Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Enfermagem, Florianópolis, 2016. / Made available in DSpace on 2017-05-23T04:19:43Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2016 / A violência obstétrica institucional descrita por diferentes termos ganhou visibilidade na segunda década do século XXI, sendo considerada como problema de saúde pública. Esta pesquisa teve como objetivo, conhecer as representações sociais de mulheres acerca da violência obstétrica institucional no trabalho de parto e parto, tendo como referencial teórico a Teoria das Representações Sociais na perspectiva de Moscovici. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo, de natureza quanti-qualitativa, desenvolvido numa maternidade de Loreto ? Iquitos, no Peru. Participaram da coleta de dados através de evocações de palavras 100 mulheres que se encontravam internadas no Alojamento Conjunto, sendo que 30 dessas responderam as entrevistas semiestruturadas, coletadas nos meses de janeiro a março de 2015. Os dados foram analisados segundo a técnica de conteúdo temático e análise estatística com auxílio SPSS v. 24 e análise prototípica e similitude com auxílio de software IRAMUTEQ. Todos os preceitos éticos foram respeitados. A tese resultou em três manuscritos. O primeiro constituiu-se numa revisão integrativa de literatura, que identificou as pesquisas em âmbito nacional e internacional sobre a violência obstétrica institucional no trabalho de parto e parto, através da busca de artigos nas bases de dados PUBMED/MEDLINE, CINAHL, LILACS, SciELO, no período de 2006 a 2015, sendo encontrados 23 estudos que atenderam aos critérios de inclusão. Os resultados evidenciam diferentes tipos de violência como ausência de informações sobre procedimentos, a violência de ordem física, violência verbal e violências como procedimentos desnecessários no parto e os principais perpetradores desta violênciaforam o pessoal médico, seguido pelo pessoal da enfermagem. Os demais manuscritos, em número de dois, são resultantes da pesquisa de campo. Assim, o segundo manuscrito teve como objetivo, identificar os elementos caracterizadores das representações sociais de mulheres acerca da violência obstétrica institucional no trabalho parto e parto, sendo identificadas as características das participantes do estudo e com as categorias, análise prototípica das representações sociais da violência no parto e parto; análise de similitude da representação social da violência no trabalho de parto e parto. Tais categorias evidenciaram centralidade das representações sociais da violência no parto e parto, pelos termos abandono, gritar, indiferença, demora da atenção e toque vaginal dolorido. O terceiro manuscrito, que teve como objetivo conhecer as representações sociais das mulheres acerca da violência obstétrica institucional no trabalho de parto e parto. Identificaram-se três categorias temáticas: negligência no cuidado no trabalho de parto; vivências da violência verbal no trabalho de parto e parto e as vivencias da violência física no trabalho de parto e parto. Os resultados evidenciam que as representações sociais das mulheres acerca da violência obstétrica institucional estão no pensamento do senso comum como um cuidado desfavorável, tanto verbalmente como fisicamente, ocasionando desvalorização da mulher como ser, desqualificando-a com repercussões físicas, emocionais e psicológicas na vida das mulheres parturientes. Concluindo, a necessidade de mudanças na lógica do cuidado dispensado pelos profissionais de saúde, a partir da atitude e comportamento de cuidado, para garantir um atendimento humanizado e de qualidade que valorize a mulher como sujeito de direitos humanos e reprodutivos.<br> / Abstract : Institutional obstetric violence described by different terms, gained visibility in the second decade of this century, being considered as a public health problem. This research aimed to know the social representations of women about the institutional obstetric violence in labor and childbirth. To achieve the objective of this study was developed an exploratory and descriptive, with approach quant-qualitative, research, developed in a maternity hospital of Loreto - Iquitos, Peru. Participated in the data collection through evocations of words, 100 parturient women and 30 of these answered the semi-structured interviews, collected from January until March 2015. The data were analyzed per thematic content analysis technique, statistical analysiswith SPSS v.24 and prototypical and similarity analysis with the aid of software IRAMUTEQ. For data analysis was used also the support of the theory of Social Representations in Moscovici perspective. All ethical principles were respected. The thesis resulted in three manuscripts. The first was constituted by an integrative literature review, which identified research at national and international level on institutional obstetric violence to women in labor and childbirth, through the search of articles in the databases PubMed / MEDLINE, CINAHL, LILACS, SciELO, from 2006 to 2015, and found 23 studies that met the inclusion criteria. The results show different types of violence such as lack of information on procedures, physical violence, verbal abuse and violence as unnecessary procedures in childbirth and the main perpetrators of this violence were medical staff, followed by the nursing staff. The other manuscripts, two in number, are the result of field research. The characteristics of the study participants and the categories were identified, prototypic analysis of the social representations of violence in childbirth and childbirth; Analysis of similarity of the social representation of violence in labor and delivery. Such categories showed centrality of RS, violence in labor and childbirth, through the terms neglect, scream, indifference, delay in medical attention and painful vaginal touch. The third manuscript that aimed to know the social representations of obstetric violence by women during labor and childbirth, identified three thematic categories: negligence in women care, experiences of verbal abuse in labor and childbirth and experiences of physical violence during labor and childbirth.The results show that the social representations of women about the institutional obstetric violence, brought the thought of common sense on the subject,represented as an unfavorable care, both verbal and physical, causing devaluation and disqualifying women as human being that brings repercussions emotional and physical psychology in the lives of parturient women . In conclusion, the need for changes in the logic of the care given by health professionals from the attitude and behavior of care, to ensure humanized care and quality care that values women as subjects of human and reproductive rights.
Identifer | oai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/175878 |
Date | January 2016 |
Creators | Hernández Rodriguez, Maria de Jesus |
Contributors | Universidade Federal de Santa Catarina, Santos, Evangelia Kotzias Atherino dos, Giacomozzi, Andréia Isabel |
Source Sets | IBICT Brazilian ETDs |
Language | Portuguese |
Detected Language | Portuguese |
Type | info:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
Format | 204 p.| il., tabs. |
Source | reponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC |
Rights | info:eu-repo/semantics/openAccess |
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