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Avaliação de mecanismos de defesa em pacientes com transtorno do pânico, sua relação com gravidade, resposta ao tratamento e alteração pós tratamento

Kipper, Leticia da Cunha January 2003 (has links)
Os mecanismos de defesa representam uma dimensão importante da estrutura da personalidade e do funcionamento psicodinâmico, sendo uma das formas de medir como o indivíduo habitualmente responde aos estressores. O estudo dos mecanismos de defesa utilizados por pacientes com Transtorno do Pânico (TP) pode ter utilidade no entendimento e no tratamento desse transtorno. O objetivo deste trabalho é o de avaliar os mecanismos de defesa do ego, nos pacientes com TP, e sua associação com gravidade, resposta ao tratamento e alteração pós tratamento. Sessenta pacientes com TP e 31 controles participaram da primeira fase do trabalho. O Mini International Neuropsychiatric Interview foi usado para confirmar o diagnóstico de TP e estabelecer o diagnóstico de co-morbidades. A Impressão Clínica Global (CGI) foi usada para avaliar a gravidade do TP e o Defense Style Questionnaire (DSQ-40) foi usado para avaliar os mecanismos de defesa. Em uma segunda etapa, 33 pacientes com TP sintomáticos e 33 voluntários normais foram avaliados com os mesmos instrumentos, aplicados no início do estudo e após 16 semanas. Os pacientes receberam durante esse período tratamento farmacológico com sertralina. Ambos os estudos demonstraram que pacientes com TP utilizam mais defesas neuróticas e imaturas comparados ao grupo controle. Os pacientes com pânico grave (CGI>4) apresentaram maior co-morbidade com depressão atual e usaram mais defesas imaturas do que os pacientes com CGI< 4 (média=4.2 vs. 3.5; p<0.001). Após 4 meses de tratamento, houve diminuição no uso de defesas neuróticas (4.6 vs. 4.2; p=0.049) e imaturas (3.6 vs. 3.4 p=0.035) no grupo de pacientes. Pacientes que usavam mais defesas neuróticas e imaturas apresentaram pior resposta ao tratamento. Pacientes com TP usaram mais defesas mal-adaptativas quando comparados ao grupo controle, no basal e após 4 meses. O uso de defesas neuróticas e imaturas está associado à gravidade do TP e à pior resposta ao tratamento. Os mecanismos de defesa são, então, parte de uma maneira estável do indivíduo lidar com conflitos, mas também são influenciados pelo estado agudo da doença. / This study aims at evaluating the defense mechanisms most frequently used by Brazilian patients with panic disorder when compared to a control group as well as at examining the association between severity of disease and co morbidity and the use of specific defense mechanisms. Sixty panic disordered patients and thirty-one controls participated in the study. The Mini International Neuropsychiatric Interview was used to confirm the panic disorder diagnosis and to establish the co morbid diagnosis. The Clinical Global Impression (CGI) was used to assess severity and the Defensive Style Questionnaire (DSQ-40) was used to evaluate the defense mechanisms. Panic patients used more neurotic (mean=4.9 vs. 3.6; p<0,001) and immature (mean=3.9 vs. 2.8; p< 0,001) defenses as compared to controls. Panic patients with severe disease (n=37; CGI>4) had more depression co morbidity and used more immature defenses than patients with CGI<4 (n=23; mean=4.2 vs. 3.5; p<0.001). It was concluded that the Panic severity and depression co morbidity found in Brazilian panic disordered patients are associated with the use of maladaptive mechanisms, namely immature defenses.
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Avaliação da sobrecarga e do ambiente familiar de pacientes com transtorno de pânico

Silva, Tatiana Detzel da January 2013 (has links)
A presença de doença crônica pode ser determinante de sobrecarga familiar e interferir no ambiente. Por outro lado, os aspectos familiares podem contribuir como um fator protetor ou de risco na evolução da doença. Estudos têm avaliado a sobrecarga familiar em transtornos mentais maiores, como a esquizofrenia, mas ainda não há estudos que avaliem a sobrecarga e o ambiente familiar em relação ao transtorno de pânico (TP). O objetivo deste estudo foi comparar a sobrecarga e o ambiente de familiares de pacientes com TP e de familiares de pacientes com doenças clínicas. Também pretendeu verificar a relação da sobrecarga e do ambiente familiar com as características sociodemográficas dos familiares e com a gravidade do TP. Trata-se de um estudo transversal com familiares e pacientes com TP e familiares de pacientes com doenças clínicas, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabete melito tipo 2 (DM 2) e cardiopatias. A sobrecarga foi mensurada através do Family Burden Interview Schedule (FBIS-BR) e, para avaliar o ambiente familiar, foi utilizada a Family Environment Scale (FES). Para verificar a gravidade dos sintomas do TP, foi utilizada a Panic Disorder Severity Scale (PDSS). A pesquisa foi desenvolvida em ambulatório de hospital geral e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (nº 110109). Foram incluídos no grupo do TP 67 familiares com seus respectivos pacientes e 66 familiares de pacientes com doenças clínicas. Observou-se que existem diferenças significativas entre as características sociodemográficas dos grupos. Entre os familiares de pacientes com TP, predominam indivíduos do sexo masculino e com maior escolaridade do que no outro grupo. Em relação ao grau de parentesco, há um maior número de pais como familiares cuidadores de pacientes com TP e mais filhos(as) como cuidadores de pacientes com doença clínica. A sobrecarga objetiva “assistência