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Morfologias urbanas do medo: a materialização da (in) segurança em bairros nobres do RecifeMaria da Cruz, Luciana 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / Este trabalho propõe discutir como o medo causado pela crescente violência tem sido um
fator relevante na estruturação do espaço urbano, através da privatização da segurança e da
proliferação dos aparatos de proteção residencial. Trata-se de um problema que atinge as
diversas camadas da população, no entanto, se torna mais evidente em bairros que abrigam
populações de média e alta renda, por serem o público alvo dos serviços privados. As
mudanças materiais alteram também as ações sociais e a cidade fragmenta-se em espaços
constantemente vigiados e espaços estigmatizados como inseguros, estes últimos, geralmente,
abrigam populações de baixa renda, trazendo a tona velhos mitos e preconceitos. No Brasil
esse fenômeno é agravado por uma profunda desigualdade social, fator gerador de uma
violência estrutural excludente, que aliado a fatores de ordem político-econômico-cultural
instaura um novo padrão de convívio sócio-espacial. Ergue-se muros visíveis e invisíveis que
tornam ainda mais evidentes a desigual configuração sócio-territorial das cidades brasileiras.
A cidade do Recife, conhecida como uma cidade violenta, materializa em sua paisagem o
medo da população. Tudo é justificável em nome da segurança: as grades, as câmeras, a
intolerância, etc. Os altos índices de criminalidade e a falta de confiança na segurança pública
reforçam esse discurso favorecendo assim o crescimento do setor privado da segurança. E
enquanto trava-se uma verdadeira guerra contra a criminalidade e a violência de um modo
geral, o medo desta permanece imbatível comandando as ações sociais e a construção das
habitações fortificadas e dos espaços de exclusão
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Os descaminhos das águas no Recife : os canais, os moradores e a gestãoCARVALHO, Luiz Eugênio Pereira January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / Contribuindo para o debate sobre o desenvolvimento urbano do Recife, o
principal objetivo deste trabalho é compreender as formas de agir dos moradores
e da gestão pública na construção / transformação do espaço urbano recifense,
por meio das mudanças ocorridas na rede de drenagem da cidade.
Para alcançar tal objetivo, este estudo foi centrado na análise de três
variáveis: os canais da planície, os moradores de áreas pobres às margens
desses canais e a gestão e o planejamento da cidade em relação à drenagem
urbana.
Ressaltando a necessidade da visão integral da realidade da cidade, adotase
como categoria de análise o Espaço Geográfico, a partir do conceito proposto
por Milton Santos, o qual ressalta as relações mantidas entre os sistemas de
objetos e os sistemas de ações.
Opta-se, assim, pela visão sistêmica de funcionamento do complexo urbano
para analisar a inter-relação entre as variáveis escolhidas e não concluir com três
estudos isolados, ou seja, busca-se evidenciar a interdependência dos processos
que formam a cidade, não apenas os naturais da dinâmica das águas, ou somente
os sociais, políticos e econômicos das pessoas e da gestão. O método sistêmico
passa a contribuir para a elucidação dos problemas urbano-ambientais
exatamente por essa condição de conexidade entre os vários processos.
Ao considerar a gestão como agente do sistema urbano, busca-se a
apreensão e debate sobre as diversas técnicas mantidas e que marcam a
configuração dos canais do Recife, da mesma forma que as ações cotidianas dos moradores, especialmente aqueles das margens dos canais, são parte do
processo que interfere na drenagem da metrópole pernambucana.
Para aprofundar a análise, fez-se necessário delimitar uma área (com
pobres e às margens de canais), onde foram ouvidos os moradores. As
comunidades do Canal do Arruda, do Canal de Campo Grande, do Capilé e do
Jacarezinho, dentro do Perímetro da ZEIS Campo Grande, na Zona Norte do
Recife, foram dividas em três tipologias em relação aos canais: a) moradores do
leito do canal; b) moradores separados do canal por uma via ocupada, e c)
moradores de via urbanizada marginal ao canal. A comparação das falas desses
moradores mostra se há diferenças nas ações mantidas nas áreas já beneficiadas
por melhorias urbanísticas de drenagem e naquelas que aguardam tais melhorias.
