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Efeito da administração de ácidos graxos ômega-3 em crianças e adolescentes com epilepsia refratária / Effect of omega-3 fatty acid administration in children and adolescents with refractory epilepsy

Martins, Luciana Duarte 24 November 2017 (has links)
A epilepsia é uma condição neurológica crônica caracterizada por interrupções recorrentes e imprevisíveis do funcionamento normal do cérebro, denominadas crises epiléticas. Está entre as doenças neurológicas mais comuns em crianças, sendo que pelo menos 50% dos casos começam na infância ou adolescência. Cerca de 25-30% dos casos pediátricos são refratários a uma combinação de 3 ou mais anticonvulsivantes. Estudos têm mostrado que a suplementação dietética com ácidos graxos da família ômega 3 pode reduzir a frequência de crises em pacientes com epilepsia. Objetivos: Avaliar a eficácia da suplementação com ácidos graxos da família ômega-3 como terapia adjunta no controle de crises em crianças e adolescentes com epilepsia refratária; avaliar o estado nutricional, perfil bioquímico e plasmático dos ácidos graxos desses pacientes durante o tratamento por 12 meses. Métodos: Foram selecionadas 30 crianças e adolescentes com epilepsia refratária, que após a suplementação com ômega 3 (3g/dia) por 12 meses foram distribuídas em dois grupos: Grupo C: 8 indivíduos com crises controladas e; Grupo NC: 22 pacientes que não tiveram crises controladas. Foram avaliados estado nutricional, perfil antropométrico, bioquímico e concentração de ácidos graxos plasmáticos nos períodos pré-, 3, 6, 9 e 12 meses de suplementação. As análises estatísticas foram executadas no programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences®) versão 22.0 e compreenderam os testes de Shapiro-Wilk, ANOVA, Wilcoxon e modelos de regressão. Admitiu-se nível de significância para p<0,05. Resultados: O sexo masculino prevaleceu na casuística (56,7%) e a média de idade de início das crises foi de 140,6±55,4 meses para o grupo C e 145,1±40,5 meses para o grupo NC. A análise entre os grupos não mostrou diferenças entre os tipos de epilepsia, etiologia da doença, tipo de medicação utilizada, perfil bioquímico (incluindo níveis plasmáticos de ômega-3) e antropométrico (p>0,05). Contudo, a análise de regressão mostrou a contribuição do tempo de suplementação no aumento das concentrações séricas de ômega-3 (p=0,042) e no controle do número de crises (p=0,029). Conclusão: A suplementação com os ácidos graxos da família ômega-3, ácido eicosapentanóico (EPA) e ácido docosahexaenoico (DHA), reduz o número de crises após 12 meses de tratamento e promove aumento de suas concentrações plasmáticas. A suplementação utilizada não altera o estado nutricional e o perfil bioquímico. Este estudo documenta a eficácia da suplementação com EPA e DHA como terapia adjunta para o controle de epilepsias refratárias. / Epilepsy is a chronic neurological condition characterized by recurrent and unpredictable disruptions of normal brain functioning, termed epileptic seizures. It is among the most common neurological diseases in children, with at least 50% of cases beginning in childhood or adolescence. About 25-30% of pediatric cases are refractory to a combination of 3 or more anticonvulsants. Studies have shown that dietary supplementation with omega 3 acid is able to reduce the frequency of seizures in patients with epilepsy; however doses and frequency are not established. Objectives: This study aimed to evaluate the efficacy of omega-3 fatty acid supplementation as an adjunct therapy in the control of seizures in children and adolescents with refractory epilepsy, and to evaluate the nutritional status, biochemical and plasma profile of these fatty acids during treatment with omega-3 fatty acid for 12 months. Methods: We selected 30 children and adolescents with refractory epilepsy. After supplementation of omega 3 (3g/day) for 12 months, the patients were divided into two groups: Group C: eight patients with controlled seizures and Group NC: 22 patients who did not have controlled crises. Nutritional status, anthropometric and biochemical profile and plasma fatty acids were evaluated at before and after 3, 6, 9 and 12 months of supplementation. The statistical analyzes were performed in the SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) version 22.0 and included the tests of Shapiro-Wilk, ANOVA, Wilcoxon and regression models. Significance level was set at p <0.05. Results: Males prevailed in the sample (56.7%) and mean age at onset of attacks was 140.6±55.4 months for group C and 145.1±40.5 months for group NC. The analysis between the groups did not show differences among the types of epilepsy, disease etiology, type of medication used, biochemical profile (including omega 3 plasma levels) and anthropometric profile (p >0.05). However, regression analysis showed the contribution of supplementation time to serum omega 3 (p = 0.042) and control of the number of attacks (p = 0.029). Conclusion: Supplementation with omega-3 fatty acids, eicosapentaenoic acid (EPA) and docosahexaenoic acid (DHA) reduces the number of attacks after 12 months of treatment and promotes an increase in their plasma concentrations. The supplementation used does not alter the nutritional status and the biochemical profile. This study documents the efficacy of EPA and DHA supplementation as adjunctive therapy for the management of refractory epilepsy.
