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[fr] DIEU ET L´ÊTRE HUMAIN: RIVALITÉ OU SOLIDARITÉ? / [pt] DEUS E O SER HUMANO: RIVALIDADE OU COMPANHEIRISMO?CARLOS HENRIQUE MENDITTI 23 January 2004 (has links)
[pt] José Saramago, escritor português, em O Evangelho Segundo
Jesus Cristo apresenta a idéia de rivalidade entre Deus e o
ser humano. Jesus, concebido como humano até na
pecabilidade, é descaracterizado em sua humanidade como
pessoa, devido à supressão de sua liberdade e à
desvalorização de sua vida por Deus. O humano Jesus é
conduzido por Deus forçosamente à morte na cruz. Como filho
de Deus, Jesus é obrigado a assumir uma missão contra a sua
vontade: fazer-se reconhecer em sua filiação divina e morrer
crucificado como tal para que Deus possa se tornar um deus
universal (católico). Deus é apresentado como um poder
tirânico preocupado somente com seus interesses. A relação
entre Deus e Jesus é conflituosa. É uma relação de
interesses opostos; uma relação entre senhor e escravo.
Andrés Torres Queiruga, ao contrário do autor português,
preocupa-se, em sua reflexão teológica, em romper o mal-
entendido que, desde o início da modernidade, levou Deus a
ser percebido como rival do ser humano. Para ele, Deus é
afirmação da pessoa humana, pois seu interesse maior é a
realização do humano. As idéias de criação por amor e de
Deus como antimal procuram confirmar essa intuição. A
teologia de Andrés Torres Queiruga nos possibilita
responder a acusação fundamental de José Saramago a
respeito da desumanização que Deus engendra no ser humano.
A relação entre Deus e Jesus inventada por José Saramago
carece de sentido diante do fundamento da teologia de
Torres Queiruga e de toda a fé cristã, a saber, a relação
entre Jesus e Deus da revelação bíblico-cristã. O Jesus
bíblico, ao contrário do Jesus fictício, faz uma
experiência humanizante de Deus, pois percebe que Deus é
Abbá de amor infinito. A verdade apontada por Torres
Queiruga é a de que Deus se preocupa fundamentalmente não
consigo mesmo, mas com a pessoa humana e com sua
realização. Deus é o nosso grande companheiro. / [fr] Dans O Evangelho Segundo Jesus Cristo, José Saramago,
écrivain potuguais, donne lidée dune rivalité entre Dieu et
lêtre humain. Jésus y est présenté comme humain jusque dans
la propension au péché. En tant que personne, il en vient à
perdre les caractéristiques de son humanité dans la mesure
ou il se voit privé de son livre arbitre et où sa vie perd
toute valeur aux yeux de Dieu. L homme Jésus est
obligatoirement conduit par Dieu à mourir sur la croix.
Comme fils de Dieu, Jésus est obligé d assumer une mission
contre sa volonté: faire reconnaître sa filiation divine et
mourir crucificié comme tel pour que Dieu puisse devenir un
dieu universel (catholique). Dieu est représenté dote dun
pouvoir tyrannique préoccupé seulement de ses seuls
interêts. La relation entre Dieu et Jésus est conflictive.
Il sagit dune relation d´interêts opposés, une relation
entre seigneur et esclave. Andrés Torres Queiruga, dans sa
réflexion théologique, cherche à démonter le mal-entendu,
qui depuis les débuts de la modernité, conduit a percevoir
Dieu comme rival de lêtre humain. Pour lui, Dieu est
laffirmation de la personne humaine, car son plus grand
interêt cest justement la réalisation de lhumain. Les idées
de création pour amour et de Dieu comme Anti-mal cherchent
à confirmer cette intuition. La théologie de A. Torres
Queiruga nous donne la possibilité de répondre à
laccusation fondamentale de José Saramago au sujet de la
déshumanisation que Dieu cause à lêtre humain. La relation
entre Dieu et Jésus inventée par José Saramago perd son
sens devant les fondements de la théologie de A.Torres
Queiruga et de toute la foi chrétienne, à savoir, la
relation entre Jésus et Dieu de la révélation biblique
chrétienne. Le Jésus biblique, au contraire du Jésus
fictif, fait lexpérience humanisante de Dieu, car il
perçoit que Dieu est Père Abbá, amour infini. La vérité
observée par A.Torres Queiruga est d´un Dieu qui se
préoccupe fondamentalement, non pas de lui-même, mais de la
personne humaine et de sa réalisation. Dieu est notre grand
compagnon.
