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Bile negra: terrorismo, câncer e seus combates

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Previous issue date: 2015-03-27 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / This work takes as a base the hypothesis that terrorism has been fought
throughout history by the nations in a way akin to how Western medicine fights cancer,
that unpredictable and unbearable disease that still has no definitive cure. Since its
emergence in the end of the 19th century, terrorism this being the definition given by
the world s states to violent struggles that endanger their wellbeing and existence has
been targeted by procedures intent on physically eliminating it. However, just like
tumors that strike again even after being extirpated, the diverse terrorist movements do
not give u: The States have tried new treatments which, as radiotherapy and
chemotherapy do when dealing with cancer, have a wide-ranging effect and intense,
long-lasting side effects. When faced with the impossibility of a cure, both medicine
and States invest in prevention and meticulous examinations to identify and eliminate
potential threats still in formation. After over a century of fighting, both terrorism and
cancer continue to manifest themselves. The victories are always individual, since as
long as there is a State there will be terrorism just as cancer is a risk to everybody for
as long as there s life, which remains ungovernable / Este trabalho parte da hipótese de que o terrorismo historicamente tem sido
combatido pelos Estados como a medicina ocidental combate ao câncer, enfermidade
imprevisível e insuportável, para a qual não há solução geral e definitiva. Desde sua
emergência, no fim do século XIX, o terrorismo - definição dada pelos Estados às lutas
contundentes que colocam em risco sua saúde e existência é alvo de procedimentos
que visam sua eliminação física. Porém, como tumores que renascem mesmo após
terem sido extirpados, os terrorismos não cessaram. Os Estados, por sua vez, lançaram
mão de novos tratamentos, que semelhantes à rádio e a quimioterapia, tinham ação mais
abrangente, efeitos colaterais intensos e prolongados. Diante da impossibilidade da cura,
medicina e Estados investem em prevenção e exames minuciosos para identificar e
eliminar potenciais ameaças ainda em formação. Após mais de um século de combates,
terrorismo e câncer continuam a se manifestar. As vitórias são sempre individuais, pois
enquanto houver Estado haverá terrorismo, do mesmo modo que o câncer é um risco
para cada um enquanto há vida, que permanece ingovernável

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/3630
Date27 March 2015
CreatorsSouto, Fhoutine Marie Reis
ContributorsPassetti, Edson
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais, PUC-SP, BR, Ciências Sociais
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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