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A criança em movimento: reflexões sobre trabalho, educação e o brincar do campo ao morro / The child in movement: reflections on work, education, and playing from rural areas to the favelas

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Previous issue date: 2015-03-16 / This thesis aims to understand the meanings of being a child in urban and rural contexts of poverty. Thus, we performed an action research where the main data collection instruments were a field notes and the development of a children's book. We visited three schools from different social realities within the context of social inequality: a school on the fields, a traveling school in the Movement of Landless Rural Workers (MST in portuguese), and a school located in a slum area. Our theoretical and methodological reflections and data analysis were guided by Marxist assumptions and socio-historical psychology. Whereas children live their universe in particular, our results reveals that, while these three distinct ways of experiencing childhood resemble, they also distance from each other. In the field, children show the astonishment with the imminence of work, contradictory relations with the city, and warn us about the man-nature relationship. Children from the MST school, otherwise, show us another logic of human relationships that break down with the capitalist model, combining work and education dimensions; even collectively, each child is unique and, since they are immersed in the dynamics of the social movement from an early age, they learn to question, decide, and claim their rights. On the slum area, children acknowledge the presence of drug traffic, the appeal to consumption, and the sexualization of childhood. In common, these children have the playing, whose meaning is experienced differently in each context. In our discussions, we seek to build a reflection on the amount of work, education and playing from the field to the favelas; we discuss capitalist determinations about a contemporary childhood and weave critics to psychological science that has exploited, through history, different concepts of child development - most of them guided by naturalizing visions that underlie practices against social transformation and human emancipation, especially the creation, which exploits the child s play / O objetivo dessa dissertação foi compreender os significados do ser criança nos contextos de pobreza urbana e rural. Para tanto, realizamos uma pesquisa-ação que teve os diários de campo e a elaboração de um livro infantil como principais instrumentos de coleta de dados. Durante a trajetória de campo visitamos três escolas de realidades sociais distintas dentro do contexto de desigualdade social: uma escola do campo, uma escola itinerante em um acampamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e uma escola situada em uma região caracterizada como favela. Nossas reflexões teórico-metodológicas e a análise dos dados estiveram pautados nos pressupostos marxianos e da Psicologia sócio-histórica. Considerando que as crianças vivem seu universal no particular, nossos resultados apontam na direção de que, ao mesmo tempo em que essas três formas de vivenciar a infância se assemelham, elas se distanciam. No campo, elas nos mostram o assombro com a iminência do trabalho, as relações contraditórias com a cidade e alertam sobre a relação homem-natureza. As crianças do acampamento nos mostram outra lógica de relações humanas que rompem com o modelo capitalista aliando as dimensões do trabalho e da educação; mesmo no coletivo, cada criança é única e, imersas na dinâmica do movimento social, aprendem desde cedo a questionar, decidir e reivindicar seus direitos. No morro, elas denunciam a presença do tráfico de drogas, o apelo ao consumo e a sexualização da infância. Em comum essas crianças têm o brincar cujo sentido é experienciado de modo diferente em cada contexto. Em nossas discussões buscamos construir uma reflexão sobre a dimensão do trabalho, educação e o brincar do campo ao morro; discutimos sobre as
determinações capitalistas sobre o ser criança contemporâneo e tecemos críticas à ciência psicológica que tem instrumentalizado, ao longo da história, diversas concepções sobre o desenvolvimento infantil - a maioria delas pautadas em visões naturalizantes que fundamentam práticas na contramão da transformação social e emancipação humana, especialmente a criação, que instrumentaliza o brincar

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:leto:handle/17092
Date16 March 2015
CreatorsMannes, Mariana
ContributorsSawaia, Bader Burihan
PublisherPontifícia Universidade Católica de São Paulo, Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social, PUC-SP, BR, Psicologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da PUC_SP, instname:Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, instacron:PUC_SP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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