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Precisão da ultra-sonografia bidimensional convencional e da ultra-sonografia tridimensional na avaliação do nível da lesão em fetos com espinha bífida aberta / Precision of conventional two-dimensional and threedimensional sonography in the evaluation of the lesion level in fetuses with open spina bifida

Introdução: A espinha bífida tem incidência de 0,5 a 0,8 / 1.000 nascimentos, com mortalidade neonatal ao redor de 33% e sequelas em torno de 65% nos sobreviventes. Em relação ao diagnóstico, a ultrasonografia é capaz de diagnosticar cerca de 80% a 100% dos casos de espinha bífida. Objetivo: Avaliar comparativamente a precisão da ultrasonografia bidimensional e da ultra-sonografia tridimensional em determinar o nível da lesão vertebral (primeira vértebra aberta ) em casos espinha bífida aberta fetal comparada à avaliação pós-natal realizada por exame radiológico da coluna vertebral do recém-nascido. Método: Estudo prospectivo longitudinal analisou fetos com espinha bífida aberta atendidos no Setor de Medicina Fetal da Clínica Obstétrica do HCFMUSP, durante o período compreendido entre os anos de 2004 a 2008. Foi estabelecido o nível da lesão vertebral em 45 fetos por meio de exames ultra-sonográficos bidimensionais e tridimensionais ( dois examinadores em cada método). O nível da lesão no pós-natal foi estabelecido por exame radiológico (radiografia simples) da coluna do recém-nascido, considerado o padrão ouro para sua definição, sendo então comparado ao nível encontrado nos exames ultra-sonográficos bidimensionais e tridimensionais pré-natais. As gestações foram seguidas no ambulatório de pré-natal e o parto programado para correção cirúrgica pós-natal imediata. Resultado: Precisão diagnóstica do nível de lesão da espinha bífida pela ultra-sonografia bidimensional de 47,7 %, elevando-se para 77,7 %, se considerado o erro de até um nível, 87,7 % com até dois níveis e de 100 % com até três níveis, com boa concordância interobservador neste método. Precisão diagnóstica do nível de lesão da espinha bífida pela ultra-sonografia tridimensional de 44,4 %, elevando-se para 80,0 % se considerado o erro de até um nível, 88,8 % com até dois níveis e de 100 % com até três níveis, com boa concordância interobservador neste método. Nos casos em que houveram erro no diagnóstico do nível da lesão, tendência a subestimação do nível da lesão nos dois métodosbidimensional: 55,3% dos casos e tridimensional: 62% dos casos). Conclusões:. Não houve diferença percentual relevante entre a detecção realizada pela ultra-sonografia bidimensional e pela tridimensional, não se demonstrando vantagens no uso da metodologia tridimensional no diagnóstico do nível de lesão nos casos de espinha bífida. Houve têndencia a subestimar o erro em ambas as metodologias. / Introduction: Incidence of spina bifida is about 0.5 to 0.8 per 1,000 births, with neonatal mortality around 33% and handicap in about 65% of survivors. Sonography diagnoses about 80% to 100% of cases. Objective: To evaluate the precision of both two-dimensional and three-dimensional sonography in determining vertebral lesion level (the first open vertebra) in open spina bifida cases compared to postnatal radiological assessment of the newborn. Methods: This was a prospective longitudinal study comprising fetuses with open spina bifida attending the Fetal Medicine division of the Obstetrics Department, HCFMUSP, from 2004 to 2008. Vertebral lesion level was established by both two-dimensional and three-dimensional sonography in 45 fetuses (two examiners in each method). Lesion level in the neonatal period was established by radiological assessment (simple X-rays) of the spine, considered as the gold standard. This was compared to the level found in both two-dimensional and three-dimensional prenatal scans. All pregnancies were followed in our hospital prenatally and delivery was scheduled in order to allow immediate postnatal surgical correction. Results: Two-dimensional sonography precisely estimated the spina bifida level in 47.7% of cases. In 77.7% of cases, the estimate error was within one vertebra, in 87.7% up to two vertebrae and in 100% up to three vertebrae, showing a good interobserver agreement. Three-dimensional sonography precisely estimated the lesion level in 44.4 of cases. In 80 % of cases, the estimate error was within one vertebra, in 88.8% up to two vertebrae and in 100% up to three vertebrae, also showing a good interobserver agreement. Whenever an estimate error was observed, both two-dimensional and three-dimensional scans tended to underestimate the true lesion level (55.3% of cases in twodimensional scans and 62% in three-dimensional). Conclusions: No relevant differences between diagnostic performance of two-dimensional and three-dimensional scans were observed. The use of three-dimensional sonography showed no additional benefit in diagnosing the lesion level in cases of spina bífida. Errors in both methods showed a tendency to underestimate the lesion level.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-25062009-100131
Date18 March 2009
CreatorsRequeijo, Márcio José Rosa
ContributorsBunduki, Victor
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTese de Doutorado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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