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Efeitos dos extratos de Solanum guaraniticum e Syzygium jambos sobre parâmetros bioquímicos e de estresse oxidativo em modelos in vitro e in vivo / Effects of Solanum guaraniticum and Syzygium jambos extracts on biochemical and oxidative stress parameters in in vitro and in vivo models

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The use of medicinal plants for the treatment and prevention of disease is a common
practice, despite their effects are few studied scientifically. Solanum guaraniticum, also known as
false jurubeba, is a medicinal plant widely distributed in Rio Grande do Sul and used for the
treatment of gastric and hepatic disorders. Similarly, Syzygium jambos has its leaves, seeds and
fruits used for the treatment of diabetes mellitus. Therefore, considering the popularity of the
species mentioned above and the lack of data on their pharmacological and toxicological profiles,
the aim of this study was to evaluate the effect of leaf extracts of S. jambos and S. guaraniticum
on biochemical and oxidative stress parameters in in vitro and in vivo models.The extracts
showed vitamin C and phenolic compounds, among which were identified gallic, chlorogenic and
ellagic acids, catechin, epicatechin, rutin, quercitrin, isoquercitrin, quercetin and kaempferol in
both extracts and caffeic acid only in S. jambos extract. In models of oxidative stress induction,
both extracts exhibited anti-hemolytic effect on human erythrocytes and were capable of
decrease the process of lipid peroxidation, and this last effect was also observed in kidney, liver
and brain tissues of rats, in vitro. In these tissues, both extracts were also able to protect the thiol
groups. The extracts showed H2O2 and NO scavenging ability, Fe2+ chelating activity and
reducing capacity, proving its antioxidant action. In all assays, the extract of S. jambos was more
potent as an antioxidant and also showed tiol-peroxidase - like activity. We observed an inhibition
of the activity of δ-aminolevulinic acid dehydratase (δ-ALA-D) in human erythrocytes by both
extracts, and the S. guaraniticum was more potent in this assay. It is possible to suggest an
involvement of zinc ions of the active site of this enzyme in this inhibition mechanism. The extract
of S. guaraniticum administered in vivo, was not able to cause changes in the activity of the
enzyme δ-ALA-D, as well as enzymes acetilcholinesterase and N-acetyl-b-D-glucosaminidase.
The Artemia salina lethality test showed that both extracts are biologically active. In lymphocytes,
in vitro, the extract of S. jambos altered mitochondrial activity and inhibit AChE activity,
suggesting an immunomodulatory effect, while the extract of S. guaranticium shows cytotoxic
effects. In the acute toxicity evaluation of the extract of S. guaraniticum was possible to identify
that the LD50 is greater than 5000 mg/kg and, therefore, this extract can be considered non-toxic
for human consumption. Furthermore, although the animals did not show significant bodily,
hematological and biochemical changes, the treatment with the extract of S. guaraniticum was
able to cause an alteration in the open field test. The reduction in the number of crossing and
rearing may indicate a depressant effect, which seems to be delayed and short-lasting.
Therefore, the vegetal species studied can be recognized as sources of natural antioxidants and
have prospective use in preventive medicine against oxidative stress related diseases, although
its popular use should be done with caution until further studies regarding the toxicological profile
of the extracts is performed. / O uso de plantas medicinais no tratamento e prevenção de doenças é pratica comum,
apesar de poucas terem seus efeitos estudados cientificamente. A Solanum guaraniticum,
conhecida também como falsa jurubeba, é uma planta amplamente distribuída no Rio Grande do
Sul e utilizada para o tratamento de distúrbios gástricos e hepáticos. Já o Syzygium
jambos,conhecido popularmente como jambolão , tem suas folhas, sementes e frutos utilizados
para o tratamento do diabetes mellitus. Assim, considerando a popularidade das espécies acima
citadas e a escassez de dados sobre os seus perfis farmacológico e toxicológico, o objetivo
desse estudo foi avaliar o efeito dos extratos de folhas de S. jambos e S. guaraniticum sobre
parâmetros bioquímicos e de estresse oxidativo em modelos in vitro e in vivo. Os extratos
apresentaram vitamina C e compostos fenólicos, dentre os quais foram identificados: ácido
gálico, elágico e clorogênico, catequina e epicatequina, rutina, quercitina quercitrina,
isoquercitrina e canferol em ambos os extratos, e ácido cafeico somente no extrato de S. jambos.