à vida cotidiana”, “impacto nas rotinas diárias” e “geral” foi significativamente maior para familiares de pacientes com doenças clínicas (p=0,017; p=0,032 e p=0,024, respectivamente), enquanto a sobrecarga subjetiva “assistência na vida cotidiana” foi maior para familiares de pacientes com TP (p=0,025). O ambiente familiar foi diferente entre os grupos na dimensão “conflito”, sendo significativamente maior no grupo de familiares do TP. Após a análise multivariável com o Generalized Linear Models, permaneceu como variável independente de maior sobrecarga subjetiva quando o familiar é um dos pais em ambos os grupos (p=0,001). A sobrecarga objetiva manteve-se no grupo controle (p<0,05), sendo que a subescala “impacto nas rotinas diárias” e o escore geral permaneceram associados caso o familiar fosse um dos pais (p=0,017 e p=0,021, respectivamente). O ambiente na dimensão “conflito” foi maior quando o familiar era um dos pais (p=0,045) e a “organização” foi menor no grupo de familiares de pacientes com TP (p=0,034). Também foi analisado se pertencer a um dos grupos (controle ou do TP) e se o grau de parentesco determinava a sobrecarga familiar, porém não foi encontrada interação significativa. Observou-se correlação positiva significativa entre a gravidade do TP e sobrecarga familiar objetiva e subjetiva, que se manteve como variável independente após a análise multivariável. Os resultados indicaram que existem diferenças entre os grupos quanto à sobrecarga objetiva e subjetiva e que são determinadas pelo grau de parentesco, sendo maior principalmente quando o familiar é um dos pais. Os resultados também demonstraram queque a sobrecarga familiar está relacionada à gravidade dos sintomas do TP. Portanto, a avaliação de sobrecarga familiar pode ser útil no desenvolvimento de estratégias terapêuticas focadas na própria família e, assim, contribuir para melhorar os resultados dos pacientes. / The presence of chronic disease can be a determinant of family burden and impinge upon the family environment. On the other hand, family aspects can serve as a protective or risk factor in disease evolution. Studies have assessed the family burden associated with major mental disorders, such as schizophrenia, but there are no studies that assess the family burden and environment in relation to Panic Disorder (PD). The purpose of this study was to compare the burden and environment of family members of PD patients with family members of patients with clinical diseases. It also sought to examine the relationship between family burden and environment with the sociodemographic characteristics of family members and PD severity. This was a cross sectional study involving family members and PD patients and a control group of family members of patients with clinical diseases, such as systemic arterial hypertension (SAH), diabetes mellitus type 2 (DM2) or heart diseases. Burden was measured through the Family Burden Interview Schedule (FBIS-BR) and the family environment was assessed using the Family Environment Scale (FES). To check PD symptom severity, the Panic Disorder Severity Scale (PDSS) was used. The research was conducted in the general hospital outpatient clinic and approved by the Research Ethics Committee of Hospital de Clinicas de Porto Alegre (No. 110109). The groups were comprised of 67 family members with their respective PD patients and 66 family members of control group. It was noted that there are significant differences between the sociodemographic characteristics of the groups. The family members of PD patients are predominantly males with a higher level of education than the control group. As far as the parentage degree, there are a greater number of parents acting as family caregivers for PD patients and more sons or daughters as caregivers for patients with clinical diseases. The objective burden with respect to "assistance in everyday life", "impact on caregiver’s life " and "general" was significantly higher for family members of control group (p = .017; p = .032 and p = .024, respectively), whereas the subjective burden in terms of "assistance in everyday life" was higher for family members of patients with PD (p = .025). The family environment was different between the groups in regard to the "conflict" dimension, being significantly higher in the group of family members of PD patients. After the multivariate analysis using Generalized Linear Models, the independent variable with the highest subjective burden occurred when the family member is one of the parents regardless of the group (p = .001). The objective burden remained the same in the control group (p <.05), and the subscale of "impact on caregiver’s life" and overall score continued to be linked if the family member was one of the parents (p = .017 and p = .021, respectively). The "conflict" dimension of the environment was higher when the family member was one of the parents (p = .045) and "organization" was lower in the group of family members of PD patients (p = .034). It was also examined whether belonging to one of the groups (control or PD) and the parentage degree has a bearing on family burden, but no significant association was found. A significant positive correlation was noted between PD severity and objective and subjective family burden, which remained as an independent variable after the multivariate analysis. The results also demonstrated that family burden is related to PD symptom severity. Therefore, assessment of family burden may be useful in developing therapeutic strategies focused on family itself and thus contribute to improve patients outcomes.