A partir disso, são feitas reflexões sobre o trato da drenagem no Recife.
Mais que isso, é colocado o desafio para o planejamento urbano de compreender
a importância da qualidade do sistema de drenagem para o desenvolvimento da
cidade e para a melhoria das condições de vida de muitos citadinos socialmente
excluídos
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Cidade vermelha: a experiência democrática no pós-Estado Novo Recife, 1945-1955de Oliveira Gominho, Zélia 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Esta tese se baseia no estudo de variadas fontes históricas e obras bibliográficas para
falar da experiência democrática no Recife no intervalo de tempo entre o fim do Estado Novo,
1945, até a conquista da autonomia do município em 1955; todavia, ressalta a imprensa como
uma das fontes privilegiadas. Nesse percurso, localizamos a experiência democrática em
diversas instancias, mais especificamente: na cultura, na política, no trabalho e no cotidiano.
Este esforço foi subdividido em quatro capítulos: o primeiro trata da modernidade, a moda,
novas tecnologias e novos lazeres em meio a tradições culturais; a presença norte-americana;
modos de democratização de acesso a bens culturais e a percepção do ser democrático na
sensibilidade em relação ao outro, particularmente a mulher. O segundo capítulo estuda a
liberdade de expressão, tão cara à democracia: a imprensa e seus publicistas, o movimento
partidário e feminino, a charge e a propaganda são os pontos destacados. O terceiro capítulo
se refere à movimentação sóciopolítica no Recife em campanha pela democracia, contra a
ditadura e a favor de grupos partidários: estudantes, trabalhadores e comunistas. No quarto e
último capítulo tratamos do Recife Comunista e Base Militar, da Câmara Municipal do Recife
enfrentando as problemáticas urbanas, bem como sua luta pela autonomia
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É mais uma scena da escravidão : suicídios de escravos na cidade do Recife, 1850-1888David do Amaral Canario, Ezequiel 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / O presente trabalho tem como objetivo realizar a observação de alguns aspectos do
sistema escravista recifense da segunda metade do século XIX através das práticas e das
representações relativas ao suicídio de escravos na cidade do Recife. Artigos e notícias de
jornais, os registros de autoridades policiais locais e a observação de algumas obras literárias
do romantismo brasileiro foram algumas das fontes documentais levantadas e avaliadas em
nosso trabalho. Em nosso estudo abordamos as formas como o suicídio foi compreendido na
tradição judaico-cristã ocidental, entre alguns grupos africanos e na sociedade recifense
oitocentista. Procuramos apresentar como o encontro de diferentes grupos e as mudanças
sociais, econômicas e políticas no mundo ocidental e no Brasil do XIX possibilitaram a
formação de outras maneiras de perceber e representar a morte no Recife da segunda metade
do XIX. Ao estudarmos o suicídio de escravos nessa cidade, estamos não só contribuindo para
o estudo da escravidão no Recife oitocentista, mas também estamos ampliando os estudos
sobre a questão da morte voluntária em suas diversas abordagens (histórica, filosófica,
médica, social, psicológico, criminal, econômica entre outros).
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Turberculose em idosos no Recife - uma contribuição para o programa de controledo Rego Cavalcanti, Zilda January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / Introdução: com o envelhecimento ocorre uma deficiência na imunidade celular,
aumentando a susceptibilidade à tuberculose, ocorrendo mais dificuldade de diagnóstico, de
manuseio do tratamento e maior morbi-mortalidade.
Objetivo: descrever as características (demográficas, hábitos de vida, socioeconômicas,
clínico-epidemiológicas e de acesso aos serviços de saúde) dos idosos com tuberculose
diagnosticados e tratados no Recife e compará-las com os adultos jovens em mesmas
condições.
Método: Utilizou-se uma estratégia de análise do tipo caso-controle em uma coorte de
pacientes com tuberculose atendidos nas unidades de saúde pública do Recife no período de
maio de 2001 a julho de 2003.
