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Efeitos BiolÃgicos e CaracterizaÃÃo Inicial da PeÃonha da Serpente Philodryas Nattereri Steindachner 1870 / Biological Effects and Initial Characterization of Snake Venom Philodryas Nattereri Steindachner 1870

Marinetes Dantas de Aquino Nery 14 November 2012 (has links)
nÃo hà / A peÃonha da serpente Philodryas nattereri à uma mistura de proteÃnas e peptÃdeos tÃxicos com diversas aÃÃes locais e sistÃmicas importantes, similares Ãs que ocorrem nos acidentes botrÃpicos. Os mecanismos envolvidos nas aÃÃes locais e sistÃmicas desta peÃonha sÃo pouco conhecidos. O objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos renais, cardiovasculares, citotÃxicos e a identificaÃÃo molecular da peÃonha bruta. O teor proteÃco total da peÃonha foi de 85-90% de proteÃnas. Foram utilizados ratos Wistar nos experimentos de perfusÃo de rim isolado, em que o orgÃo foi perfundido com a peÃonha da serpente Philodryas nattereri em diversas concentracÃes para se determinar as possÃveis alteraÃÃes em parÃmetros funcionais, alÃm de alteraÃÃes vasculares em anel de aorta e pressÃo arterial. A peÃonha foi utilizada em cÃlulas epiteliais de tÃbulos renais de cachorro (MDCK) e macrÃfago peritonial de rato (RAW) e mensurada por pletismografia. O edema de pata, as contorÃÃes abdominais e a injeÃÃo intramuscular foram realizados em camundongos Swiss. A peÃonha foi testada em cepas de bactÃrias Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella choleraesuis subsp, Staphylococcus aureus e as culturas foram diluidas 100x. Para a determinaÃÃo do nÃmero de cromossomos da serpente Philodryas nattereri e Philodryas olfersil, utilizou-se uma cultura temporÃria de leucÃcitos. Da glÃndula de Duvernoy construiu-se uma Biblioteca de cDNA com o objetivo de identificar seus genes. A peÃonha bruta foi submetida a RMN (RessonÃncia MagnÃtica Nuclear). Os resultados encontrados demonstraram que a peÃonha da Philodryas nattereri promoveu alteraÃÃes em todos os parÃmetros renais estudados, principalmente na diminuiÃÃo da pressÃo renal (PP) e da resistÃncia vascular renal (RVR), assim como um aumento do fluxo urinÃrio (FU) e do ritmo de filtraÃÃo glomerular (RFG). O resultado mais relevante à que essa peÃonha à altamente lesiva aos tÃbulos renais, sendo tal fato comprovado com a reduÃÃo do percentual de transporte dos eletrÃlitos de sÃdio (Na+), (K+) e cloreto (CIÂ) nas concentraÃÃes estudadas, independente da reduÃÃo da PP. O clearance osmÃtico e as alteraÃÃes nos glomÃrulos e tÃbulos com material proteÃco e hemorrÃgico. As lesÃes foram observadas por anÃlise histolÃgica, mediante indÃcios de apoptose/ necrose e verificadas na cultura das cÃlulas MDCK. A reduÃÃo da pressÃo arterial e da frequÃncia cardiaca parecem estar relacionadas ao relaxamento de vasos renais, cujos efeitos vasodilatadores foram comprovados nos protocolos de anel de aorta. A peÃonha da Philodryas nattereri parece comprometer os tÃbulos renais, independentemente das aÃÃes vasculares. O edema de pata causado pela peÃonha atingiu o mÃximo 2 horas apÃs a inoculaÃÃo e foi inibido pelo dexametasona e o soro anti-bothrops jà a indometacina nÃo foi capaz de interferir significativamente no edema. A injeÃÃo intramuscular de 50μg da peÃonha produziu efeitos de desorganizaÃÃo das fibrilas musculares, hemorragia interfibrilar, edema infiltrado inflamatÃrio e mionecrose dos tipos coagulativa e miolÃtica. Verificou-se que estas alteraÃÃes diminuiram com o passar do tempo. As contorÃÃes abdominais causadas pela peÃonha parecem ser tÃo agressivas quanto o acido acÃtico quando comparado ao controle salino. A atividade da peÃonha em cultura de bactÃrias foi significante para as culturas S. aureus, P. aeruginosa e Salmomela entretanto nÃo apresentou significÃncia para E. Coli. As serpentes Philodryas nattereri e Philodryas olfersii possuem um nÃmero de cromossomos 2n = 36. Da extraÃÃo do RNAtotal da glÃndula da peÃonha, junto com a enzima transcriptase reversa in vitro produziu-se RNAm transcrito a