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Avaliação de mecanismos de defesa em pacientes com transtorno do pânico, sua relação com gravidade, resposta ao tratamento e alteração pós tratamento

Kipper, Leticia da Cunha January 2003 (has links)
Os mecanismos de defesa representam uma dimensão importante da estrutura da personalidade e do funcionamento psicodinâmico, sendo uma das formas de medir como o indivíduo habitualmente responde aos estressores. O estudo dos mecanismos de defesa utilizados por pacientes com Transtorno do Pânico (TP) pode ter utilidade no entendimento e no tratamento desse transtorno. O objetivo deste trabalho é o de avaliar os mecanismos de defesa do ego, nos pacientes com TP, e sua associação com gravidade, resposta ao tratamento e alteração pós tratamento. Sessenta pacientes com TP e 31 controles participaram da primeira fase do trabalho. O Mini International Neuropsychiatric Interview foi usado para confirmar o diagnóstico de TP e estabelecer o diagnóstico de co-morbidades. A Impressão Clínica Global (CGI) foi usada para avaliar a gravidade do TP e o Defense Style Questionnaire (DSQ-40) foi usado para avaliar os mecanismos de defesa. Em uma segunda etapa, 33 pacientes com TP sintomáticos e 33 voluntários normais foram avaliados com os mesmos instrumentos, aplicados no início do estudo e após 16 semanas. Os pacientes receberam durante esse período tratamento farmacológico com sertralina. Ambos os estudos demonstraram que pacientes com TP utilizam mais defesas neuróticas e imaturas comparados ao grupo controle. Os pacientes com pânico grave (CGI>4) apresentaram maior co-morbidade com depressão atual e usaram mais defesas imaturas do que os pacientes com CGI< 4 (média=4.2 vs. 3.5; p<0.001). Após 4 meses de tratamento, houve diminuição no uso de defesas neuróticas (4.6 vs. 4.2; p=0.049) e imaturas (3.6 vs. 3.4 p=0.035) no grupo de pacientes. Pacientes que usavam mais defesas neuróticas e imaturas apresentaram pior resposta ao tratamento. Pacientes com TP usaram mais defesas mal-adaptativas quando comparados ao grupo controle, no basal e após 4 meses. O uso de defesas neuróticas e imaturas está associado à gravidade do TP e à pior resposta ao tratamento. Os mecanismos de defesa são, então, parte de uma maneira estável do indivíduo lidar com conflitos, mas também são influenciados pelo estado agudo da doença. / This study aims at evaluating the defense mechanisms most frequently used by Brazilian patients with panic disorder when compared to a control group as well as at examining the association between severity of disease and co morbidity and the use of specific defense mechanisms. Sixty panic disordered patients and thirty-one controls participated in the study. The Mini International Neuropsychiatric Interview was used to confirm the panic disorder diagnosis and to establish the co morbid diagnosis. The Clinical Global Impression (CGI) was used to assess severity and the Defensive Style Questionnaire (DSQ-40) was used to evaluate the defense mechanisms. Panic patients used more neurotic (mean=4.9 vs. 3.6; p<0,001) and immature (mean=3.9 vs. 2.8; p< 0,001) defenses as compared to controls. Panic patients with severe disease (n=37; CGI>4) had more depression co morbidity and used more immature defenses than patients with CGI<4 (n=23; mean=4.2 vs. 3.5; p<0.001). It was concluded that the Panic severity and depression co morbidity found in Brazilian panic disordered patients are associated with the use of maladaptive mechanisms, namely immature defenses.
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Efeitos da inibição por muscimol do núcleo dorsal da rafe, da matéria cinzenta periaquedutal dorsal e da amígdala basolateral sobre diferentes medidas de ansiedade / Effects of muscimol inhibition on raphe dorsal nuclei, basolateral amygdala and periaqueductal grey matter on different anxiety responses

Cintia Heloina Bueno 09 September 2002 (has links)
Tem sido proposto que vias serotonérgicas distintas originárias do núcleo dorsal da rafe (NDR) modulariam diferentes tipos de reações de defesa a estímulos aversivos. Deakin e Graeff (1991) propuseram que a ativação da via ascendente do NDR, que inerva a amígdala e o córtex frontal, facilitaria comportamentos defensivos aprendidos em resposta a perigo potencial ou distal, enquanto que a ativação da via periventricular, também originária no NDR e que inerva a matéria cinzenta periaquedutal dorsal (MCPD) inibiria reações de fuga e luta inatas em resposta a perigo proximal. No presente trabalho pretendeu-se explorar esta hipótese investigando o efeito da inibição do NDR, da MCPD e do núcleo amigdalóide basolateral, em ratos submetidos a dois modelos animais de ansiedade: o labirinto em T elevado (LTE) e o modelo de transição claro-escuro (MTCE). Os testes com o LTE incluíram uma variação metodológica: um dia antes do experimento, os animais foram pré-expostos por 30 minutos a um dos braços abertos do modelo. Tem sido demonstrado que a pré-exposição leva a uma diminuição do tempo gasto em atividade exploratória no braço aberto, assegurando que durante as medidas de fuga, os animais estão realmente fugindo do estímulo aversivo. No presente trabalho, a administração intra-NDR do agonista gabaérgico muscimol diminuiu as latências da esquiva inibitória (EI), efeito ansiolítico, e da fuga dos braços abertos do LTE, efeito ansiogênico. Além disso, o muscimol intra-NDR aumentou o tempo gasto no compartimento claro (TGCC) do MTCE, efeito ansiolítico. Por outro lado, a droga não apresentou efeito no modelo do labirinto em T fechado. Já a microinjeção de muscimol intra-MCPD aumentou a latência de fuga do braço aberto do LTE, efeito ansiolítico, não apresentando qualquer efeito na EI do labirinto em T elevado ou no MTCE. Finalmente, a administração de muscimol intra-amígdala basolateral prejudicou a esquiva inibitória do LTE e aumentou o TGCC do MTCE, efeitos ansiolíticos, sem alterar a fuga dos braços abertos. Em conjunto, os dados do presente trabalho corroboram alguns dos pressupostos da teoria do papel dual da 5-HT na ansiedade proposta por Deakin e Graeff (1991). É interessante salientar, ainda, a importância da pré-exposição sobre as medidas de fuga do braço aberto do LTE. / It has been proposed that distinct 5-HT pathways modulate different types of anxiety reaction to aversive stimuli. Deakin and Graeff (1991) proposed that the activation of the ascending dorsal raphe (DR)-5-HT pathways innervating the amygdala and frontal cortex would facilitate learned defensive behaviors in response to distal or potential threat, while activation of the DR-periventricular 5-HT pathways, which innervates the dorsal periaqueductal gray matter (DPAG) would inhibit innate flight or fight reactions in response to proximal threat. In an attempt to explore this hypothesis, we investigated the effects of reversible inhibition of the DRN, the DPAG and of the basolateral amygdala nucleus in rats exposed to 2 animal models of anxiety: the elevated T maze (ETM) and the light-dark model (LDM). An important methodological difference was included to the ETM tests. The animals were exposed for 30 minutes to one of the ETM open arms, 24 h before the tests. Pre-exposure seems to improve escape measurements in the ETM, assuring that during escape, animals are really escaping from the aversive threat and not simply ambling. In the present study, muscimol administered intra-DRN impaired both the avoidance, anxyolitic effect, and the escape task, anxyogenic effect, of the ETM and increased the time spent in the light compartment (TSLC) in the LDM, an anxyolitic effect. On the other hand, muscimol microinjected intra-DPAG enhanced escape latencies in the ETM, an anxyolitic effect, without altering inhibitory avoidance or LDM measurements. Finally, muscimol administered intra-basolateral amygdala impaired avoidance in the ETM and increased the TSLC in the LDM, revealing an anxyolitic effect in both tests, without altering the escape task. Taken together the obtained data seem to corroborate the dual role of 5-HT in anxiety, proposed by Deakin and Graeff (1991). At last, the importance of pre-exposure to the open arms of the LTE should be emphasized as a procedure capable of improving escape measurement.
