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[en] MARGINS: BETWEEN THE HUMAN AND THE ANIMAL / [pt] MARGENS: ENTRE O HUMANO E O ANIMALLUANA COUTO CAMPOS 29 June 2018 (has links)
[pt] Essa pesquisa aborda a produção dos espaços do Humano e do Animal. O objetivo é percebê-los como zonas de regulação e distribuição de corpos, operadas, especialmente, a partir da noção de sujeito. No primeiro capítulo, busca-se pela desnaturalização desses espaços desde uma reflexão acerca de suas referências mais incorpóreas. Questiona-se os discursos que operam por meio da oposição entre ambos, recorrendo-se, para isso, a uma dimensão biológica fechada em si mesma, à qual se comunica uma subjetividade consciente. O segundo capítulo fará uma retomada dessas questões, ampliando-as através de uma abordagem sobre o corpóreo; uma vez delineado por diferentes modos de afecção (corpóreos e incorpóreos), reputa-se o corpo a um terreno de inconstância e transitoriedade. Nesse ponto, os debates da ética animal e do direito dos animais são confrontados, porquanto perpetuam subjetividades que remontam à identidade biológica do Humano. Por fim, o terceiro capítulo apresenta um deslocamento à oposição Humano-Animal a partir da noção de máquina, de uma subjetividade maquínica atravessada, tanto pela constituição de esferas homogeneizadas entre si - o Humano e o Animal, quanto pela sua desestabilização, o que é possibilitado pela hibridização solicitada em meio a fluxos de diferença. É quando se dá a passagem de uma análise de cunho mais epistemológico, para outro com uma feição mais política. Toda essa reflexão é conduzida pelo referencial filosófico de Jacques Derrida, sobretudo em razão da filosofia da diferença que seu pensamento anuncia. Em Derrida, a diferença é notada como um movimento e não um atributo em si. / [en] This work approaches the production of the Human and the Animal spaces. The goal is to understand those as zones of regulation and distribution of bodies, operated, especially, by the notion of subject. The first chapter presents the necessity of denaturalization of these spaces, starting with a reflection about some incorporeal references. The discourses that operate through the opposition between the Human and the Animal are questioned, as they call to a closed biological dimension in itself, to which a conscious subjectivity communicates. The second chapter will retake these questions, broadening them through an approach on the corporeal; once delineated by different modes of affection (corporeal and incorporeal kinds), the body is considered to be a land of inconstancy and transience. At this point, the debates of animal ethics and animal rights are confronted because they perpetuate subjectivities that go back to a biological Human identity. Finally, the third chapter presents a shift to the Human-Animal opposition from the notion of machine, of a machinic subjectivity crossed, both by the constitution of homogenized spheres between each other - Human and Animal, as well as their destabilization, which is made possible by the hybridization requested in the flows of difference. It is when the epistemological analysis acquire a political aesthetics. All this reflection is led by the philosophical reference of Jacques Derrida, mainly because of the philosophy of difference that his thought announces. In Derrida, difference is perceived as a movement, not an attribute in itself.
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[pt] RE-PENSAR O HUMANO A PARTIR DE HEIDEGGER E DERRIDA / [en] RETHINKING THE HUMAN FROM HEIDEGGER AND DERRIDADEBORA GILL FERNANDES 06 June 2017 (has links)
[pt] Esta pesquisa tem como objetivo re-pensar o humano por meio da leitura de dois grandes pensadores, tendo em vista a existência do Dasein humano em Martin Heidegger e do rastro em Jacques Derrida. Repensar o humano se torna fundamental, na medida em que ele foi e é tomado como algo determinado ou determinável, como uma unidade que pode ser encontrada em sua essência e definida a partir de características específicas. Este modo de pensar e tomar o dito humano aparecem em diversos discursos sejam eles filosóficos, psicológicos ou do senso comum. O que resulta daí é uma relação com este suposto humano a partir de determinações pré-definidas, muitas vezes coisificadas, enclausuradas, tomadas como óbvias e, dessa forma, inquestionadas. Martin Heidegger foi um pensador de grande importância para repensar o humano, destruindo as bases que sustentavam as determinações deste e abrindo espaço para compreender outro modo de se relacionar com ele. A destruição metafísica do humano aparece em uma de suas obras capitais Ser e tempo (1927) a partir da analítica existencial do Dasein. Analítica esta fundamental para pensarmos o modo como Heidegger passa a re-pensar o humano e o lugar deste Dasein humano no início de seu pensamento. Em seguida, este Dasein humano será apresentado em obras mais tardias, onde Heidegger aborda o tema do humanismo de modo mais direto e apresenta a relação deste re-pensar junto à psicoterapia em seminários de Zollikon. Posteriormente a partir de uma desconstrução derridiana tentaremos
abordar os limites desta destruição heideggeriana do humano, apontando alguns elementos de suma importância no pensamento de Jacques Derrida para que possamos alargar estes limites, re-marcando-os e transbordando-os. As obras utilizadas nesta passagem da pesquisa serão textos em que Derrida dialoga mais
