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[pt] A MORTE NA ERA DA TÉCNICA: REFLEXÕES A PARTIR DA FILOSOFIA DE MARTIN HEIDEGGER / [en] THE DEATH IN THE AGE OF TECHNOLOGY: REFLECTIONS INSPIRED BY THE PHILOSOPHY OF MARTIN HEIDEGGER

MATHEUS FERREIRA DE BARROS 19 December 2018 (has links)
[pt] A morte e o morrer no mundo contemporâneo parecem se encontrar em um estado sem precedentes na história do ocidente. Esse estado é caracterizado pela chamada tecnologização da morte, conforme apontam alguns autores tratados na dissertação. Dado esse cenário, o objetivo do presente trabalho é investigar a morte no mundo contemporâneo, utilizando como chave de leitura elementos do pensamento do filósofo alemão Martin Heidegger. Ao tomar como base a chamada segunda fase da obra heideggeriana e outros pensadores, será possível: 1) oferecer uma caracterização histórica da morte no Ocidente, para que possa ser entendido como a atual situação se consolidou, e colocar os seus principais traços; 2) investigar a chamada hegemonia tecnocientífica, problematizando e salientando suas principais características e implicações no mundo contemporâneo; e 3) avaliar as possíveis alternativas que restariam ao homem nesse cenário de domínio tecnológico sobre a morte. / [en] Death and dying in the contemporary world seem to be in an unprecedented condition in the history of the West. This condition is characterized by the so-called technologization of death, as some authors considered in this text have pointed out. Given this scenario, the purpose of the present study is to investigate death in the contemporary world, through the thinking of the German philosopher Martin Heidegger as a key reading. Considering the second phase of Heidegger s work and the thought of other thinkers, it will be possible to: 1) offer a historical characterization of death in the West, so that how the current situation has been consolidated it can be understood, and highlight its main features; 2) investigate the so-called technoscientific hegemony, problematizing and emphasizing its main characteristics and implications in the contemporary world; and 3) evaluate the possible alternatives that would remain to man in this setting of technological domain over death.
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[fr] LA FORME DE LA MÉTAPHYSIQUE: SUR L HISTOIRE DANS L OEUVRE DU DERNIER HEIDEGGER / [pt] A FORMA DA METAFÍSICA: SOBRE A HISTÓRIA NA OBRA TARDIA DE HEIDEGGER

MARIA MANOELLA BEAKLINI BAFFA 24 March 2006 (has links)
[pt] Em 1927, Heidegger dedica um dos capítulos finais de Ser e tempo a mostrar o nexo entre a sua exposição do problema da historicidade e as pesquisas de Wilhelm Dilthey. O capítulo consiste numa série de citações de trechos da correspondência entre Dilthey e um certo Conde Yorck, em que as cartas citadas, curiosamente, são apenas as deste último. O que Heidegger encontra nessas cartas é a afirmação de que o pensamento histórico tradicional se atém, com imensa força, a determinações puramente oculares. O que ele descobre na crítica do Conde Yorck à tradição da historiografia é que o figurável, o imagético, o esteticamente construído, literalmente, o espetacular, são o objeto historicamente privilegiado da reflexão - histórica ou filosófica - sobre a história. Cerca de trinta anos mais tarde, é Heidegger quem escreve uma carta a Ernst Jünger, dizendo que em seu livro O Trabalhador Jünger teria dado à forma um estatuto sagrado. No intervalo, o projeto de fundamentar existencialmente a historiografia foi abandonado e Heidegger passa a interrogar o que se decide na história do Ocidente sob o nome de metafísica. Nessa nova posição, vemos se elaborar a perspectiva de que uma cumplicidade bi-milenar entre a forma, a idéa e o ser mobiliza o pensar e o fazer ocidentais. Heidegger confiará então a Jünger que a forma é potência metafísica. A tese parte dessas duas indicações principais para pensar o que está em jogo nessa potência ocular que Heidegger identifica na (e à) história da tradição. Em seguida, ela coloca a questão sobre o sentido e a possibilidade de uma superação do recurso metafísico à imagem. / [fr] En 1927, Heidegger consacre l’un des derniers chapitres de Etre et temps à exposer le lien entre ses propres développements concernant le problème de l’historicité et les investigations menées par Wilhelm Dilthey sur ce même sujet. Le chapitre se compose d’une suite de citations de passages de la correspondance entre Dilthey et son ami le Comte Yorck von Wartenburg, mais les lettres reprises par Heidegger ne sont que celles du Comte Yorck. Il y reconnaît l`affirmation que la pensée historique traditionnelle s`attache encore de façon profonde à des déterminations purement oculaires. Ce que Heidegger découvre dans la critique du Comte Yorck à la tradition de l’historiographie, c`est l`idée que le figuratif, l’imaginable, l`esthétiquement construit, ou littéralement le spectaculaire sont des objets historiquement privilégiés par la réflexion - historique ou philosophique - sur l`histoire. Presque trente ans plus tard, c’est encore dans le contexte d`un échange épistolaire que nous verrons s`élaborer sous la plume de Heidegger une critique au privilège de la figure. Dans une lettre alors adressée à Ernst Jünger, il reprochera à son interlocuteur d`avoir conféré à la forme un statut sacré . Entre-temps, le projet annoncé dans Être et temps de fonder l`historiographie sur une compréhension propre de l’existence a été abandonné. Il s`agit alors d`interroger la portée de cette tradition que Heidegger désignera du nom de métaphysique. A la base de cette nouvelle position, c’est une complicité fondamentale entre la forme, l`idée et l`être qu`il s`efforcera de montrer, laquelle aurait mobilisé la pensée occidentale depuis deux millénaires. Heidegger le confiera à Jünger : la forme est puissance métaphysique. La thèse partira de ces deux indications principales pour penser ce qui est en cause dans cette puissance oculaire que, depuis les années vingt, Heidegger semble identifier à l`histoire de l`Occident. Ensuite nous poserons la question sur le sens et la possibilité d`un dépassement du recours métaphysique à l`image.
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[pt] RE-PENSAR O HUMANO A PARTIR DE HEIDEGGER E DERRIDA / [en] RETHINKING THE HUMAN FROM HEIDEGGER AND DERRIDA