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Efeito da administração de ácidos graxos ômega-3 em crianças e adolescentes com epilepsia refratária / Effect of omega-3 fatty acid administration in children and adolescents with refractory epilepsy

Luciana Duarte Martins 24 November 2017 (has links)
A epilepsia é uma condição neurológica crônica caracterizada por interrupções recorrentes e imprevisíveis do funcionamento normal do cérebro, denominadas crises epiléticas. Está entre as doenças neurológicas mais comuns em crianças, sendo que pelo menos 50% dos casos começam na infância ou adolescência. Cerca de 25-30% dos casos pediátricos são refratários a uma combinação de 3 ou mais anticonvulsivantes. Estudos têm mostrado que a suplementação dietética com ácidos graxos da família ômega 3 pode reduzir a frequência de crises em pacientes com epilepsia. Objetivos: Avaliar a eficácia da suplementação com ácidos graxos da família ômega-3 como terapia adjunta no controle de crises em crianças e adolescentes com epilepsia refratária; avaliar o estado nutricional, perfil bioquímico e plasmático dos ácidos graxos desses pacientes durante o tratamento por 12 meses. Métodos: Foram selecionadas 30 crianças e adolescentes com epilepsia refratária, que após a suplementação com ômega 3 (3g/dia) por 12 meses foram distribuídas em dois grupos: Grupo C: 8 indivíduos com crises controladas e; Grupo NC: 22 pacientes que não tiveram crises controladas. Foram avaliados estado nutricional, perfil antropométrico, bioquímico e concentração de ácidos graxos plasmáticos nos períodos pré-, 3, 6, 9 e 12 meses de suplementação. As análises estatísticas foram executadas no programa SPSS (Statistical Package for the Social Sciences®) versão 22.0 e compreenderam os testes de Shapiro-Wilk, ANOVA, Wilcoxon e modelos de regressão. Admitiu-se nível de significância para p<0,05. Resultados: O sexo masculino prevaleceu na casuística (56,7%) e a média de idade de início das crises foi de 140,6±55,4 meses para o grupo C e 145,1±40,5 meses para o grupo NC. A análise entre os grupos não mostrou diferenças entre os tipos de epilepsia, etiologia da doença, tipo de medicação utilizada, perfil bioquímico (incluindo níveis plasmáticos de ômega-3) e antropométrico (p>0,05). Contudo, a análise de regressão mostrou a contribuição do tempo de suplementação no aumento das concentrações séricas de ômega-3 (p=0,042) e no controle do número de crises (p=0,029). Conclusão: A suplementação com os ácidos graxos da família ômega-3, ácido eicosapentanóico (EPA) e ácido docosahexaenoico (DHA), reduz o número de crises após 12 meses de tratamento e promove aumento de suas concentrações plasmáticas. A suplementação utilizada não altera o estado nutricional e o perfil bioquímico. Este estudo documenta a eficácia da suplementação com EPA e DHA como terapia adjunta para o controle de epilepsias refratárias. / Epilepsy is a chronic neurological condition characterized by recurrent and unpredictable disruptions of normal brain functioning, termed epileptic seizures. It is among the most common neurological diseases in children, with at least 50% of cases beginning in childhood or adolescence. About 25-30% of pediatric cases are refractory to a combination of 3 or more anticonvulsants. Studies have shown that dietary supplementation with omega 3 acid is able to reduce the frequency of seizures in patients with epilepsy; however doses and frequency are not established. Objectives: This study aimed to evaluate the efficacy of omega-3 fatty acid supplementation as an adjunct therapy in the control of seizures in children and adolescents with refractory epilepsy, and to evaluate the nutritional status, biochemical and plasma profile of these fatty acids during treatment with omega-3 fatty acid for 12 months. Methods: We selected 30 children and adolescents with refractory epilepsy. After supplementation of omega 3 (3g/day) for 12 months, the patients were divided into two groups: Group C: eight patients with controlled seizures and Group NC: 22 patients who did not have controlled crises. Nutritional