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[en] THE ANALYTIC LISTENING: CORPORAL, AFFECTIVE AND SENSORY DIMENSION IN THE TRANSFERENCE / [pt] A ESCUTA ANALÍTICA: A DIMENSÃO CORPORAL, AFETIVA E SENSORIAL NA TRANSFERÊNCIASOLANGE MARIA SERRANO FUCHS 06 August 2018 (has links)
[pt] A escuta analítica não se restringe à palavra, mas inclui o corpo que traz as marcas de uma história que se mantém viva e atuante. A entonação, o ritmo, as pausas, o silêncio, o olhar revelam o que muitas vezes escapa ao discurso. O encontro analista-analisando possibilita que as impressões gravadas no psiquismo,
a partir das sensações corporais sentidas numa fase anterior à palavra, sejam desveladas e significadas. A escuta sensível do analista dessas múltiplas expressões corpóreo-afetivas representa uma importante ampliação do campo de investigação na experiência analítica. A reflexão desenvolvida neste trabalho parte do reconhecimento da dimensão corporal que é fundamental em qualquer análise, mas que ganhou ênfase, principalmente, a partir da clínica com pacientes que apresentam dificuldade de expressão pela via representacional. / [en] Analytical listening goes beyond words. It includes the body that shows traces of a history that is kept alive and active. Intonation, rhythm, pauses, silence and looks may reveal more than speech. The analyst/patient meeting enables psychic printed impressions – from bodily sensations felt during a phase prior to word - to be revealed and implied. The analyst sensible listening to these multiple affective bodily expressions represents an important enlargement in the investigation field of the analytical experience. The reflection developed in this work stems from the bodily dimension that is fundamental in any analysis, but which has been emphasized mainly when treating patients who have difficulty expressing themselves orally.
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[pt] TECENDO LAÇOS E DESATANDO NÓS: A SENSORIALIDADE NA CLÍNICA COM FAMÍLIAS / [fr] TISSER DES LIENS ET DÉNOUER DES NOEUDS: LA SENSORIALITÉ DANS LA CLINIQUE AVEC DES FAMILLESFERNANDA RIBEIRO PALERMO 02 July 2021 (has links)
[pt] Nesta tese, partiu-se da ideia de que a sensorialidade é tanto parte constitutiva para o advir da família e do sujeito, como manifestação daquilo que sobra e/ou falta, do que é sentido, mas não pensado. A sensorialidade estabelece uma comunicação inconsciente que incide nos laços familiares, ainda que, muitas vezes, esta comunicação seja marcada por curtos-circuitos. Neste sentido, buscou-se investigar os laços familiares primários banhados pela cossensorialidade, tanto em sua face constituinte quanto naquela que aduz ao traumático. Priorizou-se iniciar a pesquisa pelo aprofundamento da abordagem psicanalítica familiar que se apoia nas noções de intersubjetividade e de grupalidade psíquica, afirmando a ideia de família como um grupo regido por fenômenos psíquicos particulares e diferenciado do conjunto dos sujeitos que o compõe. Diante desta premissa, as experiências sensoriais na família se realizam em uma dimensão situada entre os sujeitos e derivam de uma coconstrução, verificada na simultaneidade das trocas sensoriais no psiquismo familiar e da coexcitação. Desse modo, entende-se que o excesso do traumático transmitido entre as gerações impacta a interação familiar e abre espaço para a incestualidade. A hipótese é de que esta trama faz reverberar uma constante comunicação cossensorial por se tratar do atravessamento de fronteiras psíquicas e da temporalidade, o que macula a experiência de alteridade, evidencia prejuízos no registro simbólico e no acesso à mitologia familiar. Sustentou-se nesta tese que o trabalho analítico com essas famílias possui peculiaridades no manejo clínico e convoca a qualidade de presença do analista, que deve estar apto e disponível para experimentar a cossensorialidade familiar presente no campo analítico formado no encontro. A fim de melhor ilustrar a articulação teórica com a clínica, foram apresentadas três vinhetas de casos clínicos, em que é possível identificar elementos relacionados à discussão proposta. Conclui-se que os traumatismos familiares repercutem ao longo das gerações, manifestados através de falhas, de segredos, e de alianças, o que convoca a dimensão onírica do analista. É preciso que ele ofereça uma escuta que respeite ritmos, sonhando imagens – um trabalho de desatar nós e tecer laços. / [fr] Dans cette thèse, nous sommes partis de l idée que la sensorialité est tant une partie constitutive pour l avènement de la famille et du sujet, qu une manifestation de ce qui reste et/ou de ce qui manque, de ce qui est ressenti mais non pensé. La sensorialité établit une communication inconsciente qui affecte les liens familiaux, bien que cette communication soit souvent marquée par des courts-circuits. En