Em modelos de indução de estresse oxidativo, os extratos apresentaram efeito anti-hemolítico
em eritrócitos humanos, e foram capazes de diminuir o processo de lipoperoxidação, efeito
também observado em tecido renal, cerebral e hepático de ratos, in vitro. Nesses tecidos, ambos
os extratos também foram capazes de proteger os grupos tióis. Os extratos apresentaram
capacidade removedora de H2O2 e NO, atividade quelante de íons Fe2+ e capacidade redutora,
comprovando sua ação antioxidante. Em todos os testes realizados, o extrato de S. jambos se
mostrou mais potente como antioxidante e ainda apresentou atividade mimética às enzimas tiolperoxidades.
Observou-se uma inibição da atividade da δ-aminolevulinato desidratase (δ-ALA-D)
em eritrócitos humanos por ambos os extratos, sendo que o de S. guaraniticum foi mais potente
nesses ensaios. É possível sugerir um envolvimento dos íons zinco do sítio ativo da enzima
nesse mecanismo de inibição. O extrato de S. guaraniticum administrado in vivo, não foi capaz
de provocar alterações na atividade da enzima δ-ALA-D, assim como nas enzimas
aceticolinesterase (AChE) e N-acetyl-b-D-glucosaminidase. O teste de letalidade da Artemia
salina demonstrou que ambos os extratos são bilogicamente ativos. Em linfócitos, in vitro, o
extrato de S. jambos alterou a atividade mitocondrial e inibiu a atividade da AChE, sugerindo um
efeito imunomodulatório enquanto que o extrato de S. guaranticium apresentou efeitos
citotóxicos. Na avaliação da toxicidade aguda do extrato de S. guaraniticum foi possível
identificar que a DL50 é superior a 5000 mg/kg e, portanto, esse extrato pode ser considerado
não tóxico para o consumo humano. Além disso, apesar de os animais não terem apresentado
alterações corporais, hematológicas e bioquímicas significativas, o tratamento com o extrato de
S. guaraniticum foi capaz de causar uma alteração no teste do campo aberto. A redução no
número de cruzamentos e levantadas pode indicar um efeito depressor, que parece ser tardio e
não permanente. Portanto, as espécies vegetais estudadas podem ser reconhecidas como fonte
de antioxidantes naturais e tem uso prospectivo na medicina preventiva contra doenças
relacionadas ao estresse oxidativo, mas seu uso popular deve ser feito com cautela até que uma
maior investigação em relação ao perfil toxicológico dos extratos seja realizada.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsm.br:1/3849
Date22 January 2014
CreatorsBonfanti, Gabriela
ContributorsMoretto, Maria Beatriz, Dani, Caroline, Prigol, Marina, Pavanato, Maria Amália, Emanuelli, Tatiana
PublisherUniversidade Federal de Santa Maria, Programa de Pós-Graduação em Farmacologia, UFSM, BR, Farmacologia
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSM, instname:Universidade Federal de Santa Maria, instacron:UFSM
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation201000000000, 400, 300, 300, 300, 300, 300, 500, 74ded2f6-b093-48aa-bcc3-f0f3d1669294, 45be7bd2-2d26-4053-9309-ec2038518731, ae32ae53-a235-467c-b46e-8e70f111b790, ffcb1e3e-599d-4986-a9eb-17bec777ce97, bb544a97-ad7a-4579-9268-8197d501f3f1, 22aa7bd2-5905-49f4-b5ac-e7167850124f

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