status, anthropometric and biochemical profile and plasma fatty acids were evaluated at before and after 3, 6, 9 and 12 months of supplementation. The statistical analyzes were performed in the SPSS (Statistical Package for the Social Sciences) version 22.0 and included the tests of Shapiro-Wilk, ANOVA, Wilcoxon and regression models. Significance level was set at p <0.05. Results: Males prevailed in the sample (56.7%) and mean age at onset of attacks was 140.6±55.4 months for group C and 145.1±40.5 months for group NC. The analysis between the groups did not show differences among the types of epilepsy, disease etiology, type of medication used, biochemical profile (including omega 3 plasma levels) and anthropometric profile (p >0.05). However, regression analysis showed the contribution of supplementation time to serum omega 3 (p = 0.042) and control of the number of attacks (p = 0.029). Conclusion: Supplementation with omega-3 fatty acids, eicosapentaenoic acid (EPA) and docosahexaenoic acid (DHA) reduces the number of attacks after 12 months of treatment and promotes an increase in their plasma concentrations. The supplementation used does not alter the nutritional status and the biochemical profile. This study documents the efficacy of EPA and DHA supplementation as adjunctive therapy for the management of refractory epilepsy.
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Suplementação alimentar com óleo de peixe reduz a expressão da NADPH oxidase e aumenta a expressão da SOD1 e SOD2 em ilhotas pancreáticas de ratos. / Fish oil supplemented diet reduces NAD(P)H oxidase expression and increases SOD-1 and SOD2 expression in rat pancreatic islets.

Lucena, Camila Ferraz 21 September 2012 (has links)
A secreção de insulina é estimulada pela glicose, porém os ácidos graxos (AG) podem influenciar o processo secretório. A oxidação de AG é importante para a estimulação da secreção de insulina por aumentar o ATP, porém, existem vias dependentes e independentes de ATP. Os AG <font face=\"Symbol\">w-3 interferem em processos fisiológicos e na composição e função da membrana plasmática, promovendo potente ação anti-inflamatória. Considerando a importante relação da NAD(P)H oxidase com a secreção de insulina, o estudo das alterações induzidas pela suplementação com AG <font face=\"Symbol\">w-3 sobre o conteúdo de superóxido (O2<font face=\"Symbol\">&#183;) e a expressão da NAD(P)H oxidase, é importante para a compreensão da fisiologia das células <font face=\"Symbol\">b-pancreáticas. Neste estudo, o grupo suplementado apresentou redução do conteúdo de O2<font face=\"Symbol\">&#183;, redução da expressão das subunidades da NAD(P)H oxidase e aumento na expressão da superóxido dismutase (SOD1 e 2), quando comparado ao grupo controle. Embora desconhecido o mecanismo, este dado é relevante, pois pressupõe melhor regulação do estado redox durante a secreção de insulina. / Insulin secretion is stimulated by glucose (GSIS), but fatty acid (FA) may influence the secretory process. The oxidation of FA is important for the stimulation of insulin secretion by increasing the ATP, although there are dependent and independent ATP pathways. The <font face=\"Symbol\">w-3 FA change physiological processes, and affect the composition and function of the plasma membrane, promote potent anti-inflammatory action. Considering the important relationship of NAD(P)H oxidase with insulin secretion, the study of changes induced by supplementation with <font face=\"Symbol\">w-3 FA on the superoxide (O2<font face=\"Symbol\">&#183;) content, and expression of NAD(P)H oxidase, becomes of great importance for understanding the pancreatic <font face=\"Symbol\">b cells physiology. In this study, the group supplemented with <font face=\"Symbol\">w-3 FA showed a reduction of the O2<font face=\"Symbol\">&#183; content, reduced expression of NAD(P)H oxidase subunits, and increased the expression of the enzyme superoxide dismutase (SOD 1 and 2), compared to control. Although unknown the mechanism, this data is relevant, because it represents better regulation of the redox state during GSIS .
