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“Em Aracaju, todo mundo é tabaréu, exceto quem não é!” : um estudo acerca da disputa simbólica entre tabaréus e citadinos

À Aracaju il est courant d’utiliser le terme Tabaréu pour se référer à une
personne venant de l'intérieur, du champ, de la campagne, qui a un conduit en milieu
urbain timide, naïf ou qui est étroit d'esprit. L'expression peut être utilisée de manière
agressive comme une malédiction ou de manière facétieuse avec certains familier.
Cependant, il a été observé au cours de la recherche, qui se produit lorsque l'utilisation
du terme est de faire une distinction entre être moderne, sophistiqué, urbain, citadin et
souhaitablement cosmopolite, ce qui ne fait pas partie de la catégorie tabaréu.
Utilisation marquée pour la différenciation symbolique. Il est fréquent d'entendre des
expressions qui se réferent à Tabaréu dans l'État de Sergipe, comme «le Tabaréu
devrait avoir le temps d'aller en ville car il ne fait que ralentir l'écoulement de celui-ci»
ou «Tabaréu est l'animal qui se ressemble le plus aux gens». De là, la présente étude
vise la recherche sur les conflits symboliques impliquant les citadins et les tabaréus
dans une ville conçue pour être la capitale, qui en elle-même alimenté la migration dans
le sens campagne-ville. Aracaju est un cas particulier parce que nous avons l'impression
que certains ses habitants sont prêts à nier ce passé, lorsque la ville est associée à la
tradition agraire ou à la tradition provinciale, tout en conservant, par inadvertance, des
pratiques et des coutumes "tabaréus" très probablement acquis par leurs ancêtres. Les
éléments tels que la nourriture, les expressions verbales, les modes de divertissement
(comme la Chevauchée d’Aribé), pour ne citer que quelques exemples. / Em Aracaju é utilizado corriqueiramente o termo tabaréu para se referir àquele
oriundo do interior, da roça, do campo, que possua uma conduta, no meio urbano,
acanhada, ingênua, tacanha. A expressão pode ser usada de forma agressiva, como um
xingamento, ou de forma jocosa com algum conhecido. No entanto, tem sido observado
durante a realização da pesquisa, que quando ocorre o uso do termo é para se fazer uma
distinção entre o ser moderno, sofisticado, urbano, citadino e pretensamente
cosmopolita, daquilo que não pertence a essas categorias. Um uso marcado para
diferenciação simbólica. É comum se ouvir expressões a respeito do tabaréu no Estado
de Sergipe, como: "o tabaréu deveria ter horário para entrar na cidade, porque só faz
atrapalhar o fluxo dela" ou "o tabaréu é o bicho que mais se parece com gente". A partir
disso, o presente trabalho tem como objetivo a investigação sobre as disputas simbólicas
envolvendo citadinos e tabaréus numa cidade projetada para ser capital, o que por si só
fomentou a migração no sentido interior-capital. Aracaju é um caso particular porque na
capital sergipana, temos a impressão de que alguns dos habitantes da cidade fazem
questão de renegar esse passado, quando associado à tradição agrária ou provinciana,
embora ainda preservem, inadvertidamente, práticas e costumes considerados
“tabaréus”, muito provavelmente adquiridos através dos seus ascendentes. Itens como
gastronomia, expressões verbais, modos de entretenimento (como a Cavalgada do
Aribé), para citar alguns exemplos.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:123456789/3195
Date31 May 2016
CreatorsMelo, Lucas Martins Santos
ContributorsRafael, Ulisses Neves
PublisherUniversidade Federal de Sergipe, Pós-Graduação em Antropologia, UFS, Brasil, Antropologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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