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Avaliação da sobrecarga e do ambiente familiar de pacientes com transtorno de pânico

Silva, Tatiana Detzel da January 2013 (has links)
A presença de doença crônica pode ser determinante de sobrecarga familiar e interferir no ambiente. Por outro lado, os aspectos familiares podem contribuir como um fator protetor ou de risco na evolução da doença. Estudos têm avaliado a sobrecarga familiar em transtornos mentais maiores, como a esquizofrenia, mas ainda não há estudos que avaliem a sobrecarga e o ambiente familiar em relação ao transtorno de pânico (TP). O objetivo deste estudo foi comparar a sobrecarga e o ambiente de familiares de pacientes com TP e de familiares de pacientes com doenças clínicas. Também pretendeu verificar a relação da sobrecarga e do ambiente familiar com as características sociodemográficas dos familiares e com a gravidade do TP. Trata-se de um estudo transversal com familiares e pacientes com TP e familiares de pacientes com doenças clínicas, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabete melito tipo 2 (DM 2) e cardiopatias. A sobrecarga foi mensurada através do Family Burden Interview Schedule (FBIS-BR) e, para avaliar o ambiente familiar, foi utilizada a Family Environment Scale (FES). Para verificar a gravidade dos sintomas do TP, foi utilizada a Panic Disorder Severity Scale (PDSS). A pesquisa foi desenvolvida em ambulatório de hospital geral e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (nº 110109). Foram incluídos no grupo do TP 67 familiares com seus respectivos pacientes e 66 familiares de pacientes com doenças clínicas. Observou-se que existem diferenças significativas entre as características sociodemográficas dos grupos. Entre os familiares de pacientes com TP, predominam indivíduos do sexo masculino e com maior escolaridade do que no outro grupo. Em relação ao grau de parentesco, há um maior número de pais como familiares cuidadores de pacientes com TP e mais filhos(as) como cuidadores de pacientes com doença clínica. A sobrecarga objetiva “assistência à vida cotidiana”, “impacto nas rotinas diárias” e “geral” foi significativamente maior para familiares de pacientes com doenças clínicas (p=0,017; p=0,032 e p=0,024, respectivamente), enquanto a sobrecarga subjetiva “assistência na vida cotidiana” foi maior para familiares de pacientes com TP (p=0,025). O ambiente familiar foi diferente entre os grupos na dimensão “conflito”, sendo significativamente maior no grupo de familiares do TP. Após a análise multivariável com o Generalized Linear Models, permaneceu como variável independente de maior sobrecarga subjetiva quando o familiar é um dos pais em ambos os grupos (p=0,001). A sobrecarga objetiva manteve-se no grupo controle (p<0,05), sendo que a subescala “impacto nas rotinas diárias” e o escore geral permaneceram associados caso o familiar fosse um dos pais (p=0,017 e p=0,021, respectivamente). O ambiente na dimensão “conflito” foi maior quando o familiar era um dos pais (p=0,045) e a “organização” foi menor no grupo de familiares de pacientes com TP (p=0,034). Também foi analisado se pertencer a um dos grupos (controle ou do TP) e se o grau de parentesco determinava a sobrecarga familiar, porém não foi encontrada interação significativa. Observou-se correlação positiva significativa entre a gravidade do TP e sobrecarga familiar objetiva e subjetiva, que se manteve como variável independente após a análise multivariável. Os resultados indicaram que existem diferenças entre os grupos quanto à sobrecarga objetiva e subjetiva e que são determinadas pelo grau de parentesco, sendo maior principalmente quando o familiar é um dos pais. Os resultados também demonstraram queque a sobrecarga familiar está relacionada à gravidade dos sintomas do TP. Portanto, a avaliação de sobrecarga familiar pode ser útil no desenvolvimento de estratégias terapêuticas focadas na própria família e, assim, contribuir para melhorar os resultados dos pacientes. / The presence of chronic disease can be a determinant of family burden and impinge upon the family environment. On the other hand, family aspects can serve as a protective or risk factor in disease evolution. Studies have assessed the family burden associated with major mental disorders, such as schizophrenia, but there are no studies that assess the family burden and environment in relation to Panic Disorder (PD). The purpose of this study was to compare the burden and environment of family members of PD patients with family members of patients with clinical diseases. It also sought to examine the relationship between family burden and environment with the sociodemographic characteristics of family members and PD severity. This was a cross sectional study involving family members and PD patients and a control group of family members of patients with clinical diseases, such as systemic arterial hypertension (SAH), diabetes mellitus type 2 (DM2) or heart diseases. Burden was measured through the Family Burden Interview Schedule (FBIS-BR) and the family environment was assessed using the Family Environment Scale (FES). To check PD symptom severity, the Panic Disorder Severity Scale (PDSS) was used. The research was conducted in the general hospital outpatient clinic and approved by the Research Ethics Committee of Hospital de Clinicas de Porto Alegre (No. 110109). The groups were comprised of 67 family members with their respective PD patients and 66 family members of control group. It was noted that there are significant differences between the sociodemographic characteristics of the groups. The family members of PD patients are predominantly males with a higher level of education than the control group. As far as the parentage degree, there are a greater number of parents acting as family caregivers for PD patients and more sons or daughters as caregivers for patients with clinical diseases. The objective burden with respect to "assistance in everyday life", "impact on caregiver’s life " and "general" was significantly higher for family members of control group (p = .017; p = .032 and p = .024, respectively), whereas the subjective burden in terms of "assistance in everyday life" was higher for family members of patients with PD (p = .025). The family environment was different between the groups in regard to the "conflict" dimension, being significantly higher in the group of family members of PD patients. After the multivariate analysis using Generalized Linear Models, the independent variable with the highest subjective burden occurred when the family member is one of the parents regardless of the group (p = .001). The objective burden remained the same in the control group (p <.05), and the subscale of "impact on caregiver’s life" and overall score continued to be linked if the family member was one of the parents (p = .017 and p = .021, respectively). The "conflict" dimension of the environment was higher when the family member was one of the parents (p = .045) and "organization" was lower in the group of family members of PD patients (p = .034). It was also examined whether belonging to one of the groups (control or PD) and the parentage degree has a bearing on family burden, but no significant association was found. A significant positive correlation was noted between PD severity and objective and subjective family burden, which remained as an independent variable after the multivariate analysis. The results also demonstrated that family burden is related to PD symptom severity. Therefore, assessment of family burden may be useful in developing therapeutic strategies focused on family itself and thus contribute to improve patients outcomes.
