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A resiliência: um processo potencial de proteção e adaptação do bem-estar psicológico na velhice

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Previous issue date: 2013-04-18 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / The increasing extent of human life and the number of elderly in the population, aging
has become a privileged theme and one of the great challenges of contemporary society.
Aging has been considered as a period of great adversity and increased stress (higher
familiarity with the risk) may also be considered as a new stage of life that might be
positively experienced. Studies have demonstrated that for such positive experience, the
resilience is critical, since it is linked to intrapsychic processes of protection and risk
and social interaction, which has relevance in the process of adapting and overcoming
the diversity of this stage of life. Tied to the resilience it is the measure of life
satisfaction, characterized as performing a cognitive judgment of some specific domains
of life and reflects how persons perceives their lives concerning the present, the past
and their expectations to the future. This construct is also comprehended as essential
cognitive component that complements happiness. The need of studying these
constructs, this research was emerged aimed at examining the associations between the
capacity of resilience and perceived stress with the cognitive component Subjective
well-being (SWB) - the satisfaction with life - in a sample of elderly in Cuiabá, in the
state of Mato Grosso. The theoretical model of human development, with a deep
influence of Psychosocial Theory of Erikson (1972) and Grotberg s model that defines
resilience as a concept associated to human and growth development. Method: This
research is characterized as a cross-sectional study of quantitative approach. It was
divided into two studies; the first consisted in adapting the Resilience Scale for Adults -
RSA (Friborg, Hjemdal, Rosenvinge & Martinussen, 2003) that was submitted to a
number of 200 elder participants. In the second study, the sample consisted of 379 elder
participants who answered a sociodemographic questionnaire, the RSA scale (Hjemdal,
et al. 2006), the Perceived Stress Scale (PSS) by Cohen, Karmack & Mermelsteinm
(1983), Satisfaction with life Scale (SWLS) (Diener, 1985), and scale Hospital Anxiety
and Depression (HADS) Zigmond & Snaith of (1983). The data were processed by the
software Statistical Package for Social Science (SPSS) version 21 for the statistical
analysis. The results obtained in the study I showed the predominance of women (n =
146) with an average of 67.23 years (SD = 5.9). The findings concerning the Factorial
Analysis done in the study I indicated two dimensions - Family Cohesion (alpha = 0.95)
and Optimism (alpha = 0.88) and two items were eliminated, thus, the RSA totalized
(alpha = 0.91) adapted with 31 items for the elderly people. The results of the study II
indicated that the sample has an average score of resilience and the majority of the
elderly people answered to be satisfied with their lives. The results also revealed that
elderly participants who had higher averages on assessments of RSA and SWLS had
lower scores on scales PSS and HADS- Anxiety and depression. The hypothesis of the
study I was not confirmed, suggesting that resilience may be measured differently for
the elderly people, for the reason that the resilience at this life stage may be reflected in
their positive adaptation processes in a psychological mature stage. In study II, the
results confirmed the hypothesis of this research, the women had higher scores in RSA
and its dimensions, and only in the optimism dimension this difference was significant.