DEBORA GILL FERNANDES 06 June 2017 (has links)
[pt] Esta pesquisa tem como objetivo re-pensar o humano por meio da leitura de dois grandes pensadores, tendo em vista a existência do Dasein humano em Martin Heidegger e do rastro em Jacques Derrida. Repensar o humano se torna fundamental, na medida em que ele foi e é tomado como algo determinado ou determinável, como uma unidade que pode ser encontrada em sua essência e definida a partir de características específicas. Este modo de pensar e tomar o dito humano aparecem em diversos discursos sejam eles filosóficos, psicológicos ou do senso comum. O que resulta daí é uma relação com este suposto humano a partir de determinações pré-definidas, muitas vezes coisificadas, enclausuradas, tomadas como óbvias e, dessa forma, inquestionadas. Martin Heidegger foi um pensador de grande importância para repensar o humano, destruindo as bases que sustentavam as determinações deste e abrindo espaço para compreender outro modo de se relacionar com ele. A destruição metafísica do humano aparece em uma de suas obras capitais Ser e tempo (1927) a partir da analítica existencial do Dasein. Analítica esta fundamental para pensarmos o modo como Heidegger passa a re-pensar o humano e o lugar deste Dasein humano no início de seu pensamento. Em seguida, este Dasein humano será apresentado em obras mais tardias, onde Heidegger aborda o tema do humanismo de modo mais direto e apresenta a relação deste re-pensar junto à psicoterapia em seminários de Zollikon. Posteriormente a partir de uma desconstrução derridiana tentaremos abordar os limites desta destruição heideggeriana do humano, apontando alguns elementos de suma importância no pensamento de Jacques Derrida para que possamos alargar estes limites, re-marcando-os e transbordando-os. As obras utilizadas nesta passagem da pesquisa serão textos em que Derrida dialoga mais diretamente com Heidegger e aponta e acena para estas marcas e suas re-marcas. Por fim, será apresentado o re-pensar e o re-marcar o humano a partir de leituras derridianas em que o autor tangencia e responde às demandas e chamados de um quem, um quem humano, um quem, talvez, derridiano. Tais remarcas terão como objetivo acenar para um re-pensar o humano a partir do rastro (Trace), fazendo tremer as supostas relações em jogo deste humano na filosofia, nas ciências humanas, na experiência diária e na psicoterapia. / [en] This research aims to re-think the human being through the reading of two major philosophers, thinking the Dasein s existence in Martin Heidegger and the trace in Jacques Derrida. Rethinking the human becomes fundamental once he was understood as something determined or determinable, as an unit that can be found in his essence and defined by specific characteristics. This way to think and understand the so called human appears in different speeches whether they are philosophical, psychological or from the common sense. Resulting in a relation with this so-called human within pre-defined determinations, often objectified, closed and taken as an obvious fact and, thus, unquestioned. Martin Heidegger was an important philosopher to the rethinking of the human on destroying the basis underlaying human determinations, making way to understand another approach on how to relate to him. The metaphysical destruction of this human appears in one of his capital works Being and Time (1927) and from the existential analytic of Dasein. This analytic is paramount to think how Heidegger starts to re-think the human and the place of this human Dasein at the beginning of his thought. Subsequently, this human Dasein will be presented in his later works, where Heidegger approaches the humanism theme more directly and presents the relation of this re-thinking with the psychotherapy in the Zollikon seminars. Furthermore, we will try to approach the limits of this heideggerian destruction of the human from a derridian deconstruction, pointing out some important elements from the thought of Jacques Derrida to be able to extend this limits, re-marking them and overflowing them. The texts used at this point of the research will be the ones in which Derrida dialogues more directly with Heidegger. Pointing out these marks and their re-marks. Finally, the human rethinking and re-marking will be presented from derridian readings, in which the author tangents and responds to the demands and calls of a who, a human who, a who, maybe derridian. These remarks will aim to re-think the human from the trace, shaking this human s supposed relations, at stake in philosophy, in human sciences, in everyday experiences also in psychotherapy.

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