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[fr] LA LIBERTÉ CHRÉTIENNE CHEZ SAINT AUGUSTIN ET JUAN LUIS SEGUNDO: CONFRONTATION ENTRE DEUX CONCEPTIONS DE LA LIBERTÉ ET LEURS IMPLICATIONS DANS LA VIE CHRÉTIENNE DE NOS JOURS / [pt] A LIBERDADE CRISTÃ EM SANTO AGOSTINHO E JUAN LUIS SEGUNDO: CONFRONTO ENTRE DUAS VISÕES DA LIBERDADE E SUAS IMPLICAÇÕES PARA A VIDA CRISTÃ NOS DIAS DE HOJEMARCO ANTONIO GUSMAO BONELLI 22 September 2008 (has links)
[pt] O objetivo desta tese é fazer uma análise comparativa entre
as concepções da liberdade presentes nos pensamentos
teológicos de santo Agostinho e Juan Luis Segundo. Ao
abordar esse tema, Agostinho o relaciona com a necessidade
de superar o pecado, com o auxílio da graça divina
estimulando o livre arbítrio. Já Juan Luis
Segundo enfatiza as mediações históricas, sociais,
políticas e culturais, necessárias para a vivência da
liberdade. Em sua opinião, é através da interação com estas
mediações, que o ser humano constrói a si mesmo como ser
livre, num diálogo sincero consigo mesmo e com Deus. Por
isso, é oportuno estudar comparativamente as obras desses
autores, pois os resultados da pesquisa poderão oferecer
orientações muito úteis para a vivência da fé cristã nos
dias de hoje. / [fr] Le but de cette thèse est de faire une analyse comparative
entre les
conceptions de la liberté qui se présentent dans la pensée
théologique de s. Augustin
et dans celle de Juan Luis Segundo. En analysant ce thème,
Augustin en fait un
rapport au besoin de dépasser le péché, à l`aide de la
grâce de Dieu en stimulant le
libre arbitre. D`autre part, J. L. Segundo s`appuye sur les
médiations historiques,
sociales, politiques et culturales nécessaire pour que l`on
puisse vivre la liberté. À
son avis, c`est à travers l`interaction avec ces médiations
que l`être humain, luimême,
se costruit comme un être libre, en pratiquant un dialogue
sincère avec lui
memme et avec Dieu. C`est pour ça que c`est opportun
d`étudier les ouvrages de ces
auteurs en les comparant, puisque les résultats de la
recherche pourront offrir des
orientations très utiles à l`expérience quotidienne de la
foi chrétienne dans nos jours.
