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[en] LEGALIZE IT?: THE EFFECTS OF CALIFORNIA S MEDICAL MARIJUANA LAW ON VIOLENT CRIME / [pt] LEGALIZE JÁ?: OS EFEITOS DA LEGALIZAÇÃO DA MACONHA PARA FINS MEDICINAIS NO CRIME VIOLENTO NA CALIFÓRNIA08 March 2017 (has links)
[pt] Existe um grande debate entre acadêmicos e formuladores de política a respeito do efeito potencial da legalização das drogas no crime. Proponentes da legalização das drogas argumentam que a legalização levaria a mais consumo e crime. Já os defensores da legalização (e.g Friedman, 1991) argumentam que a proibição por si só causa mais crimes ao desviar recursos policiais do combate a outros tipos de crime e incentivar a
violência por parte de participantes do mercado negro como forma de disputar mercado e cumprir contratos. Nesse artigo, examinamos uma droga específica que responde por uma grande fração do mercado: maconha. Para isso, analisamos a experiência pioneira da Califórnia com a legalização da maconha medicinal, iniciada em 1996. A experiência californiana é particularmente interessante por se aproximar de uma legalização de facto da droga, mesmo para fins recreativos. Nós usamos uma abordagem de controle sintético para estimar um contrafactual qual teria sido a taxa de criminalidade violenta na Califórnia na ausência de legalização da maconha medicinal. Este contrafactual é construído como uma média ponderada de outros estados americanos, cujos pesos são escolhidos de forma ótima para aproximar tal média a Califórnia, antes da mudança de política. Ao comparar a Califórnia com sua contrafactual (principalmente composto por Florida, Illinois e Texas), mostramos que, no ano de 2006, a taxa de crimes violentos da Califórnia foi 13 por cento menor do que o que teria sido na ausência da legalização da maconha medicinal. / [en] There is a large debate among both scholars and policy makers about the potential effects of drug legalization on crime. On the one hand, proponents of drug criminalization claim that legalization would lead to greater consumption and crime. On the other hand, advocates of drug legalization (e.g. Friedman, 1991) argue that prohibition itself can cause more crime by diverting police resources away from deterring non-drug crimes and incentivizing market participants to resort in violence to dispute market share and enforce agreements. In this paper, we examine one specific drug that corresponds to a large share of the drug market: marijuana. For that, we analyze California s pioneer experience with medical marijuana legalization, which started in 1996. California s experience is particularly interesting because it was close to a de facto total legalization of the drug, even for recreational purposes. We use a synthetic control approach to estimate a counterfactual of what would have been the violent crime rate in California in the absence of medical marijuana legalization. This counterfactual is a weighted average of other American states whose weights are optimally chosen to best resemble California before this policy change. By comparing California with its counterfactual (mostly composed by Florida, Illinois and Texas), we show that, by the year 2006, California s violent crime rate was 13 per cent lower than what it would have been in the absence of medical marijuana legalization.
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[pt] APERTE A MÃO, GUARDE O FLAGRANTE: LEGISLAÇÃO E VIGILÂNCIA SOBRE O USO DA MACONHA NO RIO DE JANEIRO (1940 -1950) / [en] HIDE IT IN YOUR HAND, AVOID THE FLAGRANCY: LEGISLATION AND POLICE SURVEILLANCE ON MARIJUANA USE IN RIO DE JANEIRO (1940S-1950S)NATALIA MELLO DE ASSIS SIQUEIRA 11 March 2022 (has links)
[pt] O objetivo desta dissertação é examinar a transformação da maconha em
questão de polícia no Rio de Janeiro das décadas de 1940 e 1950. Nesse
processo, a polícia carioca foi um ator fundamental, mas não foi o único. As
intervenções policiais sobre a comercialização e consumo de maconha na cidade
foram construídas, negociadas e disputadas através de relações que envolveram
outros atores fundamentais: jornalistas, operadores judiciais, pequenos vendedores
e consumidores de maconha. Para investigar essas tramas de ação e conflitos, a
dissertação opta por uma estratégia narrativa que privilegia a abordagem integrada
da interação entre todos esses protagonistas, a partir de três movimentos: começa
pelas campanhas jornalísticas que, em diálogo com a polícia e a justiça,
contribuíram para a formação de um problema de ordem pública; continua com os
debates nos tribunais e a discussão judicial sobre os limites da intervenção dos
poderes estatais; e conclui com uma análise da ação da polícia em diferentes
circuitos urbanos de consumo. / [en] The purpose of this dissertation is to examine the transformation of
marijuana into a police issue in Rio de Janeiro in the 1940s and 1950s. In this
process, the police force of Rio de Janeiro was a key actor, but not the only one.
Police interventions on the sale and consumption of marijuana in the city were
object of a daily negotiation and disputes in social interactions that involved other
key actors: journalists, judicial operators, small marijuana sellers and a diversity
of consumers. In order to investigate these interaction realms, the dissertation opts
for a narrative strategy that privileges an integrated approach, based on three
movements: first of all, it focuses on a series of journalistic campaigns that, in
dialogue with the police force and judicial actors, resulted in the outline of a
public order problem regarding marijuana consumption; secondly, it analyzes
judicial debates about the limits of police intervention in a diversity of social
interactions that included marijuana; finally, it develops an analysis of daily police
action in heterogeneous urban consumption circuits.
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