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Avaliação da sobrecarga e do ambiente familiar de pacientes com transtorno de pânico

Silva, Tatiana Detzel da January 2013 (has links)
A presença de doença crônica pode ser determinante de sobrecarga familiar e interferir no ambiente. Por outro lado, os aspectos familiares podem contribuir como um fator protetor ou de risco na evolução da doença. Estudos têm avaliado a sobrecarga familiar em transtornos mentais maiores, como a esquizofrenia, mas ainda não há estudos que avaliem a sobrecarga e o ambiente familiar em relação ao transtorno de pânico (TP). O objetivo deste estudo foi comparar a sobrecarga e o ambiente de familiares de pacientes com TP e de familiares de pacientes com doenças clínicas. Também pretendeu verificar a relação da sobrecarga e do ambiente familiar com as características sociodemográficas dos familiares e com a gravidade do TP. Trata-se de um estudo transversal com familiares e pacientes com TP e familiares de pacientes com doenças clínicas, como hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabete melito tipo 2 (DM 2) e cardiopatias. A sobrecarga foi mensurada através do Family Burden Interview Schedule (FBIS-BR) e, para avaliar o ambiente familiar, foi utilizada a Family Environment Scale (FES). Para verificar a gravidade dos sintomas do TP, foi utilizada a Panic Disorder Severity Scale (PDSS). A pesquisa foi desenvolvida em ambulatório de hospital geral e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (nº 110109). Foram incluídos no grupo do TP 67 familiares com seus respectivos pacientes e 66 familiares de pacientes com doenças clínicas. Observou-se que existem diferenças significativas entre as características sociodemográficas dos grupos. Entre os familiares de pacientes com TP, predominam indivíduos do sexo masculino e com maior escolaridade do que no outro grupo. Em relação ao grau de parentesco, há um maior número de pais como familiares cuidadores de pacientes com TP e mais filhos(as) como cuidadores de pacientes com doença clínica. A sobrecarga objetiva “assistência à vida cotidiana”, “impacto nas rotinas diárias” e “geral” foi significativamente maior para familiares de pacientes com doenças clínicas (p=0,017; p=0,032 e p=0,024, respectivamente), enquanto a sobrecarga subjetiva “assistência na vida cotidiana” foi maior para familiares de pacientes com TP (p=0,025). O ambiente familiar foi diferente entre os grupos na dimensão “conflito”, sendo significativamente maior no grupo de familiares do TP. Após a análise multivariável com o Generalized Linear Models, permaneceu como variável independente de maior sobrecarga subjetiva quando o familiar é um dos pais em ambos os grupos (p=0,001). A sobrecarga objetiva manteve-se no grupo controle (p<0,05), sendo que a subescala “impacto nas rotinas diárias” e o escore geral permaneceram associados caso o familiar fosse um dos pais (p=0,017 e p=0,021, respectivamente). O ambiente na dimensão “conflito” foi maior quando o familiar era um dos pais (p=0,045) e a “organização” foi menor no grupo de familiares de pacientes com TP (p=0,034). Também foi analisado se pertencer a um dos grupos (controle ou do TP) e se o grau de parentesco determinava a sobrecarga familiar, porém não foi encontrada interação significativa. Observou-se correlação positiva significativa entre a gravidade do TP e sobrecarga familiar objetiva e subjetiva, que se manteve como variável independente após a análise multivariável. Os resultados indicaram que existem diferenças entre os grupos quanto à sobrecarga objetiva e subjetiva e que são determinadas pelo grau de parentesco, sendo maior principalmente quando o familiar é um dos pais. Os resultados também demonstraram queque a sobrecarga familiar está relacionada à gravidade dos sintomas do TP. Portanto, a avaliação de sobrecarga familiar pode ser útil no desenvolvimento de estratégias terapêuticas focadas na própria família e, assim, contribuir para melhorar os resultados dos pacientes. / The presence of chronic disease can be a determinant of family burden and impinge upon the family environment. On the other hand, family aspects can serve as a protective or risk factor in disease evolution. Studies have assessed the family burden associated with major mental disorders, such as schizophrenia, but there are no studies that assess the family burden and environment in relation to Panic Disorder (PD). The purpose of this study was to compare the burden and environment of family members of PD patients with family members of patients with clinical diseases. It also sought to examine the relationship between family burden and environment with the sociodemographic characteristics of family members and PD severity. This was a cross sectional study involving family members and PD patients and a control group of family members of patients with clinical diseases, such as systemic arterial hypertension (SAH), diabetes mellitus type 2 (DM2) or heart diseases. Burden was measured through the Family Burden Interview Schedule (FBIS-BR) and the family environment was assessed using the Family Environment Scale (FES). To check PD symptom severity, the Panic Disorder Severity Scale (PDSS) was used. The research was conducted in the general hospital outpatient clinic and approved by the Research Ethics Committee of Hospital de Clinicas de Porto Alegre (No. 110109). The groups were comprised of 67 family members with their respective PD patients and 66 family members of control group. It was noted that there are significant differences between the sociodemographic characteristics of the groups. The