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Fatores associados à ocorrência de baixa estatura em crianças com mielomeningocele / Associated factors to the occurrence of short stature in children with myelomeningocele

Orientador: Lilia Freire Rodrigues de Souza Li / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Ciências Médicas / Made available in DSpace on 2018-08-24T11:40:45Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: Os pacientes com mielomeningocele apresentam baixa estatura com frequência bem mais elevada do que a população geral. Duas questões se destacam: as variáveis que influenciam o processo de crescimento e as medidas antropométricas, visto que as deformidades ortopédicas comuns a essa população limitam a obtenção de dados fidedignos. Objetivo: Analisar as variáveis relacionadas à ocorrência de baixa estatura em crianças com mielomeningocele. Avaliar se existe equivalência entre a altura e métodos antropométricos alternativos, que seriam utilizados quando o ortostatismo não for viável. Método: Estudo analítico transversal com 260 crianças, entre 3 e 9 anos, sendo 125 com mielomeningocele (grupo MMC) e 135 sem deficiências físicas (grupo controle). Em ambos os grupos foram avaliados: peso, altura, comprimento, envergadura, medida do braço, peso ao nascimento, história pregressa de patologias, condição socioeconômica e hospitalizações anteriores. No grupo MMC foram investigadas: infecções de repetição, presença de hidrocefalia e malformação de Chiari, nível neurológico da lesão medular e classificação funcional, ocorrência de deformidades ortopédicas, desenvolvimento puberal, idade óssea, malformações e desvios da coluna, avaliação laboratorial (hormônios da tireóide, função renal, IGF1 e IGFBP3). Foram calculadas estaturas estimadas utilizando equação de Stevenson e regressão linear. As estaturas foram comparadas pelo método Bland-Altman. As variáveis independentes foram avaliadas individualmente por regressão logística simples e as que obtiveram p-valor <0.25 foram incluídas na análise de regressão logística para determinar sua associação com a baixa estatura. As variáveis com p-valor <0.1 permaneceram no modelo final. Resultados : No grupo MMC foram 52 meninos e 73 meninas, com média de 6.6 anos e desvio-padrão (DP) 2.1 anos. No grupo controle foram 72 meninos e 63 meninas, média de idade 6.9 anos e DP 2 anos. Na análise do grupo controle, os resultados não mostraram diferenças entre altura, envergadura e estatura estimada por regressão linear pela envergadura e pelo braço (0.0cm, p=0.942, p=0.990 e p=0.999, respectivamente), entretanto revelou-se significativa para a diferença entre altura, comprimento (2.0cm/p<0.001) e estatura estimada por Stevenson (0.8cm/p=0.019). Observamos as seguintes prevalências de baixa estatura, de acordo com a medida utilizada como referência, no grupo MMC: 34% (altura), 47.2% (comprimento) e 16.5% (envergadura) e no grupo controle: 3%, 0.7% e 3.7%, para altura, comprimento e envergadura, respectivamente. A presença de lesão medular alta (p<0.09), gênero feminino (p<0.059), baixo peso a nascimento (p<0.071) e valores de IGF1 abaixo da mediana (p<0.054) foram significativamente associados à baixa estatura em análise de regressão logística multivariada. Conclusões: Das medidas avaliadas, a comparação da altura com a envergadura (medida direta e estimada) não mostrou diferença média entre as duas medidas e apresentou intervalo de concordância dentro do aceitável, mostrando-se, portanto, adequada para substituir a altura. As meninas com MMC, que tiveram baixo peso ao nascimento, possuem lesões medulares altas e mostram valores mais baixos de IGF-I devem ter acompanhamento mais rigoroso do crescimento, já que possuem risco maior de desenvolver baixa estatura, conforme evidenciado pela regressão logística / Abstract: Individuals with short stature are frequent among patients with mielomeningocele than in general population. Two questions appear to be important in this context: the variables that influence the growth process and appropriate anthropometric measurements must be made, since the orthopedic deformities¿common among this population¿limit the recording of reliable data. Aim: To evaluate whether there is equivalence between height and alternative anthropometric methods that can be used when orthostatism is not feasible, and to determine the variables related to the occurrence of short stature in children with myelomeningocele. Method: In this cross-sectional study, we examined 260 children (aged from 3 to 9 years), including 125 with myelomeningocele (MMC group) and 135 without any physical disabilities (control group). In both groups were evaluated: weight, height, length, arm span, birth weight, history of chronic diseases, socioeconomic status and previous hospitalizations. In the MMC group the following variables were also assessed: recurrent infections, presence of hydrocephalus and Chiari malformation, neurological level, occurrence of orthopedic deformities, pubertal development, bone age, spine malformations and deviations, and laboratory data (thyroid hormones, kidney function, IGF1, and IGFBP3). Heights estimated were calculated according to the equation proposed by Stevenson and the formula developed from linear regression. The heights were compared applying the Bland-Altman method. The independent variables were evaluated individually with simple logistic regression and were included in the logistic regression analysis when p-value <0.25, to determine their association with short stature. Variables with p-value <0.1 remain in the final model. Results: The MMC group included 52 boys and 73 girls, with mean age of 6.6 years and standard deviation (SD) of 2.1 years. The control group included 72 boys and 63 girls, with a mean age of 6.9 years and SD of 2 years. In the analysis of the control group, we observed that there was no significant difference between the height and arm span, and the heights estimated by the arm span and arm measurement (0.0 cm, p=0.942, p=0.990, and p=0.999, respectively). However, the differences between height and length (2.0 cm, p< 0.001) and height estimated by Stevenson (0.8 cm, p=0.019) were significant. Observe the prevalence of short stature in the MMC group, according to the measure used: 34% (height), 47.2% (length) and 16.5% (arm span). In the control group the values were 3%, 0.7% and 3.7% for height, length and arm span, respectively. The presence of high neurological level (p<0.09), female gender (p<0.059), low birth weight (p<0.071) and IGF1 values below the median (p<0.054) were significantly associated with short stature in multivariate logistic regression analysis. Conclusions: From the measures evaluated, the comparison between height and arm span (both direct and estimated measurements) showed no difference with the mean measurements of height, presented an acceptable concordance interval and, thus, appeared to be a suitable substitute. The girls with MMC, which had low birth weight, have high neurological level and show lower levels of IGF1 should have stricter control of growth as they have a higher risk of develop short stature as evidenced by logistic regression / Mestrado / Pediatria / Mestra em Ciências

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/310398
Date24 August 2018
CreatorsSimões-Brandão, Joyce Mara de Abreu, 1977-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Li, Lilia Freire Rodrigues de Souza, 1967-, Jorge, Alexander Augusto de Lima, Baptista, Maria Tereza Matias
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Faculdade de Ciências Médicas, Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Format117 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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