Resultados: foram incluídos no estudo 1127 pacientes, 136 idosos (casos) e 991 adultos
jovens (controles). Nos dois grupos o sexo mais prevalente foi o masculino e a forma da
doença a pulmonar. O etilismo foi mais freqüente entre os controles e o analfabetismo entre
os casos. Os idosos queixaram-se de menos tosse, sudorese e dor torácica. A sorologia
para HIV só foi realizada em 29 pacientes (2,6%) . Os controles tiveram maior percentual de
positividade nos exames de baciloscopia e cultura. Ambos os grupos tiveram que procurar
mais de dois serviços de saúde e levaram mais de dois meses até o diagnóstico da doença.
Os idosos tiveram maiores índices de cura e óbito, e abandonaram menos o tratamento.
Conclusão: Na população estudada os idosos apresentaram menos tosse, sudorese noturna e
dor torácica; menor positividade de exames complementares e maior mortalidade devendo
se constituir em grupo com abordagem especial dos serviços de saúde pública
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Entre o Tibre e o Capibaribe: os limites do progressismo católico na Arquidiocese de Olinda e RecifeVicente da Silva, Severino January 2003 (has links)
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Previous issue date: 2003 / Nas páginas que se seguem estão contidos resultados de estudos sobre a arquidiocese de Olinda e Recife entre os anos de 1950 e 1990, período marcado por uma atuação ostensiva da arquidiocese no campo da política e na implementação de práticas ditas da Igreja Progressista. Buscamos demonstrar que o progressismo vivido naquele período pelos católicos não alcançou a diocese na sua totalidade, mas ficou restrito a pequenos grupos e, por tal razão, não pode ter continuidade. Nesse trabalho defendemos a idéia de que o conservadorismo da diocese é próprio da sua formação e que a presença de Dom Hélder Câmara, coincidindo com certas circunstâncias históricas, deram a impressão de ter, a arquidiocese, uma tradição progressista
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Inventário dos feitos modernizantes na cidade do Recife (1969-1975): sobre mediações históricas e litrárias entre a história recente do Recife, o romance : A rainha dos cárceres da Grécia, de Osman LinsManuel Domingues do Nascimento, Luís January 2004 (has links)
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Previous issue date: 2004 / A nossa investigação e reflexão histórica têm como ponto de partida o
estudo da área central do Recife, o epicentro da Região Metropolitana do Recife,
a partir do qual podemos averiguar, entre 1969 e 1975, como a cidade foi
modernizada para se integrar de forma cabal aos padrões de uma sociedade de
consumo e industrial, que para tanto promoveu um reordenamento urbano no seu
centro, uma urbanização viária, a instalação de novos equipamentos urbanos e a
remodelação de suas paisagens, arquitetadas através de ações instituídas e
constituídas pelos poderes públicos, associados ao capital havido por novas
oportunidades de negócios e aliados as classes sociais mais abastadas da cidade
com interesses numa mobilidade territorial eficaz num tempo hábil, a partir de
uma política assentada num aparelho de Estado de feições autoritárias,
tecnocráticas e de uma racionalização instrumental da sociedade, impondo sobre
as classes subalternas os custos dessa modernização.
Mas, também, como estas reagiram e como Osman Lins, através do
romance A rainha dos cárceres da Grécia, desvela, analisa e crítica essa
modernização e dá voz e vez aos sonhos, projetos, experiências de vida, história
e dramas dessas classes sociais deserdadas pela modernização brasileira.
