Introduction: High-quality doctor-patient relationship is a worldwide concern for medicine, particularly with regard to medical education. Objective: This research aimed to carry out a needs assessment in order to identify targets for improving the doctor-patient relationship teaching and learning process in the undergraduate Medicine course at the Sergipe Federal University (UFS). Methods: A narrative review of cognitive behavior perspective, an integrative review of the Brazilian literature and a cross-sectional descriptive study were done. This study involved 165 undergraduate Medicine students at the UFS (92 women and 73 men), 31 professors (11 women and 20 men) and 71 patients (59 women and 12 men) admitted at the university hospital. The instruments applied included: a Brazilian version of the Patient-Practitioner Orientation Scale (PPOS), which is a self-evaluation scale consisting of 18 items; a demographic questionnaire and three versions of a questionnaire on doctor-patient relationship with open and closed-ended questions. The first version consisted of 14 items and was designed for the students; the second version consisted of 15 questions and was designed for the professors; and the third version consisted of seven questions and was designed for the patients. Both the curriculum and the syllabus of the Medicine course were analyzed. Results: Review outcomes indicated a growing interest in the topic, with observational research and experience reports, but lacking evaluation tools. Field research showed that interpersonal development in medical education is considered important for 93.5% of professors and 95.7% of students. However, only two disciplines explicitly describe such content in their syllabus. The most common strategies applied by professors were rule-based learning (41.7%), modelling (33.3%) and shaping (19.4%). The major obstacles identified were curriculum flaws (52.7%), professors flaws (20.6%) or students difficulties (14.6%). Self-control and emotional expressiveness, communication, civility and empathy were classes of social skills indicated as important by more than 80% of each of the participating groups. Physician-centered attitudes were indicated by 45.2% of professors, 56.4% of students and 88.7% of patients. The professors total PPOS mean score was the highest (4.66 ± 0.52), suggesting a mildly patient-focused attitude. The students total PPOS mean score (4.43 ± 0.53) was higher than that of the patients (3.93 ± 0.59), but both indicated patient-centered attitude. Conclusion: It is understood that the doctor-patient relationship is yet to be included in formal medical school planning. Also, such content has not been continuously developed and specific strategies for teaching interpersonal skills are barely applied. However, the respondents in this study acknowledged the importance of interpersonal development in medical education, which supports its inclusion in formal education, as well as the inclusion of new teaching strategies. Such acknowledgement may trigger discussions on educational planning and social skills training, as long as professors, students and patients demands are taken into account. / Introdução: No cenário mundial a relação médico-paciente de qualidade é uma das preocupações da Medicina, particularmente no que diz respeito à educação médica. Objetivo: O objetivo desta pesquisa foi fazer uma avaliação de necessidades com vistas a identificar alvos para a melhoria do ensino e a aprendizagem da relação médico-paciente no curso de graduação de Medicina da Universidade Federal de Sergipe (UFS). Métodos: Foram feitas: uma revisão narrativa da perspectiva cognitivo-comportamental, uma revisão integrativa da literatura nacional e uma pesquisa descritiva transversal. Participaram do estudo 165 alunos do curso de graduação de Medicina da UFS (92 mulheres e 73 homens), 31 professores (11 mulheres e 20 homens) e 71 pacientes (59 mulheres e 12 homens) atendidos no hospital universitário. Os instrumentos utilizados foram: a versão brasileira do Patient-practitioner Orientation Scale (PPOS), que é uma escala autoinforme com 18 itens, um questionário de dados demográficos e três versões de um questionário sobre a relação médico-paciente com perguntas abertas e fechadas. A primeira versão era composta por 14 itens e foi aplicada com os estudantes, a segunda versão era composta por 15 questões e foi aplicada com os professores e a terceira versão era composta por sete questões e foi aplicada com os pacientes. Foi feita uma análise do currículo e das ementas do curso de Medicina. Resultados: Os resultados da revisão apontaram um crescente interesse na temática com pesquisas observacionais e relatos de experiência, mas com falta de instrumento de avaliação. Os resultados da pesquisa de campo apontaram que o desenvolvimento interpessoal na educação médica é considerado importante para 93,5% dos professores e 95,7% dos alunos, mas apenas duas disciplinas têm como objetivo explícito em suas ementas esse conteúdo. As principais estratégias utilizadas pelos professores foram aprendizagem por regras (41,7%), modelação (33,3%) e modelagem (19,4%). As principais barreiras apontadas foram falhas da estrutura curricular (52,7%), déficits do professor (20,6%) ou dificuldades dos próprios alunos (14,6%). O autocontrole e expressividade emocional, comunicação, civilidade e empatia foram as classes de habilidades socais indicadas como importante por mais de 80% de cada um dos grupos participantes. As atitudes centradas no médico foram indicadas por 45,2% dos professores, 56,4% dos alunos e 88,7% dos pacientes. A média do escore total do PPOS dos professores foi a mais alta (4,66±0,52), sugerindo atitude mediamente centrada no paciente. A média do escore total do PPOS dos alunos (4,43±0,53) foi mais alta que dos pacientes (3,93±0,59), porém ambas indicaram atitude centrada no paciente. Conclusão: Entende-se que a relação médico-paciente ainda não está incluída no planejamento formal do curso de Medicina, que este conteúdo não tem sido desenvolvido de forma contínua e que o uso de estratégias de ensino específicas para habilidades interpessoais é restrito. Porém, há uma credibilidade da importância do desenvolvimento interpessoal na educação médica pelos respondentes, o que favorece a formalização de seu ensino e a inclusão de novas estratégias didáticas. Esta identificação pode promover discussões sobre o planejamento educacional, bem como a reflexão sobre o treinamento de habilidades sociais levando em consideração as demandas dos professores, estudantes e pacientes.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/3558 |
Date | 28 March 2014 |
Creators | Barletta, Janaína Bianca |
Contributors | Cipolotti, Rosana |
Publisher | Universidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Ciências da Saúde, UFS, BR |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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