Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The intake of flavonoids is closely associated with diminished risks of cancer, atherosclerosis and other chronic inflammation disturbance related. These compounds are described, mainly, by their anti-inflammatory and antioxidant activities. Myricitrin is a flavonoid that inhibits protein kinases and NO production. Therefore, the research of the mechanisms by which these compounds exerts their effects is extremely interesting for the therapeutic application. In this study, the antinociceptive and anti-inflammatory activities of myricitrin as well as its mechanisms of action were investigated. The systemic (p.o. or i.p.) and central (i.c.v. or i.t.) administration of myricitrin reduced in a dose-dependent manner the visceral pain induced by acetic acid. The i.p. treatment with myricitrin also prevented nociception induced by i.pl. injection of glutamate, capsaicin, PMA and by i.t. injection of glutamate, SP, TNF-α and IL-1β in mice. In addition, myricitrin treatment inhibited mechanical hyperalgesia induced by BK, but not that induced by epinephrine or PGE2 in rats. Western blot analysis revealed that myricitrin treatment fully prevented PKCα and PKCε activation by PMA in mice hindpaw. The antinociception caused by myricitrin in the acetic acid test was significantly reverted by Gi/o protein inactivation (pertussis toxin treatment); treatment with ATPgated K+ channel blocker (glibenclamide), CaCl2 and L-arginine (NO precursor) administration. However, myricitrin-induced antinociception was modified neither by antagonist opioid (naloxone) nor by neonatal capsaicin treatment (which depletes 80% of unmyelinated C fibers). In addition, myricitrin effects were not associated with sedative and muscle-relaxant action. In vitro assays using slices of cerebral cortex of rats revealed that myricitrin inhibited calcium transport in a depolarizing condition; however, at higher concentration, it inhibited calcium transport also in a non-depolarizing condition. Myricitrin increased nociceptive threshold in mechanical allodynia induced by both partial sciatic nerve ligation (neuropathic pain) and FCA i.pl. injection (inflammatory chronic pain). This same treatment decreased paw edema, morphological alterations and MPO activity (proinflammatory enzyme) in FCA hindpaw. On the other hand, it did not reduce neutrophils migration to inflammation site. Myricitrin produced potent antioxidant activity when assessed by Fe2+-induced lipid peroxidation. In conclusion, the present study showed that myricitrin exhibits antinociceptive and anti-inflammatory activity when analyzed in acute and chronic models of nociception. The mechanisms involved in the myricitrin beneficial effects included Gi/o protein activation, ATP- gated K+ channels opening, inhibition of PKC, NO synthesis, wedged of Ca2+ transport, inhibition of MPO activity and scavenger action. / O consumo de flavonóides através da dieta está positivamente relacionado com a diminuição do risco de câncer, ateroesclerose e agravamento de doenças relacionadas com inflamação e estresse oxidativo. Estes compostos são descritos, principlamente, pelas suas ações antiinflamatórias e antioxidantes. A miricitrina é um flavonóide que possui propriedades de inibir proteínas quinases, a síntese de NO entre outras. Desta forma, é de grande interesse a pesquisa destes compostos com finalidade terapêutica. No presente trabalho investigou-se as propriedades antinociceptivas e antiinflamatórias do flavonóide miricitrina, bem como os possíveis mecanismos envolvidos em tal processo. A administração sistêmica (oral ou i.p.) e central (i.c.v. ou i.t.) de miricitrina reduziu de forma dependente da dose o número de contorções abdominais induzidas pelo ácido acético. O tratamento i.p. com a miricitrina também preveniu a nocicepção induzida pela injeção i.pl. de glutamato, capsaicina e PMA, bem como, a nocicepção induzida pela injeção i.t. de glutamato, SP, TNF-α e IL-1β em camundongos. Além disso, o tratamento com miricitrina inibiu a hiperalgesia mecânica induzida pela BK, mas não aquela induzida pela epinefrina e PGE2 em ratos. Análises de Western blot revelaram que o tratamento com miricitrina inibiu completamente a ativação da PKCα e PKCε induzida pela injeção i.pl. de PMA. A antinocicepção causada pela miricitrina no teste do ácido acético foi significativamente revertida pelo pré-tratamento dos animais com o inativador da proteína Gi/o (toxina pertussis); com o bloqueador de canal de K+ (glibenclamida); com o precursor de NO (L-arginina) e o CaCl2. Entretanto, a antinocicepção provocada pela miricitrina não foi afetada pelo tratamento com antagonista opióide (naloxona); pelo tratamento neonatal com capsaicina (destrói 80% das fibras sensorias não mielinizadas do tipo C) e não está relacionada com uma ação sedativa, relaxante muscular ou hipotérmica do composto. Além disso, ensaios in vitro em fatias de córtex cerebral de ratos revelaram que a miricitrina inibe o transporte de cálcio em uma condição despolarizante, embora, quando em alta concentração, miricitrina inibe o transporte de cálcio também em condição nãodespolarizante. A miricitrina reduziu a alodínia mecânica induzida pela ligadura parcial de nervo ciático (dor neuropática) e pela injeção i.pl. de FCA (dor inflamatória crônica). Este mesmo tratamento reduziu o edema de pata, as alterações morfológicas e a atividade da MPO (enzima pró-inflamatória) na pata injetada com FCA, porém não reduziu a migração de neutrófilos ao local da inflamação. A miricitrina mostrou potente ação antioxidante frente à peroxidação lipídica induzida por Fe2+. De acordo com o presente trabalho pode-se concluir que a miricitrina é dotada de atividade antinociceptiva e antiinflamatória quando avaliada em modelos de nocicepção aguda e crônica. Os mecanismos de sua ação antinociceptiva e antiinflamatória incluem a ativação de proteína Gi/o e abertura de canais de K+, a inibição da PKC, da síntese de NO, bloqueio do transporte de Ca2+, inibição da atividade da MPO e neutralização de radicais livres.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsm.br:1/4391 |
Date | 02 May 2006 |
Creators | Meotti, Flavia Carla |
Contributors | Santos, Adair Roberto Soares dos, Farina, Marcelo, Rocha, João Batista Teixeira da |
Publisher | Universidade Federal de Santa Maria, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica Toxicológica, UFSM, BR, Bioquímica |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | application/pdf |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSM, instname:Universidade Federal de Santa Maria, instacron:UFSM |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Relation | 200800000002, 400, 500, 300, 300, 500, 80b05331-012c-4c5d-8572-53945e5ad1d3, 673cb2f9-3e98-4a78-9966-ea694678de74, 5dd23b6c-62c2-4151-9273-82b3c73a4519, 287bb0df-2738-40f7-8e03-0d36bf19a982 |
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