[pt] Existe um grande debate entre acadêmicos e formuladores de política a respeito do efeito potencial da legalização das drogas no crime. Proponentes da legalização das drogas argumentam que a legalização levaria a mais consumo e crime. Já os defensores da legalização (e.g Friedman, 1991) argumentam que a proibição por si só causa mais crimes ao desviar recursos policiais do combate a outros tipos de crime e incentivar a
violência por parte de participantes do mercado negro como forma de disputar mercado e cumprir contratos. Nesse artigo, examinamos uma droga específica que responde por uma grande fração do mercado: maconha. Para isso, analisamos a experiência pioneira da Califórnia com a legalização da maconha medicinal, iniciada em 1996. A experiência californiana é particularmente interessante por se aproximar de uma legalização de facto da droga, mesmo para fins recreativos. Nós usamos uma abordagem de controle sintético para estimar um contrafactual qual teria sido a taxa de criminalidade violenta na Califórnia na ausência de legalização da maconha medicinal. Este contrafactual é construído como uma média ponderada de outros estados americanos, cujos pesos são escolhidos de forma ótima para aproximar tal média a Califórnia, antes da mudança de política. Ao comparar a Califórnia com sua contrafactual (principalmente composto por Florida, Illinois e Texas), mostramos que, no ano de 2006, a taxa de crimes violentos da Califórnia foi 13 por cento menor do que o que teria sido na ausência da legalização da maconha medicinal. / [en] There is a large debate among both scholars and policy makers about the potential effects of drug legalization on crime. On the one hand, proponents of drug criminalization claim that legalization would lead to greater consumption and crime. On the other hand, advocates of drug legalization (e.g. Friedman, 1991) argue that prohibition itself can cause more crime by diverting police resources away from deterring non-drug crimes and incentivizing market participants to resort in violence to dispute market share and enforce agreements. In this paper, we examine one specific drug that corresponds to a large share of the drug market: marijuana. For that, we analyze California s pioneer experience with medical marijuana legalization, which started in 1996. California s experience is particularly interesting because it was close to a de facto total legalization of the drug, even for recreational purposes. We use a synthetic control approach to estimate a counterfactual of what would have been the violent crime rate in California in the absence of medical marijuana legalization. This counterfactual is a weighted average of other American states whose weights are optimally chosen to best resemble California before this policy change. By comparing California with its counterfactual (mostly composed by Florida, Illinois and Texas), we show that, by the year 2006, California s violent crime rate was 13 per cent lower than what it would have been in the absence of medical marijuana legalization.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:29350 |
Date | 08 March 2017 |
Contributors | GABRIEL LOPES DE ULYSSEA, GABRIEL LOPES DE ULYSSEA, GABRIEL LOPES DE ULYSSEA, GABRIEL LOPES DE ULYSSEA, GABRIEL LOPES DE ULYSSEA |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | English |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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