partir de vÃrios genes diferentes. Assim, os DNAc clonados constituem uma biblioteca de cDNA com uma coleÃÃo de genes. Os resultados espectrofotÃmÃtrico de RMN da peÃonha bruta da serpente Philodryas nattereri revelaram na identificaÃÃo da presenÃa de acoplamentos 13C, !H por comprimento de onda de rÃdio. / A peÃonha da serpente Philodryas nattereri à uma mistura de proteÃnas e peptÃdeos tÃxicos com diversas aÃÃes locais e sistÃmicas importantes, similares Ãs que ocorrem nos acidentes botrÃpicos. Os mecanismos envolvidos nas aÃÃes locais e sistÃmicas desta peÃonha sÃo pouco conhecidos. O objetivo deste trabalho foi estudar os efeitos renais, cardiovasculares, citotÃxicos e a identificaÃÃo molecular da peÃonha bruta. O teor proteÃco total da peÃonha foi de 85-90% de proteÃnas. Foram utilizados ratos Wistar nos experimentos de perfusÃo de rim isolado, em que o orgÃo foi perfundido com a peÃonha da serpente Philodryas nattereri em diversas concentracÃes para se determinar as possÃveis alteraÃÃes em parÃmetros funcionais, alÃm de alteraÃÃes vasculares em anel de aorta e pressÃo arterial. A peÃonha foi utilizada em cÃlulas epiteliais de tÃbulos renais de cachorro (MDCK) e macrÃfago peritonial de rato (RAW) e mensurada por pletismografia. O edema de pata, as contorÃÃes abdominais e a injeÃÃo intramuscular foram realizados em camundongos Swiss. A peÃonha foi testada em cepas de bactÃrias Escherichia coli, Pseudomonas aeruginosa, Salmonella choleraesuis subsp, Staphylococcus aureus e as culturas foram diluidas 100x. Para a determinaÃÃo do nÃmero de cromossomos da serpente Philodryas nattereri e Philodryas olfersil, utilizou-se uma cultura temporÃria de leucÃcitos. Da glÃndula de Duvernoy construiu-se uma Biblioteca de cDNA com o objetivo de identificar seus genes. A peÃonha bruta foi submetida a RMN (RessonÃncia MagnÃtica Nuclear). Os resultados encontrados demonstraram que a peÃonha da Philodryas nattereri promoveu alteraÃÃes em todos os parÃmetros renais estudados, principalmente na diminuiÃÃo da pressÃo renal (PP) e da resistÃncia vascular renal (RVR), assim como um aumento do fluxo urinÃrio (FU) e do ritmo de filtraÃÃo glomerular (RFG). O resultado mais relevante à que essa peÃonha à altamente lesiva aos tÃbulos renais, sendo tal fato comprovado com a reduÃÃo do percentual de transporte dos eletrÃlitos de sÃdio (Na+), (K+) e cloreto (CIÂ) nas concentraÃÃes estudadas, independente da reduÃÃo da PP. O clearance osmÃtico e as alteraÃÃes nos glomÃrulos e tÃbulos com material proteÃco e hemorrÃgico. As lesÃes foram observadas por anÃlise histolÃgica, mediante indÃcios de apoptose/ necrose e verificadas na cultura das cÃlulas MDCK. A reduÃÃo da pressÃo arterial e da frequÃncia cardiaca parecem estar relacionadas ao relaxamento de vasos renais, cujos efeitos vasodilatadores foram comprovados nos protocolos de anel de aorta. A peÃonha da Philodryas nattereri parece comprometer os tÃbulos renais, independentemente das aÃÃes vasculares. O edema de pata causado pela peÃonha atingiu o mÃximo 2 horas apÃs a inoculaÃÃo e foi inibido pelo dexametasona e o soro anti-bothrops jà a indometacina nÃo foi capaz de interferir significativamente no edema. A injeÃÃo intramuscular de 50μg da peÃonha produziu efeitos de desorganizaÃÃo das fibrilas musculares, hemorragia interfibrilar, edema infiltrado inflamatÃrio e mionecrose dos tipos coagulativa e miolÃtica. Verificou-se que estas alteraÃÃes diminuiram com o passar do tempo. As contorÃÃes abdominais causadas pela peÃonha parecem ser tÃo agressivas quanto o acido acÃtico quando comparado ao controle salino. A atividade da peÃonha em cultura de bactÃrias foi significante para as culturas S. aureus, P. aeruginosa e Salmomela entretanto nÃo apresentou significÃncia para E. Coli. As serpentes Philodryas nattereri e Philodryas olfersii possuem um nÃmero de cromossomos 2n = 36. Da extraÃÃo do RNAtotal da glÃndula da peÃonha, junto com a enzima transcriptase reversa in vitro produziu-se RNAm transcrito a partir de vÃrios genes diferentes. Assim, os DNAc clonados constituem uma biblioteca de cDNA com uma coleÃÃo de genes. Os resultados espectrofotÃmÃtrico de RMN da peÃonha bruta da serpente Philodryas nattereri revelaram na identificaÃÃo da presenÃa de acoplamentos 13C, !H por comprimento de onda de rÃdio.
