Return to search

Anarquismos, cristianismo e literatura social no Brasil (1890-1938)

Made available in DSpace on 2016-04-25T20:20:15Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Gustavo Ramus de Aquino.pdf: 1119002 bytes, checksum: 905bcc5abda4523ab072e8b0c46df26f (MD5)
Previous issue date: 2011-06-03 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Every religion implies the production of discourses of truth and articulates modes of
subjectivities that determine the constitution of the subject. The religious discourses
produce moral codes and result in types of conduct. Therefore, it is impossible to deal
with religion apart from a political perspective. It has emerged within Christianism what
Michel Foucault calls pastoral power. It consists in the association of the sovereign with
the priest, whose role is to conduct and provide the needs for its herd. The pastoral
power is a political technology that individualizes and totalizes: a governmentality
device. Exposing Christianism to a political analysis is to place it within a clash
between authority and freedom. In the end of the 19th Century, Liev Tolstoi developed
a libertarian interpretation of Christianism, providing it a subversive behavior. The
Christian practice developed by the Russian writer suggests the denial of the state based
on a peaceful resistance the point of departure to what has been called Christian
anarchism. Tolstoi s thought has provoked anarchist activists in Brazil, between 1890
and 1938, to develop novels with the objective of disseminating anarchist ideas. These
activists have used a new literature that was emerging in Brazil: the social literature. If it
was possible to bring Christianism closer to an anarchist perspective, it may well be
possible to discuss the opposite process, i.e., the revolutionary discourse as production
of truths acquiring the form of a pastoral / Toda religião implica produção de discursos de verdade e articula modos de
subjetividades que determinam a constituição do sujeito. Os discursos religiosos
produzem códigos de moralidade e resultam em formas de condutas. Portanto, é
impossível tratar de religião fora de uma perspectiva política. No interior do
cristianismo emergiu o que Michel Foucault denomina de poder pastoral. Trata-se da
aproximação da figura do governante com o pastor, cuja função é conduzir e prover as
necessidades de seu rebanho. O poder pastoral é uma técnica política individualizante e
totalizante: um dispositivo de governamentalidade. Submeter o cristianismo a uma
análise política é inseri-lo no interior de um embate entre autoridade e liberdade. No
final do século XIX, Liev Tolstoi elaborou uma interpretação libertária do cristianismo,
atribuindo-lhe um comportamento subversivo. A prática cristã desenvolvida pelo
escritor russo sugere uma negação ao Estado a partir de uma resistência pacífica, o
ponto de partida do que se denominou anarquismo cristão. O pensamento de Tolstoi
incentivou militantes anarquistas no Brasil que, entre 1890 e 1938, dedicaram-se à
produção de romances com o objetivo de difundir ideais anarquistas. Esses militantes
lançaram mão de uma nova literatura que estava surgindo no Brasil: a literatura social.
Se foi possível aproximar o cristianismo de uma perspectiva anarquista é possível
problematizar o processo inverso, o do discurso revolucionário como produção de
verdades tomando forma de uma pastoral

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/2237
Date03 June 2011
CreatorsAquino, Gustavo Ramus de
ContributorsPassetti, Edson
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Ciências Sociais, PUC-SP, BR, Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0028 seconds