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[pt] QUAE UNA VELUTI MENTE: MULTIDÃO E SUJEITO POLÍTICO NA PÓS-MODERNIDADE: UM ESTUDO A PARTIR DE ANTONIO NEGRI / [en] QUAE UNA VELUTI MENTE: MULTITUDE AND POLITICAL SUBJECT IN POSTMODERNITY:A STUDY AS FROM ANTONIO NEGRIS S PHILOSOPHYALAN CRISTIAN DE OLIVEIRA PEIXOTO 16 September 2019 (has links)
[pt] O presente trabalho busca analisar o conceito de multidão e a possibilidade de pensá-la como um sujeito político na pós-modernidade, tendo como referência a concepção espinosana do termo e as interpretações contemporâneas daí decorrentes. O ponto de partida é o pensamento de Antonio Negri, que, ao observar as formas de poder e de organização política após a década de 1990, propõe o conceito de Império para explicar a política na contemporaneidade e o conceito de Multidão como um sujeito político capaz de agir no interior do Império e construir uma democracia em escala global. Em seguida serão analisadas as referências ao termo multidão na obra do próprio Spinoza, dando especial atenção à expressão quae una veluti mente, contida no Tratado Político. A partir desta expressão será apresentada a discussão existente entre pensadores como Alexandre Matheron que a tomam como referência para sustentar que a multidão seria um sujeito natural, possuindo uma existência singular; e pensadores como Lee Rice e Den Uyl que a criticam e apontam que a existência do termo quae na expressão foi utilizada exatamente para diferenciar a multidão de um sujeito natural. Por fim, tomando como referência os escritos de Gilbert Simondon, Etienne Balibar e Paolo Virno, serão articulados os conceitos de multidão, transindividualidade e individuação coletiva para responder criticamente à proposta de Antonio Negri e apontar as dificuldades em considerar a multidão um sujeito político. / [en] The present work intends to analyze the concept of multitude and the possibility of thinking it as a political subject in postmodernity, having as reference Spinoza s conception of the term and the contemporaneous
interpretations that follows it. The starting point is Antonio Negri s arguments, who observing the forms of power and political organization after 1990s proposes the concept of Empire to explain the politics in contemporaneity and the concept of Multitude as a political subject capable to act in Empire s interior and to construct a democracy in global scale. Next, will be analyzed the references to the term multitudo in Spinoza s own work, paying special attention to the expression quae una veluti mente, contained in Political Treaty. From this expression will be presented the discussion that exists between thinkers like Alexandre Matheron that takes it as reference to sustain that the multitude would be a natural subject, possessing a singular existence; and thinkers like Lee Rice and Den Uyl that criticizes it and defend that the existence of the term quae in the expression was used exactly to differentiate the multitude of a natural subject. Finally, taking as reference the writings of Gilbert Simondon, Etienne Balibar and Paolo Virno, will be articulated the concepts of multitude, trans-individuality and collective individuation to respond critically Antonio Negri proposal and to point out the difficulties in considering the multitude a policital subject.
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[en] SOMATIC ILLNESS IN PSYCHOANALYSIS: FOR A NEW FRAMEWORK / [pt] O ADOECIMENTO SOMÁTICO EM PSICANÁLISE: POR UMA NOVA MATRIZ DE COMPREENSÃOLUCAS NAPOLI DOS SANTOS 21 March 2018 (has links)
[pt] O modelo teórico da chamada Escola de Psicossomática de Paris foi o que adquiriu maior prestígio no campo psicanalítico para a abordagem das doenças psicossomáticas. Tal modelo está alicerçado na tese de que o adoecimento físico é resultante de uma insuficiência do funcionamento mental, condição que faz com que o corpo se torne o escoadouro do acúmulo de excitações desencadeadas por uma experiência traumática. Fundamentada em uma análise crítica do modelo francês, a presente tese teve o objetivo principal de traçar o esboço de outro modelo psicanalítico de abordagem do adoecimento somático a partir de uma articulação entre contribuições de três autores da tradição psicanalítica (Sándor Ferenczi, Georg Groddeck e Donald Woods Winnicott) e alguns aportes extraídos da filosofia de Benedictus de Spinoza. Ao longo do trabalho, desenvolvemos articulações entre os quatro autores, destacando os elementos básicos da matriz de compreensão que estamos propondo, a saber: (1) corpo e psique são tomados como dois aspectos de uma realidade integral concebida como um sistema aberto em regime de permanente afetação mútua com o entorno; (2) todas as formas de adoecimento são concebidas como sendo psicossomáticas; (3) todas as formas de adoecimento são simbólicas no sentido de que são a expressão de processos de afetação psicossomática com o entorno, os quais se dão não apenas no corpo (em suas dimensões fisiológica e afetiva), mas também na psique, que se constitui num movimento de elaboração imaginativa da experiência corpórea. / [en] The model of the so-called Paris School of Psychosomatics was the one that acquired more prestige in the psychoanalytic field to approach the psychosomatic diseases. This model is based on the thesis that physical illness is the result of a insufficiency of mental functioning, a condition that causes the body to become the outlet for the accumulation of excitations triggered by a traumatic experience. Based on a critical analysis of the French model, the present thesis had the main objective of outlining another psychoanalytic model of approach to somatic illness based on an articulation between contributions of three authors of the psychoanalytic tradition (Sándor Ferenczi, Georg Groddeck and Donald Woods Winnicott) and some contributions extracted from the philosophy of Benedictus of Spinoza. Throughout the work, we developed articulations between the four authors, highlighting the basic elements of the framework that we are proposing, namely: (1) body and psyche are taken as two aspects of an integral reality conceived as an open system in regime of lasting mutual affection with the environment; (2) all forms of illness are conceived as being psychosomatic; (3) all forms of illness are symbolic in the sense that they are the expression of processes of psychosomatic affectation with the environment, which occur not only in the body (in its physiological and affective dimensions) but also in the psyche, which constitutes a movement of imaginative elaboration of the bodily experience.
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