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Efeito do disseleneto de difenila sobre a toxicidade induzida por cloreto de mercúrio em camundongos / Effect of diphenyl diselenide on toxicity induced by mercuric chloride in mice

Brandão, Ricardo 04 December 2008 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Mercury is a metal without physiological functions in human body and is toxic to human beings. This metal has many applications in industry and, therefore it is very important in occupational and environmental exposure. The toxicity of mercury depends on the form of the metal and can affect several organs, such as brain, kidney and liver. In addition, mercury can cause alteration in hematological and immunological systems. The oxidative stress seems to be involved in toxicity induced by mercury, since this metal may cause an increase in the production of reactive oxygen species (ROS) and disturbances in enzymatic and non-enzymatic antioxidant defense systems. Thus, in addition to conventional therapies using chelating agents, therapies using antioxidants are tested in an attempt to reduce the toxic effects of this metal. Since diphenyl diselenide (PhSe)2 has several pharmacological properties, including antioxidant action, our goal was to verify the effect of this compound in different models of exposure to mercuric chloride (HgCl2) in mice. The use of another antioxidant agent, Nacetylcysteine (NAC), and a chelating agent of reference, 2,3-dimercapto-1-propanosulfonato (DMPS), were also evaluated. The results showed that the concomitant and acute exposure to HgCl2 and therapeutic agents tested presented toxic effects. In fact, the administration of DMPS and NAC, in animals exposed to HgCl2, caused renal toxicity in mice, which was evidenced by an increase in the urea and creatinine levels and by reduction on renal Na+, K+-ATPase activity. This can be explained by a possible formation of complexes between the metal and these agents. The administration of (PhSe)2 caused 100% of death in animals exposed to HgCl2. The toxic effects of HgCl2 + (PhSe)2 association affects the hepatic tissue and especially the renal tissue. Hepatic damage was characterized by an increase in the lipid peroxidation levels and reduction in catalase activity from animals of HgCl2 + (PhSe)2 group. Renal damage was characterized by biochemical markers in plasma and urine of mice. Moreover, mice exposed to the association between HgCl2 and (PhSe)2 showed inhibitions in renal glutathione S-transferase (GST) and Na+, K+-ATPase activities. The oxidative damage in renal tissue was evidenced by increase in the lipid peroxidation levels and increase in ascorbic acid concentration in mice exposed to HgCl2 + (PhSe)2 group. Increased levels of hemoglobin and hematocrit were also observed in mice of HgCl2 + (PhSe)2 group and renal damage seems to be involved in this effect. The formation of a complex between HgCl2 and (PhSe)2, which displays pro-oxidant activity, is the most probably hypothesis to explain this toxicity. We observed also that the preventive therapy with (PhSe)2 was effective in protecting against immunological and hematological alterations induced by subchronic HgCl2 exposure. In fact, exposure to HgCl2 caused anemia in mice, which was observed by reducing in the hemoglobin, erythrocytes and hematocrit levels. Moreover, levels of leukocytes and platelets were also reduced by exposure to HgCl2. The immunological changes were evidenced by increase in immunoglobulins levels. All these changes, hematological and immunological, were reduced by (PhSe)2 pre-treatment. The antioxidant activity of this selenium compound seems to be involved in this mechanism of protection, as well as the formation of a inactive