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[fr] CRISTIANISME EN DIALOGUE AVEC L´ATHÉISME: LES CRITIQUES DE L´ATHÉISME HUMANISTE, SES INTERPELLATIONS ET LE FONDEMENT DE LA FOI CHRÉTIENNE COMME AFFIRMATION ET DÉVELOPPEMENT INTÉGRAL DE L´HUMAIN / [pt] CRISTIANISMO EM DIÁLOGO COM O ATEÍSMO: AS CRÍTICAS DO ATEÍSMO HUMANISTA, SUAS INTERPELAÇÕES E A FUNDAMENTAÇÃO DA FÉ CRISTÃ COMO AFIRMAÇÃO E DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DO HUMANOCARLOS HENRIQUE MENDITTI 11 February 2010 (has links)
[pt] Tem surgido, atualmente, uma literatura ateísta que procura rechaçar as
religiões monoteístas, especialmente o cristianismo, por considerá-las como
obstáculo à afirmação do ser humano e ao seu desenvolvimento. Esta literatura, ao
seguir o legado do ateísmo humanista de Feuerbach e dos mestres da suspeita
(Karl Marx, Friedrich Nietzsche e Sigmund Freud), pretende ser uma negação
sistemática e militante da religião e do Deus Pessoal em nome de um suposto
humanismo. Levando em conta esse fenômeno cultural, esta pesquisa doutoral
procura estabelecer um diálogo respeitoso entre o cristianismo e o ateísmo. Ela,
além de expor a crítica que o pensamento ateu, de ontem como o de hoje, elabora
contra a fé cristã, acolhe essa crítica como interpelação ao cristianismo hodierno.
Ademais, busca fundamentar, a partir da reflexão teológica de três autores
contemporâneos (Andrés Torres Queiruga, Jon Sobrino e Carlos Domínguez
Morano), a plausibilidade do cristianismo como afirmação do humano e como
possibilidade de humanização dos homens e mulheres cristãos. Chega à conclusão
de que a experiência cristã, resguardando fidelidade ao seu núcleo originário
(Jesus de Nazaré), se apresenta como uma proposta e um caminho de
humanização mais significativo que a proposta de humanismo do ateísmo. / [fr] Nous constatons qu´aujourd´hui apparaît une littérature athée qui cherche à
s´opposer aux religions monothéistes, et tout spécialement au christianisme, en
voulant démontrer qu´elles sont un obstacle à l´affirmation de l´être humain et à
son développement. Cette littérature qui accompagne l´héritage de l´athéisme
humaniste de Feuerbach et des maîtres du soupçon (Karl Marx, Friedrich
Nietzsche et Sigmund Freud), prétend nier systématiquement et de façon militante
la religion et un Dieu Personnel au nom d´un supposé humanisme. Prenant en
compte ce phénomène culturel, cette thèse de doctorat cherche à établir un
dialogue respectueux entre le christianisme et l´athéisme. Cette recherche, en plus
d´exposer la critique que la pensée athée élabore, hier comme aujourd´hui, contre
la foi chrétienne, elle accueille cette critique comme une interpellation au
christianisme d´aujourd´hui. Elle cherche aussi à fonder, à partir de la réflexion
théologique de trois auteurs contemporains (Andrés Torres Queiruga, Jon Sobrino
e Carlos Domínguez Morano), la possibilitée pour le christianisme d´être une
affirmation de l´humain et la possibilitée d´humanisation des chrétiens, hommes
et femmes. Nous en arrivons à la concluson que l´expérience chrétienne, fidèle à
son noyau originel (Jesus de Nazaré), se présente comme proposition et chemin
d´humanisation bien plus significatif que la proposition humaniste de l´athéisme.
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[fr] CORPS E SACREMENT: L´IMPORTANCE DU CORPS POUR LA THÉOLOGIE SACRAMENTELLE. / [pt] CORPO E SACRAMENTO: A RELEVÂNCIA DO CORPO NA TEOLOGIA SACRAMENTALMARCELO CHELLES MORAES 25 August 2005 (has links)
[pt] Por forte influência filosófica do pensamento platônico,
não se pode
esconder que o desprezo do corpo assinalou uma parte do
pensamento cristão.
Esta mentalidade impregnou fortemente o passado, mas, até
os dias de hoje,
encontra ressonância em novas formas religiosas. No mundo
moderno, o dualismo
entre alma e corpo reencontrou a sua expressão mais clara
em Descartes, com o
cogito, ergo sum. Na pós-modernidade, o extremo oposto se
apresenta, com a
valorização inadequada do corpo, gerando um novo dualismo.
