of G1 and G2 as well as the emotional aspects
predominant of the answers in G3 are factors that affect the way these women look at aging in
general, and how they feel towards their own aging process. This study enables us to reaffirm
the bio-psychosocial nature of the aging process, which is different not only from one person
to another, but also in each age group / Introdução: a preocupação com o idoso cresceu muito, pois despontou, no cenário mundial,
uma transição demográfica, com um aumento significativo do número de pessoas com 60
anos ou mais. Considera-se fundamental realizar pesquisas com atenção às diferentes faixas
etárias nesse segmento da população, pois agrupá-los simplesmente como idosos, pode
ocultar as diversidades biopsicossociais existentes entre eles. Optou-se por realizar esta
pesquisa somente com mulheres, pois elas constituem a maior parte da população idosa e
promovem maiores demandas às unidades de saúde. Objetivo: comparar as características
vocais, a propriocepção do envelhecimento, a queixa e a saúde vocal de mulheres entre 60 e
90 anos. Método: foi realizado um estudo com 94 idosas, distribuídas em três grupos: G1
(60- 69 anos), G2 (70-79 anos) e G3 (80-90 anos). Aplicou-se um formulário com questões
sobre aspectos ocupacionais, hábitos cotidianos, saúde vocal, aspectos auditivos, aspectos
vocais e percepção sobre o envelhecimento. Foram medidos os tempos máximos de fonação
na emissão da vogal /a/ e nos fonemas /s/ e /z/. Realizou-se uma gravação da voz, na qual foi
registrada a fala espontânea das participantes. Três juízes fonoaudiólogos especialistas em voz
realizaram a análise perceptivo-auditiva das vozes. Foi realizada análise descritiva dos dados
coletados e, por meio de análise estatística, realizaram-se as comparações entre as faixas
etárias. Resultados: observou-se associação estatisticamente significativa entre a faixa etária
e a demanda vocal, o relato de dificuldade para cantar, o relato de dificuldade para ouvir, o
uso de prótese auditiva, a coordenação pneumo-fonoarticulatória, a articulação e a qualidade
vocal. Apesar de não ter havido correlação estatisticamente significativa, notou-se um
aumento percentual, a cada faixa etária, em outros parâmetros: número de doenças por pessoa;
queixa de pigarro; queixa de que ouve, mas não compreende; queixa de zumbido; relato de
alteração auditiva; uso de prótese auditiva; uso da televisão em volume alto; ocorrência de
ressonância baixa; e percepção de mudança na voz. Quanto à opinião sobre o envelhecimento,
houve predomínio de aspectos fisiológicos e de atividades cotidianas nas respostas do G1
(62,5%) e G2 (52,9%), e de aspectos emocionais e/ou psíquicos no G3 (53,6%). Emergiram
de forma mais prevalente em algumas faixas etárias os seguintes fatores: a saúde, o
preconceito, o isolamento social e a importância da realização de atividades, principalmente
no G1; tristeza e solidão, no G2; o cansaço, a falta de disposição física, o desânimo e as
modificações nas relações sociais, primordialmente no G3. Conclusão: A comparação entre
as idosas de 60 a 69 anos, 70 a 79 anos e de 80 a 90 anos permitiu concluir que existem
diferenças significativas, entre as faixas etárias, em relação à demanda vocal, ao relato de
dificuldade para cantar, à coordenação pneumo-fonoarticulatória, à articulação, à qualidade
vocal, ao relato de dificuldade para ouvir e ao uso de prótese auditiva. Os aspectos
fisiológicos e de atividades cotidianas, mais citados pelo G1 e G2, e os aspectos emocionais e
psíquicos, mais freqüentes nos discursos do G3, surgiram como fatores que afetam o modo
como as idosas vêem a velhice e se sentem em relação ao seu próprio envelhecimento. Por
meio desta pesquisa, pôde-se reafirmar a natureza biopsicossocial do envelhecimento e que
este é um processo com diferenciações de uma pessoa para outra e a cada faixa etária

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/12166
Date25 February 2008
CreatorsPaes, Marília Bentes
ContributorsAndrada e Silva, Marta Assumpção de
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia, PUC-SP, BR, Fonoaudiologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0039 seconds