Este estudo tem como objetivo compreender a natureza dos diálogos entre os saberes
acadêmicos, produzidos na UFT, e os saberes tradicionais, trazidos pelos estudantes
indígenas. Para enfrentar a tarefa, optou-se por um recorte metodológico qualitativo, apoiado
na pesquisa-ação, estilo de pesquisa social com base empírica, concebida e realizada em
estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema coletivo, no qual os
pesquisadores e os participantes representativos do problema estão envolvidos de forma
cooperativa (THIOLLENT, 1988, p. 18), opção que nos pareceu adequada ao considerar o
objetivo central e norteador do trabalho. Os interlocutores da pesquisa foram os estudantes
indígenas e docentes da Universidade Federal do Tocantins. O local da pesquisa foi o Campus
de Palmas. Os interlocutores da investigação compuseram uma amostra aleatória intencional e
significativa, cujo critério foi a presença dos estudantes e docentes que participam do
Programa Institucional de Monitoria Indígena (PIMI). Para a análise dos resultados, foi
escolhido o método de análise de conteúdo proposto por Laurence Bardin (2010). Ao final do
estudo, foi possível verificar que abrir cotas para indígenas não é suficiente, sendo necessárias
políticas que garantam a permanência. Verificou-se, neste estudo, que não existe articulação
entre os saberes indígenas e os da universidade. Com relação aos estudantes indígenas que
não conseguem se integrar às regras atuais da universidade, e com os que não se sentem parte
da universidade, constatou-se despreparo dos professores, preconceitos sofridos, estigmas e
exclusão social da comunidade acadêmica, muitas vezes, preferindo esconder sua condição de
indígena para evitar os preconceitos e as discriminações. Assim, defende-se a necessidade de
mudança curricular nos cursos da UFT, enfocando, durante as aulas, a articulação dos saberes
indígenas e da universidade, sendo necessário, para tanto, a capacitação dos docentes da
universidade, a partir de uma aproximação com as comunidades indígenas, bem como, de
adaptações do seu ambiente para melhor acolher esses estudantes, tornando-se uma política
afirmativa da Universidade com o fito de realizar, com plenitude, a inclusão dessa parcela
discente. / Este estudio tiene como objetivo comprender la naturaleza de los diálogos entre los saberes
académicos, producidos en la UFT, y los saberes tradicionales, traídos por los estudiantes
indígenas. Para enfrentar la tarea, se optó por un recorte metodológico cualitativo, apoyado en
la investigación-acción, el estilo de investigación social con base empírica, concebida y
realizada en estrecha asociación con una acción o con la resolución de un problema colectivo,
en el cual los investigadores y los participantes representativos del problema están
involucrados de forma cooperativa (THIOLLENT, 1988: 18), la opción que nos pareció
adecuada al considerar el objetivo central y orientador del trabajo. Los interlocutores de la
investigación fueron los estudiantes indígenas y docentes de la Universidad Federal de
Tocantins. El lugar de la investigación fue el Campus de Palmas. Los interlocutores de la
investigación compusieron una muestra aleatoria intencional y significativa, cuyo criterio fue
la presencia de los estudiantes y docentes que participan en el Programa Institucional de
Monitoria Indígena (PIMI). Para el análisis de los resultados, fue elegido el método de
análisis de contenido propuesto por Laurence Bardin (2010). Al final del estudio, fue posible
verificar que abrir cuotas para indígenas no es suficiente, siendo necesarias políticas que
garanticen la permanencia. Se verificó, en este estudio, que no existe articulación entre los
saberes indígenas y los de la universidad. Con respecto a los estudiantes indígenas que no
consiguen integrarse a las reglas actuales de la universidad, y con los que no se sienten parte
de la universidad, se constató despreparación de los profesores, preconceptos sufridos,
estigmas y exclusión social de la comunidad académica, muchas veces, prefiriendo ocultar su
condición de indígena para evitar los prejuicios y las discriminaciones. Por lo tanto, se
defiende la necesidad de cambio curricular en los cursos de la UFT, enfocando, durante las
clases, la articulación de los saberes indígenas y de la universidad, siendo necesario, para
tanto, la capacitación de los docentes de la universidad, a partir de una aproximación con las
comunidades indígenas, así como, de adaptaciones de su ambiente para mejor acoger a esos
estudiantes, convirtiéndose en una política afirmativa de la Universidad con el fin de realizar,
con plenitud, la inclusión de esa parcela discente.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.uft.edu.br:11612/1013 |
Date | 08 June 2018 |
Creators | Santos, Maria Santana Ferreira dos |
Contributors | Martins, Leila Chalub |
Publisher | Universidade de Brasília, Brasília, Programa de Pós-Graduação em Educação, Brasil |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Spanish |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFT, instname:Universidade Federal do Tocantins, instacron:UFT |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
Page generated in 0.0028 seconds