Return to search

"As manifestações de junho de 2013 pra gente não acabou" : um estudo sobre as formas de contestação no Coletivo Debaixo em Aracaju

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / This dissertation analyzes the emergence and dynamics of contestation of the Coletivo Debaixo between the years of 2013 and 2016 in Aracaju. The Coletivo Debaixo appears after the manifestations of June of 2013, known in the city as Acorda Aracaju, through the monthly occupation titled Sarau Debaixo in the Viaduct Journalista Carvalho Déda, popularly known like “Viaduto do DIA”. This research also demonstrates, from the Coletivo Debaixo, the process of emergence of a collective that results from the cycle of protests of 2013 and that, in this sense, is also a consequence of a process of elaboration of a collective action model which has as main repertoire of collective action the occupation of the public space with the use of forms of aesthetic contestation. Along with this, the collective uses, and also elaborates, a grammar of contestation that is based on the notion of the "unequal city" and need of resumption of the public space that is a very recurrent agenda among the social movements from the manifestations of 2013. The collective is formed by young people, almost all university students, who have two common elements in their life histories, their involvement with forms of artistic expression such as the punk movement, poetry and hip-hop and previous participation in social movements, political parties and other collectives. These common events among the life stories of the members of the collective mark the forms of action and organizational models triggered by the group. The monthly occupation of the viaduct, the third tuesday of the month, during those years contributed to the creation of a contestation routine that began to be experienced by a group of actors already mobilized in social movements, political and collective parties, as well as sympathizers. This monthly routine, a form found by the collective to keep as manifestations of 2013 on the streets beyond that year, was responsible for identifying the viaduct as a new "political place". This "political place" underwent a dynamics of re-signification of its public space that occurs during the three years of mobilization. After that, the viaduct is recognized by other social movements in one place to be used for a claim in various ways. In this sense, this research is part of a field of research on the developments of the 2013 protest cycle in Brazil, such as the emergence of new mobilized groups and the expansion of forms of political participation. / Esta dissertação analisa o surgimento e as dinâmicas de contestação do Coletivo Debaixo entre os anos de 2013 e 2016 em Aracaju. O Coletivo Debaixo surge após as manifestações de junho de 2013, conhecidas na cidade como Acorda Aracaju, através da ocupação mensal intitulada Sarau Debaixo no Viaduto Jornalista Carvalho Déda, popularmente conhecido como Viaduto do DIA. Essa investigação trata-se também de demonstrar, a partir do Coletivo Debaixo, o processo de emergência de um coletivo que resulta do ciclo de protestos de 2013 e que, nesse sentido, é também consequência de um processo de elaboração de um modelo de ação coletiva que tem como principal repertório de ação coletiva a ocupação do espaço público com o uso de formas de contestação estética. Junto a isso, o coletivo utiliza, e também elabora, uma gramática de contestação que tem como base a noção da “cidade desigual” e necessidade de retomada do espaço público que é uma pauta bastante recorrente entre os movimentos sociais a partir das manifestações de 2013. O coletivo é formado por jovens, quase todos estudantes universitários, que possuem dois elementos comuns em suas histórias de vida, o envolvimento com formas de expressão artística como o movimento punk, a poesia e o hip-hop e a participação anterior em movimentos sociais, partidos políticos e outros coletivos. Esses eventos comuns entre as histórias de vida dos integrantes do coletivo marcam as formas de ação e modelos de organização acionados pelo grupo. A ocupação mensal do viaduto, as terceiras terças-feiras do mês, durante esses anos contribuiu para a criação de uma rotina de contestação que passou a ser experimentada por um conjunto de atores já mobilizados em movimentos sociais, partidos políticos e coletivos, assim como simpatizantes. Essa rotina mensal, forma encontrada pelo coletivo para manter as manifestações de 2013 nas ruas para além daquele ano, foi responsável pela identificação do viaduto enquanto um novo “lugar político”. Esse “lugar político” surge através de uma dinâmica de ressignificação desse espaço público que acontece durante os três anos de mobilização. Após isso, o viaduto se torna reconhecido por outros movimentos sociais enquanto um lugar a ser utilizado para a reivindicação de diversas pautas. Nesse sentido, esta pesquisa se insere em um campo de investigação acerca dos desdobramentos do ciclo de protesto de 2013 no Brasil tais como o surgimento de novos grupos mobilizados e da ampliação das formas de participação política. / São Cristóvão, SE

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:ri.ufs.br:riufs/7232
Date03 March 2017
CreatorsSantos, Jonatha Vasconcelos Santos
ContributorsOliveira, Wilson José Ferreira de
PublisherPós-Graduação em Sociologia, Universidade Federal de Sergipe
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Sourcereponame:Repositório Institucional da UFS, instname:Universidade Federal de Sergipe, instacron:UFS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0032 seconds