family members of PD patients are predominantly males with a higher level of education than the control group. As far as the parentage degree, there are a greater number of parents acting as family caregivers for PD patients and more sons or daughters as caregivers for patients with clinical diseases. The objective burden with respect to "assistance in everyday life", "impact on caregiver’s life " and "general" was significantly higher for family members of control group (p = .017; p = .032 and p = .024, respectively), whereas the subjective burden in terms of "assistance in everyday life" was higher for family members of patients with PD (p = .025). The family environment was different between the groups in regard to the "conflict" dimension, being significantly higher in the group of family members of PD patients. After the multivariate analysis using Generalized Linear Models, the independent variable with the highest subjective burden occurred when the family member is one of the parents regardless of the group (p = .001). The objective burden remained the same in the control group (p <.05), and the subscale of "impact on caregiver’s life" and overall score continued to be linked if the family member was one of the parents (p = .017 and p = .021, respectively). The "conflict" dimension of the environment was higher when the family member was one of the parents (p = .045) and "organization" was lower in the group of family members of PD patients (p = .034). It was also examined whether belonging to one of the groups (control or PD) and the parentage degree has a bearing on family burden, but no significant association was found. A significant positive correlation was noted between PD severity and objective and subjective family burden, which remained as an independent variable after the multivariate analysis. The results also demonstrated that family burden is related to PD symptom severity. Therefore, assessment of family burden may be useful in developing therapeutic strategies focused on family itself and thus contribute to improve patients outcomes.
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Avaliação de mecanismos de defesa em pacientes com transtorno do pânico, sua relação com gravidade, resposta ao tratamento e alteração pós tratamento

Kipper, Leticia da Cunha January 2003 (has links)
Os mecanismos de defesa representam uma dimensão importante da estrutura da personalidade e do funcionamento psicodinâmico, sendo uma das formas de medir como o indivíduo habitualmente responde aos estressores. O estudo dos mecanismos de defesa utilizados por pacientes com Transtorno do Pânico (TP) pode ter utilidade no entendimento e no tratamento desse transtorno. O objetivo deste trabalho é o de avaliar os mecanismos de defesa do ego, nos pacientes com TP, e sua associação com gravidade, resposta ao tratamento e alteração pós tratamento. Sessenta pacientes com TP e 31 controles participaram da primeira fase do trabalho. O Mini International Neuropsychiatric Interview foi usado para confirmar o diagnóstico de TP e estabelecer o diagnóstico de co-morbidades. A Impressão Clínica Global (CGI) foi usada para avaliar a gravidade do TP e o Defense Style Questionnaire (DSQ-40) foi usado para avaliar os mecanismos de defesa. Em uma segunda etapa, 33 pacientes com TP sintomáticos e 33 voluntários normais foram avaliados com os mesmos instrumentos, aplicados no início do estudo e após 16 semanas. Os pacientes receberam durante esse período tratamento farmacológico com sertralina. Ambos os estudos demonstraram que pacientes com TP utilizam mais defesas neuróticas e imaturas comparados ao grupo controle. Os pacientes com pânico grave (CGI>4) apresentaram maior co-morbidade com depressão atual e usaram mais defesas imaturas do que os pacientes com CGI< 4 (média=4.2 vs. 3.5; p<0.001). Após 4 meses de tratamento, houve diminuição no uso de defesas neuróticas (4.6 vs. 4.2; p=0.049) e imaturas (3.6 vs. 3.4 p=0.035) no grupo de pacientes. Pacientes que usavam mais defesas neuróticas e imaturas apresentaram pior resposta ao tratamento. Pacientes com TP usaram mais defesas mal-adaptativas quando comparados ao grupo controle, no basal e após 4 meses. O uso de defesas neuróticas e imaturas está associado à gravidade do TP e à pior resposta ao tratamento. Os mecanismos de defesa são, então, parte de uma maneira estável do indivíduo lidar com conflitos, mas também são influenciados pelo estado agudo da doença. / This study aims at evaluating the defense mechanisms most frequently used by Brazilian patients with panic disorder when compared to a control group as well as at examining the association between severity of disease and co morbidity and the use of specific defense mechanisms. Sixty panic disordered patients and thirty-one controls participated in the study. The Mini International Neuropsychiatric Interview was used to confirm the panic disorder diagnosis and to establish the co morbid diagnosis. The Clinical Global Impression (CGI) was used to assess severity and the Defensive Style Questionnaire (DSQ-40) was used to evaluate the defense mechanisms. Panic patients used more neurotic (mean=4.9 vs. 3.6; p<0,001) and immature (mean=3.9 vs. 2.8; p< 0,001) defenses as compared to controls. Panic patients with severe disease (n=37; CGI>4) had more depression co morbidity and used more immature defenses than patients with CGI<4 (n=23; mean=4.2 vs. 3.5; p<0.001). It was concluded that the Panic severity and depression co morbidity found in Brazilian panic disordered patients are associated with the use of maladaptive mechanisms, namely immature defenses.