Based on the obtained results, it was concluded the need to advance in further research
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to better understand the effects and consequences of the capacity of resilience in old
age, as the findings of this study revealed the notion of a protective and promoter factor
of welfare in this life phase. Old age brings losses concerning health, labor capacity,
purchasing power and interpersonal relationships. Consequently, the constant presence
of the item life satisfaction after 60 years reveals that resilience as a process of
adaptation and overcoming the adversities imposed by life, became fundamental to not
only to maintain the sense of certainty of having quality life, but also in the way these
losses are absorbed and resignified in the lives of the elderly people. / Com o aumento da duração da vida humana e do número de idosos na população, o
envelhecimento passou a ser um tema privilegiado e um dos grandes desafios da
sociedade contemporânea. Considerado como um período de grandes adversidades e de
aumento do estresse (maior convivência com o risco) pode ser também considerado
como uma nova etapa da vida que pode ser vivenciada de forma positiva. Estudos têm
comprovado que para tal vivência positiva, a resiliência é fundamental, uma vez que
está ligada a processos intrapsíquicos de proteção e risco e de interação social, o que a
torna importante neste processo de adaptação e superação das adiversidades desta etapa
da vida. Aliada à resiliência, tem-se a medida da satisfação com a vida, com a qual se
realiza um julgamento cognitivo de alguns domínios específicos da vida e reflete como
a pessoa percebe a sua vida em relação ao presente, ao passado e às suas perspectivas
em relação ao futuro, e é vista como o componente cognitivo fundamental, que
complementa a felicidade. Da necessidade de estudar esses construtos, surgiu esta
pesquisa que teve como objetivo analisar as ligações existentes entre a capacidade da
resiliência e a percepção do Estresse com o componente cognitivo do Bem-estar
Subjetivo (BES) a satisfação com a vida - em uma amostra de idosos de Cuiabá, tendo
como referencial teórico o modelo do desenvolvimento humano, com forte influência da
teoria psicossocial de Erikson (1972) e o modelo de Grotberg que define a resiliência
como um conceito ligado ao desenvolvimento e ao crescimento humano. Método: a
pesquisa se caracteriza como um estudo transversal de abordagem quantitativa. Foi
dividido em dois estudos, o primeiro estudo consistiu na adaptação da Escala de
Resiliência para Adultos - RSA (por Friborg, Hjemdal, Rosenvinge & Martinussen,
2003), do qual participaram 200 idosos. No segundo estudo, a amostra foi constituída de
379 idosos que responderam um questionário sociodemográfico, a escala RSA
(Hjemdal, et al. 2006), a escala Perceived Stress Scale (PSS Escala de Estresse
Percebido) de Cohen, Karmack & Mermelsteinm (1983), Satisfaction With Life Scale
(SWLS) Escala de Satisfação Com a Vida (ESV), de Diener (1985), e a escala
Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS) de Zigmond & Snaith (1983). Os dados
foram compilados utilizando-se o SPSS versão 21 para análises estatísticas. Como
resultado, obteve-se no Estudo I um predomínio de mulheres (n= 146) e com uma média
de 67,23 anos (DP= 5,9). Na Análise Fatorial realizada no I estudo, emergiram duas
dimensões Coesão Familiar (Alfa = 0,95) e Otimismo (Alfa=0,88) e dois itens foram
eliminados ficando assim a RSA total (Alfa = 0,91) adaptada para idosos com 31 itens.
Os resultados do II Estudo apontam que a amostra tem um nível de resiliência médio e
que a maioria dos idosos avalia estar satisfeita com a vida. Os resultados também
demonstraram que os idosos que apresentaram maiores médias nas avaliações da RSA e
da ESV apresentaram menores pontuações nas escalas PSS e HADS- Ansiedade e
Depressão. A hipótese do Estudo I não foi confirmada, o que sugere que a resiliência
pode ser medida de forma diferente para os idosos, pois a resiliência nesta fase pode
refletir o processo de adaptação positiva em uma fase de maior amadurecimento
psicológico. No estudo II, os resultados confirmaram as hipóteses do trabalho, as
mulheres tiveram maiores pontuações nas RSA e nas suas dimensões, sendo que,
somente na dimensão otimismo essa diferença foi significativa. Dos resultados que se
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obteve, concluiu-se haver necessidade de se investir em outras pesquisas para melhor
entender os efeitos e consequências da capacidade da resiliência na velhice, pois os
resultados trazem a ideia que é um fator protetor e promotor de bem-estar neste período.
A velhice acarreta perdas no que tange à saúde, à capacidade laboral, ao poder
aquisitivo e às relações interpessoais. Portanto, a continuidade da presença do quesito
satisfação com a vida após os 60 anos demonstra que a resiliência enquanto processo
de adaptação e superação das condições adversas que a vida impõe tornou-se
fundamental para não só a manutenção do sentimento da certeza de ter qualidade de
vida, mas também para a forma como essas perdas são absorvidas e ressignificadas na
vida dos idosos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/6932
Date18 April 2013
CreatorsNadaf, Vania Cristhina
ContributorsTorres, Ana Raquel Rosas, Calvo, Bernardino Fernández
PublisherUniversidade Federal da Paraí­ba, Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social, UFPB, BR, Psicologia Social
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation7304211197885395406, 600, 600, 600, 600, -4612537233970255485, 3411867255817377423, 3590462550136975366

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