[pt] Parte dos álbuns da série franco-belga As Aventuras de Tintin, a obra Tintin
no Congo (ou Tintin na África) foi editada semanalmente entre maio de
1930 e junho de 1931, com diversas publicações posteriores. Sucesso
comercial durante as décadas seguintes, passou a ser criticada por
demonstrações de atitudes racistas contra negros congoleses, revelando o
profundo teor colonial da época entranhado nas páginas escritas e desenhadas
por Georges Prosper Remi, o Hergé. Como consequência, passou a sofrer com
mais força a partir da década de 1990 tentativas de restrição de disponibilidade
para crianças em países como Bélgica, Reino Unido e Estados Unidos. Com
base na literatura especializada e em face de movimentos recentes como
Black Lives Matter, que levantaram análises sobre monumentos e obras
consideradas racistas, este estudo tem o objetivo de analisar e mostrar, sob viés
da comunicação e da memória coletiva através de um produto cultural, as
representações racistas e coloniais que marcam a obra. O estudo utiliza a
revisão dos próprios quadrinhos, além de bibliografia especializada e
reportagens de veículos da mídia, para tentar destacar como um produto
cultural, inserido dentro da realidade da Bélgica dos anos 1930, é encarado por
jovens leitores hoje. Com base na literatura especializada e em face de
movimentos recentes como Black Lives Matter, que levantaram análises
sobre monumentos e obras consideradas racistas, este estudo tem o objetivo de
analisar e mostrar, sob viés da comunicação e da memória coletiva através de
um produto cultural, as representações racistas e coloniais que marcam a obra.
O estudo utiliza a revisão dos próprios quadrinhos, além de bibliografia
especializada e reportagens de veículos da mídia, para tentar destacar como
um produto cultural, inserido dentro da realidade da Bélgica dos anos 1930,
encarado por jovens leitores hoje. / [en] Part of the albums of the Franco-Belgian series The Adventures of
Tintin, Tintin in the Congo was edited weekly between May 1930 and June
1931, with several later publications. A commercial success during the
following decades, it came to be criticized for demonstrating racist attitudes
against Africans, revealing the deep colonial content ingrained in the pages
written and drawn by Georges Prosper Remi, aka Hergé. Based on specialized
literature and in the face of recent movements such as Black Lives Matter,
which raised questions of prominent monuments and pieces of art considered
racist, this study aims to analyze and show how a cultural product can generate
representations of the period in which it s inserted. The study uses the review
of the comics themselves, in addition to specialized bibliography and media
reports, to try to highlight how a cultural product, inserted within the reality of
Belgium in the 1930s, is seen by young readers today.
Identifer | oai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:61121 |
Date | 07 November 2022 |
Creators | CAIO FRANCO MERHIGE SAAD |
Contributors | MAIRA SIMAN GOMES |
Publisher | MAXWELL |
Source Sets | PUC Rio |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | TEXTO |
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