Este trabalho, que considera o tema do \"sentido da vida\" como um componente antropológico e sua relação com a formação humana, é uma investigação teórica sobre como a educação se insere na trajetória existencial entre o ser e o sentido, sob a perspectiva da Análise Existencial fundada pelo psiquiatra vienense Viktor Emil Frankl. A crise atual da educação apresenta estreito vínculo com a problemática mais ampla e difusa da síndrome da falta de sentido que acomete o homem e a cultura contemporânea, denominada como vazio existencial. Pensar a educação sob esse enfoque implica responder à exigência de uma visão de homem capaz de fazer frente às limitações dos sistemas educativos de cunho determinista e, sobretudo, considerar o processo formativo a partir dos recursos psiconoéticos e sua intrínseca educabilidade. O ser humano é compreendido como existência livre e responsável, cuja marca essencial é sua \"vontade de sentido\" dinamismo motivacional da existência e, por extensão, do agir educativo. Embora profundamente entranhado numa situação e com ela comprometido, vê-se confrontado com um universo de conteúdos objetivamente válidos (sentido, significados e valores), cuja \"alteridade\" garante a tensão que se estabelece entre sujeito e objeto, entre ser e dever-ser. Essa projetividade educativa desemboca na ação, como resposta ativa que permite à pessoa configurar-se a si mesma. A análise existencial de Viktor Frankl não somente oferece elementos que podem contribuir de forma enriquecedora para questões atuais do fazer educativo; em perspectiva mais ampla, pode ser proposta como uma \"ciência de fundamento\" com respeito ao saber pedagógico, no que concerne ao âmbito epistemológico e ético. / This work, which considers the theme meaning of life as an anthropological constituent and its relation to the human development, is a theoretical investigation into how education fits the existential path between the being and the sense, in the perspective of the Existential Analyses founded by the Viennese psychiatrist Viktor Emil Frankl. The existing crisis in education has a close relation to the lack of sense syndrome that affects humans and the contemporary culture, known as existential emptiness. Thinking about education based on this approach is to respond to the demand of a concept of man capable of facing the limitations of educational systems in a deterministic nature and more importantly, to consider the training process from the psychonoetic resources and its intrinsic educability. The human being is understood as a free and responsible existence, whose essence is its will to meaning motivational dynamism of existence, and by extension, the education act. Although deeply entrenched and committed to a situation, the human being is faced with a universe of contents that are objectively valid (sense, meaning and value), whose alterity ensures the tension established between the subject and the object, between being and must be. This projective education leads into action as an active response that allows one to conform to oneself. The existential analyses of Viktor Frankl not only offers elements that may make a major contribution to current issues of the educational do, but in a broader perspective, may also be proposed as a science of foundation associated with the pedagogical knowledge, in relation to the epistemological and ethical framework.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-14122015-164230 |
Date | 28 September 2015 |
Creators | Miguez, Eloisa Marques |
Contributors | Machado, Nilson Jose |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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