O processo de escolha alimentar recebe múltiplas influências, sendo possível destacar a preocupação com a saúde, o prazer obtido por meio da alimentação e a satisfação corporal como importantes determinantes do consumo alimentar, podendo inclusive agir como fatores precipitantes e mantenedores de transtornos alimentares (TA). Objetivos - Avaliar como atitudes mais voltadas à saúde ou ao sabor dos alimentos diferem entre mulheres jovens de população não clínica e com TA; e a relação entre a imagem corporal e atitudes voltadas à saúde ou ao sabor entre estas mulheres. Métodos - 216 universitárias e 30 mulheres em tratamento para TA (18-40 anos; 83 por cento com diagnóstico de bulimia nervosa; 17 por cento com diagnóstico de anorexia nervosa) responderam a Escala de Atitudes em Relação à Saúde e ao Sabor (EARSS) e a Escala de Silhuetas Brasileiras. Universitárias participaram da adaptação transcultural da Escala de Sabor das EARSS e responderam ainda o Teste de Atitudes Alimentares para avaliação de risco para TA. A Escala de Sabor foi avaliada em relação à sua consistência interna, confiabilidade teste-reteste, validade discriminante e concorrente, além de análise fatorial confirmatória e exploratória. Os escores na EARSS de universitárias com e sem risco para TA e, pacientes com TA e universitárias sem risco foram comparados por meio de análise de covariância. A influência da satisfação e da percepção corporal nos escores na EARSS foi avaliada por meio do coeficiente de correlação de Pearson. Resultados - A Escala de Sabor foi considerada adequada e de fácil compreensão, 8 com boa consistência interna e confiabilidade (alpha de Crombach 0,86; Coeficiente de Correlação Intraclasse 0,84). O comportamento de risco para TA foi identificado em 25 por cento das universitárias, que não foram comparadas com pacientes. Universitárias sem risco de TA tiveram uma pontuação maior na Escala de Sabor da EARSS quando comparadas às pacientes (p=0,009). Universitárias com risco de TA tiveram pontuação maior na Escala de Saúde (p=0,022) comparadas aquelas sem risco. Pacientes apresentaram maiores níveis de insatisfação corporal (p<0,001) e pior percepção corporal (p=0,015) que a população não clínica. Em ambos os grupos, não houve correlação entre insatisfação e percepção corporal com atitudes mais voltadas à saúde ou ao prazer. Conclusão - Mulheres de população não clínica apresentaram atitudes mais voltadas ao sabor enquanto que aquelas com TA apresentaram atitudes mais voltadas à saúde, independente do grau de insatisfação e percepção corporal. / Food choice process receives multiple influences, could be highlighted the concern for health, the pleasure obtained through food and the body dissatisfaction as important determinants of food consumption, and may also act as precipitating factor and maintainers of eating disorders (ED). Objective - To assess how attitudes towards taste versus health differ between young women with eating disorders and young women from non-clinical population, and the relationship between these attitudes with their body image. Methods - 216 college students women and 30 women under treatment for ED (18-40 years; 83 per cent had a diagnosis of bulimia nervosa; 17 per cent had a diagnosis of anorexia nervosa) completed the Health and Taste Attitudes Scale (HTAS) and the Figure Rating Scales for Brazilian Adults. College students participated in the crosscultural adaptation of the Taste Scale of HTAS and answered Eating Attitudes Test - for assessing the risk for ED. The Taste Scale was assessed in terms of their internal consistency, test-retest reliability, concurrent and discriminant validity, and confirmatory factor analysis and exploratory. The scores of HTAS for students with and without risk for ED and, patients with ED and without risk for ED were compared using by means a covariance analysis. The influence of body satisfaction scores in HTAS was assessed by Pearson coefficient correlation. Results - The Taste Scale was considered adequate and easily understood, showed good internal consistency and reliability (Cronbachs alpha 0.86, Intraclass Correlation Coefficient 0.84). The risk behavior for ED was identified in 25.0 per cent of the college students, who were not 10 compared with patients. Students had a higher score on the Taste Scale when compared to the patients (p<0.009). College students with ED risk had higher score on Health Scale compared with those without ED risk (p=0.022). Patients had higher levels of body dissatisfaction (p<0.001) and worse body perception (p=0.015) than students. In both groups, there was no correlation between body dissatisfaction and perceived attitudes more focused health or taste. Conclusion - Women of non-clinical population had attitudes more focused on taste and pleasure while those with ED showed attitudes more geared towards health, regardless of the degree of dissatisfaction and body perception.
Identifer | oai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-27082014-093031 |
Date | 08 November 2013 |
Creators | Koritar, Priscila |
Contributors | Philippi, Sonia Tucunduva |
Publisher | Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
Source Sets | Universidade de São Paulo |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | Dissertação de Mestrado |
Format | application/pdf |
Rights | Liberar o conteúdo para acesso público. |
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