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O prazer estético e as flores: dispositivos cognitivos e semiótica evolutiva

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Previous issue date: 2012-10-18 / This paper discusses the relationship between the field of Communication and Design,
from concepts of biosemiotics and research on aesthetic experience. Studies of
communication among living beings, as in Ethology, Biosemiotics and Biomimetics
(Bispo, 2004 and Vieira, 2007; also Benyus, 1997) suggest that aesthetic experience, as
conceived by the human Umwelt (Kull, 2001), is an adaptive strategy that living
systems use in order to survive. This hypothesis is consistent with the proposal that the
concept of communication, as well as aesthetic experience, has an objective root. In
this context, the latter implies an efficient form of objective organization.
Communication among living systems allows their communicative interaction to mold
such systems, making them fitted to survive through the production of morphogenesis,
among other aspects. As a case study we chose as object the mechanism of
communication between flowers and insects, showing how this leads to the evolution
and adaptation of such systems (Souza, 1994). If flowers are the reproductive organs
of plants, evolutionarily designed to assist in reproduction through the seduction of
pollinator insects, why do humans also feel attracted to them, even though we are
endowed with a perception and an Umwelt differentiated from those of birds, insects
and other animals? We claim that the aesthetic experience with flowers operates in
the observer a biological response to the activation of certain cognitive devices we
acquire throughout our evolutionary history, and the feeling of pleasure experienced
would be associated with the systems of gratification and reward in the brain, pointing
to objective qualities of the flower. Thus, we propose the existence of a semiotics
capable of organizing natural processes, and a complex system of communication that
permeates all living things. In the end, when we unfold the aesthetic strategy of the
flowers, we also discover a new way to create and handle design in all its forms and
manifestations / Esta dissertação discute a relação existente entre o domínio da Comunicação e do
Design, a partir de conceitos da biossemiótica e de pesquisas sobre a experiência
estética. Estudos sobre a comunicação entre seres vivos, como na Etologia,
Biossemiótica e Biomimética (ver Bispo, 2004 e Vieira, 2007; ver ainda Benyus, 1997)
sugerem que a experiência estética, como concebida pela Umwelt humana (Kull,
2001), é uma estratégia adaptativa que os sistemas vivos utilizam na busca de sua
permanência. Esta hipótese é coerente com a proposta de que o conceito de
Comunicação, assim como a experiência estética, possui uma raiz objetiva. Neste
contexto essa última implica uma forma de organização objetiva eficiente. A
comunicação entre sistemas vivos permite que a interação comunicacional entre os
mesmos modele tais sistemas tornando‐os aptos a sobrevivência, por meio da
produção de morfogênese, entre outros aspectos. Como estudo de caso, escolhemos
como objeto o mecanismo de comunicação entre flores e insetos, mostrando como
isto leva à evolução e adaptação de tais sistemas (Souza, 1994). Sendo as flores os
órgãos reprodutivos das plantas, criadas evolutivamente para auxiliar na reprodução
por meio da sedução dos insetos polinizadores, porque nós, seres humanos, também
nos sentimos atraídos por elas, mesmo dotados de uma percepção e Umwelt
diferenciados daqueles dos pássaros, insetos e outros animais? Alegamos que a
experiência estética com flores opera no observador uma resposta biológica ao
disparo de certos dispositivos cognitivos que adquirimos ao longo de nossa história
evolutiva, e a sensação de prazer experimentada estaria associada a sistemas de
gratificação e recompensa no cérebro, apontando para qualidades objetivas da flor.
Desta forma, estamos propondo a existência de uma semiótica capaz de organizar os
processos naturais, além de um complexo sistema de comunicação que permeia todos
os seres vivos. No fim, ao desvendarmos a estratégia estética das flores, descobrimos
também uma nova forma de criar e lidar com o design em todas as suas formas e
manifestações

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/4473
Date18 October 2012
CreatorsKajimoto, Cláudio
ContributorsVieira, Jorge de Albuquerque
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Comunicação e Semiótica, PUC-SP, BR, Comunicação
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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