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Suplementação alimentar com óleo de peixe reduz a expressão da NADPH oxidase e aumenta a expressão da SOD1 e SOD2 em ilhotas pancreáticas de ratos. / Fish oil supplemented diet reduces NAD(P)H oxidase expression and increases SOD-1 and SOD2 expression in rat pancreatic islets.

Camila Ferraz Lucena 21 September 2012 (has links)
A secreção de insulina é estimulada pela glicose, porém os ácidos graxos (AG) podem influenciar o processo secretório. A oxidação de AG é importante para a estimulação da secreção de insulina por aumentar o ATP, porém, existem vias dependentes e independentes de ATP. Os AG <font face=\"Symbol\">w-3 interferem em processos fisiológicos e na composição e função da membrana plasmática, promovendo potente ação anti-inflamatória. Considerando a importante relação da NAD(P)H oxidase com a secreção de insulina, o estudo das alterações induzidas pela suplementação com AG <font face=\"Symbol\">w-3 sobre o conteúdo de superóxido (O2<font face=\"Symbol\">&#183;) e a expressão da NAD(P)H oxidase, é importante para a compreensão da fisiologia das células <font face=\"Symbol\">b-pancreáticas. Neste estudo, o grupo suplementado apresentou redução do conteúdo de O2<font face=\"Symbol\">&#183;, redução da expressão das subunidades da NAD(P)H oxidase e aumento na expressão da superóxido dismutase (SOD1 e 2), quando comparado ao grupo controle. Embora desconhecido o mecanismo, este dado é relevante, pois pressupõe melhor regulação do estado redox durante a secreção de insulina. / Insulin secretion is stimulated by glucose (GSIS), but fatty acid (FA) may influence the secretory process. The oxidation of FA is important for the stimulation of insulin secretion by increasing the ATP, although there are dependent and independent ATP pathways. The <font face=\"Symbol\">w-3 FA change physiological processes, and affect the composition and function of the plasma membrane, promote potent anti-inflammatory action. Considering the important relationship of NAD(P)H oxidase with insulin secretion, the study of changes induced by supplementation with <font face=\"Symbol\">w-3 FA on the superoxide (O2<font face=\"Symbol\">&#183;) content, and expression of NAD(P)H oxidase, becomes of great importance for understanding the pancreatic <font face=\"Symbol\">b cells physiology. In this study, the group supplemented with <font face=\"Symbol\">w-3 FA showed a reduction of the O2<font face=\"Symbol\">&#183; content, reduced expression of NAD(P)H oxidase subunits, and increased the expression of the enzyme superoxide dismutase (SOD 1 and 2), compared to control. Although unknown the mechanism, this data is relevant, because it represents better regulation of the redox state during GSIS .