ce sens, on a tenté d étudier les liens familiaux primaires baignés par la cosensorialité, tant sur sa face constituante que sur celle qui amène au traumatique. La priorité a été de commencer la recherche en approfondissant l approche psychanalytique familiale qui repose sur les notions d intersubjectivité et de groupalité psychique, en affirmant l idée de la famille comme un groupe régi par des phénomènes psychiques particuliers et différencié de l ensemble de sujets qui le compose. Face à cette prémisse, les expériences sensorielles dans la famille se déroulent dans une dimension située entre les sujets et découlent d une co-construction, vérifiée dans la simultanéité des échanges sensoriels dans le psychisme familial et la coexcitation. Ainsi, on comprend que l excès du traumatique transmis entre les générations a un impact sur l interaction familiale et ouvre un espace à l incestualité. L hypothèse est que cette trame fait réverbérer une constante communication cosensorielle car il s agit du franchissement des frontières psychiques et de la temporalité qui souille l expérience de l altérité, met en évidence les dommages au registre symbolique et l accès à la mythologie familiale. Cette thèse soutient que le travail analytique avec ces familles présente des particularités dans la prise en charge clinique et fait appel à la qualité de présence de l analyste, qui doit être capable et disponible pour éprouver la cosensorialité familiale présente dans le champ analytique formé lors de la rencontre. Afin de mieux illustrer l articulation théorique avec la clinique, trois vignettes de cas cliniques ont été présentées, dans lesquelles il est possible d identifier des éléments liés à la discussion proposée. On en conclut que les traumatismes familiaux ont des répercussions sur plusieurs générations, se manifestant par de défaillances, de secrets et d alliances, ce qui fait appel à la dimension onirique de l analyste. Il faut qu il offre une écoute qui respecte les rythmes, en rêvant aux images – un travail de dénouer les noeuds et de tisser des liens.
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[pt] SENSORIALIDADE NO PERCURSO DA SUBJETIVAÇÃO E NA CLÍNICA PSICANALÍTICA / [en] SENSORIALITY IN THE COURSE OF SUBJECTIFICATION AND IN PSYCHOANALYTIC CLINICGISELE MILMAN CERVO 29 April 2021 (has links)
[pt] A presente dissertação propõe-se a realizar um estudo teórico, a partir do referencial psicanalítico, sobre a sensorialidade no processo de subjetivação e na clínica. Dialogaremos com a noção de sensorialidade desenvolvida por Alberto Konicheckis, que a compreende como a multiplicidade de experiências psíquicas que decorrem dos órgãos dos sentidos. Trata-se de um conceito complexo e ambíguo, que está situado em uma zona de entrecruzamento entre o dentro e o fora, o eu e o outro, o íntimo e o compartilhado, já que o sensorial é despertado pelo encontro do corpo do bebê com os objetos externos. Compreendemos que a sensorialidade tem primazia na primeira infância e que a constituição psíquica parte de processos sensório-perceptuais e rítmicos coconstruídos entre o bebê e seus cuidadores de referência. Este nível de registro da experiência segue presente ao longo de todo o percurso de subjetivação, sendo dinâmico, mutável e passível de instabilidades. Desse modo, a pesquisa também buscou contemplar os diferentes arranjos sensoriais que permeiam a trajetória do sujeito, com seus riscos desorganizadores e suas potencialidades de ampliação subjetiva. Além dos reagenciamentos que acompanham o viver, ainda destacamos descontinuidades provocadas por intrusões violentas da realidade externa, que podem quebrar o ritmo de vida do sujeito e que interpelam ao sensorial. Considerando que a sensorialidade é um elemento fundante do sentimento pessoal e que segue tendo um papel vital para a continuidade do ser, apontamos a relevância de a clínica psicanalítica atual alargar o trabalho com o sensorial e de dar a devida atenção à dimensão arcaica e infralinguageira na relação analítica. / [en] This research aims to carry out a theoretical study, regarding the psychoanalitic framework, about sensoriality in the subjectivation process and in clinical practice. We will discuss the sensoriality concept developed by Alberto Konicheckis, who understands it as the multiple psychic experiences that arise from the sense organs. It is a complex and ambiguous definition, located in an intersection zone between the inside and outside, the self and the other, the intimate and the shared, since the sensory is awakened by the contact between baby s body and external objects. We understand that sensoriality has the primacy in early childhood and that psychic constitution starts from sensory-perceptual and rhythmic processes co-built between the baby and its reference caregivers. Such