Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Vegetal, Florianópolis, 2009. / Made available in DSpace on 2012-10-24T14:17:48Z (GMT). No. of bitstreams: 1
278940.pdf: 11846983 bytes, checksum: a48d21723a37a2ca6d41e2d6b371514f (MD5) / Os Campos de Altitude do sul do Brasil são formados por comunidades vegetais herbáceas e arbustivas desenvolvidas sobre solo raso e rochoso, estando restritos a serras de altitudes elevadas, onde predomina clima subtropical ou temperado. Constituem uma vegetação relictual marcada por endemismos. O objetivo deste trabalho é caracterizar Campos de Altitude na região do Campo dos Padres, Bom Retiro/Urubici, SC. A área estudada possui 4.900 ha, localiza-se nas bordas da Serra Geral, abrangendo altitudes de 1.500 a 1.827m. Amostrou-se a vegetação através do método do caminhamento, resultando em 214 espécies distribuídas em 48 famílias. As com maior riqueza de espécies foram Asteraceae (50 espécies), Poaceae (32) e Cyperaceae (19), que contribuem também em grande número de indivíduos para caracterizar a fisionomia dos campos. Classificou-se a vegetação através da interpretação visual da imagem do
satélite SPOT 4, com auxílio da composição florística dominante verificada in loco. Informações geográficas, descrições da paisagem e registros fotográficos foram organizados em banco de dados. Gerou-se mapa temático de unidades de paisagem com classes de fitofisionomia campestre: campo úmido, campo herbáceo e campo arbustivo e; de fitofisionomia não-campestre: floresta, vegetação de escarpa e silvicultura. Encontrou-se proporção semelhante de cobertura vegetal campestre (46,1%) e florestal
(46,5%). Das unidades de paisagem campestre, 783 ha são de campo úmido, 1.145 de campo herbáceo e 330 de campo arbustivo, sendo apontadas também unidades fitoecológicas não detectáveis na imagem de satélite: turfeira e banhado. A paisagem é composta por um mosaico de tipologias vegetacionais, caracterizada por diferentes comunidades climáticas, edáficas e seres sucessionais. Interferências antrópicas, tais
como desmatamento, pecuária extensiva e queimadas dificultam a delimitação de campos naturais. Constatou-se a existência de campos antrópicos em sucessão secundária (decorrentes da derrubada de floresta), campos naturais em sucessão primária (sob avanço florestal associado às condições climáticas atuais) e campos naturais secundários (estágio médio a avançado, pois submetidos à pastoreio de baixa intensidade e queimadas). Evidências apontam que o fogo mantém a condição campestre atual, impede o avanço florestal sobre os campos, marca transições abruptas entre campos e florestas e reduz florestas já consolidadas. O acompanhamento da evolução dos campos na ausência de interferências antrópicas constitui oportunidade ímpar para o entendimento da ecologia dos Campos de Altitude. A curto prazo, áreas de turfeiras, banhados e poucas de campo herbáceo parecem não sujeitas ao avanço das formações arbustivo-arbóreas.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/92932 |
Date | 24 October 2012 |
Creators | Gomes, Mônica Araújo de Miranda |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Medeiros, João de Deus |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis |
Format | xi, 103 f.| il., mapas, tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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