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[pt] A METAFÍSICA DA LINGUAGEM NO DE MAGISTRO DE SANTO AGOSTINHO / [fr] LA MÉTAPHYSIQUE DU LANGAGE DANS DE MAGISTRO DE SAINT AGUSTINALEX CAMPOS FURTADO 16 August 2005 (has links)
[pt] O De Magistro se afigura não somente no interior da
história da filosofia,
como também na história da lingüística como uma obra de
fundamental relevância ao
menos no que concerne a sua originalidade. A brevidade do
diálogo constitui em
detrimento de uma obra filosófico-teológica vasta, um
importante alicerce para a
edificação da doutrina posterior de Agostinho. Algumas de
suas intuições mais
fundamentais como, por exemplo: o mestre interior, irá
reaparecer repetidas vezes
no percurso de suas obras. Para elucidar a questão da
metafísica da linguagem foi
necessário percorrer toda uma trajetória de pesquisar
primeiro o próprio livro em suas
nuances argumentativas, pois como o De Magistro é um
diálogo entre Agostinho e
seu filho Adeodato apresenta uma dificuldade pelo seu
movimento dialético. Foi
necessário fazer um levantamento das fontes agostinianas
no intuito de
aprofundarmos melhor no pensamento do santo as reais
influências destas fontes.
Assim, as questões pertinentes ao De Magistro de como a
transmissão de
conhecimento entre mestre e o discípulo são ineficientes e
que a função do signo
lingüístico somente é o de advertir e admoestar fazendo
com que o discípulo encontre
a verdade nele mesmo conduzem ao que Agostinho propõe de
que somente Cristo
ensina verdadeiramente o homem em seu interior, isto é,
Cristo ilumina o interior do
homem. / [fr] Le De Magistro ne figure pas seulement à l´intérieur de l
´histoire da la philosophie
mais aussi dans l´histoire de la linguistique comme une
oeuvre d´ importance
fondamentale au moins en ce qui concerne son originalité.
La brièveté du dialogue
constitue, au détriment d´une oeuvre philosophique-
théologique vaste, une base
importante pour l´édification de la doctrine posterieure
de Saint Augustin. Quelques
unes de ses intuitions plus fondamentales comme, par
exemple : « le maitre
intérieur », reapparaitront plusieures fois au cours de
ses oeuvres. Pour élucider la
question de la métaphysique du langage, nous avons
recherché d´abord le livre même
dans ses nuances argumentatives, car comme le De Magistro
est un dialogue entre
Augustin et son fils Adeodate, il présente une difficulté
par son mouvement
dialectique. Il a fallu faire un rélèvement des sources
augustiniennes avec l´objectif
de mieux nous aprofondir dans la pensée du saint, pour
mesurer les réelles influences
de celles-ci. De cette forme, les questions pertinentes au
De Magistro, comme la
transmission de connaissance entre maitre et élève, sont
innéficientes et la fonction
du signe linguistique n´est que d´ avertir et admonester,
en amenant le discliple à
chercher la vérité en lui, Agustin propose, en se basant
sur les Saintes Écritures, que
seulement le Christ enseigne véritablement à l´homme dans
son intérieur, c´est à dire,
le Christ illumine l´intérieur de l´homme.
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[fr] BERGSON ET LA MÉTAPHYSIQUE DU MOUVANT / [pt] BERGSON E A METAFÍSICA DO MOVENTEYASMIN LEONARDOS HADDAD 21 August 2017 (has links)
[pt] A compreensão de um tempo puro, independente dos moldes do espaço, é o principal problema investigado pela filosofia de Henri Bergson. Para chegar à realidade da duração, a investigação encontra diversos obstáculos criados pela posição de falsos problemas, sendo o principal deles a confusão comum entre tempo e espaço. Uma das consequências desta compreensão de tempo é a formulação de que a
realidade é mudança constante, fluxo contínuo. A partir dessa tese, tentaremos abordar a possibilidade de conhecimento de um real cuja característica central é mudar. Em uma tentativa de reverter esses falsos problemas, principalmente por meio da crítica de ilusões causadas pelo senso comum, tentaremos demonstrar como é possível uma compreensão do tempo em cada uma de suas dimensões - presente,
passado e por vir - na medida em que a sua realidade é uma continuidade dessas três dimensões. As três ilusões que investigaremos são: a ilusão da simultaneidade, a ilusão de uma localização física da lembrança e a ilusão da causalidade. Nossa hipótese interpretativa é a de que na compreensão de cada uma dessas ilusões e em contraponto a elas, torna-se possível acessar a realidade do presente, do passado e do por vir, respectivamente, e formular uma metafísica do movente que é o fundamento de um conhecimento verdadeiro acerca da realidade do tempo. / [fr] La compréhension du temps pur et indépendant de l espace est le principal problème investigué dans la philosophie d Henri Bergson. Pour rejoindre la réalité de la durée, l investigation rencontre des obstacles divers crées par la position de faux problèmes, dont le principal est celui de la confusion entre temps et espace. Une des conséquences de cette compréhension du temps est la formulation que la réalité est le
changement constant, flux continu. En partant de cette thèse, nous essayerons de comprendre la possibilité d une connaissance du réel dont la caractéristique centrale est le changement continu. En une tentative de reposer ces faux problèmes, principalement par la critique à des illusions causées par le sens commun, nous essayerons de démontrer comment une compréhension du temps pur est possible en
chacune de ses dimensions - présent, passé et avenir - dans la mesure où sa réalité est une continuité entre ces trois dimensions. Les trois illusions que nous proposons d investiguer sont la l illusion de la simultanéité, l illusion d une localisation physique du souvenir et l illusion de la causalité. Notre hypothèse interprétative est que dans la compréhension de chacune de ces illusions et en s opposant à elles,
l accès à la réalité du présent, du passé et de l avenir, respectivement, devient possible, ainsi que la formulation d une métaphysique du mouvant qui est le fondement d une connaissance vraie sur la réalité du temps.
