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[en] ASSIMILATION AND RESISTANCE UNDER A DISCURSIVE PERSPECTIVE: THE CASE OF MONTEIRO LOBATO / [pt] ASSIMILAÇÃO E RESISTÊNCIA SOB UMA PERSPECTIVA DISCURSIVA: O CASO DE MONTEIRO LOBATOGIOVANA CORDEIRO CAMPOS DE MELLO 15 May 2013 (has links)
[pt] Concebida a tradução como um processo discursivo que envolve formações
ideológicas e singulares do sujeito que traduz, esta tese propõe refletir sobre a forma
como o sujeito-tradutor responde ao seu assujeitamento ideológico, aqui tomado como
um ritual que admite o equívoco. O trabalho se realiza na confluência dos Estudos da
Tradução ― mais especificamente os trabalhos de Venuti e Frota ― com a Análise do
Discurso francesa tal como concebida por Michel Pêcheux (AD) e desenvolvida no Brasil
por Orlandi, Mariani, Ferreira, Indursky e Mittmann, entre outros. No que tange à
fundamentação teórica, dentre os vários conceitos da AD destacam-se os de sujeito,
discurso, língua, formação discursiva heterogênea, identificação, contra-identificação e
desidentificação, sendo os três últimos os mais diretamente relacionados ao processo de
repetição de discursos sedimentados (nesta tese proposto como assimilação) e aos
processos de instauração e de fortalecimento de discursos dissidentes (aqui denominados
resistência). Quanto ao dispositivo analítico, o objetivo é investigar filiações ideológicodiscursivas
do escritor/editor/tradutor Monteiro Lobato relativas a seu pensamento e
prática tradutórios. O corpus discursivo foi recortado de cartas, prefácios, posfácios,
entrevistas, artigos e conferências publicados nas Obras completas de Monteiro Lobato e
de três traduções realizadas por ele: Caninos brancos (1933), Por quem os sinos dobram
(1941) e Adeus às armas (1942). A partir da análise das sequências discursivas, são
observadas tensões nos processos de tomada de posição do sujeito, as quais marcam o
caráter contraditório do sujeito e do discurso. A investigação dos processos de tomada de
posição do sujeito-Lobato na dispersão discursiva leva também à percepção de que as
filiações ideológicas (des)conhecidas do sujeito são motivadas na/pela relação entre a
historicidade do dizer e a singularidade do sujeito. / [en] Based on the assumption that translation is a discursive practice involving
ideological and singular formations of the subject who translates, this thesis proposes a
reflection on the way that the translator as a subject responds to his/her constitution as
ideological subjects, in a process considered as a ritual that admits equivocalness. The
work is developed at the point where Translation Studies — more specifically works by
Venuti and Frota — meet the theoretical view, known as French Discourse Analysis,
conceived by Michel Pêcheux, later developed in Brazil by Orlandi, Mariani, Ferreira,
Indursky and Mittmann, among others. Some concepts were chosen among several others
in the theoretical background: subject, discourse, language, heterogeneous discursive
formation, identification, counter-identification and dis-identification. The three latter
concepts are more closely related to the repetition of well established discourses
(denominated assimilation in this thesis), and to the processes of settling and
strengthening of dissident discourses (herein denominated resistance). The analytical
device was concocted to investigate the writer/publisher/translator Monteiro Lobato’s
ideological-discursive affiliations in their relationships to his thoughts and translating
practices. The discursive corpus was clipped out from letters, prefaces, postscripts,
interviews, articles and conferences published in Obras completas de Monteiro Lobato
and from his translation of three books: Caninos brancos (1933, White Fang), Por quem
os sinos dobram (1941, For Whom the Bell Tolls) e Adeus às armas (1942, A Farewell to
Arms). By analyzing the discursive sequences, tension in the subject constitution process
is observed, characterizing the contradicting aspects between subject and discourse. The
investigation of processes in which the Lobato-subject takes position in the discursive
diffusion also leads to the perception that the subject’s (un)known ideological affiliations
are motivated by/in the relation between the historicity of discourse and the singularity of the subject.
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