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Avaliação farmacogenética do ácido acetilsalicílico em uso isolado e associado aos ácidos graxos ômega 3 (n-3) em pacientes com doença arterial coronária crônica / Pharmacogenetic assessment of aspirin only and in addition to omega 3 fatty acids (n-3) in patients with chronic coronary artery disease

Cartocci, Mônica Maria 23 May 2016 (has links)
O uso do ácido acetilsalicílico, universalmente aceito na prevenção e tratamento da doença aterosclerótica, pode resultar em respostas terapêuticas variáveis classificando os pacientes em respondedores (normais) ou baixo respondedores (resistentes). A dose de 100mg/dia pode inibir de forma insuficiente a agregação plaquetária. Por isso, doses maiores têm sido utilizadas ou, eventualmente, associadas a outros antiplaquetários visando à redução do número de baixo respondedores. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do ácido acetilsalicílico na redução da agregação plaquetária in vitro. Para tal, 152 indivíduos de ambos os sexos, não aparentados, de qualquer etnia, sem limite de faixa etária, portadores de doença arterial coronária crônica, atendidos no Ambulatório de Coronariopatias do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, foram incluídos no estudo. Na primeira consulta, todos foram submetidos à anamnese e exame clínico completo e estavam em uso prévio de ácido acetilsalicílico 100mg/dia, por um período superior a 30 dias. Os pacientes selecionados foram divididos em dois grupos: grupo AAS 200, composto por aqueles que foram tratados com ácido acetilsalicílico na dose de 200mg/dia e grupo Ômega 3 composto por aqueles tratados com ácido acetilsalicílico 100mg/dia em associação a ácido graxo ômega 3 na dose de 1.000mg/dia. A agregação plaquetária foi mensurada, in vitro, pelo agregômetro Multiplate, na primeira e segunda consulta. Adicionalmente, amostras de sangue foram obtidas para análise bioquímica e identificação dos polimorfismos nos genes COX-1 (rs 384787; rs 3842798) relacionado com a atividade do ácido acetilsalicílico e ITGB 3 relacionado com a codificação da glicoproteína IIIa (GPIIIa-rs 5918), subunidade do receptor de fibrogênio. Análise da função plaquetária (Aspitest) foi realizada em ambos os grupos. Os valores de corte para o Aspitest, relativo à medida de inibição da ciclooxigenase 1 pelo ácido acetilsalicílico, foram: <= 30 AUC para os muito bons respondedores, > 30 e 40 AUC para os não respondedores. Para a dosagem plasmática de tromboxane, utilizou-se o kit Elisa e, para sua qualificação, a espectrofotometria. Para o DNA genômico, extraído do sangue total periférico, utilizou-se o sistema automatizado QIA cube seguido pela amplificação, pela PCR, da região do DNA que continha o polimorfismo. Os dados foram analisados pelo software SPSS-20 e o nível de significância adotado de 5% (p < 0,05). O teste paramétrico t Student foi utilizado para os dados com distribuição normal (teste Kolmogorov-Smirnov) e os testes não paramétricos Mann-Whitney ou Wilcoxon para os demais dados. A frequência das variáveis qualitativas foi determinada pelo teste do qui-quadrado. A redução dos níveis séricos de VLDL e triglicérides foram semelhantes nos dois grupos e a redução do número de monócidos foi estatisticamente maior no grupo ômega 3. Dos 152 pacientes incluídos no estudo, 38 (25,2%) não eram respondedores ao tratamento prévio com o ácido acetilsalicílico, na posologia de 100mg/dia. A frequência genotípica e alélica dos polimorfismos e a presença do alelo raro foram semelhantes nos grupos respondedor e não respondedor ao ácido acetilsalicílico. A função plaquetária e a produção de tromboxane foram semelhantes nos grupos AAS 200 e Ômega 3. A redução do Aspitest foi observada apenas no grupo não respondedor. A presença do alelo raro do polimorfismo rs 3842787 (gene PTGS1) associou-se à pior resposta do Aspitest e o alelo raro do polimorfismo rs 5918 (gene ITGB3) associou-se à pior resposta à concentração de tromboxane, após 30 dias de tratamento. Em conclusão, 1) os resultados desse estudo mostraram que a associação do ácido acetilsalicílico na dose de 100mg/dia e ômega3 na dose de 1.000mg/dia não reduziu a agregação plaquetária in vitro; 2) os pacientes não respondedores que fizeram uso de ácido acetilsalicílico na dose de 200mg/dia, após 30 