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Efeitos da exposição ao cloreto de mercúrio durante a gestação e lactação em ratas wistar e sua prole: parâmetros bioquímicos e distribuição de mercúrio / Effects of mercury chloride exposure during the gestation and lactation periods in wistar rats and their offspring: biochemical parameters and mercury distribution

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objective of this work was to evaluate the effects of HgCl2 exposure in drinking
water in pregnant and/or lactating rats and their offspring. Still, it evaluated if the HgCl2
intravenous exposure as well as the renal damage induced by this exposure altered the
offspring mercury content. The drinking water (v.o.) HgCl2 exposure protocol was as follows:
Female Wistar rats were exposed to HgCl2 (0, 0.2, 0.5, 10 and 50 μg Hg2+/mL) from gestation
day 0 until 20 or until the last day of lactation. Every two days, the mercury solutions were
changed, food and water intake and rats weight were analyzed. The offspring was killed on
gestation day 20 and on the post-natal days 10, 20, 30 and 40. Tissues weight, essential metal
homeostasis, mercury content and biochemical parameters were evaluated. Behavioral tasks
were carried out on post-natal days 3, 5, 7, 9 and 11 (negative geotaxis test) and 17, 18, 19
and 20 (beaker test). The intravenous (i.v.) HgCl2 exposure protocol was as follows: Female
Wistar rats were exposed to HgCl2 (0.5 and 2.5 μmol HgCl2/kg/2 mL) on gestation day 20 and
killed 6 h later or on gestation day 18 and killed 48 h later. Hg maternal and fetal distribution
and renal damage through histology and biochemical and molecular markers were evaluated.
Dams exposed to HgCl2 v.o. presented water intake decreased. The exposure to 50 μg
Hg2+/mL caused an increase in relative renal weight. Animals exposed to 10 and 50 μg
Hg2+/mL presented an increase in renal and hepatic Cu and Zn levels, respectively, and
mercury accumulation (pregnant rats); and, an increase in total thiol and metallothionein renal
levels (lactating rats). The offspring only presented an increase in hepatic porfobilinogensynthase
activity (fetuses) and in relative renal weight (post-natal day 20). The pregnant rats
exposed i.v. to HgCl2 presented the greater mercury accumulation in kidney in both periods
analyzed; although 48 h after the exposure the Hg levels were lower than at 6 h. The exposure
to 2.5 μmol HgCl2/kg/2 mL caused an increase in serum creatinine levels and in Kim-1 renal
expression as well as renal histology alterations. The placental and fetal Hg did not change in
both periods analyzed; the increase in fetal organs Hg levels were dose and time dependent. In
conclusion, the exposure to low doses of HgCl2 in drinking water caused mild alterations in
dams; also the dam organism was able to handle the Hg avoiding offspring damages;
probably, this protection is related with the increase on scavenger molecules (metallothionein,
for example) during the pregnancy and lactation. Besides, we verified that when dams were
exposed intravenously to HgCl2, the developing organisms (fetuses) were unable to
excrete/depurate the Hg. / O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da exposição ao HgCl2 na água de
beber em ratas prenhas e/ou lactantes e sua prole. Ainda, avaliar se a exposição intravenosa ao
HgCl2 assim como o dano renal induzido pela mesma altera a deposição de mercúrio na prole.
O protocolo de exposição ao HgCl2 na água de beber (v.o.) foi: as ratas Wistar foram expostas
ao HgCl2 (0, 0,2, 0,5, 10 e 50 μg Hg2+/mL) do dia zero de gestação até o dia 20 ou até o final
da lactação. A cada dois dias, as soluções de mercúrio eram trocadas, a ingestão de comida e
água e o peso das ratas eram avaliados. A prole foi sacrificada no dia 20 de gestação e nos
dias pós-natal 10, 20, 30 e 40. Foram analisados o peso dos órgãos, a homeostase de metais
essenciais, os níveis de mercúrio e parâmetros bioquímicos. As tarefas comportamentais
foram realizadas nos dias pós-natal 3, 5, 7, 9 e 11 (teste do geotactismo negativo) e 17, 18, 19
e 20 (teste do beaker). O protocolo de exposição ao HgCl2 intravenoso (i.v.) foi: as ratas
Wistar foram expostas ao HgCl2 (0,5 e 2,5 μmol HgCl2/kg/2 mL) no dia 20 de gestação e
sacrificadas 6 h após a exposição ou no dia 18 de gestação e sacrificadas 48 h após a
exposição. Foram avaliados a distribuição do Hg nos organismos materno e fetal e o dano
renal através de histologia e marcadores bioquímicos e moleculares. As mães expostas ao
HgCl2 v.o. apresentaram diminuição na ingestão de água; a exposição a dose de 50 μg
Hg2+/mL causou aumento no peso relativo de rim. As doses de 10 e 50 μg Hg2+/mL causaram
aumento dos níveis renais de Cu e hepáticos de Zn e acúmulo de mercúrio em rins nas
gestantes; e aumento nos níveis renais de tióis totais e de metalotioneínas nas lactantes. A
prole exposta ao HgCl2 apresentou aumento da atividade hepática da porfobilinogênio sintase
em fetos e aumento do peso relativo de rim no dia pós-natal 20. As ratas expostas ao HgCl2
i.v. apresentaram maior acúmulo de mercúrio em rins 6 e 48 h após a exposição; embora a 48
h da exposição, os níveis já haviam diminuído em relação a 6 h. A dose de 2,5 μmol
HgCl2/kg/2 mL i.v. causou aumento nos níveis séricos de creatinina, aumento da expressão da
proteína Kim-1 e alterações na histologia de rim. Os níveis de Hg placentário e fetal não
diminuíram com o passar das horas após a exposição; nos órgãos fetais, os níveis de Hg
apresentaram aumento dependente da dose e do tempo. Em conclusão, a exposição a baixas
doses de HgCl2 na água de beber causou alterações brandas nas mães; e o organismo materno
parece ter metabolizado o Hg, evitando danos à prole; provavelmente esta proteção está
relacionada ao aumento dos níveis de moléculas detoxificantes (metalotioneínas, por
exemplo) durante o período gestacional e lactacional. Ainda, verificamos a incapacidade dos
organismos em desenvolvimento (fetos) em excretar/depurar os íons Hg quando as mães
foram expostas intravenosamente ao metal.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.ufsm.br:1/4492
Date08 May 2015
CreatorsOliveira, Cláudia Sirlene de
ContributorsPereira, Maria Ester, Battastini, Ana Maria Oliveira, Santos, Francielli Weber, Royes, Luiz Fernando Freire, Prigol, Marina
PublisherUniversidade Federal de Santa Maria, Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas: Bioquímica Toxicológica, UFSM, BR, Bioquímica
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFSM, instname:Universidade Federal de Santa Maria, instacron:UFSM
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation200800000002, 400, 500, 300, 300, 300, 500, 500, 01f81ef8-370b-4663-a6f5-346c4c2115cc, 9697dbc1-7521-49b6-ad41-b06362d926a9, a57a4b61-d260-4f48-a43d-bd5a8c7151ff, b7ab597a-2406-4643-bf5b-0cec1c7af4c9, b647bd03-b54c-4d2a-9f5d-f47fc7913a64, 3302daef-9e57-4bf2-98b6-dbf4e4c41119

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