Partindo desta relação entre história/literatura e das mediações sociais e
políticas entre as classes sociais, podemos, também, averiguar a produção de
formas e modos de vida distintos na sociedade, a agregação de paradigmas à
esfera cultural, a redefinição da relação com a memória e a história e a
contigüidade com a reserva de consciência critica da sociedade
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O castelo de Alecrim: intelectuais no Recife, em 21 de abril de 1960BARBOSA, Lúcia Falcão January 2005 (has links)
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Previous issue date: 2005 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O ideário nacional desenvolvimentista permeia a década de 50 e, no dia 21 de abril
de 1960, tem o seu evento-síntese que é a fundação de Brasília. Neste período, no Recife,
alguns intelectuais e artistas formam uma confraria heterogênea, engajada em movimentos
políticos e/ou culturais. Ela representa a emergência de uma parcela social independente do
poder e da dominação econômica, manifestação da qual depende a consolidação de uma
esfera pública. Este trabalho pretende pôr em discussão a prática social desses intelectuais
a partir da análise de três personagens da literatura produzida por autores presentes na cena
cultural da cidade do Recife: Deodato, sacerdote cristão da obra Os Caminhos da
Solidão , de Hermilo Borba Filho; Cheiroso, dono de um teatro de mamulengos da obra
A Pena e a Lei , de Ariano Suassuna e Celina, professora da obra O Visitante , de
Osman Lins. Eles servirão como três tipos-ideais a partir dos quais serão analisadas
algumas cosmovisões delineadoras de projetos de cidadania que, no Recife pré-golpe,
tentam resolver a equação incerta da República Moderna: defender o bem comum numa
sociedade cuja prioridade é a realização de interesses privados
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Tio Sam dançando frevo : a presença estadunidense nos periódicos do Recife (1937 a 1942)Lins de Andrade, Emanuelle 31 January 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010 / Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / Durante o Estado Novo, a aproximação do governo ora com os Estados Unidos ora com a Alemanha criava espaço para a mídia expor suas antipatias e simpatias em relação aos dois maiores parceiros econômicos do Brasil. Em 1942, contudo, esse cenário é modificado. O alinhamento do Brasil para com os EUA e o rompimento das relações com o eixo impôs uma unicidade na maneira como os norte-americanos deveriam ser retratados: como amigos e aliados. Três dos mais importantes jornais do Recife, durante a administração Vargas, o jornal Diário de Pernambuco, o Jornal do Commercio, e a Folha da Manhã, retrataram a partir de 1942 os Estados Unidos de maneira positiva, porém alguns dentre esses jornais apresentaram um posicionamento diverso nos anos anteriores. O objetivo desse trabalho é a compreensão dos diferentes modos como os EUA foram representados pelos jornais do Recife e os interesses que cercavam os grupos responsáveis por suas linhas editoriais
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"Quem gosta de samba, bom pernambucano não é?" 1955-1972)SILVA, Augusto Neves da 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Faculdade de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco / As escolas de samba estão presentes nos festejos momescos recifenses há muitos anos,
provavelmente, datam da década de 1930. No entanto, durante o período de 1955 a 1972,
foram consideradas práticas condenadas por parte dos intelectuais por estarem, segundo
salientavam, associadas a um fenômeno pertencente ao Rio de Janeiro. Os sambistas, por sua
vez, imersos numa complexa rede de poder, lutavam pelo direito de significar sua prática
cultural. Nesse contexto, o presente trabalho se propõe a analisar e interpretar quais os
motivos que levaram parcela significativa dos intelectuais atuantes na cidade do Recife a
condenarem a presença das escolas de samba em seu carnaval entre os anos de 1955 a 1972,
observando os começos dessas manifestações culturais na cidade e como os sambistas
portavam-se diante desse cenário de condenação. Para tanto, elegi para esta pesquisa fontes
como as matérias de jornais que circulavam na capital pernambucana e os relatos orais de
memória. Os jornais da cidade, durante o carnaval, estavam repletos de notícias sobre os
embates travados entre os defensores do frevo como o ritmo da terra , e os sambistas,
entendidos por alguns intelectuais como pertencentes a uma cultura externa , alienígena e
deformante da tradição carnavalesca local . Já os relatos de memória de alguns sambistas
permitiram-me compreender como estes indivíduos vivenciavam aquelas experiências e
significavam sua prática. Sendo assim, analiso neste trabalho o posicionamento dos
intelectuais sobre a participação das escolas de samba no carnaval da cidade e interpreto o
movimento dos sambistas para garantir o acesso do público a sua prática cultural, bem como a
defesa de sua música e história
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