dias, tiveram redução no Aspitest e passaram a ser considerados respondedores; 3) A presença dos alelos rs 384787 (COX1-PTGS1) foi responsável pela pior resposta ao Aspitest e a do alelo rs 5918 pela pior resposta ao tromboxane B2. A farmacogenética abre novas perspectivas para o tratamento clínico personalizado da antiagregação plaquetária. / The use of acetylsalicylic acid for the prevention and treatment of atherosclerotic disease may result in different therapeutic responses. Based on that, patients are classified in responders (normal) or low responders (resistant). In clinical practice, the use of 100mg/daily of acetylsalicylic acid may be insufficient for platelet aggregation inhibition, therefore either higher doses or combination with other antiplatelet agents have been used in order to reduce the rates of low responders. The aim of the present study was to evaluate the effects of acetylsalicylic acid in reducing platelet aggregation in vitro. One hundred, fifty-two subjects of both genders, unrelated, of any ethnicity, at any age, and with diagnosis of chronic coronary artery disease followed at the Coronary Artery Disease Section of Dante Pazzanese Institute of Cardiology were included in the study. All patients underwent anamnesis and clinical examination at first consultation. All subjects were on aspirin use (100mg/daily) for at least 30 days before inclusion. Patients were divided into two groups: group ASA, composed by those treated with 200mg of acetylsalicylic acid only and group Omega 3, composed by those treated with 100mg of acetylsalicylic acid in addition to 1.000 mg of omega 3 fatty acid. Platelet aggregation was measured by Multiplate aggregometer at first and second visits. In each visit, blood samples were obtained for biochemical analysis and identification of gene polymorphisms of COX-1 (RS 384 787; rs 3842798) related to the activity of acetylsalicylic acid and of 3 ITGB related glycoprotein IIIa (GPIIIa RS-5918) coding. Platelet function was also analyzed. Cut-off values for Aspitest related to inhibition of cyclooxygenase 1 by acetylsalicylic acid were <= 30 AUC for very good responders, > 30 <= 40 AUC for good responders, and > 40 AUC for non-responders. Elisa test was used for thromboxane plasmatic dosage assessment whereas spectrophotometry was used for its quality evaluation. For genomic DNA extracted from peripheral whole blood, we used QIA cube automated system followed by the amplification by PCR of the region of DNA containing the polymorphism. Data was analyzed by SPSS-20 software. P values < 0.05 were considered statistically significant. Parametric Student t test was used for data with normal distribution (Kolmogorov-Smirnov test) and non-parametric Mann-Whitney or Wilcoxon for other data. The frequency of qualitative variables was analyzed using chi-square test. There was a reduction of VLDL and triglycerides serum levels in both groups, however, the reduction of monocytes was statistically higher in Omega 3 group. Out of 152 patients included in the study, 38 (25.2%) were non responders to prior treatment with acetylsalicylic acid (100mg/daily). Genotypic and allelic polymorphism frequencies and the presence of the rare allele were similar in the responder and non-responder groups. Platelet function and thromboxane production were similar between groups ASA and Ômega 3. Aspitest reduction was observed only in the non-responder group. The presence of rare allele of rs 3842787 polymorphism (PTGS1 gene) was associated with worse response to Aspitest whereas the presence of rare allele of rs 5918 polymorphism (ITGB3 gene) was associated with poor response to thromboxane concentration. In conclusion, 1) the combination of aspirin 100mg/daily and omega 3 1.000 mg/daily did not reduce platelet aggregation in vitro; 2) Non-responders who received aspirin 200mg/daily presented reduction in the Aspitest and were considered responsive after 30 days of treatment; 3) The presence of the alleles rs 384,787 (COX1-PTGS1) was associated with worse response to Aspitest and the presence of the allele rs 5918 was associated with worst response to thromboxane B2. More data is needed to confirm our results. The pharmacogenetics will be an important tool for clinicians in order to customize specific treatment for each patient in platelet aggregation.