ternary complex between mercury, selenium and selenoprotein P. (PhSe)2 also presented similar effects when compared to DMPS in restored renal and hematological damage observed after subchronic exposure to HgCl2. The hematological changes (decrease in erythrocytes, leukocytes and platelets levels) and changes in renal tissue, observed by increase in the plasmatic urea, creatinine, and uric acid levels and renal lipid peroxidation, induced by exposure to HgCl2, were reversed by (PhSe)2 and DMPS, individually administered. However, the combined use of (PhSe)2 and DMPS did not present good results, since the individual therapies with these two agents were more effective than the combined administration. Based on these results, we can conclude that the use of (PhSe)2 against the HgCl2 toxicity should be further studied, since, depending on the experimental model, the results can be beneficial or there may be a potentiation of the toxic effects of mercury. / O mercúrio (Hg) é um elemento ainda sem função fisiológica no organismo humano, sendo tóxico aos seres vivos. Este metal possui ampla aplicação na indústria sendo, portanto, bastante importante na exposição ocupacional e ambiental. A toxicidade do mercúrio depende da forma deste metal e pode afetar inúmeros órgãos, tais como o cérebro, os rins e o fígado e, ainda, causar alterações hematológicas e imunológicas. O estresse oxidativo parece estar envolvido na toxicidade induzida pelo mercúrio, uma vez que este metal pode causar um aumento na produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e distúrbios nos sistemas de defesa antioxidante enzimáticos e não-enzimáticos. Desta forma, além das terapias convencionais por meio de agentes quelantes, terapias utilizando agentes antioxidantes são testadas na tentativa de reduzir os efeitos tóxicos deste metal. Considerando que o composto disseleneto de difenila (PhSe)2 possui inúmeras propriedades farmacológicas, dentre as quais destaca-se a sua ação antioxidante, o nosso objetivo foi verificar o efeito deste composto em diferentes modelos de exposição ao cloreto de mercúrio (HgCl2) em camundongos. As utilizações de outro agente antioxidante, a N-acetilcisteína (NAC), e de um agente quelante de referência, o ácido 2,3-dimercapto-1-propanosulfônico (DMPS), também foram avaliadas. Os resultados obtidos demonstraram que quando o HgCl2 foi administrado de forma aguda e a utilização dos agentes terapêuticos testados ocorreu de forma concomitante, efeitos tóxicos decorrentes destas interações foram observados. De fato, a administração de NAC e DMPS, em animais expostos ao HgCl2, causou toxicidade renal nos camundongos, o que foi evidenciado através de um aumento nos níveis de uréia e creatinina e através da redução na atividade da enzima Na+, K+-ATPase renal. Esta toxicidade foi devida a uma possível formação de complexos tóxicos entre o metal e estes agentes. A administração de (PhSe)2 causou 100% de morte nos animais expostos ao HgCl2. Os efeitos tóxicos decorrentes desta associação afetam o tecido hepático e, principalmente, o tecido renal. O dano hepático foi caracterizado pelo aumento nos níveis de peroxidação lipídica e redução na atividade da enzima catalase nos animais do grupo HgCl2 + (PhSe)2. O dano renal foi caracterizado através de marcadores bioquímicos no plasma e na urina dos camundongos. Além disso, os camundongos expostos a associação entre o HgCl2 e o (PhSe)2 apresentaram inibições na atividade das enzimas glutationa S-transferase (GST) e Na+, K+-ATPase renal. O dano oxidativo no tecido renal foi evidenciado através do aumento nos níveis de peroxidação lipídica e aumento na concentração de ácido ascórbico nos camundongos expostos ao HgCl2 e ao (PhSe)2, de forma concomitante. Elevados valores de hemoglobina e hematócrito também foram observados nos camundongos do grupo HgCl2 + (PhSe)2 e o dano renal parece estar envolvido neste efeito. A formação de um complexo entre o HgCl2 e o (PhSe)2, o qual apresenta atividades pró-oxidantes, é a hipótese mais provável