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Solidão e Comunicação em Nietzsche: uma tensão na obra "Assim Falava Zaratustra"

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Previous issue date: 2011-07-21 / This work intends, above all, to highlight a fundamental problem in
Thus spoke Zarathustra, namely: there is a tension between loneliness and
communication that ultimately determines the course of this book claims regarding
affirmative intention of Nietzsche. At the same time as the radical solitude enables
unique experiences, the communication becomes impaired, since it is based on a
predetermined language for moral values (gregarious), does not represent, then, what is
unique and not transferable. The result is a problematic book, in relation to their address
("a book for everyone and anyone") and in relation to its internal development
(Zarathustra's disappointment when you want to communicate, initially to people, at the
"Prologue", to his disciples, and finally, to the superior men). What Zarathustra wants to
communicate, initially, and intensely in books I and II, is the superman, which proves to
be a means to support the eternal return. Without this support the realization (that
ultimately ends up consisting of, in addition, a way of understanding "affirmatively"
the cyclical nature of the world), the eternal return can not be communicated and
remains, according to the hypothesis defended, a solitary and silent thought. We
assume, finally, in this work, the extemporaneity of Thus spoke Zarathustra; waiting for
an appropriate hearing and those who have an experience similar to
Nietzsche/Zarathustra / Este trabalho pretende, sobretudo, evidenciar um problema fundamental
em Assim falava Zaratustra, a saber: há uma tensão entre solidão e comunicação que
acaba determinando os rumos deste livro quanto às pretensões afirmativas de Nietzsche.
Ao mesmo tempo em que a solidão radicalizada viabiliza vivências únicas, a
comunicação, por efetivar-se através de uma linguagem predeterminada por valores
morais-gregários, torna-se prejudicada justamente pelo caráter singular e intransferível
que o isolamento imprime a tais vivências. O resultado disso é um livro problemático
tanto em relação ao seu endereçamento ( um livro para todos e para ninguém ) quanto
em relação ao seu desenvolvimento interno (a decepção de Zaratustra quando pretende
comunicar-se, inicialmente ao povo, logo no Prólogo , aos discípulos, e, já no quarto
livro, aos homens superiores). Aquilo que Zaratustra pretende comunicar, em primeiro
lugar, e intensamente durante os livros I e II, é o além-do-homem, que se mostra ser um
meio para suportar a concepção fundamental da obra, a saber: o eterno retorno do
mesmo. Sem a efetivação desse suporte (que por fim acaba consistindo em, além disso,
um modo de compreender afirmativamente o caráter cíclico do mundo), o eterno
retorno não pode ser comunicado e permanece, segundo a hipótese defendida, um
pensamento solitário e silencioso. Termina-se por assumir, neste trabalho, a
extemporaneidade de Assim falava Zaratustra; uma espera por ouvidos apropriados e
por aqueles que tenham uma vivência semelhante a Nietzsche/Zaratustra

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufpel.edu.br:123456789/1028
Date21 July 2011
CreatorsLeidens, Francisco Rafael
ContributorsCPF:56686340006, http://lattes.cnpq.br/9512892707756969, Araldi, Clademir Luís
PublisherUniversidade Federal de Pelotas, Programa de Pós-Graduação em Filosofia, UFPel, BR, Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFPEL, instname:Universidade Federal de Pelotas, instacron:UFPEL
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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