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Avaliação farmacogenética do ácido acetilsalicílico em uso isolado e associado aos ácidos graxos ômega 3 (n-3) em pacientes com doença arterial coronária crônica / Pharmacogenetic assessment of aspirin only and in addition to omega 3 fatty acids (n-3) in patients with chronic coronary artery disease

Mônica Maria Cartocci 23 May 2016 (has links)
O uso do ácido acetilsalicílico, universalmente aceito na prevenção e tratamento da doença aterosclerótica, pode resultar em respostas terapêuticas variáveis classificando os pacientes em respondedores (normais) ou baixo respondedores (resistentes). A dose de 100mg/dia pode inibir de forma insuficiente a agregação plaquetária. Por isso, doses maiores têm sido utilizadas ou, eventualmente, associadas a outros antiplaquetários visando à redução do número de baixo respondedores. O objetivo do presente estudo foi avaliar os efeitos do ácido acetilsalicílico na redução da agregação plaquetária in vitro. Para tal, 152 indivíduos de ambos os sexos, não aparentados, de qualquer etnia, sem limite de faixa etária, portadores de doença arterial coronária crônica, atendidos no Ambulatório de Coronariopatias do Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, foram incluídos no estudo. Na primeira consulta, todos foram submetidos à anamnese e exame clínico completo e estavam em uso prévio de ácido acetilsalicílico 100mg/dia, por um período superior a 30 dias. Os pacientes selecionados foram divididos em dois grupos: grupo AAS 200, composto por aqueles que foram tratados com ácido acetilsalicílico na dose de 200mg/dia e grupo Ômega 3 composto por aqueles tratados com ácido acetilsalicílico 100mg/dia em associação a ácido graxo ômega 3 na dose de 1.000mg/dia. A agregação plaquetária foi mensurada, in vitro, pelo agregômetro Multiplate, na primeira e segunda consulta. Adicionalmente, amostras de sangue foram obtidas para análise bioquímica e identificação dos polimorfismos nos genes COX-1 (rs 384787; rs 3842798) relacionado com a atividade do ácido acetilsalicílico e ITGB 3 relacionado com a codificação da glicoproteína IIIa (GPIIIa-rs 5918), subunidade do receptor de fibrogênio. Análise da função plaquetária (Aspitest) foi realizada em ambos os grupos. Os valores de corte para o Aspitest, relativo à medida de inibição da ciclooxigenase 1 pelo ácido acetilsalicílico, foram: <= 30 AUC para os muito bons respondedores, > 30 e 40 AUC para os não respondedores. Para a dosagem plasmática de tromboxane, utilizou-se o kit Elisa e, para sua qualificação, a espectrofotometria. Para o DNA genômico, extraído do sangue total periférico, utilizou-se o sistema automatizado QIA cube seguido pela amplificação, pela PCR, da região do DNA que continha o polimorfismo. Os dados foram analisados pelo software SPSS-20 e o nível de significância adotado de 5% (p < 0,05). O teste paramétrico t Student foi utilizado para os dados com distribuição normal (teste Kolmogorov-Smirnov) e os testes não paramétricos Mann-Whitney ou Wilcoxon para os demais dados. A frequência das variáveis qualitativas foi determinada pelo teste do qui-quadrado. A redução dos níveis séricos de VLDL e triglicérides foram semelhantes nos dois grupos e a redução do número de monócidos foi estatisticamente maior no grupo ômega 3. Dos 152 pacientes incluídos no estudo, 38 (25,2%) não eram respondedores ao tratamento prévio com o ácido acetilsalicílico, na posologia de 100mg/dia. A frequência genotípica e alélica dos polimorfismos e a presença do alelo raro foram semelhantes nos grupos respondedor e não respondedor ao ácido acetilsalicílico. A função plaquetária e a produção de tromboxane foram semelhantes nos grupos AAS 200 e Ômega 3. A redução do Aspitest foi observada apenas no grupo não respondedor. A presença do alelo raro do polimorfismo rs 3842787 (gene PTGS1) associou-se à pior resposta do Aspitest e o alelo raro do polimorfismo rs 5918 (gene ITGB3) associou-se à pior resposta à concentração de tromboxane, após 30 dias de tratamento. Em conclusão, 1) os resultados desse estudo mostraram que a associação do ácido acetilsalicílico na dose de 100mg/dia e ômega3 na dose de 1.000mg/dia não reduziu a agregação plaquetária in vitro; 2) os pacientes não respondedores que fizeram uso de ácido acetilsalicílico na dose de 200mg/dia, após 30 dias, tiveram redução no Aspitest