para explicar esta toxicidade. Foi observado também que a terapia preventiva com o (PhSe)2 foi efetiva em proteger contra os danos nos sistemas hematológico e imunológico induzidos de forma subcrônica pelo HgCl2. De fato, a exposição ao HgCl2 causou anemia nos camundongos, o que foi observado através da redução nos níveis de hemoglobina, contagem de eritrócitos e no hematócrito. Além disso, os níveis de leucócitos e plaquetas também foram reduzidos pela exposição ao metal. As alterações imunológicas foram evidenciadas pelo aumento nos níveis de imunoglobulinas. Todas estas alterações, hematológicas e imunológicas, foram reduzidas pelo pré-tratamento com o (PhSe)2. A ação antioxidante deste composto de selênio parece estar envolvida neste mecanismo de proteção, bem como a formação de um complexo ternário inerte entre o mercúrio, o selênio e a selenoproteína P. O (PhSe)2 também foi tão efetivo quanto o DMPS em reverter os danos renal e hematológico observados após a exposição subcrônica ao HgCl2. As alterações hematológicas (diminuição nos níveis de eritrócitos, leucócitos e plaquetas) e as alterações no tecido renal, observadas através do aumento nos níveis de uréia, creatinina e ácido úrico plasmáticos e através da peroxidação lipídica renal, induzidos pela exposição ao HgCl2, foram revertidas pelas administrações individuais de (PhSe)2 e DMPS. Entretanto, a utilização do (PhSe)2 de forma associada ao DMPS não apresentou bons resultados, uma vez que as administrações individuais destes dois agentes foram mais eficazes do que a administração combinada. Com base nos resultados obtidos, nós podemos concluir que a utilização do (PhSe)2 em intoxicações pelo HgCl2 deve ser ainda mais estudada, já que, dependendo do modelo experimental utilizado, os resultados podem ser benéficos ou pode haver uma potencialização dos efeitos tóxicos do mercúrio.
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Efeitos da exposição ao cloreto de mercúrio durante a gestação e lactação em ratas wistar e sua prole: parâmetros bioquímicos e distribuição de mercúrio / Effects of mercury chloride exposure during the gestation and lactation periods in wistar rats and their offspring: biochemical parameters and mercury distribution

Oliveira, Cláudia Sirlene de 08 May 2015 (has links)
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / The objective of this work was to evaluate the effects of HgCl2 exposure in drinking water in pregnant and/or lactating rats and their offspring. Still, it evaluated if the HgCl2 intravenous exposure as well as the renal damage induced by this exposure altered the offspring mercury content. The drinking water (v.o.) HgCl2 exposure protocol was as follows: Female Wistar rats were exposed to HgCl2 (0, 0.2, 0.5, 10 and 50 μg Hg2+/mL) from gestation day 0 until 20 or until the last day of lactation. Every two days, the mercury solutions were changed, food and water intake and rats weight were analyzed. The offspring was killed on gestation day 20 and on the post-natal days 10, 20, 30 and 40. Tissues weight, essential metal homeostasis, mercury content and biochemical parameters were evaluated. Behavioral tasks were carried out on post-natal days 3, 5, 7, 9 and 11 (negative geotaxis test) and 17, 18, 19 and 20 (beaker test). The intravenous (i.v.) HgCl2 exposure protocol was as follows: Female Wistar rats were exposed to HgCl2 (0.5 and 2.5 μmol HgCl2/kg/2 mL) on gestation day 20 and killed 6 h later or on gestation day 18 and killed 48 h later. Hg maternal and fetal distribution and renal damage through histology and biochemical and molecular markers were evaluated. Dams exposed to HgCl2 v.o. presented water intake decreased. The exposure to 50 μg Hg2+/mL caused an increase in relative renal weight. Animals exposed to 10 and 50 μg Hg2+/mL presented an increase in renal and hepatic Cu and Zn levels, respectively, and mercury accumulation (pregnant rats); and, an increase in total thiol and metallothionein renal levels (lactating rats). The offspring only