Dentro de nossa
pesquisa tratamos da sacramentalidade, com toda força de
sua expressão
simbólica que eficazmente comunica a graça, desgarrando-
nos de qualquer visão
extremista - seja aquela trazida pelo dualismo platônico,
que valoriza a alma e
despreza o corpo; seja a da pós-modernidade, que torna o
corpo objeto - Na
linguagem bíblica, o homem que sustentamos, criado por
Deus, não é um ser
dividido, esfacelado, dualista, mas é um ser completo, com
unidade indivisível de
corpo animado, de totalidade, em condição corpórea. Nosso
papel ao longo deste
trabalho foi exatamente estabelecer o lugar do corpo
dentro do contexto teológicosacramental.
Os sacramentos, que são realidades temporais e
espirituais, são sinais
visíveis da graça invisível. Portanto, o corpo guarda sua
validade para a teologia
sacramental e não pode ser desprezado, como propunha o
dualismo, nem
instrumentalizado -perdendo sua função simbólica- como
propõe a pósmodernidade.
Nesta dissertação, visamos resgatar e valorizar a
corporeidade
sacramental, para que ele - o corpo - seja visto na sua
linguagem simbólica e
comunicativa. O principal sistema que a justifica e é a
razão da corporeidade
sacramental é o próprio caminho utilizado por Deus: a
encarnação, que respeitou
nossa condição espiritual-corpórea. Jesus é o sacramento
do Pai, é a imagem
visível do Deus invisível; assim, através da corporeidade,
o Verbo, que assumiu a
nossa carne, nos falou no passado, e através da
visibilidade dos símbolos
sacramentais nos fala no presente. / [fr] On ne peut pas masquer qu`une partie de la pensée chrétienne, en vertu de
la forte influence philosophique de la pensée platonicienne, a été marquée par le
mépris du corps. Cette mentalité impregna fortemente le passé, mais, jusqu
aujourd hui, elle a des resonances dans les nouvelles expressions religieuses. Dans
le monde moderne, la dualité âme/corps a retrouvé chez Descartes son expression
la plus évidente, avec le cogito ergo sum. Dans la post-modernité l extrême
contraire se présente, avec la valorisation inadéquate du corps, ce qui engendre un
nouveau dualisme. Dans notre recherche, nous traitons la sacramentalité avec
toute la force de son expression symbolique, qui communique efficacement la
grâce, en nous écartant de toute conception extrême - soit celle née du dualisme
platonicien, qui valorise l`âme et méprise le corps; soit celle de la post-modernité,
qui fait du corps un objet. Dans le langage biblique, l`homme, selon notre thèse,
créé par Dieu, n est pas un être dépiécé, dualiste, mais complet possédant une
unité indivisible de corps animé, une totalité, dans une condition corporelle. Notre
fonction tout le long de ce travail a été précisément d établir le lieu du corps dans
le contexte théologico-sacramentel. Les sacrements, qui sont des réalités
temporelles et spirituelles, sont des signes visibles de la grâce invisible. Ainsi, le
corps garde sa validité par rapport à la théologie sacramentelle et il ne peut pas
être méprisé, comme proposait le dualisme, ni instrumentalisé - en perdant sa
fonction symbolique - comme veut la post-modernité. Dans cette dissertation,
nous avons eu comme but de racheter et valoriser la corporalité sacramentelle,
pour que le corps soit compris dans son langage symbolique et communicatif. Le
principal système qui justifie et qui est la raison même de la corporalité
sacramentelle, c`est la voie dont Dieu lui-même s`est servi: l`Incarnation, qui a
respecté notre condition spirituelle-corporelle. Jésus est le sacrément du Père, il
est l`image visible du Dieu invisible; par la corporalité donc, le Verbe, qui a pris
notre chair, nous a parlé dans le passé; et il nous parle encore aujourd hui par
l intermédiaire des symboles sacramentaux.
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