e passaram a ser considerados respondedores; 3) A presença dos alelos rs 384787 (COX1-PTGS1) foi responsável pela pior resposta ao Aspitest e a do alelo rs 5918 pela pior resposta ao tromboxane B2. A farmacogenética abre novas perspectivas para o tratamento clínico personalizado da antiagregação plaquetária. / The use of acetylsalicylic acid for the prevention and treatment of atherosclerotic disease may result in different therapeutic responses. Based on that, patients are classified in responders (normal) or low responders (resistant). In clinical practice, the use of 100mg/daily of acetylsalicylic acid may be insufficient for platelet aggregation inhibition, therefore either higher doses or combination with other antiplatelet agents have been used in order to reduce the rates of low responders. The aim of the present study was to evaluate the effects of acetylsalicylic acid in reducing platelet aggregation in vitro. One hundred, fifty-two subjects of both genders, unrelated, of any ethnicity, at any age, and with diagnosis of chronic coronary artery disease followed at the Coronary Artery Disease Section of Dante Pazzanese Institute of Cardiology were included in the study. All patients underwent anamnesis and clinical examination at first consultation. All subjects were on aspirin use (100mg/daily) for at least 30 days before inclusion. Patients were divided into two groups: group ASA, composed by those treated with 200mg of acetylsalicylic acid only and group Omega 3, composed by those treated with 100mg of acetylsalicylic acid in addition to 1.000 mg of omega 3 fatty acid. Platelet aggregation was measured by Multiplate aggregometer at first and second visits. In each visit, blood samples were obtained for biochemical analysis and identification of gene polymorphisms of COX-1 (RS 384 787; rs 3842798) related to the activity of acetylsalicylic acid and of 3 ITGB related glycoprotein IIIa (GPIIIa RS-5918) coding. Platelet function was also analyzed. Cut-off values for Aspitest related to inhibition of cyclooxygenase 1 by acetylsalicylic acid were <= 30 AUC for very good responders, > 30 <= 40 AUC for good responders, and > 40 AUC for non-responders. Elisa test was used for thromboxane plasmatic dosage assessment whereas spectrophotometry was used for its quality evaluation. For genomic DNA extracted from peripheral whole blood, we used QIA cube automated system followed by the amplification by PCR of the region of DNA containing the polymorphism. Data was analyzed by SPSS-20 software. P values < 0.05 were considered statistically significant. Parametric Student t test was used for data with normal distribution (Kolmogorov-Smirnov test) and non-parametric Mann-Whitney or Wilcoxon for other data. The frequency of qualitative variables was analyzed using chi-square test. There was a reduction of VLDL and triglycerides serum levels in both groups, however, the reduction of monocytes was statistically higher in Omega 3 group. Out of 152 patients included in the study, 38 (25.2%) were non responders to prior treatment with acetylsalicylic acid (100mg/daily). Genotypic and allelic polymorphism frequencies and the presence of the rare allele were similar in the responder and non-responder groups. Platelet function and thromboxane production were similar between groups ASA and Ômega 3. Aspitest reduction was observed only in the non-responder group. The presence of rare allele of rs 3842787 polymorphism (PTGS1 gene) was associated with worse response to Aspitest whereas the presence of rare allele of rs 5918 polymorphism (ITGB3 gene) was associated with poor response to thromboxane concentration. In conclusion, 1) the combination of aspirin 100mg/daily and omega 3 1.000 mg/daily did not reduce platelet aggregation in vitro; 2) Non-responders who received aspirin 200mg/daily presented reduction in the Aspitest and were considered responsive after 30 days of treatment; 3) The presence of the alleles rs 384,787 (COX1-PTGS1) was associated with worse response to Aspitest and the presence of the allele rs 5918 was associated with worst response to thromboxane B2. More data is needed to confirm our results. The pharmacogenetics will be an important tool for clinicians in order to customize specific treatment for each patient in platelet aggregation.

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