presented an increase in hepatic porfobilinogensynthase activity (fetuses) and in relative renal weight (post-natal day 20). The pregnant rats exposed i.v. to HgCl2 presented the greater mercury accumulation in kidney in both periods analyzed; although 48 h after the exposure the Hg levels were lower than at 6 h. The exposure to 2.5 μmol HgCl2/kg/2 mL caused an increase in serum creatinine levels and in Kim-1 renal expression as well as renal histology alterations. The placental and fetal Hg did not change in both periods analyzed; the increase in fetal organs Hg levels were dose and time dependent. In conclusion, the exposure to low doses of HgCl2 in drinking water caused mild alterations in dams; also the dam organism was able to handle the Hg avoiding offspring damages; probably, this protection is related with the increase on scavenger molecules (metallothionein, for example) during the pregnancy and lactation. Besides, we verified that when dams were exposed intravenously to HgCl2, the developing organisms (fetuses) were unable to excrete/depurate the Hg. / O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos da exposição ao HgCl2 na água de beber em ratas prenhas e/ou lactantes e sua prole. Ainda, avaliar se a exposição intravenosa ao HgCl2 assim como o dano renal induzido pela mesma altera a deposição de mercúrio na prole. O protocolo de exposição ao HgCl2 na água de beber (v.o.) foi: as ratas Wistar foram expostas ao HgCl2 (0, 0,2, 0,5, 10 e 50 μg Hg2+/mL) do dia zero de gestação até o dia 20 ou até o final da lactação. A cada dois dias, as soluções de mercúrio eram trocadas, a ingestão de comida e água e o peso das ratas eram avaliados. A prole foi sacrificada no dia 20 de gestação e nos dias pós-natal 10, 20, 30 e 40. Foram analisados o peso dos órgãos, a homeostase de metais essenciais, os níveis de mercúrio e parâmetros bioquímicos. As tarefas comportamentais foram realizadas nos dias pós-natal 3, 5, 7, 9 e 11 (teste do geotactismo negativo) e 17, 18, 19 e 20 (teste do beaker). O protocolo de exposição ao HgCl2 intravenoso (i.v.) foi: as ratas Wistar foram expostas ao HgCl2 (0,5 e 2,5 μmol HgCl2/kg/2 mL) no dia 20 de gestação e sacrificadas 6 h após a exposição ou no dia 18 de gestação e sacrificadas 48 h após a exposição. Foram avaliados a distribuição do Hg nos organismos materno e fetal e o dano renal através de histologia e marcadores bioquímicos e moleculares. As mães expostas ao HgCl2 v.o. apresentaram diminuição na ingestão de água; a exposição a dose de 50 μg Hg2+/mL causou aumento no peso relativo de rim. As doses de 10 e 50 μg Hg2+/mL causaram aumento dos níveis renais de Cu e hepáticos de Zn e acúmulo de mercúrio em rins nas gestantes; e aumento nos níveis renais de tióis totais e de metalotioneínas nas lactantes. A prole exposta ao HgCl2 apresentou aumento da atividade hepática da porfobilinogênio sintase em fetos e aumento do peso relativo de rim no dia pós-natal 20. As ratas expostas ao HgCl2 i.v. apresentaram maior acúmulo de mercúrio em rins 6 e 48 h após a exposição; embora a 48 h da exposição, os níveis já haviam diminuído em relação a 6 h. A dose de 2,5 μmol HgCl2/kg/2 mL i.v. causou aumento nos níveis séricos de creatinina, aumento da expressão da proteína Kim-1 e alterações na histologia de rim. Os níveis de Hg placentário e fetal não diminuíram com o passar das horas após a exposição; nos órgãos fetais, os níveis de Hg apresentaram aumento dependente da dose e do tempo. Em conclusão, a exposição a baixas doses de HgCl2 na água de beber causou alterações brandas nas mães; e o organismo materno parece ter metabolizado o Hg, evitando danos à prole; provavelmente esta proteção está relacionada ao aumento dos níveis de moléculas detoxificantes (metalotioneínas, por exemplo) durante o período gestacional e lactacional. Ainda, verificamos a incapacidade dos organismos em desenvolvimento (fetos) em excretar/depurar os íons Hg quando as mães foram expostas intravenosamente ao metal.

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