experience record level remains throughout the entire subjectivation course, and is dynamic, changeable, and liable to instabilities. Thus, this research also addresses several sensory arrangements that permeate the subject s life, considering their disorganizing risks and their potential for subjective enlargement. In addition to the transformations inherent in living, we also highlight the discontinuities caused by invasions of external reality, which may break the rhythm of life and challenge the sensorial. Whereas sensoriality is a founding element of personal feeling and continues to play a vital function in the continuity of being, we pointed out the relevance of current psychoanalytic clinical practice in expanding the work on the sensory and paying attention to the archaic dimension of the analytical relation.
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[pt] AUTOMUTILAÇÃO: CORTES EM BUSCA DE VIVACIDADE / [en] SELF-HARM: CUTS SEEKING VIVACITYMARCIO NERY COSTA NETO 30 August 2021 (has links)
[pt] Os fenômenos de autolesão constituem um tema complexo, compreendendo uma enorme variedade de condutas possíveis. De forma geral, trata-se de algum tipo de dano autoinfligido no corpo, com maior ou menor gravide. Essa diversidade de práticas de autoagressão implica a heterogeneidade dos estudos sobre o tema, com diferentes classificações e conceitualizações. Nosso objetivo é analisar a automutilação enquanto cortes superficiais na própria pele e uma decorrente sensação de alívio conferida a um sujeito acometido por uma intensa dor psíquica, sem que haja uma intenção suicida. A presente dissertação pretende promover algumas reflexões acerca das práticas autolesivas enquanto um recurso possível para o indivíduo experimentar vivacidade, isto é, sentir-se vivo diante do excesso de um sofrimento psíquico que não pode ser posto em palavras. Exploraremos, nesse sentido, a importância do registro corporal como fator estruturante do psiquismo, recorrendo a alguns apontamentos sobre a noção de corpo na obra freudiana. Recorreremos também, na teoria de autores pós-freudianos, ao conceito de imagem corporal, que seria parte importante na constituição do Eu, contribuindo para a formação de uma unidade corporal e um sentimento de si. A condição clínica da automutilação parece apontar, no entanto, para um corpo não representado, atravessado pelo excesso pulsional, que prioriza a sensorialidade para se apresentar e se atualizar, em detrimento de uma suposta imagem corporal unificada. Buscaremos, então, na obra de Freud, referências sobre as limitações do campo representacional da linguagem, bem como o papel central que as sensações provenientes do sistema perceptivo podem assumir na constituição psíquica. Traçaremos, por fim, um paralelo entre a vividez sensorial presente no trabalho do sonho e a força sensorial verificada no ato de escarificação, e como ambas podem ser fundamentais na organização psíquica das intensidades experimentadas. / [en] Self-harm phenomena constitute a complex issue, considering a wide range of behaviors that can be related to self-inflicted damage towards one s body, with greater or lesser severity. The diversity of self-aggression practices implies a research heterogeneity on the matter, with different classifications and conceptualizations. Our objective is to analyze self-harm as superficial skin cuts and the ensuing relief sensation experimented by individuals under great psychic pain, without any suicidal intention. This dissertation intends to promote some reflections on self-injurious practices as a possible resource for the individual to experience vivacity, that is, the feeling of being alive while facing the excess of a psychic suffering that cannot be put into words. In this regard, we will explore the importance of the body record as a structuring factor of the psyche, using some notes on the body concept in Freud s work. We will also resort, in the theory of post-Freudian authors, to the concept of body image, which would be an important part in the constitution of the Self, contributing to the formation of a body unity and a feeling of self. The clinical condition of self-mutilation seems to point, however, to an unrepresented body, crossed by instinctual excess, which prioritizes sensoriality to present and update itself, to the detriment of a supposedly unified body image. We will seek, then, in Freud s work, references about the limitations of the language representational field, as well as the central role that sensations from the perceptive system can assume in the psychic constitution. Finally, we will draw a parallel between the sensory vividness present in the dream work and the sensory strength verified in the act of scarification, and how both can be fundamental in the psychic organization of the experimented intensities.