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Transtorno de pânico subtipo respiratório e não respiratório: diferenças na avaliação ergoespirométrica e esquiva de atividade física / Panic disorder respiratory and non-respiratory subtype: differences exercise test in the evaluation and avoidance of physical activity

Ricardo Willian Muotri 16 August 2010 (has links)
INTRODUÇÃO: A busca por subtipos clínicos com melhor resposta terapêutica a tratamentos específicos levou à descrição do transtorno de pânico subtipo respiratório. A qualidade de vida de pacientes com transtorno de pânico (TP) é prejudicada devido a agorafobia, a mais freqüente das conseqüências do TP não tratado. Apesar de ser uma forma de esquiva, há poucos estudos sobre esquiva de atividade física e TP. OBJETIVO: Identificar se uma população com sintomas predominantemente respiratórios apresenta esquiva de atividade física e verificar as diferenças fisiológicas no exame clínico de ergoespirometria desta população, em comparação a pessoas sem transtorno de pânico e com transtorno de pânico subtipo não respiratório. MÉTODOS: Foram selecionados casos novos consecutivos registrados no Ambulatório de Ansiedade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, que apresentavam diagnóstico de transtorno de pânico. Foram submetidos a diferentes questionários e a um teste ergoespirométrico. Aqueles que preencheram os critérios de inclusão e sem os critérios de exclusão foram dispostos em três grupos: 1) grupo de participantes com transtorno de pânico respiratório (TPR), 2) grupo de participantes com transtorno de pânico não respiratório (TPNR) e 3) grupo de participantes sem diagnóstico psiquiátrico (C). RESULTADOS: 1) Observou-se uma proporção maior de mulheres (63,9%) e uma média de faixa etária de 34,14 anos. 2) Os grupos TPNR e TPR apresentam uma diferença na auto avaliação 3) Para qualidade de vida, o componente físico difere estatisticamente (p 0,001), nos dois grupos, TPNR e TPR em relação ao grupo controle (C). Entretanto entre os mesmos (TPNR e TPR) não houve diferenças, apresentando como médias +- desvio padrão (DP), de 64,94 +- 16,53 e 62,80 +- 17,89 respectivamente, (p = 0,906). 4) A maior diferença à esquiva de atividade física encontra-se entre o grupo C e os outros dois grupos: TPNR e TPR, (p 0,001) principalmente em relação ao medo de praticar exercícios. 5) Ocorreu um consumo máximo de oxigênio (VO2máx.), inferior nos grupos TPNR e TPR em relação ao grupo C, valores de VO2máx. são menores no grupo TPR em comparação ao grupo C, (p = 0,029), com médias +- DP, de 27,47 +- 4,08 e 32,13 +- 5,81 respectivamente, de acordo com o nível de aptidão funcional cardiorrespiratória e metabólica. CONCLUSÕES: Existem evidências da utilidade do conceito de TPR para caracterizar um subgrupo de pacientes com transtorno de pânico. Esquiva de atividade física parece não ser um fator determinante para os subtipos de TP, embora se apresente como característica fundamental nos pacientes com transtorno de pânico. Isto sugere a utilização do exercício como uma alternativa de tratamento ainda a ser estudada, como uma exposição terapêutica. Diferenças fisiológicas de VO2máx. no teste ergoespirométrico entre os grupos TPR e TPNR, não foram significativas, mas em relação a indivíduos sem transtorno de pânico, apresentaram resultados piores no consumo máximo de oxigênio, principalmente por uma questão comportamental de condicionamento ao medo, do que em relação a fisiopatologia do TP. Como uma hipótese: os valores mais baixos de VO2máx., apresentados pelo TPR em relação ao C, devem-se ao fato de um possível aumento do grau de sedentarismo apresentado em TPR, como decorrência do TP e pela má interpretação da escala de Borg utilizada como identificação subjetiva de esforço, determinante na conclusão do teste ergoespirométrico, porém estas conclusões devem ser melhores analisadas em um projeto futuro / INTRODUCTION: The search for subtypes with better therapeutic response to specific treatments led to the description of the respiratory panic disorder subtype. The quality of life of patients with panic disorder (PD) is impaired due to agoraphobia, the most frequent consequences of untreated PD. OBJECTIVE: Identify whether a population with mainly respiratory symptoms presents avoidance of physical activity and verify physiological differences in clinical examination of ergoespirometry in this population, in comparison with people who do not have panic disorder and people with non-respiratory panic disorder subtype. METHODS: patients selected consecutive new cases recorded in Anxiety Outpatient Department of Psychiatry Institute at Hospital das Clínicas from University of São Paulo School of Medicine, who presented a diagnosis of panic disorder. They answered to different questionnaires and underwent an ergoespirometric test. Those who met the inclusion criteria and no exclusion criteria were assigned to three groups: 1) group of participants with respiratory panic disorder (RPD), 2) group of participants with non-respiratory panic disorder (NRPD), and 3) group of participants with no psychiatry diagnosis (C). RESULTS: 1) A higher ratio of women was observed (63,9%) and mean age group of 34,14 years old. 2) NRPD and RPD presented a difference in self-evaluation. 3) As regards to quality of life, the physical component statistically differs (p 0,001) in both groups, NRPD and RPD relative to control group (C). However between these groups (NRPD and RPD) there been no differences at all, showing as averages +- standard deviation (SD) 64,94 +- 16,53 and 62,80 +- 17,89 respectively, (p = 0,906). 4) The higher difference in avoidance of physical activity was found among group C and the order two groups: NRPD and RPD, (p 0,001) mainly related to fear of practicing physical activity. 5) It was observed lower maximum oxygen uptake (VO2 máx.) in NRPD and RPD groups relative to group C, VO2 máx. Is lower in RPD group in comparison to group C, (p = 0,029), with averages +- SD 27,47 +- 4,08 and 32,13 +- 5,81 respectively, according to the level of metabolic and cardiorrespiratory performance status. CONCLUSIONS: There are evidences of the utility of RPD concept to characterize a subgroup of patients with panic disorder. Avoidance of physical activity does not seen a determining factor to PD subtypes, although it is presented as an essential characteristic in panic disorder patients. This suggests the use of physical activity as a treatment alternative to be studied, as a therapeutic exposition. Physiological differences in VO2 máx during ergoespirometric test between RPD e NRPD groups were not significant, but as regards to individuals with no panic disorder, they presented worse results in maximum oxygen uptake mainly due to a behavioral reason of being conditioned to fear, rather than PD physiopathology. As a hypothesis: lower VO2 máx values observed in RPD, arising from PD and from misinterpretation of Borg scale, which is subjectively used to identify the effort, and is a determining factor to obtain a conclusion of ergoespirometric test, however such conclusions must be further analyzed in a future project
