Return to search

Pessoas com surdocegueira e com deficiência múltipla: análise de relações de comunicação / People with deafblindness and multiple disabilities: analysis of communication relationships

Made available in DSpace on 2016-04-27T18:12:03Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Denise Cintra Villas Boas.pdf: 1358374 bytes, checksum: d09280d50583e3fcf7f7e06c5ef9c58a (MD5)
Previous issue date: 2014-05-12 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / With congenital deafblindness and multiple disabilities need help to
understand the world around them and have access to information. In many cases, they do not use
speech as their main form of communication, and may use non-verbal ways of communication.
These ways are sometimes unknown to professionals or family members. Aim: to analyze attention
behaviors and communication behaviors between a teacher and deafblind and multiple disabilities
children and to analyze this same teacher s perception about the attention and communication
strategies she developed, in caring for these children. Method: this qualitative research, supported
by a case-study method, is composed by two different studies. The first is a description of attention
behaviors (attention to people, attention to objects and joint attention) and of communication
behaviors (communication forms used by the students, communication forms used by the teacher
and moments when turn taking occurs), conducted by participative observation and audio-visual
recordings of interaction during classroom activities of two sets of partners: the first, a specialized
teacher and a child with congenital deafblindness (S1), and, the second, the same teacher and a
child with multiple disabilities (S2). The data were transcribed, the interaction moments were
registered in field notes; the potential situations corresponding to attention behaviors were
quantified and categorized; the potential situations corresponding to each form of communication by
the children were transcribed and identified, as well as the teacher s form of communication and, in
the end, turn takings were counted. The second study consisted of the analysis of the same
teacher s perception about the communication and attention strategies she developed while caring
for S1 and S2, as described in the first study. For this purpose, an individual, semi-structured
interview was conducted, composed by three questions, made after the teacher watched the
recorded material of her actions. This interview was transcribed and analyzed using content
analysis. Results: on the first study, regarding the number of attention behavior occurrences, S1
had attention to people and S2 attention to the object, during activities involving music and rhythm.
As potential forms of non-verbal communication, S1 showed vocalizations, touching, body contact,
body movements, facial expressions and crying, while S2 showed looking, body movements and
vocalization. The teacher s communication forms were verbal, touching (contact and vibration),
visual, auditory (rhythm) and Brazilian Sign Language signs. S1 and S2 had potential turn takings
only when the teacher began the action, possibly due to difficulties in initiating, maintaining or
extending interaction. On the second study, regarding the teacher s perception, she showed
satisfaction with her work in realizing the student s development, respect for the individual
characteristics in the use of strategies, importance of family involvement and using audio-visual
records as a contribution to her work. However, she mentioned certain situations where she lost
communication opportunities and did not provide enough time for the students to answer. Final
remarks: the importance of a significant communication partner is essential in order to identify,
interpret and respond to the child s behavior of attention and communication. The use of other
communication forms should happen according to individual characteristics, since activities that will
stimulate touch, sight, hearing and other senses should be offered, as a communication form, as
part of the process of development stimulation. This should happen so that the child can receive,
whenever possible, information about the environment and ensuring access to the world. Still, little
is known about these children s learning skills and about attention and communication behaviors.
Thus, it is imperative for both the teacher and Speech-Language Pathologist, to know each child s
characteristics and to understand how they communicate / Crianças com surdocegueira congênita e com deficiência múltipla necessitam de apoio
para a compreensão do mundo ao seu redor e acesso à informação. Em muitos casos, não utilizam
a fala como principal forma de comunicação e poderão utilizar formas não verbais para se
comunicarem. Essas são, por vezes, desconhecidas, seja por profissionais ou familiares. Objetivo:
analisar os comportamentos de atenção e os comportamentos comunicativos entre uma professora
e crianças com surdocegueira e com deficiência múltipla e analisar a percepção da mesma
professora sobre as estratégias de atenção e comunicação, desenvolvidas por ela, no atendimento
a essas crianças. Método: esta pesquisa, de natureza qualitativa, com suporte metodológico de
estudo de caso, é composta por dois estudos distintos. O primeiro é uma descrição dos
comportamentos de atenção (atenção à pessoa, atenção ao objeto e atenção conjunta) e dos
comportamentos comunicativos (as formas de comunicação utilizadas pelos alunos, as formas de
comunicação utilizadas pela professora e os momentos em que ocorreram as trocas de turnos), por
meio da observação participante e de gravações audiovisuais da interação, durante atividades em
sala de aula, de duas díades: na primeira, uma professora especializada e uma criança com
surdocegueira congênita (S1), e, na segunda, a mesma professora e uma criança com deficiência
múltipla (S2). Os dados foram transcritos, os momentos de interação registrados por notas de
campo; quantificadas e categorizadas as potenciais situações correspondentes aos
comportamentos de atenção; transcritas e identificadas as potenciais situações correspondentes a
cada forma de comunicação das crianças, forma de comunicação da professora; e, ao final,
contabilizadas as trocas de turnos. O segundo estudo constou da análise da percepção da mesma
professora especializada sobre as estratégias de atenção e comunicação, desenvolvidas por ela,
no atendimento a S1 e S2, descritos no primeiro estudo. Para tal, foi realizada uma entrevista
individual, semi-estruturada, composta por três perguntas, apresentadas após a professora ter
assistido ao material audiovisual referente ao seu atendimento. Essa foi transcrita e analisada por
meio de análise de conteúdo. Resultados: no primeiro estudo, em relação ao número de
ocorrências dos comportamentos de atenção, S1 apresentou atenção à pessoa e S2 atenção ao
objeto, em atividades que envolveram música e ritmo. Como potenciais formas de comunicação
não verbal, S1 apresentou vocalização, toque, contato corporal, movimentos corporais, expressões
faciais e choro, e no caso de S2, olhar, movimentos corporais e vocalização. As formas de
comunicação da professora foram verbal, toque (contato e vibração), visual, auditiva (ritmo) e
sinais de Libras. S1 e S2 apresentaram potenciais trocas de turnos apenas quando a ação foi
iniciada pela professora, provavelmente por dificuldades em iniciar, manter ou estender uma
interação. No segundo estudo, quanto à percepção da professora, essa apresentou satisfação pelo
seu trabalho ao perceber o desenvolvimento dos alunos, respeito às características individuais
para o uso das estratégias de atendimento, importância da participação da família e da utilização
dos registros audiovisuais para contribuição de seu trabalho. Fez referência, porém, a
determinadas situações, em que perdeu oportunidades de comunicação e não forneceu tempo
necessário para resposta dos alunos. Considerações finais: a importância de um parceiro
significativo de comunicação é essencial para identificar, interpretar e responder aos
comportamentos de atenção e comunicativos da criança. A utilização de outras formas de
comunicação deve estar de acordo com as características individuais, uma vez que atividades que
estimulem o tato, a visão, a audição e outros sentidos, devem ser oferecidas como parte do
processo de estimulação para o desenvolvimento, como forma de comunicação, para que a
criança receba, quando possível, informações do ambiente por esses sentidos e garanta o acesso
ao mundo. Pouco ainda se sabe sobre as habilidades de aprendizagem dessas crianças e sobre
os comportamentos de atenção e de comunicação. Assim, conhecer a forma como cada criança se
comunica e suas características são fundamentais para o atendimento tanto do professor quanto
do fonoaudiólogo

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/11979
Date12 May 2014
CreatorsBoas, Denise Cintra Villas
ContributorsFerreira, Léslie Piccolloto
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Fonoaudiologia, PUC-SP, BR, Fonoaudiologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.003 seconds