diretamente com Heidegger e aponta e acena para estas marcas e suas re-marcas. Por fim, será apresentado o re-pensar e o re-marcar o humano a partir de leituras derridianas em que o autor tangencia e responde às demandas e chamados de um quem, um quem humano, um quem, talvez, derridiano. Tais remarcas terão como objetivo acenar para um re-pensar o humano a partir do rastro (Trace), fazendo tremer as supostas relações em jogo deste humano na filosofia, nas ciências humanas, na experiência diária e na psicoterapia. / [en] This research aims to re-think the human being through the reading of two major philosophers, thinking the Dasein s existence in Martin Heidegger and the trace in Jacques Derrida. Rethinking the human becomes fundamental once he was understood as something determined or determinable, as an unit that can be found in his essence and defined by specific characteristics. This way to think and understand the so called human appears in different speeches whether they are philosophical, psychological or from the common sense. Resulting in a relation with this so-called human within pre-defined determinations, often objectified,
closed and taken as an obvious fact and, thus, unquestioned. Martin Heidegger was an important philosopher to the rethinking of the human on destroying the basis underlaying human determinations, making way to understand another approach on how to relate to him. The metaphysical destruction of this human appears in one of his capital works Being and Time (1927) and from the existential analytic of Dasein. This analytic is paramount to think how Heidegger starts to re-think the human and the place of this human Dasein at the beginning of his thought. Subsequently, this human Dasein will be presented in his later works, where Heidegger approaches the humanism theme more directly and presents the relation of this re-thinking with the psychotherapy in the Zollikon seminars. Furthermore, we will try to approach the limits of this heideggerian destruction of the human from a derridian deconstruction, pointing out some important elements from the thought of Jacques Derrida to be able to extend this limits, re-marking them and overflowing them. The texts used at this point of the research will be the ones in which Derrida dialogues more directly with Heidegger. Pointing out these marks and their re-marks. Finally, the human rethinking and re-marking will be presented from derridian readings, in which the author tangents and responds to the demands and calls of a who, a human who, a who, maybe derridian. These remarks will aim to re-think the human from the trace, shaking this human s supposed relations, at stake in philosophy, in human sciences, in everyday experiences also in psychotherapy.
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[es] UNA O VARIAS PIELES: SOBRE EL CUERPO INACABADO / [pt] UMA OU VÁRIAS PELES: SOBRE O CORPO INACABADOFELIPE WIRCKER MACHADO 27 August 2014 (has links)
[pt] Nesta dissertação, busca-se pensar a noção de inumano em suas implicações com o poder instituído e instituinte de formas de vida humanas a partir de duas vertentes: a questão do animal e as questões de gênero e sexualidade, apontando que estas são indissociáveis daquelas, ou de uma problematização do humanismo e da noção de humano. Percorre-se, para isso, um grupo heterogêneo de registros, dando ênfase ao cruzamento entre realizações estéticas e críticofilosóficas. A partir do filme A pele que habito, de Pedro Almodóvar, e de alguns trabalhos da artista plástica Louise Bourgeois são destacadas as questões a serem trabalhadas ao longo da pesquisa. A questão do inumano ergue-se do texto O intruso, de Jean-Luc Nancy, para pensar esta noção não mais como par opositivo do humano. Acerca da fronteira entre humano e animal, propõe-se um encontro, não desprovido de tensões, entre textos de Jacques Derrida, Giorgio Agamben, e Gilles Deleuze e Félix Guattari. A sexualidade é abordada a partir do cruzamento entre ensaios fotográficos contemporâneos e textos teórico-críticos relativos a gênero e sexualidade, questionando o entendimento do corpo como algo fechado, fixado ao rigor dos binarismos de classificações identitárias, para privilegiar, a partir da potência de corpos não conformes a tais categorias, uma noção de corpo como algo inacabado, aberto às possibilidades de outros modos de vida, espaço potente de desmonte da norma heterossexual. / [es] En esta tesis, se busca pensar la noción de inhumano en sus relaciones con el poder establecido y establecedor de formas de vida humanas a partir de dos vertientes: la cuestión del animal y las cuestiones de género y sexualidad, subrayando que estas son indisociables de aquellas, o de una problematización del humanismo y de la noción de humano. La pesquisa recorre, para esto, un grupo heterogéneo de resgistros, dando énfasis al cruce entre realizaciones estéticas y crítico-filosóficas. A partir de la película La piel que habito, de Pedro Almodóvar, y de algunos trabajos de la artista plástica Louise Bourgeois son planteadas las cuestiones que serán trabajadas a lo largo de la pesquisa. La cuestión del inhumano se yergue del texto El intruso, de Jean-Luc Nancy, para pensar esta noción no más como par opositivo del humano. Acerca de la frontera entre humano y animal, se propone un encuentro, no desproveído de tensiones, entre textos de Jacques Derrida, Giorgio Agamben, Gilles Deleuze y Félix Guattari. La sexualidad es abordada a partir del cruce entre ensayos fotográficos contemporáneos y textos teórico-críticos relativos a género y sexualidad, cuestionando el entendimiento del cuerpo como algo cerrado, fijado al rigor de los dualismos de clasificaciones identitarias, para privilegiar, a partir de la potencia de cuerpos no conformes a dichas categorías, una noción de cuerpo como algo inacabado, abierto a las posibilidades de otros modos de vida, espacio potente de desmonte de la norma heterosexual.
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