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[en] BETWEEN SCREENS AND SENSES: SENSORIALITY IN ONLINE PSYCHOANALYTIC PRACTICE / [pt] ENTRE TELAS E SENTIDOS: SENSORIALIDADE NA CLÍNICA PSICANALÍTICA ON-LINEMARIANA FLORENZANO BARCELLOS 24 October 2024 (has links)
[pt] Esta pesquisa se dedica ao estudo teórico psicanalítico sobre a
sensorialidade na clínica psicanalítica on-line. A sustentação de uma clínica
psicanalítica on-line ganhou proeminência com a pandemia de covid-19, que no
Brasil teve seu primeiro impacto em março de 2020. As medidas de segurança, que
incluíam o isolamento domiciliar, fizeram os psicanalistas migrarem para o formato
on-line de atendimento. Portanto, diante desse cenário pandêmico, tornou-se
evidente que as transformações sociais desencadeadas pela pandemia teriam um
impacto contundente e irreversível em nossa vida, inclusive em nossa prática
clínica. Os atendimentos on-line surgiram como uma prática permanente e
complementar, introduzindo uma característica híbrida na psicanálise. Nesse
contexto, tocamos em alguma subversão de nosso olhar em relação às influências
tecnológicas, que até então haviam sido estudadas predominantemente em suas
características problemáticas e dessubjetivantes. Com os atendimentos on-line,
tornou-se imperativo explorar outro aspecto desse fenômeno: aquele que une,
conecta, pulsa e possibilita. Problematizamos a questão da presença no espaço
digital e suas implicações clínicas. Logo, com base na concepção de René
Roussillon sobre a clínica psicanalítica para além do divã, foi imprescindível buscar
fundamentos teóricos que embasassem a clínica on-line. Outro aspecto essencial de
nossa pesquisa é o aprofundamento na concepção de sensorialidade. Na perspectiva
de uma psicanálise contemporânea, revisitamos as origens, os momentos iniciais da
constituição subjetiva. Segundo a concepção de processos primários de
simbolização desenvolvida por Roussillon, também revisitamos os processos de
subjetivação e suas implicações para a construção de uma comunicação que traz o
arcaico em suas expressões. / [en] This research is dedicated to the psychoanalytic theoretical study of
sensoriality in online psychoanalytic practice. The establishment of online
psychoanalytic practice gained prominence with the COVID-19 pandemic, which
first impacted Brazil in March 2020. Safety measures, which included home
isolation, led psychoanalysts to migrate to an online service format. Therefore, in
the face of this pandemic scenario, it became evident that the social transformations
triggered by the pandemic would have a forceful and irreversible impact on our
lives, including our clinical practice. Online services emerged as a permanent and
complementary practice, introducing a hybrid characteristic to psychoanalysis. In
this context, we touch upon a subversion of our view regarding technological
influences, which until then had been predominantly studied in their problematic
and desubjectivating characteristics. With online services, it became imperative to
explore another aspect of this phenomenon: one that unites, connects, pulses, and
enables. We problematize the issue of presence in the digital space and its clinical
implications. Thus, based on René Roussillon s conception of psychoanalytic
practice beyond the couch, it was essential to seek theoretical foundations that
supported online practice. Another essential aspect of our research is the deepening
of the concept of sensoriality. From the perspective of contemporary
psychoanalysis, we revisit the origins, the initial moments of subjective
constitution. According to Roussillon s conception of primary processes of
symbolization, we also revisited the processes of subjectivation and their
implications for the construction of a communication that brings the archaic into its
expressions.
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