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Podemos fazer ciência sem teorias?

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Filosofia. / Made available in DSpace on 2013-07-16T00:10:54Z (GMT). No. of bitstreams: 1
221543.pdf: 823975 bytes, checksum: ae10ca971f80f6069153b03dd41e1dda (MD5) / O Debate Tradicional entre o Realismo e o Anti-Realismo Científico é caracterizado de acordo com uma tematização tripartite que envolve três ingredientes: o ingrediente metafísico, o ingrediente semântico e o ingrediente epistemológico. Discutimos como Hacking fragmentou este debate ao sustentar, independentemente, um Anti-Realismo de Teorias no nível da representação, e um Realismo de Entidades no nível da intervenção. Argumentamos que seu Realismo de Entidades é muito mais forte que o Realismo Científico Tradicional em relação à comprovação da existência das entidades teóricas, na condição que seu enfoque na intervenção seja suficientemente amenizado de tal maneira a incluir formas de observação "passiva" mais fundamentais. No entanto, alegamos que a atividade experimental não pode ser realizada sem o uso de teorias. A filosofia da primeira Cartwright, que sustentou também um Realismo de Entidades e um Anti-Realismo de Teorias em How The Laws of Physics Lie, é analisada e comparada com a de Hacking. A este respeito, julgamos que a filosofia experimental de Hacking resolve a questão da existência das entidades teóricas melhor que a filosofia de Cartwright baseada nas explicações causais. Porém, Cartwright sustentaria um anti-realismo de teorias mais elaborado, que demonstraria como as teorias são verdadeiras em relação a objetos abstratos nos modelos, mas falsas em relação a objetos no mundo. Finalmente, discutimos como a segunda Cartwright de The Dappled World passou a sustentar um "Quase Realismo Causal Local de Teorias" ao defender a objetividade das capacidades da natureza e ao adotar uma visão mais realista dos modelos, não tendo mais o realismo de teorias como rival, mas o reducionismo e o universalismo. Julgamos que este quase realismo de teorias é um bom retrato da maior parte da atividade científica. No entanto, argumentamos que sua rejeição do universalismo é injustificada, pois este é o fruto de uma outra atividade científica complementar, que se desenvolve paralelamente às diversas ciências particulares.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/102155
Date January 2005
CreatorsCroteau, Jonathan Beaudet
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Dutra, Luiz Henrique de Araujo
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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