Return to search

Estado e resistência: Deleuze, Guattari e a distopia do real / État et résistance: Deleuze, Guattari et la dystopie du réel

Made available in DSpace on 2017-07-10T18:26:14Z (GMT). No. of bitstreams: 1
Evanio Marlon Guerrezi.pdf: 5887443 bytes, checksum: f837a8e5aa74237fe7e0d21a3f4a8a0a (MD5)
Previous issue date: 2015-07-24 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Ce travail a le but d exploiter un trait singulier des écrits de Gilles Deleuze et Félix Guattari. Notre hypothèse envisage que la philosophie politique des auteurs, surtout dans les deux tomes de Capitalisme et Schizophrénie, L Anti- dipe et Mille Plateaux, peut être considérée une philosophie politique dystopique. Et cela car nous observons que leurs considérations sur la notion d État, aussi bien que les narrations de la dystopie comme genre littéraire et cinématographique, nous montrent que l État possède, depuis toujours, le germe de ce que nous appelons, tout au long de la recherche, d État Terminal. Les dystopies, au moins celles de caractère autoritaire, élaborent la description d une formation sociale où la variété des modes de vie entrent en processus d extension, en fonction des coordonnées étatales. Le même souci de Deleuze et Guattari. Les États de supercontrôle conditionnent l existence de leurs membres et repoussent ou cooptent n importe quelle forme de résistance aux codes de contrôle qu ils inventent. Au long de la recherche nous avons essayé de tracer un parallèle entre les descriptions de quelques uvres dystopiques et la théorisation concernant l État et sa possibilité de résistance en Deleuze et Guattari. Il s agit là d une problématisation qui se trouve distante des philosophies politiques plus classiques, et qui est marquée par le ton de suspicion et préoccupation en relation à la notion d État. Nous soulignons que cette notion même est abordée de manière particulière par les deux philosophes en question, et ne se résume pas à l apparat juridique qui s établit en acte et conceptuellement avec l État moderne, mais comme une forme de production et reproduction qui agit dans les plus divers niveaux. Il y a de l État au Congrès, dans la Constitution et dans la réglementation du marché mondial, ainsi que chez l ouvrier d usine dans son ambition de remplacer le chef ou chez l étudiant universitaire qui trouve dans la vie académique une condition de confort. Pour traiter de cette problématique, nous nous sommes dédier avec plus d emphase aux deux tomes de Capitalisme et Schizophréni. Dans L Anti- dipe nous nous sommes concentrés notamment sur les notions de machines désirantes et socius, d une fois que les formations sociales, bien que les modes marginaux qui résistent à elles, sont pensées moyennant ces concepts. Dans Mille Plateaux nous nous dédions à la théorie des lignes, au problème de la segmentarité et à la vigoureuse notion de machine de guerre, qui marchent comme des amplifications et révisions des concepts déjà présentés dans le premier tome. Nous soutenons que, soit dans L Anti- dipe, soit dans Mille Plateaux, Deleuze et Guattari maintiennent la même crainte des auteurs dystopiques: la préoccupation toujours présente de que la forme État devienne quelque chose de simplement négatif, qui entre en processus de destruction de ce qui diffère de ses codes. Plus que ça, nous affirmons que les philosophes nous permettent penser que la dystopie n est pas uniquement une question de fiction, mais qu elle se trouve déjà très bien incarnée dans les corps et formations sociales. Une dystopie du réel qui peut s intensifier et se répandre dans le cas où nous cesserions de présenter des façons de résistance créative. / O objetivo deste trabalho é explorar um traço singular dos escritos de Gilles Deleuze e Félix Guattari. Nossa hipótese é a de que a filosofia política dos autores, sobretudo nos dois tomos de Capitalismo e Esquizofrenia, O Anti-Édipo e Mil Platôs, pode ser considerada uma filosofia política distópica. Isso porque percebemos que suas considerações sobre a noção de Estado, bem como as narrativas da distopia como gênero literário e cinematográfico, nos mostram como o Estado possui, desde sempre, o germe daquilo que chamamos, ao longo da pesquisa, de Estado Terminal. As distopias, ao menos as de cunho autoritário, elaboram a descrição de uma formação social na qual a variedade dos modos de vida entram em processo de extinção, em função das coordenadas estatais. O mesmo receio de Deleuze e Guattari. Os Estados de supercontrole condicionam a existência de seus membros, bem como rechaçam ou cooptam qualquer forma de resistência aos códigos de controle que inventam. Ao longo da pesquisa traçamos um paralelo entre as descrições de algumas obras distópicas e a teorização acerca do Estado e sua possibilidade de resistência em Deleuze e Guattari. Trata-se de uma problematização que se encontra distante das filosofias políticas mais clássicas, e que está marcada pelo tom de suspeita e preocupação em relação à noção de Estado. Evidenciamos que essa mesma noção é abordada de maneira peculiar pelos dois filósofos em questão e não se resume ao aparato jurídico que se estabelece em ato e conceitualmente com o Estado moderno, mas como uma forma de produção e reprodução que atua nos mais diversos níveis. Há Estado no Congresso, na Constituição e na regulamentação do mercado mundial; como há no operário de fábrica em sua ambição de substituir o chefe, ou no estudante universitário que encontra na vida acadêmica uma condição de conforto. Para tratar dessa problemática, nos dedicamos com mais ênfase aos dois tomos de Capitalismo e Esquizofrenia. Em O Anti-Édipo nos ativemos, principalmente, às noções de máquinas desejantes e socius, uma vez que as formações sociais, como também os modos marginais que resistem a elas, são pensadas por meio desses conceitos. Em Mil Platôs nos dedicamos à teoria das linhas, ao problema da segmentaridade e a vigorosa noção de máquina de guerra, que funcionam como ampliações e revisões dos conceitos já apresentados no primeiro tomo. Defendemos que, tanto em O Anti-Édipo, quanto em Mil Platôs, Deleuze e Guattari mantêm o mesmo receio dos autores distópicos: a preocupação sempre presente de que a forma Estado devenha algo puramente negativo, que entre em processo de destruição daquilo que difere de seus códigos. Mais que isso, afirmamos que os filósofos nos permitem pensar que a distopia não é puramente uma questão de ficção, mas que já se encontra muito bem encarnada nos corpos e nas formações sociais. Uma distopia do real que pode se intensificar e expandir caso cessemos de apresentar modos de resistência criativos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.unioeste.br:tede/2080
Date24 July 2015
CreatorsGuerrezi, Evânio Márlon
ContributorsHeuser, Ester Maria Dreher, Gallo, Silvio Donizetti de Oliveira, Frezzatti Junior, Wilson Antonio
PublisherUniversidade Estadual do Oeste do Parana, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Filosofia, UNIOESTE, BR, Filosofia Moderna e Contemporânea
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageFrench
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações do UNIOESTE, instname:Universidade Estadual do Oeste do Paraná, instacron:UNIOESTE
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0034 seconds