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Etiological Beliefs about Illness in Panic Disorder: Relationship with Baseline Demographic and Clinical Characteristics and Impact on Treatment Response

El Amiri, Sawsane January 2017 (has links)
Purpose: The relation between the causal attributions of individuals with panic disorder (PD) and their health outcomes remains relatively unexplored. Therefore we examined 1) the relationship between participants’ etiological beliefs about PD and baseline demographic and clinical characteristics and 2) whether participants’ etiological beliefs about PD predicted compliance, clinical response, and side effect profiles with the treatments they were assigned. Method: The study included 251 participants. A series of multiple linear regressions were used to evaluate the relationship between participants’ causal attributions, measured by the Etiological Model Questionnaire, and their baseline characteristics. To determine whether these beliefs predicted treatment outcome, logistic and linear regressions were conducted. Results: Our results revealed that participants with a family history of psychiatric illnesses were more likely to endorse biological etiological beliefs whereas those with a younger age, comorbid psychiatric disorders, and a history of suicide attempts were more likely to attribute their illness to psychological causes. Participants experiencing impairment in family life endorsed both psychological and environmental causal beliefs, while those reporting higher fear of body sensations and agoraphobic cognitions were more likely to attribute their illness to biological and psychological causes. With regards to treatment outcome, results indicated that participants who endorsed psychological and environmental etiological beliefs experienced more severe symptoms 12 weeks following treatment; irrespective of the type of treatment they received. Implications: The consideration of individuals’ causal attributions might help health-care professionals better assist clients by communicating a more balanced perspective of the causes of PD and deliver interventions that are in line with clients’ individual beliefs.
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[en] DPAG ELETRICAL STIMULATION EFFECT IN DEFENSE BEHAVIORS: IN THE ROSTRAL ANTERIOR CINGULATED CORTEX PARTICIPATION AND IN CARIOCA HIGH-FREEZING AND LOW-FREEZING BREEDING LINES / [pt] EFEITO DA ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA DA MCPD EM COMPORTAMENTOS DE DEFESA: PARTICIPAÇÃO DO CÓRTEX CINGULADO ANTERIOR ROSTRAL E NAS LINHAGENS CARIOCA ALTO E BAIXO CONGELAMENTO

06 February 2013 (has links)
[pt] A matéria cinzenta periaquedutal dorsal (MCPD) é associada com comportamento defensivo e ataques de pânico em humanos. Estimulações elétricas da MCPD induzem a um repertório de defesa: o congelamento pré fuga, reação de fuga e congelamento pós fuga. Evidências já apresentadas suportam a hipótese que enquanto o congelamento pré fuga seria um modelo de ataque de pânico o congelamento pós fuga seria um modelo de transtorno de pânico. Os resultados no experimento 1 indicaram que as duas linhagens de animais selecionadas para alto (Carioca alto congelamento) e baixo (Carioca baixo congelamento) congelamento em resposta ao contexto associado com choque nas patas, demonstraram que embora a ansiedade antecipatória possa exercer um efeito inibitório na expressão do congelamento pré fuga e na reação de fuga, pode por sua vez facilitar o congelamento pós fuga. No experimento 2, o efeito de lesões eletrolíticas no Córtex Cingulado Anterior Rostral não alteraram o congelamento pré fuga e a reação de fuga, porém as mesmas exercem um efeito inibitório no congelamento pós fuga demonstrando que os tipos de congelamento no medo incondicionado são mediados por circuitarias de defesa independentes. No experimento 3, o efeito de lesões eletrolíticas no Córtex Cingulado Anterior Rostral (CCAr) aumentou a sensibilidade a dor (comportamento recuperativo) de animais submetidos ao teste de formalina no paradigma de analgesia condicionada demonstrando a importância do CCAr na modulação da circuitaria de dor. / [en] The dorsal portion of the periaqueductal Gray (DPAG) is notably associated with defensive behavior and panic attacks in humans. Electrical stimulation of the DPAG induces a repertoire of defense: dPAG-evoked freezing, escape reaction and dPAG post-stimulation freezing. Past evidence support the hypothesis that whereas dPAG-evoked freezing would serve as model of panic attack, the dPAG post-stimulation freezing appears to be a model of panic disorder. The experiment 1 used two lines of animals selectively bred for high (Carioca High-Freezing) and low (Carioca Low-Freezing) freezing in response to contextual cues associated with footshock. The results suggest that although anticipatory anxiety might exert an inhibitory effect on the dPAG-evoked freezing and escape reaction, it might also facilitate the dPAG post-stimulation freezing. The experiment 2 studied the effect of electrolytic lesions on rostral anterior cingulated cortex (rACC). The results of electrolytic lesions on rACC suggest that although rACC lesions did not change the dPAG-evoked freezing and escape threshold, it might exert an inhibitory effect on the dPAG post-stimulation freezing, reinforcing the hypothesis that dPAG-evoked freezing and dPAG post- stimulation freezing are modulated by two independent circuitry of defense. The experiment 3 studied pain sensibility of rACC lesioned animals submitted to formalin test on conditioned analgesia paradigm. The results suggest that rACC lesions might exert an inhibitory effect on conditioned analgesia and consequently exacerbates recuperative behavior. The results also support the hypothesis of the rule of rACC on pain modulation.

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