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[fr] LA FORME DE LA MÉTAPHYSIQUE: SUR L HISTOIRE DANS L OEUVRE DU DERNIER HEIDEGGER / [pt] A FORMA DA METAFÍSICA: SOBRE A HISTÓRIA NA OBRA TARDIA DE HEIDEGGERMARIA MANOELLA BEAKLINI BAFFA 24 March 2006 (has links)
[pt] Em 1927, Heidegger dedica um dos capítulos finais de Ser e
tempo a mostrar
o nexo entre a sua exposição do problema da historicidade
e as pesquisas de
Wilhelm Dilthey. O capítulo consiste numa série de
citações de trechos da
correspondência entre Dilthey e um certo Conde Yorck, em
que as cartas citadas,
curiosamente, são apenas as deste último. O que Heidegger
encontra nessas cartas é a
afirmação de que o pensamento histórico tradicional se
atém, com imensa força, a
determinações puramente oculares. O que ele descobre na
crítica do Conde Yorck à
tradição da historiografia é que o figurável, o imagético,
o esteticamente
construído, literalmente, o espetacular, são o objeto
historicamente privilegiado da
reflexão - histórica ou filosófica - sobre a história.
Cerca de trinta anos mais tarde, é
Heidegger quem escreve uma carta a Ernst Jünger, dizendo
que em seu livro O
Trabalhador Jünger teria dado à forma um estatuto sagrado.
No intervalo, o projeto
de fundamentar existencialmente a historiografia foi
abandonado e Heidegger passa a
interrogar o que se decide na história do Ocidente sob o
nome de metafísica. Nessa
nova posição, vemos se elaborar a perspectiva de que uma
cumplicidade bi-milenar
entre a forma, a idéa e o ser mobiliza o pensar e o fazer
ocidentais. Heidegger
confiará então a Jünger que a forma é potência metafísica.
A tese parte dessas duas
indicações principais para pensar o que está em jogo nessa
potência ocular que
Heidegger identifica na (e à) história da tradição. Em
seguida, ela coloca a questão
sobre o sentido e a possibilidade de uma superação do
recurso metafísico à imagem. / [fr] En 1927, Heidegger consacre l’un des derniers chapitres de Etre et temps à
exposer le lien entre ses propres développements concernant le problème de
l’historicité et les investigations menées par Wilhelm Dilthey sur ce même sujet. Le
chapitre se compose d’une suite de citations de passages de la correspondance entre
Dilthey et son ami le Comte Yorck von Wartenburg, mais les lettres reprises par
Heidegger ne sont que celles du Comte Yorck. Il y reconnaît l`affirmation que la
pensée historique traditionnelle s`attache encore de façon profonde à des
déterminations purement oculaires. Ce que Heidegger découvre dans la critique
du Comte Yorck à la tradition de l’historiographie, c`est l`idée que le figuratif,
l’imaginable, l`esthétiquement construit, ou littéralement le spectaculaire sont des
objets historiquement privilégiés par la réflexion - historique ou philosophique - sur
l`histoire. Presque trente ans plus tard, c’est encore dans le contexte d`un échange
épistolaire que nous verrons s`élaborer sous la plume de Heidegger une critique au
privilège de la figure. Dans une lettre alors adressée à Ernst Jünger, il reprochera à
son interlocuteur d`avoir conféré à la forme un statut sacré . Entre-temps, le projet
annoncé dans Être et temps de fonder l`historiographie sur une compréhension propre
de l’existence a été abandonné. Il s`agit alors d`interroger la portée de cette tradition
que Heidegger désignera du nom de métaphysique. A la base de cette nouvelle
position, c’est une complicité fondamentale entre la forme, l`idée et l`être qu`il
s`efforcera de montrer, laquelle aurait mobilisé la pensée occidentale depuis deux
millénaires. Heidegger le confiera à Jünger : la forme est puissance métaphysique.
La thèse partira de ces deux indications principales pour penser ce qui est en cause
dans cette puissance oculaire que, depuis les années vingt, Heidegger semble
identifier à l`histoire de l`Occident. Ensuite nous poserons la question sur le sens et la
possibilité d`un dépassement du recours métaphysique à l`image.
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