O suicídio é um grande tabu em nossa sociedade. Nesta pesquisa, o objetivo principal é lançar luz a um tema relativamente pouco estudado, que é a interseção entre suicídio, gênero e sexualidade nos meios digitais. Além disso, busco entender como uma interpretação contemporânea da biopolítica, pautada nos sofrimentos sociais, tem impacto nas formações e (re)construções das subjetividades e nas experiências cotidianas de pessoas que tentaram ou que realizaram o suicídio. Esta etnografia digital é baseada em materiais, dados, entrevistas e outras informações coletadas na internet para mostrar como a experiência humana, no que tange o suicídio, pode se tornar uma enorme terrae incognitae, cheia de vicissitudes ou interstícios que estão na base das formas de vida dos sujeitos. Para mostrar um enquadramento desse cenário, a tese se estrutura da seguinte forma: primeiro, apresento o cenário, por meio de uma descrição do digital e do suicídio e por uma introdução à antropologia digital; depois, apresento a parte teórica que vai guiar a análise, partindo do conceito de vida para introduzir os temas pertinentes a uma análise biopolítica contemporânea, como as formas de vida; em seguida, apresento alguns casos e alguns olhares possíveis sobre o tema do suicídio, suas definições e uma crítica que vai na mesma direção da antropologia crítica da saúde; na sequência, como um desenvolvimento da segunda parte, faço uma construção específica dos temas de gênero e sexualidade a partir dos estudos sobre sofrimento social e subjetividades; naquilo que pode ser considerada uma terceira parte da tese, apresento uma pesquisa feita na internet sobre o tema dessa pesquisa e apresento alguns comentários deixados pelos participantes; por fim, conto um pouco da história de vida de algumas pessoas que responderam à pesquisa online e toparam conversar mais sobre o tema / Suicide is a major taboo in our society. In this research, I aim to bring to light a relatively forgotten theme of inquiry, that is the intersections between suicide, gender and sexuality; and for doing such, the principles of the digital anthropology and ethnography are used as a lens to understanding the phenomenon. I try to comprehend how a contemporary interpretation of biopolitics, as in the names of social suffering, impacts on the forms the subjectivities are disputed and (re)made in everyday human experiences. This ethnography is based on materials, data, interviews and other information I gathered throughout these years to show how suicide is a giant terrae incognitae, full of vicissitudes and interstices that shape what Veena Das calls forms of life. This thesis has the following structure: first, I show the scenery though a description of the digital, suicide and the digital anthropology; then I report to the theoretical basis that will guide the analysis, from a general concept of life to the biopolitical frames of forms of life; following, there are some suicide cases and some possible views of understanding about the theme of suicide, with definitions and a critique through medicine anthropology; in what I call a second part, I introduce gender and sexuality as norms of regulations that connects directly the contemporary theories of social suffering and subjectivities; finally, the last part is based on a survey-like questionnaire posted on facebook groups, with answers, graphics and tables, and testimonies some respondents left; those who left a contact information and accepted telling me their stories, end the last part
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-16062017-104229 |
Date | 01 June 2017 |
Creators | Nagafuchi, Thiago |
Contributors | Adorno, Rubens de Camargo Ferreira |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Tese de Doutorado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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