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Eu, tu, elas

Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Programa de Pós-Graduação em Psicologia / Made available in DSpace on 2012-10-19T03:17:30Z (GMT). No. of bitstreams: 0Bitstream added on 2014-09-25T19:52:19Z : No. of bitstreams: 1
181653.pdf: 6758890 bytes, checksum: 17242acfbd058af05b4481d8ffa3ea83 (MD5) / A pergunta proposta nessa pesquisa lançou uma discussão: quais os sentidos que mulheres, com possibilidades de sentir diversos tipos de atração erótica ou de se relacionar fisicamente de diversas maneiras com outras mulheres, atribuem às relações sociais que estabelecem em um gueto GLS de Florianópolis? Essa questão trouxe à cena importantes categorias de análise: homoerotismo feminino, relações sociais e gueto GLS. Tais categorias foram problematizadas nessa dissertação de mestrado e contemplam os estudos sobre constituição de subjetividades, os estudos de gênero e dos modos de vida que, por sua vez, englobam e analisam teoricamente outros aspectos que se destacaram na pesquisa de campo desenvolvida no decorrer dessa investigação. O presente trabalho vai ao encontro da proposta de repensar a ciência do ponto de vista das mulheres, de dar-lhes espaço de palavra, na tentativa de desconstruir o modelo androcêntrico que tem norteado a maioria dos estudos científicos há tempos, inclusive na área da Psicologia. Assim, o estudo dos inúmeros agenciamentos de subjetivação que atravessam o sujeito cotidianamente constitui uma perspectiva de pesquisa bastante interessante, na medida em que trabalha a idéia de identidade pessoal socialmente construída e inacabada, legitimando gênero como categoria útil para se problematizar e investigar alguns aspectos fundamentais no processo de constituição do sujeito. Ao término desta pesquisa conclui-se que as relações sociais estabelecidas entre as mulheres (com outras mulheres e homens) que transitam pelo gueto, constituem e significam esse território na mesma medida em que são por ele constituídas. O gueto, enquanto espaço de construção de subjetividades, media a própria construção dessas mulheres não apenas como pessoas com possibilidades de se relacionarem afetiva e sexualmente com outras do mesmo sexo que o seu mas, sobretudo, enquanto sujeitos no mundo. O trânsito desses sujeitos no interior do gueto indica o cerceamento das condutas dessas mesmas pessoas fora dos limites desse território. Reconhecido como lugar de proteção e legitimação de comportamentos e posturas, o gueto problematiza os domínios do espaço privado e do espaço público, (re)produzindo modos de vida bastante peculiares.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsc.br:123456789/81405
Date January 2001
CreatorsPerucchi, Juliana
ContributorsUniversidade Federal de Santa Catarina, Toneli, Maria Juracy Filgueiras
PublisherFlorianópolis, SC
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSC, instname:Universidade Federal de Santa Catarina, instacron:UFSC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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